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Eugênio Brügger

Tabelião de Notas e Registrador Civil das Pessoas Naturais de Ariquemes/RO - Conselheiro do Colégio Nota-rial do Brasil/RO - Professor de Direito EmpresaNota-rial do preparatório para o Exame de Ordem e da Pós-Gra-duação em Direito Tributário (Faculdade Processus - Brasília/DF) – Professor convidado de Direito Notarial e Direito Registral Imobiliário da Pós-Graduação em Direito e Gestão de Negócios Imobiliários e Pós-Gradua-ção em Direito Empresarial (UNIFOR - Fortaleza/CE) – Graduado em Direito Pela Universidade Salgado de Oliveira (Campus Goiânia/GO) – Especialista em Direito Civil, Direito Processual Civil e Direito Público pela Faculdade Processus (Brasília/DF) – Exerceu o cargo de Analista Judiciário (Área Processual) TJDFT (2010-2015) – Lecionou Direito Empresarial na Faculdade Processus e UniCeub (Brasília/DF), Direito Civil no Uni-Ceub (Brasília/DF) e FAAr (Faculdades Associadas de Ariquemes/RO), Direito Processual Civil e Direito do Consumidor na Faculdade Processus (Brasília/DF).

1. (2021/FGV/SEFAZ-ES/AUDITOR FISCAL DA RE-CEITA ESTADUAL) No processo de falência de Muniz, Canário & Bananal Ltda., após a realização das intimações eletrônicas das Fazendas Públicas federal e de todos os Estados e Municípios em que a falida tem estabelecimentos, para que to-mem conhecimento da falência, publicado o edital eletrônico com a íntegra da sentença e a relação de credores apresentada pela falida, o juiz instau-rou, para cada Fazenda Pública credora, incidente de classificação de crédito público. Acerca deste incidente, analise as afirmativas a seguir.

I – O incidente de classificação de crédito público pode ser instaurado de ofício ou a requerimen-to da Fazenda Pública ou do Ministério Público, quando qualquer destas entidades requerer a falência do devedor com fundamento no não pagamento de obrigação líquida constante de título executivo devidamente protestado para fins falimentares.

II – para aplicação das disposições concernentes ao incidente de classificação de crédito público, considera-se Fazenda Pública credora aquela constante do edital eletrônico com a relação de credores apresentada pelo falido, ou que, após a intimação eletrônica da sentença, alegue nos autos, em 15 (quinze) dias, possuir crédito con-tra o falido.

III – Instaurado o incidente de classificação de cré-dito público, as execuções fiscais em curso contra a falida e, eventualmente, contra seus sócios, permanecerão suspensas até o encer-ramento da arrecadação, sendo restabelecidas automaticamente após este termo, sem neces-sidade de pronunciamento judicial.

Está correto o que se afirma em

a. I, apenas. b. II, apenas. c. III, apenas. d. I e II, apenas. e. II e III, apenas. Comentário Item I – Errado. Lei n. 11.101/2005

Art. 7º-A. Na falência, após realizadas as in-timações e publicado o edital, conforme pre-visto, respectivamente, no inciso XIII do ca-put e no § 1º do art. 99 desta Lei, o juiz instaurará, de ofício, para cada Fazenda Pública credora, incidente de classifica -ção de crédito público e determinará a sua intimação eletrônica para que, no prazo de 30 (trinta) dias, apresente diretamente ao ad-ministrador judicial ou em juízo, a depender do momento processual, a relação comple-ta de seus créditos inscritos em dívida ativa, acompanhada dos cálculos, da classificação e das informações sobre a situação atual. Item II – Certo.

§ 1º Para efeito do disposto no caput deste artigo, considera-se Fazenda Pública cre-dora aquela que conste da relação do edi-tal previsto no § 1º do art. 99 desta Lei, ou que, após a intimação prevista no inciso XIII do caput do art. 99 desta Lei, alegue nos autos, no prazo de 15 (quinze) dias, possuir crédito contra o falido.

Item III – Errado: As execuções fiscais permanece-rão suspensas até o encerramento da falência.

Art. 7º-A. (...) § 4º (...)

V – as execuções fiscais permanecerão sus-pensas até o encerramento da falência, sem prejuízo da possibilidade de prosseguimento contra os corresponsáveis;

2. (2021/FGV/SEFAZ-ES/AUDITOR FISCAL DA RE-CEITA ESTADUAL) O empresário individual J. Monteiro requereu sua recuperação judicial e, an-tes do processamento do pedido, pleiteou a liqui-dação de seus débitos com a Fazenda Nacional, vencidos e vincendos até a data do protocolo da petição inicial, mediante parcelamento da dívida consolidada em 120 (cento e vinte) prestações mensais e sucessivas. A partir da 36ª (trigésima sexta) prestação, o devedor passou a descum-prir o parcelamento. Tal fato, nos termos da Lei nº 11.101/2005, enseja

a. a convocação de assembleia de credores para de-liberar sobre a viabilidade de prosseguimento da recuperação.

b. a intimação do Ministério Público e do administra-dor judicial para pronunciamento no prazo de 15 (quinze) dias.

c. a suspensão do processo até o pronunciamento da Fazenda credora.

d. o requerimento de falência pela Fazenda credora diante da prática de ato de falência.

e. a decretação da falência durante o processo de recuperação judicial.

Comentário

Lei n. 11.101/2005

Art. 68. As Fazendas Públicas e o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS poderão deferir, nos termos da legislação específica, parcelamento de seus créditos, em sede de recuperação judicial, de acordo com os pa-râmetros estabelecidos na Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional.

Parágrafo único. As microempresas e em-presas de pequeno porte farão jus a prazos 20% (vinte por cento) superiores àqueles re-gularmente concedidos às demais empresas.

Art. 73. O juiz decretará a falência durante o processo de recuperação judicial: (...)

V - por descumprimento dos parcelamentos referidos no art. 68 desta Lei ou da transação prevista no art. 10-C da Lei nº 10.522, de 19 de julho de 2002;

3. (2021/FGV/DPE-RJ/DEFENSOR PÚBLICO) Pa-pel Feliz PaPa-pelaria Ltda. possui em seu quadro social três sócios: José, que é também sócio ad-ministrador; Edivânia, mulher de José; e Elias, que é cunhado de José. Com o advento da pandemia de COVID-19 não foi possível manter os negó-cios, diante do baixíssimo movimento do empre-endimento. Os negócios já estavam fracos desde meados de 2018, agravando-se diante do quadro econômico que acompanhou a pandemia. Em abril de 2021, foi apresentado o pedido de falência por um de seus credores. Nesse contexto, é correto afirmar que:

a. no curso do processo de falência, é possível es-tabelecer negócios processuais entre os credores e o falido, desde que a decisão seja tomada pela deliberação de credores que representem mais da metade do valor total dos créditos.

b. Elias pode ser responsabilizado pessoalmente por dívidas do falido, após haver a desconsideração da personalidade jurídica, hipótese em que o pro-cesso de falência fica suspenso até a decisão do incidente.

c. a decisão que decreta a falência é passível de im-pugnação por recurso de agravo de instrumento, no prazo de quinze dias úteis, contanse em do-bro para a parte assistida pela Defensoria Pública.

d. o juiz pode decretar a falência da sociedade mesmo que na notificação do respectivo protes-to não seja identificada a pessoa que recebeu a intimação.

e. havendo a decretação da falência, eventual pro-cedimento arbitral já instaurado deverá ser extinto, diante do juízo universal da falência.

Comentário

O CPC é aplicado subsidiariamente à Lei n. 11.101/2005, nos termos do artigo 189 da referida Lei; assim, é perfeitamente aplicável o artigo 190 do CPC que dá a possibilidade de negócios jurídicos processuais, desde que a decisão seja tomada pela deliberação de credores que representem mais da metade do valor total dos créditos, de acordo com o artigo 42 da Lei n. 11.101/2005.

4. (2018/FGV/AL-RO/ADVOGADO) Sobre títulos de crédito, analise as afirmativas a seguir.

I – A lei brasileira permite que se faça um endosso parcial, desde que seja tal circunstância anota-da no verso do título de crédito transferido. II – Nos títulos de crédito ao portador, a prestação

é devida ainda que o documento tenha entrado em circulação contra a vontade do emitente. III – Em relações jurídicas regidas pelo direito

co-mum, é válida a cláusula pela qual o avalista se responsabiliza por parte do pagamento da dívida.

Está correto o que se afirma em

a. I, somente. b. II, somente. c. III, somente. d. I e II, somente. e. II e III, somente. Comentário Código Civil

Art. 897. O pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma de-terminada, pode ser garantido por aval.

Parágrafo único. É vedado o aval parcial. Art. 905. O possuidor de título ao portador tem direito à prestação nele indicada, mediante a sua simples apresentação ao devedor.

Parágrafo único. A prestação é devida ain-da que o título tenha entrado em circula-ção contra a vontade do emitente.

Art. 912. Considera-se não escrita no endos-so qualquer condição a que o subordine o endossante.

Parágrafo único. É nulo o endosso parcial.

5. (2018/FGV/CÂMARA DE SALVADOR-BA/ANA-LISTA LEGISLATIVO MUNICIPAL/LICITAÇÃO, CONTRATOS E CONVÊNIOS) Em relação à emissão e ao pagamento do cheque, analise as afirmativas a seguir.

I – Um cheque no valor de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) emitido na cidade de Jacobina/BA, com praça de pagamento na cidade de Andaraí/ BA, deverá ser apresentado a pagamento nos 30 (trinta) dias seguintes ao de sua emissão. II – Após a expiração do prazo de apresentação,

poderá o emitente dar ao sacado contraordem de pagamento com efeito imediato.

III – A assinatura do emitente deve ser autógrafa (de próprio punho), sendo vedada emissão de cheque por chancela mecânica ou processo equivalente.

Está correto o que se afirma em:

a. somente II; b. somente III; c. somente I e II; d. somente I e III; e. I, II e III. Comentário

Lei de Cheque (Lei n. 7.357/1985) Item I – Errado.

Art. 33. O cheque deve ser apresentado para pagamento, a contar do dia da emissão, no prazo de 30 (trinta) dias, quando emitido no lugar onde houver de ser pago; e de 60 (ses-senta) dias, quando emitido em outro lugar do País ou no exterior.

Item II – Certo.

Art. 35. O emitente do cheque pagável no Brasil pode revogá-lo, mercê de contra--ordem dada por aviso epistolar, ou por via judicial ou extrajudicial, com as razões moti-vadoras do ato.

Parágrafo único. A revogação ou contra--ordem só produz efeito depois de expira-do o prazo de apresentação e, não sendo promovida, pode o sacado pagar o cheque até que decorra o prazo de prescrição, nos termos do art. 59 desta Lei.

Item III – Errado.

Art. 1º O cheque contém:

I – a denominação ‘’cheque’’ inscrita no con-texto do título e expressa na língua em que este é redigido;

II – a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

III – o nome do banco ou da instituição finan-ceira que deve pagar (sacado);

IV – a indicação do lugar de pagamento; V – a indicação da data e do lugar de emissão; VI – a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes especiais.

Parágrafo único. A assinatura do emitente ou a de seu mandatário com poderes es-peciais pode ser constituída, na forma de legislação específica, por chancela mecâ -nica ou processo equivalente.

GABARITOS

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