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1.4 O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO NO BRASIL

1.4.1 Letramento e Alfabetização

Quando pensamos nos processos de alfabetização construídos durante a época da globalização, compreendendo o período entre 1971 e os dias atuais, não conseguimos dissociá-los de um contexto histórico peculiar. No sistema globalizado, a democracia tem sido um conceito muito discutido, pois através dela houve uma maior liberdade de expressão e pensamento e as escolas passaram a demandar a gestão democrática, onde o poder decisório está nas mãos de todos os atores escolares.

Na década de 1990 se instituiu, pela primeira vez em nosso país, o sistema do ciclo em algumas escolas, visando diminuir a evasão, através de uma estrutura que não reprovava as crianças na primeira série do Ensino Fundamental. Ao longo dos anos esse sistema foi se expandindo até que, em 2011, o Ministério da Educação passou a recomendar “que as escolas deixassem de reprovar os alunos dos primeiros anos de ensino, até o terceiro ano, fase importante da alfabetização” (Marcílio, 2016, p. 419).

Uma das grandes novidades, quando pensamos em alfabetização na Era Moderna, consiste em compreendermos que a evolução integral do indivíduo em uma sociedade tecnológica e repleta de informações apresentadas através do código linguístico e simbólico, só ocorre plenamente se este estiver alfabetizado e dominando o código escrito. Marcílio (2016, p. 420) ressalta que “nos dias de hoje, um analfabeto, em seu subdesenvolvimento, não está habilitado para interagir de forma independente com várias fontes do saber ou para partilhar os benefícios e progressos da vida moderna”. Desta feita, quando pensamos em resolver os problemas educacionais modernos, a questão basilar reside na alfabetização. Talvez visando repensar essa questão, a Constituição Federal de

1988, preconizou:

Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração plurianual, visando à articulação e ao desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis e à integração das ações do Poder Público que conduzam à: I - erradicação do analfabetismo;

II - universalização do atendimento escolar; III - melhoria da qualidade do ensino; IV - formação para o trabalho;

V - promoção humanística, científica e tecnológica do País.

Se pensarmos o artigo 214, perceberemos que o objetivo primeiro da lei consiste em alfabetizarmos todos os cidadãos brasileiros. Além disso, percebemos que os demais itens, todos, representam garantias que a educação nacional e os cidadãos somente terão se, de fato, todos os nossos estudantes forem alfabetizados.

Em virtude do grande número de analfabetos que possuía, à época, o Brasil, em 1990, passou a participar de um grupo de países que recebem ajuda internacional denominado Cúpula dos Nove (Educacion for All-9). Além do nosso país, pertencem ao grupo ainda: Bangladesh, China, Egito, Índia, Indonésia, México, Nigéria e Paquistão. Já integrando o grupo, o Brasil lançou, em 1993, o Plano Decenal de Educação, que vigoraria até 2003, que de acordo com Marcílio, (2016, p. 424), tinha os seguintes objetivos: “1) concluir a universalização da educação primária; e 2)erradicar o analfabetismo do país.”

Infelizmente, apenas o primeiro objetivo foi cumprido. O segundo perdura como foco até os dias atuais, tanto que o objetivo do PNAIC consiste em conseguirmos alfabetizar todas as crianças até os 08 anos de idade, o que, se bem-sucedido, erradicaria o analfabetismo no Brasil.

O principal avanço da década de 1990, em termos de Educação em nosso país, foi, com toda a certeza, a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96). Em sua Seção III, artigo 32, inciso I, que dispõe sobre a capacidade de leitura e escrita e o Ensino Fundamental, a lei regulamenta:

Art. 32. O ensino fundamental, com duração mínima de oito anos, obrigatório e gratuito na escola pública, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante:

I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos

o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo.

forma explícita, representa um dos focos do Ensino Fundamental, afinal, o aluno só terá o domínio da leitura e escrita, bem como compreenderá politica e tecnologicamente a sociedade, se ele dominar o sistema alfabético. A mesma lei previu ainda em seu Título IX, nas disposições transitórias:

Art. 87. É instituída a Década da Educação, a iniciar-se um ano a partir da publicação desta Lei.

§ 1º A União, no prazo de um ano a partir da publicação desta Lei, encaminhará, ao Congresso Nacional, o Plano Nacional de Educação, com diretrizes e metas para os dez anos seguintes, em sintonia com a Declaração Mundial sobre Educação para Todos.

Nesse sentido, a LDB preconiza uma década voltada prioritariamente à Educação nacional, estabelecendo diretrizes e metas que busquem sanar as problemáticas mais recorrentes nas instituições de ensino. Isso resultou em planos nacionais de Educação – PNE. O vigente na atualidade foi instituído para o período 2014-2024, através da Lei 13.005/2014, que possui dez diretrizes:

I − erradicação do analfabetismo;

II − universalização do atendimento escolar;

III − superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação;

IV − melhoria da qualidade da educação;

V − formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade;

VI − promoção do princípio da gestão democrática da educação pública; VII − promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do país; VIII − estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do Produto Interno Bruto (PIB), que assegure atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade;

IX − valorização dos(as) profissionais da educação;

X − promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental (Brasil, 2014, p. 32).

Vemos, recorrentemente, nos dispositivos legais de nosso país, a erradicação do analfabetismo como meta primordial. Se pensarmos as demais metas, muitas delas seguem atreladas à primeira, visto que, ao estar alfabetizado o indivíduo possuirá o conhecimento

basilar para que desenvolva as competências e habilidades necessárias à vida em comunidade. O mesmo Plano apregoa ainda como meta 05, concernente à alfabetização, que se possa “alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do terceiro ano do ensino fundamental” (Brasil, 2014, p. 33). Será que essa meta está sendo realizada?

Para que haja esse acompanhamento, o PNE estabeleceu, como uma de suas estratégias para execução da Meta 05 que se deve:

5.2. instituir instrumentos de avaliação nacional periódicos e específicos para aferir a alfabetização das crianças, aplicados a cada ano, bem como estimular os sistemas de ensino e as escolas a criarem os respectivos instrumentos de avaliação e monitoramento, implementando medidas pedagógicas para alfabetizar todos os alunos e alunas até o final do terceiro ano do ensino fundamental (Brasil, 2014, p. 59).

Um dos elementos que realizam esse acompanhamento avaliativo da alfabetização o Brasil consiste na Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA)21. Em 2017, foi publicado o último resultado da ANA, que foi aplicada em todas as turmas de 3º Ano do Ensino Fundamental I, em novembro de 2016. Os resultados estiveram bem abaixo do desempenho esperado, conforme as figuras abaixo:

21 A Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA) é uma avaliação externa que objetiva aferir os níveis de alfabetização e letramento em Língua Portuguesa (leitura e escrita) e Matemática dos estudantes do 3º ano do Ensino Fundamental das escolas públicas. As provas aplicadas aos alunos forneceram três resultados: desempenho em leitura, desempenho em matemática e desempenho em escrita. Além dos testes de desempenho, que medem a proficiência dos estudantes nessas áreas, a ANA apresenta em sua primeira edição as seguintes informações contextuais: o Indicador de Nível Socioeconômico e o Indicador de Formação Docente da escola. A ANA é censitária, portanto, será aplicada a todos os alunos matriculados no 3º ano do Ensino Fundamental. No caso de escolas multisseriadas, será aplicada a uma amostra. A aplicação e a correção são feitas pelo INEP. Considera-se apropriado que o professor regente de classe esteja presente à aplicação. Em 2016, mais de 2 milhões de crianças participaram da avaliação. Quase 90% dos estudantes possuíam 8 anos ou mais no momento da aplicação.

FIGURA 10 – Desempenho dos alunos em Escrita, na Avaliação Nacional da Alfabetização 2016.

Fonte – INEP, 2017

Ao observamos a figura 10, vemos que em termos de processos de escrita, 34% dos alunos estão com rendimento insuficiente, o que nos mostra que as crianças, em sua maioria aos 08 anos de idade22, não desenvolveram a escrita adequadamente no cenário nacional. É relevante percebermos que apenas 8% desses alunos estão escrevendo a contento, de forma autônoma e sem retirar a informação que deveria ser escrita de alguma fonte, como ocorre no caso das cópias do quadro, em sala de aula.

Sabemos que é uma vitória que 58% estejam no nível adequado, que apesar de não ser o esperado, já não demonstra um estado crítico nacional dos procedimentos de escrita. Quando analisamos a Matriz de Referência da ANA, vemos que as habilidades de escrita que se espera dos estudantes durante a prova são as seguintes: grafar as palavras com correspondências regulares diretas (escrever corretamente as palavras, principalmente no início das sílabas), grafar as palavras com correspondências regulares contextuais entre letras ou grupos de letras e seu valor sonoro (associar a construção silábica à grafia) e produzir um texto a partir de uma situação dada (produzir um texto conforme o gênero solicitado, com pontuação, espaçamento, grafia correta das palavras). Vejamos agora os resultados concernentes à leitura:

22 Se levarmos em consideração que as crianças iniciam o Ensino Fundamental aos 06 anos, no 1º Ano, quando chegarem ao 3º Ano, tais crianças estarão com 08 anos de idade, até porque a ANA foi aplicada em novembro de 2016, o que faz com que a grande maioria dessas crianças já tenha feito aniversário à época da avaliação.

FIGURA 11 – Desempenho dos alunos em Leitura, na Avaliação Nacional da Alfabetização 2016. Fonte – INEP, 2017

Em relação aos resultados referentes à leitura dos alunos de 3º ano, percebe-se um cenário ainda pior que o de escrita. Quando testados em suas habilidades de leitura, conforme a figura 11, 55% dos estudantes estão em condições insuficientes de aprendizagem, o que significa que eles não conseguem decifrar o código escrito da Língua Portuguesa e, muito menos, compreender os significados resultantes deste código.

As habilidades de leitura contidas na matriz de referência da ANA são as seguintes: ler palavras com estrutura silábica canônica, ler palavras com estrutura silábica não canônica, reconhecer a finalidade do texto, localizar informações explícitas em textos, compreender os sentidos de palavras e expressões em textos, realizar inferências a partir da leitura de textos verbais, realizar inferências a partir da leitura de textos que articulem a linguagem verbal e não verbal, identificar o assunto de um texto, estabelecer relações entre partes de um texto marcadas por conectores. Nota-se que se 87% das crianças possuíram resultados abaixo do esperado, possivelmente elas ainda estejam nos processos iniciais de escrita, como a escrita de sílabas simples (vogal + consoante) ou, no máximo, complexas (consoante + consoante + vogal). Isso demonstra uma defasagem do que se espera para um aluno de 3º Ano do Ensino Fundamental, que deveria estar apto a ler e escrever palavras, frases e, até mesmo, textos verbais e não verbais.

Diante desses resultados e conceitos apresentados, precisamos refletir sobre o que tem sido a alfabetização propriamente dita em nosso país. Mortatti, (2012, p. 08) esclarece

a alfabetização como o:

Termo/conceito utilizado contemporaneamente, no Brasil, para designar processo de ensino e aprendizagem que [...] comportou diferentes sentidos e foi designado por diferentes termos, correspondentes a diferentes conceitos, tais como: “ensino das primeiras letras”; “ensino de leitura”; “ensino simultâneo de leitura e escrita”.

Sabemos que durante muito tempo entendia-se alfabetizar simplesmente como a decodificação da língua materna, no sentido de se conseguir lê-la e escrevê-la conforme a necessidade do indivíduo. Posteriormente, em meados da década de 1980, Albuquerque, (2007, p. 15): esclarece que, “o ensino da leitura e da escrita [...] desenvolvido com o apoio de material pedagógico que priorizava a memorização de sílabas e/ou palavras e/ou frases soltas, passou a ser amplamente criticado”.

Nesse contexto, Emília Ferreiro e Ana Teberosky (1999), produziram importantes teorias, no sentido de modificarmos a compreensão da alfabetização enquanto domínio da escrita e leitura do código linguístico:

Sobre isso, Albuquerque, (2007 pp. 15-16), grifos da autora diz que.

[...] as autoras defenderam uma concepção de língua escrita como um sistema de notação que, no nosso caso, é alfabético. E, na aprendizagem desse sistema, elas constataram que as crianças ou os adultos analfabetos passavam por diferentes fases que vão da escrita pré-silábica, em que o aprendiz não compreende ainda que a escrita representa os segmentos sonoros da palavra, até as etapas, silábica e a alfabética. No processo de apropriação do sistema de escrita alfabética, os alunos precisariam compreender como esse sistema funciona e isso pressupõe que descubram que o que a escrita alfabética nota no papel são os sons das partes orais das palavras e que o faz considerando segmentos sonoros menores que a sílaba. É interagindo com a língua escrita através de seus usos e funções que essa aprendizagem ocorreria, e não a partir da leitura de textos “forjados” como os presentes nas “cartilhas tradicionais”.

Ademais, passou-se a entender que a alfabetização pressupunha reflexão crítica da língua, de forma que se compreendessem os processos de formação dos sons e palavras do código e não somente o código em si. Não à toa, pensa-se na apropriação do falante em relação à língua. Ora, sempre que falamos em apropriação, demandamos uma propriedade em relação àquilo que é estudado, o que nos permite compreender, refletir e até mesmo

criticar o que, efetivamente, foi apreendido. Quando isso ocorre nos processos de alfabetização, o aluno desenvolve a consciência dos usos da língua falada e escrita nos mais diversos cenários, de forma significativa.

No momento em que avaliações externas como a ANA são aplicadas, se espera justamente confrontar o aluno às mais diversas situações de uso da língua e que, apropriado do sistema linguístico e sua funcionalidade, esse aluno desenvolva diversas habilidades e competências que o permitam interagir com o mundo, socializando aquilo que foi apreendido. Talvez por isso os resultados da ANA 2016 sejam tão preocupantes, pois demonstram que muitos de nossos alunos do Ensino Fundamental I estão apenas decifrando o código, sem dominarem a compreensão e utilização efetivas desse sistema escrito.

Ainda na década de 1980, conforme Albuquerque, (2007, p. 16), surgiu o:

[...] conceito de “analfabetismo funcional” para caracterizar aquelas pessoas que, tendo se apropriado das habilidades de “codificação” e “decodificação”, não conseguiam fazer uso da escrita em diferentes contextos sociais. Assim, o fenômeno do analfabetismo passou a envolver não só aqueles que não dominavam o sistema de escrita alfabética, mas também as pessoas com pouca escolarização.

Esse conceito traz à baila o resultado de compreendermos que dominar o código escrito, não significa estar alfabetizado e utilizar a língua nas mais diversas situações comunicativas. Assim, por exemplo, um adulto que consegue ler determinada frase, não necessariamente compreenderá o seu significado e conseguirá fazer uso dela dependendo do contexto em que estiver inserido. O Dicionário de Educação denomina esse analfabetismo funcional como iletrismo: “definido como um nível de domínio insuficiente da língua escrita para enfrentar as exigências da vida social em uma sociedade moderna” (Zanten, 2011, p. 463).

Na década de 1990 surgiu, dentro dos estudos sobre alfabetização, um novo conceito: o letramento. Albuquerque (2007, p. 16), o conceitua como: “estado ou condição que assume aquele que aprende a ler e a escrever”. Dessa forma, o letramento consiste na apreensão do código escrito, permitindo que o indivíduo domine a leitura e escrita dele.

Mortatti, (2012, p. 56) elucida:

O letramento [literacy] designa atividades humanas que implicam o uso da escrita, assim como a oralidade designa o conjunto de atividades humanas que implicam o uso da palavra viva. A particularidade da escrita é que ela

materializa a palavra, faz com que os outros a vejam, transformam a palavra em ferramenta técnica. A palavra não se exerce mais no diálogo que mobiliza todos os sentidos, mas se efetua à distância, isolando a mensagem, transformando-a em “coisa”.

Nesse sentido, o letramento vem a ser constituído pela construção imagética escrita da língua. Assim, o letramento sempre existiu nas mais diversas sociedades que utilizaram um código linguístico escrito, porém sua teorização é recente. Através dele, compreendemos melhor os processos de alfabetização e sua aplicação em sociedade.

Se, efetivamente, em nossas salas de aula, os professores conseguirem letrar as crianças no I Ciclo do Ensino Fundamental, como posteriormente veremos que defende o Pacto Nacional pelo Fortalecimento da Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), teríamos como resultado uma sociedade preparada para utilização da escrita nos mais diversos contextos sociais, evitando o analfabetismo funcional, conforme Mendonça, (2007, p. 46).

[...] o conceito de letramento é considerado central para a compreensão dos processos de ensino-aprendizagem e para a intervenção dos professores em sala de aula. Um dos princípios que norteiam a perspectiva do letramento é que a aquisição da escrita não se dá desvinculada das práticas sociais em que se inscreve: ninguém lê ou escreve no vazio, sem propósitos comunicativos, sem interlocutores, descolado de uma situação de interação; as pessoas escrevem, lêem e/ou interagem por meio da escrita, guiadas por propósitos interacionais, desejando alcançar algum objetivo, inseridas em situações de comunicação.

Conforme vemos no conceito de Mendonça, o Letramento surge na perspectiva de preparar os estudantes para o ato comunicativo escrito, dotando-os de capacidade de compreender como e onde utilizar os enunciados, analisando os contextos sociais em que estão inseridos antes de propor determinado texto. Além disso, os indivíduos letrados conseguem estabelecer a comunicação com outros indivíduos, construindo conhecimento através da interação, da troca mútua de significados.

Providos das capacidades acima descritas, esses estudantes poderão se envolver diretamente nas mais diversas práticas sociais, capazes de transmitir e receber informações. Quanto mais cedo nossas crianças estiverem providas dessas capacidades, mais a aquisição de conhecimentos no período da alfabetização fará sentido na vida delas, pois elas compreenderão a utilidade daquilo que aprendem na escola.