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CAPÍTULO III REALIZAÇÃO DA PRÁTICA PROFISSIONAL

3. Realização da prática profissional

3.3. Desenvolvimento Profissional (Área 3)

A terceira e última área, é a área em que cumprimos as tarefas propostas pela faculdade, e que diz respeito ao desenvolvimento das nossas competências profissionais através da reflexão, investigação e da ação.

Ao longo do estágio profissional foram várias as tarefas que realizei e que contribuíram para o meu desenvolvimento profissional.

A primeira consistiu na realização do Projeto de Formação Individual (PFI). Este documento, realizado na fase inicial do EP, permitiu-me refletir acerca das expetativas iniciais em relação ao EP, das capacidades, dificuldades e lacunas sentidas face às exigências profissionais e regulamentares da PES, declarei as minhas intenções no âmbito do meu desenvolvimento profissional e estruturei ideias acerca daquilo a que me propunha realizar tanto a nível de sala/pavilhão, como ao nível da comunidade escolar. Este serviu assim como um documento que me guiou e auxiliou ao longo do estágio profissional na realização da minha PES.

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Como foi demonstrado ao longo deste relatório, a fase inicial do meu EP não foi fácil, contudo, as expetativas sempre se mantiveram elevadas, pois tal como constato agora que tudo está a terminar, embora tenha sido bastante exigente, este foi um ano repleto de muitos ensinamentos, experiências e vivências, e onde se deu a maior transformação e consolidação dos conhecimentos e das competências adquiridas ao longo da formação inicial.

A segunda tarefa que realizei ao longo do ano de estágio e a qual considero que foi a mais importante para o meu desenvolvimento profissional, foi a reflexão acerca da minha ação.

Segundo Batista & Queirós (2015) “o estímulo ao pensamento e à atitude

crítica dotarão o futuro profissional de ferramentas para ir além do como fazer. Por esta via, este será capaz de colocar as questões adequadas e saberá responder ao porquê e para quê da sua ação”. O mesmo defende Oliveira &

Serrazina (2002), o de refere que “a reflexão pode ter como principal objetivo

fornecer ao professor informação correta e autêntica sobre a sua ação, as razões para a sua ação e as consequências dessa ação”.

De acordo com o que referem estes autores, ao longo do ano foram surgindo diversos problemas da prática. A pouca experiência de lecionação e consequentemente de instrução, os vários níveis de aprendizagem que as turmas possuíam e a necessidade de respeitar esses ritmos, o mau comportamento dos alunos, entre muitas outras adversidades, fizeram com que a procura de soluções, de estratégias e de métodos de ensino fosse muita.

Foi assim, através da reflexão crítica constante acerca da minha ação e dos problemas que surgiam da prática, que realizava durante e no final de cada aula (no diário de bordo), que consegui adequar, restruturar, adaptar e reformular novas estratégias de ensino, que se adequassem a todas as exigências da prática. Tal como refere Oliveira & Serrazina (2002), os professores reflexivos desenvolvem a sua prática com base na própria investigação-ação, sendo sujeita, segundo o mesmo autor, “a um processo

constante de vaivém que conduz a transformações”.

Considero que a reflexão crítica no momento, mas sobretudo no pós aula, através, neste caso, do diário de bordo, fez aumentar o meu

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conhecimento profissional e a construir-me enquanto professora e enquanto uma profissional mais competente, permitindo-me uma tomada de decisão mais acertada e congruente com a minha realidade de prática.

“Uma abordagem reflexiva valoriza a construção pessoal do conhecimento e legitima o valor epistemológico da prática profissional (Schön, 1983; Vieira, 1995), surgindo a prática como elemento de análise e de reflexão do professor”. (Oliveira & Serrazina, 2002)

A terceira tarefa que realizei no âmbito desta área, foi o pequeno ensaio investigativo, realizado em conjunto com os meus colegas de núcleo de estágio, onde procuramos perceber se existiam diferenças ao nível do planeamento, realização e avaliação entre o ensino profissional e o ensino regular, pois tal como já referi, o ensino profissional detém de caraterísticas distintas em relação aos restantes. Este consistiu em apenas um pequeno ensaio, sendo que para retirar uma conclusão mais precisa e sustentada, o número de participantes teria que ser maior. Desta forma, a realização desta tarefa embora não tivesse contribuído efetivamente para a minha ação imediata, forneceu-me informações importantes acerca do diferente trabalho pedagógico dos professores nestas duas tipologias de ensino, que serão úteis para a minha prática no futuro.

Para além destas três tarefas que mencionei, que contribuíram para o meu desenvolvimento profissional, houve muitas outras.

As reuniões com a PO e com a PC, por exemplo, que me auxiliaram no esclarecimento das minhas dúvidas e a percorrer o caminho mais acertado.

As formações, seminários e aulas todas as segundas-feiras na faculdade, contribuíram para uma formação contínua e de renovação de saberes, numa relação constante entre a faculdade e a escola, permitindo-me o esclarecimento de dúvidas e a aquisição de novos conhecimentos que pudessem ser aplicados no meu contexto de prática.

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E por último, mas não menos importante, a realização do presente relatório de estágio, onde consta, em jeito de reflexão, todo o meu percurso e ação profissional ao longo do EP fundamentado na bibliografia, sendo esta a última etapa antes de me tornar Professora de Educação Física.

Enfim, considero que tudo o que realizei e sucedeu no decorrer do ano de estágio profissional contribuiu de integralmente para a construção da minha identidade docente e para o meu desenvolvimento profissional.

CAPÍTULO IV