• Nenhum resultado encontrado

Nilton Coutinho

Procurador do Estado de São Paulo, Especialista em Planejamento e Gestão Municipal pela FCT/UNESP; Espe-cialista em Direito Público pelo complexo jurídico Damásio de Jesus; EspeEspe-cialista em Direito Penal e Processual Penal pela Escola Superior do Ministério Público de São Paulo; Mestre em Direito pelo CESUMAR/PR; Doutor em Direito Político e Econômico pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Professor na área do direito público, direitos fundamentais e proteção da dignidade da pessoa humana, com diversas obras publicadas

1. (VUNESP/2019/PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO-SP/PROCURADOR DO MUNICÍPIO) Acerca da poluição por resíduos sólidos, estabe-lecem-se proibições de determinadas formas de destinação ou sua disposição final, dentre as quais:

a. lançamento “in natura”, a céu aberto, dos resíduos de mineração.

b. queima de resíduos, a céu aberto, ainda que de-cretada emergência sanitária.

c. lançamentos em praias, no mar ou em quaisquer corpos hídricos.

d. queima em recipientes e equipamentos, não obs-tante estejam licenciados para essa finalidade.

e. importação de resíduos sólidos perigosos cujas características não causem danos à sanida-de vegetal.

Comentário

Lei n. 12.305/2010 – Política Nacional de Resíduos Sólidos

Art. 47. São proibidas as seguintes formas de destinação ou disposição final de resíduos sólidos ou rejeitos:

I – lançamento em praias, no mar ou em quaisquer corpos hídricos; Letra c

II – lançamento in natura a céu aberto, exce-tuados os resíduos de mineração; Letra a

III – queima a céu aberto ou em recipientes, instalações e equipamentos não licencia-dos para essa finalidade;

IV – outras formas vedadas pelo poder públi-co. Letra d

§ 1º Quando decretada emergência sa-nitária, a queima de resíduos a céu aberto pode ser realizada, desde que autorizada e acompanhada pelos órgãos competentes do Sisnama, do SNVS e, quando couber, do Su-asa. Letra b

Art. 49. É proibida a importação de resíduos sólidos perigosos e rejeitos, bem como de

re-síduos sólidos cujas características causem dano ao meio ambiente, à saúde pública e animal e à sanidade vegetal, ainda que para tratamento, reforma, reúso, reutilização ou recuperação. Letra e

2. (FGV/2016/CODEBA/ANALISTA PORTUÁRIO/ ADVOGADO) Com a finalidade de iniciar atividade industrial de produção de móveis, João, empre-sário individual, procura advogado para orientá-lo acerca dos procedimentos administrativos prévios às obras.

Sobre o licenciamento ambiental necessário para o início das obras, na qualidade de advogado de João, assinale a afirmativa correta.

a. A obtenção de licença ambiental é necessária pe-rante o Município e o Estado onde o empreendi-mento será instalado, tendo em vista o princípio da proteção integral.

b. O licenciamento ambiental deve ser procedido exclusivamente pelo Estado caso o potencial im-pacto se dê em unidade de conservação estadual, exceto em Áreas de Preservação Ambiental.

c. O licenciamento ambiental será feito, em re-gra, pelo IBAMA, contando com atuação su-pletiva e subsidiária técnica e administrativa de entidades estaduais e municipais do local do em-preendimento.

d. O licenciamento prévio será sempre procedido pelo IBAMA. Já as licenças de instalação e de operação se darão pelo Estado ou Município, de acordo com o potencial do impacto ambiental.

e. O licenciamento ambiental somente será necessá-rio caso o empreendimento se dê em Unidade de Conservação ou Área de Preservação Permanen-te, por aplicação do princípio da prevenção.

Comentário

Em regra, cada ente faz o licenciamento de empre-endimentos que afetem unidades de conservação instituídas por eles.

Se um Estado instituir uma Estação Ecológica, é ele que vai licenciar qualquer empreendimento nela. A exceção são as APAs. As APAs seguem as re-gras das competências para licenciamento da LC n. 140/2011.

LC n. 140/2011

Art. 12. Para fins de licenciamento ambien-tal de atividades ou empreendimentos utili-zadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação am-biental, e para autorização de supressão e manejo de vegetação, o critério do ente fede-rativo instituidor da unidade de conservação não será aplicado às Áreas de Proteção Am-biental (APAs).

Parágrafo único. A definição do ente fede-rativo responsável pelo licenciamento e au-torização a que se refere o caput, no caso das APAs, seguirá os critérios previstos nas alíneas “a”, “b”, “e”, “f” e “h” do inciso XIV do art. 7º, no inciso XIV do art. 8º e na alínea “a” do inciso XIV do art. 9º.

3. (FGV/2015/CODEMIG/ANALISTA AMBIENTAL) A Lei Federal nº 6.938/1981 determina, no capítulo sobre os objetivos da Política Nacional do Meio Ambiente, que tal política visará:

a. à compatibilização do desenvolvimento econômi-co-social com a preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico.

b. a especificar quais atividades potencialmente po-luidoras são de competência da União, dos Esta-dos, do Distrito Federal e dos Municípios para o licenciamento ambiental.

c. a detalhar a forma e o conteúdo obrigatórios dos estudos de impacto ambiental (EIA’s) e dos res-pectivos relatórios de impacto ambiental (RIMA’s).

d. ao estabelecimento do rito, procedimento e conte-údo obrigatórios das audiências públicas, que têm por finalidade expor aos interessados os benefí-cios do empreendimento.

e. à definição de áreas vedadas à ação governamen-tal referentes à qualidade e ao equilíbrio ecológi-co, atendendo aos interesses exclusivos da União.

Comentário

Art. 4º A Política Nacional do Meio Am-biente visará:

I – à compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a preservação da qualidade do meio ambiente e do equilí-brio ecológico;

II – à definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualidade e ao equi-líbrio ecológico, atendendo aos interesses da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios;

III – ao estabelecimento de critérios e padrões de qualidade ambiental e de normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais; IV – ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias nacionais orientadas para o uso racional de recursos ambientais;

V – à difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação de dados e in-formações ambientais e à formação de uma consciência pública sobre a necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico;

VI – à preservação e restauração dos recur-sos ambientais com vistas à sua utilização racional e disponibilidade permanente, con-correndo para a manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida;

VII – à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados e, ao usuário, da contribui-ção pela utilizacontribui-ção de recursos ambientais com fins econômicos.

4. (CESPE/2017/PC-GO/DELEGADO DE POLÍCIA SUBSTITUTO) A respeito da legislação que trata da proteção das florestas e das unidades de con-servação, assinale a opção correta.

a. O imóvel rural pode tornar-se reserva particular do patrimônio natural a partir do interesse do proprie-tário, mediante edição de lei municipal e após a concordância do órgão ambiental local.

b. Desde que haja autorização pelo órgão ambiental estadual, admite-se a exploração econômica me-diante o manejo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural ou urbano localizado em área de preservação permanente.

c. Com vistas à regularização ambiental, a reserva legal do imóvel rural localizado na Amazônia Legal poderá ser reduzida para até 50% da propriedade mediante autorização do órgão ambiental estadu-al, se o proprietário demonstrar a sustentabilidade do seu projeto de uso alternativo do solo.

d. Devem constar no Cadastro Ambiental Rural a identificação do proprietário ou possuidor do imó-vel e a comprovação da propriedade ou posse, apesar de o cadastramento não constituir título de reconhecimento de posse ou propriedade.

e. O Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza classifica essas unidades em três grupos ou categorias, com características e objeti-vos específicos: as unidades de proteção integral, as unidades de uso sustentável e as unidades de preservação permanente.

Comentário

a. Errado.

Lei n. 9.985/2000

Art. 21. A Reserva Particular do Patrimônio Natural é uma área privada, gravada com perpetuidade, com o objetivo de conservar a diversidade biológica.

§ 1º O gravame de que trata este artigo constará de termo de compromisso assi-nado perante o órgão ambiental, que veri-ficará a existência de interesse público, e será averbado à margem da inscrição no Registro Público de Imóveis.

b. Errado.

Lei n. 12.651/2012

Art. 52. A intervenção e a supressão de ve-getação em Áreas de Preservação Perma-nente e de Reserva Legal para as atividades eventuais ou de baixo impacto ambiental, previstas no inciso X do art. 3º, excetuadas as alíneas b e g, quando desenvolvidas nos imóveis a que se refere o inciso V do art. 3º, dependerão de simples declaração ao ór-gão ambiental competente, desde que es-teja o imóvel devidamente inscrito no CAR. c. Errado.

Lei n. 12.651/2000

Art. 13. Quando indicado pelo Zoneamento Ecológico-Econômico – ZEE estadual, reali-zado segundo metodologia unificada, o po-der público fepo-deral popo-derá:

I – reduzir, exclusivamente para fins de regu-larização, mediante recomposição, regene-ração ou compensação da Reserva Legal de imóveis com área rural consolidada, situ-ados em área de floresta localizada na Ama-zônia Legal, para até 50% (cinquenta por cento) da propriedade, excluídas as áreas prioritárias para conservação da biodiversi-dade e dos recursos hídricos e os corredores ecológicos;

d. Certo.

Lei n. 12.651/2000 Art. 29. (...)

§ 1º A inscrição do imóvel rural no CAR de-verá ser feita, preferencialmente, no órgão ambiental municipal ou estadual, que, nos termos do regulamento, exigirá do proprietá-rio ou possuidor rural:

I – identificação do proprietário ou possuidor rural; II – comprovação da propriedade ou posse; (...)

§ 2º O cadastramento não será considerado título para fins de reconhecimento do direito de propriedade ou posse, tampouco elimina a necessidade de cumprimento do disposto no art. 2º da Lei nº 10.267, de 28 de agosto de 2001.

e. Errado.

Lei n. 9.985/2000

Art. 7º As unidades de conservação integran-tes do SNUC dividem-se em dois grupos, com características específicas:

I – Unidades de Proteção Integral; II – Unidades de Uso Sustentável.

5. (CESPE/2019/TJ-PA/JUIZ DE DIREITO SUBSTI-TUTO) Com base na jurisprudência do STJ, é cor-reto afirmar que, em matéria de proteção ambien-tal em que se verifiquem omissão no cumprimento de fiscalizar, por falta de recursos, e, em consequ-ência, o agravamento do dano causado, o Estado

a. poderá ser civilmente responsabilizado, em razão da sua omissão no dever de fiscalizar.

b. não poderá ser responsabilizado, pois quem deve ser responsabilizado pelo dano é quem o causou.

c. poderá ser criminalmente responsabilizado, em razão da sua omissão no dever de fiscalizar.

d. poderá ser administrativamente responsabilizado, em razão da sua omissão.

e. não poderá ser responsabilizado, pois ao caso se aplica o princípio da reserva do possível.

Comentário

Danos ambientais. Responsabilidade solidária. A questão em causa diz respeito à responsabiliza-ção do Estado por danos ambientais causados pela invasão e construção, por particular, em unidade de conservação (parque estadual). A Turma entendeu haver responsabilidade solidária do Estado quan-do, devendo agir para evitar o dano ambiental, man-tém-se inerte ou atua de forma deficiente.

A responsabilização decorre da omissão ilícita, a exemplo da falta de fiscalização e de adoção de ou-tras medidas preventivas inerentes ao poder de po-lícia, as quais, ao menos indiretamente, contribuem para provocar o dano, até porque o poder de polícia ambiental não se exaure com o embargo à obra, como ocorreu no caso. Há que ponderar, entretanto, que essa cláusula de solidariedade não pode impli-car benefício para o particular que causou a degra-dação ambiental com sua ação, em detrimento do erário. (...)

6. (CESPE/2017/PC-GO/DELEGADO DE POLÍCIA SUBSTITUTO) No que concerne à Constituição Federal de 1988 (CF) e ao meio ambiente, assina-le a opção correta.

a. Entende-se a previsão constitucional de um meio ambiente ecologicamente equilibrado tanto como um direito fundamental quanto como um princípio jurídico fundamental que orienta a aplicação das regras legais.

b. O princípio da livre iniciativa impede que o poder público fiscalize entidades dedicadas à pesquisa e à manipulação de material genético.

c. O estudo prévio de impacto ambiental será dispen-sado nos casos de obras públicas potencialmente causadoras de significativa degradação ambiental quando elas forem declaradas de utilidade pública ou de interesse social.

d. Os espaços territoriais especialmente protegidos, definidos e criados por lei ambiental, poderão ser suprimidos por meio de decreto do chefe do Poder Executivo municipal para permitir a moradia de po-pulação de baixa renda em área urbana.

e. A competência para proteger o meio ambiente e combater a poluição em todas as suas formas é concorrente entre a União, os estados, o Distrito Federal (DF) e os municípios, de modo que a ação administrativa do órgão ambiental da União preva-lece sobre a ação dos demais entes federativos.

Comentário

c.

CF/1988 Art. 225. (…) § 1° (…)

IV – exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causa-dora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto am-biental, a que se dará publicidade;

Obs.:

Não há essa possibilidade de dispensa trazi-da na alternativa.

d.

CF/1988 Art. 225. (…) § 1° (…)

III – definir, em todas as unidades da Federa-ção, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas so-mente através de lei, vedada qualquer uti-lização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; e. É competência comum – art. 23, VI, CF/1988. Ação administrativa fiscalizatória de órgão ambiental tam-bém é competência comum dos entes federativos, mas preferencialmente é do ente que concede a licença ou autorização – art. 17, § 3°, da LC n. 140/2011.

7. (PC-DF) Considerando a Lei n. 9.985/2000, que instituiu o sistema nacional das unidades de con-servação, e a Lei n. 11.516/2007, que dispôs so-bre a criação do instituto Chico Mendes, assinale a alternativa correta.

a. As reservas biológicas compõem o grupo das uni-dades de conservação de uso sustentável, sendo admitida a existência de áreas particulares em seus limites.

b. A lei do SNUC determina que a área de uma unida-de unida-de conservação do grupo unida-de proteção integral é considerada zona rural para os efeitos legais.

c. O sistema nacional de unidades de conservação da natureza (SNUC) tem como órgão central o conselho nacional de meio ambiente e, como ór-gão executor, o instituto Chico Mendes.

d. As unidades de proteção integral têm como ob-jetivo básico a preservação da natureza, não se admitindo a utilização, mesmo indireta, de seus recursos naturais.

e. O instituto Chico Mendes é a entidade do siste-ma nacional do meio ambiente (Sisnasiste-ma) à qual cabe exercer, em caráter genérico, o poder de po-lícia ambiental e executar as ações das políticas nacionais de meio ambiente relativas ao licencia-mento ambiental e à autorização de uso dos recur-sos naturais.

Comentário

a. Errado.

Art. 8º O grupo das Unidades de Proteção In-tegral é composto pelas seguintes categorias de unidade de conservação: (...)

II – Reserva Biológica;

Art. 10. (...)

§ 1º A Reserva Biológica é de posse e do-mínio públicos, sendo que as áreas par-ticulares incluídas em seus limites serão desapropriadas, de acordo com o que dis-põe a lei.

b. Certo.

Art. 49. A área de uma unidade de conserva-ção do Grupo de Proteconserva-ção Integral é conside-rada zona rural, para os efeitos legais. c. Errado.

Art. 6º O SNUC será gerido pelos seguintes órgãos, com as respectivas atribuições: II – Órgão central: o Ministério do Meio Am-biente, com a finalidade de coordenar o Sis-tema; e

III – Órgãos executores: o Instituto Chico Mendes e o Ibama, em caráter supletivo, os órgãos estaduais e municipais, com a função de implementar o SNUC, subsidiar as pro-postas de criação e administrar as unidades de conservação federais, estaduais e muni-cipais, nas respectivas esferas de atuação. d. Errado.

Art. 7º As unidades de conservação integran-tes do SNUC dividem-se em dois grupos, com características específicas:

§ 1º O objetivo básico das Unidades de Pro-teção Integral é preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, com exceção dos casos previstos nesta Lei.

Resolução n. 237 do CONAMA

Art. 4º Compete ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Re-nováveis – IBAMA, órgão executor do SIS-NAMA, o licenciamento ambiental, a que se refere o artigo 10 da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, de empreendimentos e ativi-dades com significativo impacto ambiental de âmbito nacional ou regional, a saber:

Lei n. 6.938/1981

Art. 17-B. Fica instituída a Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental – TCFA, cujo fato gerador é o exercício regular do poder de po-lícia conferido ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renová-veis – IBAMA para controle e fiscalização das atividades potencialmente poluidoras e utili-zadoras de recursos naturais.

8. (FGV/2016/PREFEITURA DE PAULÍNIA-SP/PRO-CURADOR) Acerca das competências ambientais materiais, assinale a afirmativa correta.

a. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios combater a po-luição em qualquer de suas formas, tendo sido a Lei Complementar n. 140/2011 editada para fixar normas de cooperação entre os entes no exercício dessa competência.

b. É competência comum da União, dos Estados e do Distrito Federal preservar as florestas, a fau-na e a flora, competindo aos Municípios atuar de forma suplementar, na omissão de atuação pela União, pelos Estados e pelo Distrito Federal.

c. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios explorar a pes-quisa, a lavra, o enriquecimento e o reprocessa-mento de minérios nucleares.

d. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios proteger o meio ambiente, salvo se o bem ambiental estiver inse-rido nos biomas da Floresta Amazônica brasileira, da Mata Atlântica, da Serra do Mar, do Pantanal Mato-Grossense e da Zona Costeira, caso em que atrairão a competência exclusiva da União.

e. É competência exclusiva da União promover estu-do prévio de impacto ambiental de obras ou ativi-dades potencialmente causadoras de significativa degradação ao meio ambiente, independentemen-te da competência dos Estados, do Distrito Fede-ral ou dos Municípios para promover o respectivo licenciamento ambiental

Comentário

A letra A está correta considerando que o art. 23 da CF/1988 instituiu um regime de cooperação no âmbito da competência material comum no que tange à proteção do meio ambiente e ao combate à poluição, sendo, no âmbito infraconstitucional, a Lei Complementar n. 140/2011 o instrumento har-monizador e unificador do exercício dessa compe-tência.

A letra B está incorreta, porque ao município tam-bém é atribuída a competência administrativa comum, não atuando, necessariamente, de forma suplementar.

A letra C está incorreta, pois a exploração de ma-teriais nucleares é de competência exclusiva da União é não comum com os demais entes.

A letra D está incorreta considerando que o simples fato do bem está inserido nos referidos biomas, não atrai a competência exclusiva da União, ten-do em vista que a CF/1988 não fez qualquer ressal-va no que tange ao dever de proteger o meio am-biente (cabe a todos).

A letra E está também incorreta, tendo em vista que a competência para o licenciamento ambiental foi disciplinada na Lei Complementar n. 140/2011, não havendo qualquer regra que atribua à União a prerrogativa de sempre realizar o procedimen-to. Na verdade, sabe-se que a regra do ente licen-ciador deve ser atribuída aos Estados/DF, atraindo, em alguns casos específicos, a competência da União para gerenciar o processo de licenciamento ambiental.

9. (CESPE/2014/MPE-AC/PROMOTOR DE JUS-TIÇA) No que concerne à tutela penal do meio ambiente, assinale a opção correta com base na jurisprudência dos tribunais superiores.

a. O agente que dolosamente promova a queimada de lavouras e pastagens deve responder pela prá-tica do delito de incêndio previsto na Lei dos Cri-mes Ambientais.

b. Segundo entendimento consolidado do STJ, não é possível a aplicação do princípio da insignificância aos tipos penais que tutelam a proteção ao meio ambiente, em razão da necessidade de prote-ção ao direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado.

c. Entre as circunstâncias que atenuam a pena dos delitos previstos na Lei dos Crimes Ambientais incluem-se o baixo grau de instrução ou escola-ridade do agente e o arrependimento do infrator, manifestado pela espontânea reparação do dano ou limitação significativa da degradação ambien-tal causada.

d. O valor pago em dinheiro à vítima ou à entidade pública ou privada com fim social, em razão da aplicação da pena restritiva de direitos de pres-tação pecuniária, prevista na Lei dos Crimes Am-bientais, não poderá ser deduzido do montante de eventual reparação civil a que for condenado o infrator.

e. A prática de abuso e maus-tratos a animais, como

Documentos relacionados