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Programação. 07h30 Ética e Estatuto e Direito Tributário Maria Christina h Direito Processual do Trabalho Aryanna Linhares 06

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2021

07h30 | Ética e Estatuto e Direito Tributário • Maria Christina 03

09h | Direito Processual do Trabalho • Aryanna Linhares 06

09h45 | Direito do Trabalho • Rafael Tonassi 08

10h30 | Direito Constitucional • Ana Paula Blazute 10

11h15 | Direito Penal • Michelle Tonon 11

12h | Direito Administrativo • Gustavo Brígido 15

12h45 | Direito Civil • Roberta Queiroz 25

13h30 | Direito Processual Civil • Raquel Bueno 29

14h15 | ECA e Direito do Consumidor • Patrícia Dreyer 35

15h | Direito Ambiental • Nilton Coutinho 38

15h45 | Filosofia do Direito • Odair José 46

16h30 | Direitos Humanos e Direito Internacional • Alice Rocha 49

17h15 | Direito Processual Penal • Lorena Ocampos 54

18h | Direito Empresarial • Eugênio Brügger 58

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ÉTICA E ESTATUTO E DIREITO TRIBUTÁRIO

Maria Christina Barreiros

Pós Graduada em Direito Público, Civil e Processo Civil. Doutoranda pela UMSA. Professora na Faculdade Pro- cessus nas disciplinas de Direito Administrativo, Constitucional, Tributário e Estatuto e Ética para OAB na Gradu- ação, Pós Graduação, Exame de Ordem 1° e 2° Fase e preparatórios para Concurso Público há 12 anos. Pro- fessora na AMAGIS - Escola da Magistratura do DF há 3 anos. Advogada especialista em Direito Tributário, Cível, Constitucional e Administrativo

1. João foi aprovado no concurso para analista do Ministério Público requerendo a sua licença para o exercício da advocacia. Joel tomou posse como auditor do TCU. Diante dos fatos, assinale a alter- nativa correta.

a. João e Joel se tornarão incompatíveis definitivos para o exercício da advocacia.

b. João e Joel se tornarão incompatíveis provisórios para o exercício da advocacia.

c. João se tornará incompatível e Joel impedido de advogar contra a União.

d. João se tornará incompatível provisório e Joel impedido de advogar contra toda a administra- ção pública.

Comentário

Arts. 28 e 30 do EOAB.

2. Rita é advogada, mas sofre com embriaguez vo- luntária sendo encontrada esporadicamente larga- da às traças na porta do Tribunal. Diante dos fatos, assinale a alternativa correta.

a. Rita será declarada inidônea e excluída dos qua- dros da OAB.

b. Rita será suspensa do exercício da profissão por exercer uma conduta incompatível com a advocacia.

c. Rita sofrerá penalidade de censura.

d. Rita sofre penalidade de multa de uma a quinze anuidades da OAB.

Comentário

Art. 34, inciso XXV e parágrafo único do Estatuto da OAB.

3. Vinícius devidamente inscrito como estagiário nos quadros da OAB praticou ato infracional de quebra de sigilo tendo sido instaurado processo adminis- trativo disciplinar. Diante dos fatos, assinale a op- ção correta.

a. Vinícius será excluído dos quadros da OAB.

b. Vinícius será suspenso de 30 dias a 12 meses.

c. Vinícius será censurado e multado pela gravidade dos atos.

d. Vinicius será apenas censurado.

Comentário

Art. 34, XXIX, do Estatuto da OAB.

4. A seccional do Distrito Federal convocou as elei- ções com 40 dias de antecedência inscrevendo as chapas no mesmo momento da convocação.

Diante dos fatos, assinale a alternativa correta.

a. A convocação e a inscrição das chapas deve ocor- rer com uma antecedência mínima de 40 dias da data designada para eleição que deverá ser rea- lizada no mês de novembro em 8 horas corridas.

b. A convocação das eleições deverá ocorrer com uma antecedência mínima de 45 dias, a inscrição das chapas com uma antecedência mínima de 30 dias devendo as eleições serem realizadas na pri- meira quinzena de novembro em 8 horas corridas.

c. As eleições deverão ser convocadas com uma antecedência mínima de 40 dias, a inscrição das chapas com 30 dias de antecedência e as elei- ções ocorrerão no mês de novembro em 8 horas corridas.

d. As eleições deverão ser convocadas com uma an- tecedência mínima de 45 dias, as chapas deverão ser inscritas com uma antecedência mínima de 30 dias e as eleições para as seccionais deverão ocorrer na segunda quinzena de novembro em 8h corridas.

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5. Márcio, advogado, em uma briga de trânsito atro- pelou uma mulher deixando- a em coma no hospi- tal por mais de 3 meses. Diante dos fatos, assinale a alternativa correta.

a. Márcio poderá ser suspenso preventivamente do exercício da profissão diante da grande reper- cussão pública do caso após ser ouvido preven- tivamente pelo Conselho seccional do local da in- fração devendo o processo ser finalizado em no máximo 60 dias.

b. Márcio ao ser suspenso preventivamente não per- dera suas prerrogativas como advogado e somen- te poderá ser preso antes do trânsito em julgado em sala de estado maior ou caso não exista em prisão domiciliar.

c. Márcio caso interponha recurso administrativo contra a decisão desfavorável a sua pessoa de- verá fazê-lo no prazo de 15 dias e requerer a atri- buição de efeito suspensivo em decorrência da suspensão preventiva.

d. Caso a autoridade administrativa viole as prerro- gativas do advogado deverá ser punida pela práti- ca de crime com pena de reclusão de 3 meses a 1 ano somado com penalidade de multa.

Comentário

a. Em caso de SUSPENSÃO preventiva, o processo administrativo tramita no local da inscrição principal.

b. Art. 7º, IV, do Estatuto da OAB.

c. Recursos em processo eleitoral: suspensão pre- ventiva do advogado e cancelamento da OAB por falsa prova não terão efeito suspensivo.

d. A autoridade responderá com pena de detenção conforme o art. 7-B do Estatuto da OAB.

6. De acordo com o Sistema Tributário Nacional e as normas do ICMS, assinale a opção correta.

a. Resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos Se- nadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais.

b. Resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos Se- nadores, aprovada pela maioria simples de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações.

c. É facultado ao Senado Federal estabelecer alí- quotas mínimas nas operações internas, median- te resolução de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria simples de seus membros.

d. Fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito específico que envolva inte- resse de Estados, mediante resolução de iniciativa da maioria simples e aprovada por dois terços de seus membros.

e. Cabe ao senado federal estabelecer as alíquotas mínimas de ITCMD.

Comentário

a. Art. 155, § 2º, IV, CF/1988.

b. Art. 155, § 2º, IV, CF/1988: maioria absoluta.

c. Art. 155, § 2º, V, “a”, CF/1988: maioria absoluta. CI.

d. Art. 155, § 2º, V, “b”, CF/1988: maioria absoluta.

e. Art. 155, § 1º, CF/1988: alíquota máxima.

7. João faleceu e seu inventário foi instaurado no es- tado do Ceará. O de cujus deixou um carro e uma moto no Ceará e outro apartamento em Minas Ge- rais. Diante do caso posto, assinale a alternativa correta.

a. O ITCMD da casa no Ceará será devido para o próprio estado por ser o local do inventário.

b. O ITCMD da casa no Ceará será devido para o próprio estado por ser o local do bem.

c. O ITCMD do apartamento em Minas Gerais será devido para o Ceará por ser o local do inventário.

d. O ITCMD da moto e da casa no Ceará serão devi- dos para o Ceará.

e. O ITCMD da moto, da casa é do apartamento se- rão devidos para o Ceará.

Comentário

O ITCMD de bem imóvel é devido para o local do bem. Vide art. 155, § 1º, II e III, CF/1988.

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8. Sobre o Sistema Tributário Nacional, assinale a alternativa correta.

a. O imposto extraordinário de guerra será criado pela União por meio de lei complementar.

b. O empréstimo compulsório é de competência ex- clusiva a União podendo em caso de guerra ser criado por medida provisória.

c. O imposto extraordinário de guerra será criado pela União por meio de medida provisória.

d. O imposto extraordinário de guerra será criado pela União por meio de lei complementar diante de calamidade pública.

e. O empréstimo compulsório será criado pela União por meio de lei complementar diante da iminência de calamidade.

Comentário

a. Art. 154, II, CF/1988.

b. Art. 148, CF/1988. Só por LC.

c. Art. 154, II, CF/1988. O imposto de guerra pode ser criado por meio lei ordinária sendo cabível me- dida provisória.

d. Impostos de guerra não podem ser criados diante de calamidade.

e. Não pode diante de iminência de calamidade.

9. Diante das limitações ao poder de tributar, assina- le a opção correta.

a. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios exigir ou aumen- tar tributo com lei que o estabeleça.

b. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir tra- tamento desigual entre contribuintes que se en- contrem em situação equivalente, permitida qual- quer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos.

c. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos após do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado.

d. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios no mesmo exer- cício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou majorou.

e. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar tributo após decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou.

Comentário

a. Art. 150, I, CF/1988.

b. Art. 150, II, CF/1988.

c. Art. 150, III, “a”, CF/1988.

d. Art. 150, III, “b”, CF/1988.

e. Art. 150, III, “c”, CF/1988.

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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO

Aryanna Linhares

Professora de Direito do Trabalho e de Processo do Trabalho e Advogada. Mestranda em Direito do Trabalho pela Universidade de Coimbra, Portugal. Autora de obras jurídicas da área trabalhista publicadas pela editora Juspo- divm. Palestrante. Especialista em Direito e Processo do Trabalho e Processo Civil.

1. (XXVII EXAME) Em reclamação trabalhista ajuiza- da em fevereiro de 2018, os pedidos formulados por Paulo em face do seu ex-empregador foram julgados totalmente procedentes. Em relação à verba honorária, de acordo com a CLT, sabendo- -se que o patrocínio de Paulo foi feito por advoga- do particular por ele contratado, assinale a afirma- tiva correta.

a. Não haverá condenação em honorários advocatícios, porque o autor não está assistido pelo sindicato de classe.

b. Haverá condenação em honorários de, no mínimo, 10% e de, no máximo, 20% em favor do advogado.

c. Haverá condenação em honorários de, no mínimo, 5% e de, no máximo, 15% em favor do advogado.

d. Somente se a assistência do advogado do autor for gratuita é que haverá condenação em honorários, de até 20%.

2. (XXIX EXAME) O réu, em sede de reclamação tra- balhista, ajuizada em 20/04/2018, apresentou de- fesa no processo eletrônico, a qual não foi ofereci- da sob sigilo. Feito o pregão, logo após a abertura da audiência, a parte autora manifestou interesse em desistir da ação. Sobre a desistência da ação pela parte autora, assinale a afirmativa correta.

a. O juiz deverá, imediatamente, homologar a desistência.

b. Não é possível desistir da ação após a proposi- tura desta.

c. Oferecida a contestação, ainda que eletronica- mente, o reclamante não poderá, sem o consenti- mento do reclamado, desistir da ação.

d. O oferecimento da defesa pelo réu em nada se relaciona à questão da desistência de pedidos ou da demanda.

3. (XXXI EXAME) Heloísa era empregada doméstica e ajuizou, em julho de 2019, ação contra sua ex- -empregadora, Selma Reis. Após regularmente instruída, foi prolatada sentença julgando o pedido procedente em parte. A sentença foi proferida de for- ma líquida, apurando o valor devido de R$ 9.000,00 (nove mil reais) e custas de R$ 180,00 (cento e oi- tenta reais). A ex-empregadora, não se conforman- do com a decisão, pretende dela recorrer.

Indique a opção que corresponde ao preparo que a ex-empregadora deverá realizar para viabilizar o seu recurso, sabendo-se que ela não requereu gratuidade de justiça porque tem boas condições financeiras.

a. Tratando-se de empregador doméstico, só haverá necessidade de recolher as custas.

b. Deverá recolher integralmente as custas e o depósito recursal.

c. Por ser empregador doméstico, basta efetuar o re- colhimento do depósito recursal.

d. Deverá recolher as custas integralmente e metade do depósito recursal.

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4. (XXXI EXAME) José da Silva, que trabalhou em determinada sociedade empresária de 20/11/2018 a 30/04/2019, recebeu, apenas parcialmente, as verbas rescisórias, não tendo recebido algumas horas extras e reflexos. A sociedade empresária pretende pagar ao ex-empregado o que entende devido, mas também quer evitar uma possível ação trabalhista.

Sobre a hipótese, na qualidade de advogado(a) da sociedade empresária, assinale a afirmativa correta.

a. Deverá ser indicado e custeado um advogado para o empregado, a fim de que seja ajuizada uma ação para, então, comparecerem para um acor- do, que já estará previamente entabulado no valor pretendido pela empresa.

b. Deverá ser instaurado um processo de homologação de acordo extrajudicial, proposto em petição conjunta, mas com cada parte representa- da obrigatoriamente por advogado diferente.

c. Deverá ser instaurado um processo de homologação de acordo extrajudicial, proposto em petição conjunta, mas cada parte poderá ser representada por advogado, ou não, já que, na Justiça do Trabalho, vigora o jus postulandi.

d. Deverá ser instaurado um processo de homologação de acordo extrajudicial, proposto em petição conjunta, mas com advogado único repre- sentando ambas as partes, por se tratar de acordo extrajudicial.

5. (XXXI EXAME) Após tentar executar judicialmente seu ex-empregador (a empresa Tecidos Suaves Ltda.) sem sucesso, o credor trabalhista Rodri- go instaurou o incidente de desconsideração de personalidade jurídica, objetivando direcionar a execução contra os sócios da empresa, o que foi aceito pelo magistrado. De acordo com a CLT, as- sinale a opção que indica o ato seguinte.

a. O sócio será citado por oficial de justiça para pa- gar a dívida em 48 horas.

b. O sócio será citado para manifestar-se e requerer as provas cabíveis no prazo de 15 dias.

c. O juiz determinará de plano o bloqueio de bens e valores do sócio, posto que desnecessária a sua citação ou intimação.

d. Será conferida vista prévia ao Ministério Público do Trabalho, para que o parquet diga se concorda com a desconsideração pretendida.

6. Eraldo ajuiza reclamação trabalhista em face da empresa Fleck Ltda. em São Paulo capital, porém o autor sempre trabalhara em Curitiba/PR que, na ótica da reclamada, é o local onde deve tramitar o feito. Neste caso:

a. o reclamado deve apresentar exceção de incom- petência em 48 horas.

b. o reclamado deve apresentar exceção de incom- petência em 5 dias contados do recebimento da notificação.

c. o reclamado deve arguir a incompetência territorial em preliminar de contestação.

d. é incabível a alegação de incompetência territorial.

7. (XXX EXAME) No decorrer de uma reclamação trabalhista, que transitou em julgado e que se en- contra na fase executória, o juiz intimou o autor a apresentar os cálculos de liquidação respecti- vos, o que foi feito. Então, o juiz determinou que o cálculo fosse levado ao setor de Contadoria da Vara para conferência, tendo o calculista confir- mado que os cálculos estavam adequados e em consonância com a coisa julgada. Diante disso, o juiz homologou a conta e determinou que o execu- tado depositasse voluntariamente a quantia, sob pena de execução forçada.

Diante dessa narrativa e dos termos da CLT, assi- nale a afirmativa correta.

a. Equivocou-se o juiz, porque ele não poderia ho- mologar o cálculo sem antes conceder vista ao executado pelo prazo de 8 dias.

b. Correta a atitude do magistrado, porque as contas foram conferidas e foi impressa celeridade ao pro- cesso do trabalho, observando a duração razoável do processo.

c. A Lei não fixa a dinâmica específica para a liquidação, daí porque cada juiz tem liberdade para criar a forma que melhor atenda aos anseios da justiça.

d. O juiz deveria conceder vista dos cálculos ao exe- cutado e ao INSS pelo prazo de 5 dias úteis, pelo que o procedimento adotado está errado.

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DIREITO DO TRABALHO

Rafael Tonassi

Graduado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Gama Filho. Especializado em Direito do Trabalho e Previdenciário pela UESA e mestre em Direito do Trabalho pela Universidade de Coimbra. Possui Diploma de Estudos Avançados do Curso de Doutorado da Universidad Alcalá de Henares, em Madri. Foi procurador-geral do município de Nova Iguaçu.Foi procurador-geral autárquico do Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro. Professor de Direito do Trabalho do Gran Cursos Online. Palestrante de diversos seminários e congres- sos. Professor de pós-graduação da Academia Brasileira de Direito Constitucional e da Faculdade Baiana de Direito. Autor de várias obras jurídicas.

1. Assinale a única opção que enseja a interrupção do contrato de trabalho.

a. Férias.

b. Eleição para cargo de direção sindical.

c. Aposentadoria provisória, sendo o trabalhador considerado incapaz para trabalhar.

d. Prisão provisória do empregado.

2. Os requisitos necessários à caracterização do vín- culo de emprego abrangem

a. onerosidade, exclusividade, subordinação jurídica e alteridade.

b. eventualidade, pessoalidade, onerosidade e su- bordinação jurídica.

c. subordinação, não eventualidade, onerosidade e pessoalidade.

d. dependência econômica, continuidade, subordina- ção e alteridade.

e. onerosidade, exclusividade, subordinação jurídica e não eventualidade.

3. Segundo expressa previsão em nossa ordem jurí- dica, assinale a afirmativa que indica o trabalhador que possui igualdade de direitos com os que têm vínculo empregatício permanente.

a. Trabalhador doméstico.

b. Trabalhador voluntário.

c. Trabalhador avulso.

d. Trabalhador estatutário.

4. Maria, empregada de uma panificadora, adotou uma criança de 10 anos de idade. Quando da adoção, obteve a informação de que faria jus à li- cença-maternidade, daí decorrente. Em conversa com seu empregador, Maria foi informada que não desfrutava do mencionado benefício. Na dúvida a empregada requereu a licença-maternidade junto ao INSS.

Diante do caso apresentado, assinale a afirmativa correta.

a. A duração da licença-maternidade de Maria tem va- riação de acordo com a idade da criança adotada.

b. Maria não tem direito à licença-maternidade, pois se trata de adoção e a legislação não prevê essa hipótese.

c. Maria tem direito à licença-maternidade de 120 dias, sem prejuízo do emprego e do salário, inde- pendentemente da idade da criança adotada.

d. Maria tem direito a duas semanas de licença-ma- ternidade correspondentes ao período de adapta- ção necessário na adoção.

5. Com relação ao contrato de trabalho, assinale a opção correta.

a. O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário nos dias em que estiver comprovadamente realizando prova de exame vestibular para ingresso em estabeleci- mento de ensino superior.

b. A suspensão do empregado por mais de quinze dias consecutivos importa na rescisão injusta do contrato de trabalho.

c. Constitui justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador a condenação criminal do empregado proferida pelo juiz de primeiro grau.

d. A suspensão do empregado por mais de vinte dias consecutivos importa na rescisão injusta do con- trato de trabalho.

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6. Relativamente à alteração do contrato de trabalho, é correto afirmar que

a. é considerada alteração unilateral vedada em lei a determinação ao empregador para que o empre- gado com mais de dez anos na função reverta ao cargo efetivo.

b. o empregador pode, sem a anuência do emprega- do exercente de cargo de confiança, transferi-lo, com mudança de domicílio, para localidade diver- sa da que resultar do contrato, independentemen- te de real necessidade do serviço.

c. o empregador pode, no tocante empregado cujo contrato tenha como condição, implícita ou explí- cita, transferi-lo, com mudança de domicílio, para localidade diversa da que resultar do contrato, no caso de real necessidade do serviço.

d. o adicional de 25% é devido nas transferências provisórias e definitivas.

7. Uma empresa põe anúncio em jornal oferecendo emprego para a função de vendedor, exigindo que o candidato tenha experiência anterior de 11 me- ses nessa função. Diante disso, assinale a alter- nativa correta.

a. A exigência é legal, pois a experiência até 1 ano pode ser exigida do candidato a qualquer empre- go, estando inserida no poder diretivo do futuro empregador.

b. A exigência não traduz discriminação no emprego, de modo que poderia ser exigido qualquer período de experiência anterior.

c. A exigência é ilegal, pois o máximo que o futuro empregador poderia exigir seriam 3 meses de experiência.

d. A exigência é ilegal, pois o máximo que o futuro empregador poderia exigir seriam 6 meses de experiência.

8. A idade mínima para que alguém seja contratado como empregada doméstica e aprendiz é de, res- pectivamente,

a. 16 anos, 14 anos.

b. 21 anos, 16 anos.

c. 14 anos, 16 anos.

d. 18 anos, 14 anos.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

Ana Paula Blazute

Graduação em Direito. Pós-Graduação em Direito Público. Ministra cursos preparatórios para concursos e Exame da Ordem na área de Conhecimentos de Direito Administrativo e Direito Constitucional. Aprovada nos concursos de Analista Judiciário, área judiciária, TRT 14° Região, e Técnico Judiciário, área administrativa, TRT 3° Região.

1. A decisão do Tribunal de Justiça do Estado X con- trariou expressamente a orientação da Súmula Vinculante n. 55 do Supremo Tribunal Federal - STF, que dispõe que o direito ao auxílio-alimenta- ção não se estende aos servidores inativos. Nes- se caso, a medida constitucional devida perante o STF seria:

a. Mandado de segurança.

b. Reclamação constitucional.

c. Ação Popular.

d. Ação direta de inconstitucionalidade.

2. A Constituição do Estado de Minas Gerais de 1989, no artigo 70, § 2º, permite que o vício de iniciativa em projeto de lei seja validado por ato posterior do governador, que sancione a lei expressamen- te ou tacitamente. Ocorre que o Procurador-Geral da República ingressou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade contra o artigo 70, § 2º, da Constituição do Estado de Minas Gerais. De acor- do com a Constituição Federal e a Jurisprudência, responda a alternativa correta:

a. O Procurador-Geral da República tem razão ao ajuizar a Ação Direta de Inconstitucionalidade, pois a sanção, enquanto ato de competência do chefe do Poder Executivo (no caso, o Governador do estado), não tem força normativa para sanar vício de inconstitucionalidade formal subjetiva, mesmo que se trate de usurpação de iniciativa do próprio chefe do Executivo.

b. O Procurador-Geral da República não tem razão ao ajuizar a Ação Direta de Inconstitucionalidade, pois embora tenha legitimidade para propor ação do controle concentrado, a medida adequada se- ria a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental.

c. O Procurador-Geral da República não é legitima- do para propor ação do controle concentrado, logo não poderia ajuizar a Ação Direta de Inconstitu- cionalidade.

d. O Procurador-Geral da República não tem razão ao ajuizar a Ação Direta de Inconstitucionalidade, pois o vício de iniciativa em projeto de lei pode ser validado por ato posterior do Governador.

3. O Estado Alfa, com a intenção de amenizar a cri- se ocasionada pela pandemia da Covid-19, editou uma lei que determinava a suspensão por até 180 dias da cobrança dos empréstimos consignados contratados por servidores públicos estaduais, e a não incidência de juros sobre os meses que fica- rem em aberto.

Considerando o caso concreto, marque a alterna- tiva correta, que esteja de acordo com a Constitui- ção Federal e a jurisprudência.

a. A lei estadual é inconstitucional, pois viola a com- petência privativa da União para legislar sobre di- reito civil e política de crédito.

b. A lei estadual é constitucional, pois compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legis- lar concorrentemente sobre direito civil e política de crédito.

c. A lei estadual é constitucional, pois a competência para legislar sobre o assunto de direito civil e polí- tica de crédito é comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

d. A lei estadual é inconstitucional, pois viola a com- petência do Município para legislar sobre assuntos de interesse local.

4. Caso hipotético: A lei municipal X de 2021 está em desconformidade com a Constituição Federal de 1988. A via adequada para exercer o controle de constitucionalidade da referida norma no STF é o(a) a. arguição de Descumprimento de Preceito

Fundamental.

b. ação direta de inconstitucionalidade c. ação declaratória de constitucionalidade.

d. mandado de segurança.

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DIREITO PENAL

Michelle Tonon

Bacharel em Direito pela Universidade de Brasília - UnB (2005). Atuou, de 2005 a 2007, como assessora de Subprocuradores-Gerais da República na PGR. Ingressou na Defensoria Pública do Distrito Federal em 2008, com atuação predominante na área criminal e Tribunal do Júri. Possui pós-graduação lato sensu em Direito, Estado e Constituição pela Jurplac/Faciplac (2009). É coautora das obras "Série Defensoria Pública. Teses jurídi- cas dos Defensores Públicos do Distrito Federal. Direito Penal e Processual Penal. Coordenação da ADEP-DF",

"Manual de mediação judicial", "Estudos de arbitragem, mediação e negociação. Volumes 2 e 3", "O novo Direito Administrativo brasileiro - o Estado, as agências e o terceiro setor" e "O novo Direito Administrativo - o público e o privado em debate." Professora de cursos preparatórios para concursos desde 2017. Membro da comissão criminal permanente do Colégio Nacional dos Defensores Públicos Gerais – CONDEGE. Na Defensoria Pública do Distrito Federal, exerce atualmente a função de Coordenadora do NUDEM – Núcleo de Assistência Jurídica de Defesa das Mulheres.

1. Em julho de 2021, Hugo, inconformado com o tér- mino de seu relacionamento amoroso com Caro- lina, passa a enviar dezenas de mensagens por aplicativos de conversas todos os dias, questio- nando a moça sobre o rompimento e desejando marcar um encontro. Em redes sociais, também envia mensagens, em tom ameaçador, mencio- nando que cometeria um ato de loucura caso Ca- rolina não o respondesse. Além disso, durante cer- ca de duas semanas, Hugo se dirigiu ao trabalho de Carolina e permanecia na porta, observando- -a, por algumas horas, sendo notado pelos cole- gas de trabalho de Carolina. Em determinado dia, após perseguir a ex-namorada na saída do traba- lho, Hugo é preso em flagrante. A família procura você, advogado/a, para aconselhamento jurídico.

Nessa situação:

a. A conduta descrita caracteriza a contravenção pe- nal de perturbação da tranquilidade, infração de menor potencial ofensivo, cabendo a aplicação dos institutos despenalizadores da Lei n. 9.099/1995, como a transação penal.

b. Hugo praticou o delito de perseguição ou stalking, previsto no art. 147-A do Código Penal, na forma majorada, pois praticado contra mulher em con- texto de violência doméstica e familiar, sob a égide da Lei Maria da Penha. O crime é de ação penal pública condicionada, dependendo de representa- ção de Carolina.

c. Ainda que Hugo praticasse um único ato de ob- servação de Carolina em seu local de trabalho já estaria caracterizado o crime de perseguição, o qual não exige um comportamento reiterado do agressor.

d. A conduta de Hugo é atípica, pois seria necessário o efetivo ingresso no local de trabalho de Carolina, assim como a prática de violência física contra a moça, o que não se verificou no caso.

2. (FGV/TJ-PR/2021/ADAPTADA) João subtraiu um celular de Maria, no dia 24/12/2019, mediante gra- ve ameaça consistente na promessa de ofender sua integridade corporal, exercida com o emprego de uma faca de 22 cm de lâmina. A ação foi per- cebida por guardas municipais, em patrulhamen- to, que detiveram João de imediato, ainda com a faca na mão e com o celular subtraído. A tipicidade adequada dessa conduta é:

a. roubo simples tentado.

b. roubo simples consumado.

c. roubo qualificado pelo emprego de arma.

d. roubo qualificado pelo emprego de arma bran- ca, tentado.

3. (FCC/DPE-BA/2021/ADAPTADA) Em 12/3/2021, Fernando chegou em casa alcoolizado e após dis- cussão por ciúme, desferiu dois fortes socos no olho de sua esposa Vitória. Em seguida, Fernando disse que “não quer que ela fique novamente de conversa com outros homens na rua” e saiu de casa. Vitória pediu ajuda a vizinhos que a encami- nharam ao pronto-socorro para os devidos cuida- dos. Em razão dos ferimentos, Vitória precisou ser submetida a pequena cirurgia, que necessitou de cinco dias de observação no hospital, mas após alta médica poderia voltar às suas atividades ha- bituais normalmente. Contudo, no último dia se sentiu mal e realizou exames no hospital, tendo sido constatada infecção por Covid-19, que ocor- rera no hospital. Em razão das complicações do vírus, Vitória seguiu internada no hospital e morreu vinte e um dias depois. Diante dos fatos narrados, Fernando deve responder por

a. lesão corporal em situação de violência doméstica.

b. lesão corporal seguida de morte.

c. feminicídio.

d. tentativa de homicídio.

(12)

4. (FGV/TJ-PR/2021/ADAPTADA) Antônio, 19 anos de idade, filho de José, agrediu reiteradas vezes Pedro, marido de seu pai. O agressor residia com o casal, na casa de seu genitor. Chegando o pro- cesso ao Judiciário, o juiz impôs medida protetiva em favor do casal, José e Pedro, determinando que o agressor se afastasse de ambos, proibindo- -o de manter contato ou se aproximar das vítimas.

Houve descumprimento da medida por parte do agressor, com ingresso na casa paterna, mas com consentimento de José, e nova agressão a Pedro, que chamou força policial, sendo Antônio levado à delegacia policial. Nesse caso, as figuras típicas em análise são:

a. lesão corporal (art. 129, caput, do CP).

b. lesão corporal (art. 129, caput, do CP), invasão de domicílio (art. 150, caput, do CP) e descumpri- mento de medida protetiva (art. 24-A, caput, da Lei n. 11.340/2006).

c. violência doméstica (art. 129, § 9º, do CP).

d. violência doméstica (art. 129, § 9º, do CP) e des- cumprimento de medida protetiva (art. 24-A, ca- put, da Lei n. 11.340/2006).

5. (FGV/SEFAZ/2021) José trabalha como guarda- -vidas da piscina do Clube Romano, aberto ao público das 8h às 22h, diariamente. A piscina do clube funciona das 9h às 21h, de terça a domingo, sendo aberta por Antônio, que trabalha como ze- lador no mesmo clube. José é sempre o primeiro a entrar na área da piscina, tão logo ela é aber- ta, para assumir seu posto no alto da cadeira de guarda-vidas. Contudo, no dia 1º de novembro de 2020, ele não chegou no horário porque sua condução atrasou. O espaço da piscina foi aberto por Antônio no horário habitual, mas José somen- te chegou ao clube às 10h. Ao entrar na área da piscina deparou-se com uma cena terrível: o corpo de uma criança morta, boiando na piscina. Sobre a conduta de José, assinale a afirmativa correta.

a. José não praticou nenhum crime.

b. José omitiu-se na prestação de socorro (art.

135 do CP).

c. José cometeu homicídio culposo (art. 121, § 3º, do CP).

d. José cometeu homicídio culposo na modalidade comissiva por omissão, pois exercia a função de garantidor (art. 121, § 3º, c/c. art. 13, § 2º, am- bos do CP).

6. (FGV/SEFAZ/2021/ADAPTADA) Durante uma fiscalização de rotina in loco de um determinado estabelecimento comercial, dois fiscais solicitam ao comerciante a documentação pertinente. O co- merciante exibe os documentos aos fiscais e estes constatam a ocorrência de irregularidades que os obrigariam a autuar o estabelecimento. Os fiscais comunicam ao comerciante que ele será autuado, momento em que este oferece a quantia de R$

10.000,00 (dez mil reais) para que eles deixassem de fazer a autuação. Os fiscais responderam que estariam de acordo mediante o pagamento de R$

50.000,00 (cinquenta mil reais). O comerciante afirma que não tem essa quantia e os fiscais reali- zam a autuação na forma da lei. Diante da narrati- va, assinale a afirmativa correta.

a. O comerciante e os fiscais não cometeram ne- nhum crime, pois não foi efetivado o pagamento de dinheiro e o estabelecimento foi regularmen- te autuado.

b. O comerciante cometeu o crime de corrupção e os fiscais cometeram o crime de concussão, todos na modalidade tentada.

c. O comerciante cometeu o crime de corrupção ati- va na modalidade tentada e os fiscais não come- teram nenhum crime.

d. O comerciante cometeu o crime de corrupção ativa e os fiscais cometeram o crime de corrup- ção passiva.

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7. (FGV/MPE-RJ/ESTÁGIO/2020/ADAPTADA) Jor- ge ingressou em uma loja de conveniência de determinado posto de gasolina com a intenção de praticar um crime de roubo, portando um si- mulacro de arma de fogo. Após ingressar no local e anunciar o assalto, verifica que a única pessoa presente e que estava responsável pelo caixa era o adolescente Caio, de 16 anos de idade, que aju- dava seu pai idoso, verdadeiro proprietário do es- tabelecimento. Lamentando o fato de o adolescen- te estar trabalhando, Jorge retira-se do local sem subtrair qualquer bem. Os fatos são descobertos pela autoridade policial após divulgação das ima- gens da câmera de segurança, mas Caio e seu pai optam por não comparecer em sede policial por não terem interesse em ver Jorge responsa- bilizado, diante da decisão do autor de não sub- trair bens durante a execução do delito. Com base nas informações expostas, é correto afirmar que a conduta de Jorge configura:

a. conduta atípica, em razão do arrependimento efi- caz e do desinteresse de Caio e seu representante em verem o autor do fato responsabilizado pelo delito residual.

b. conduta atípica, em razão da desistência voluntá- ria e do desinteresse de Caio e seu representante em verem o autor do fato responsabilizado pelo delito residual.

c. crime de roubo simples, devendo ser reconhecida a causa de diminuição de pena em razão do arre- pendimento posterior.

d. crime de roubo majorado pelo emprego de arma de fogo, com causa de redução de pena da tentativa.

8. (FGV/SEFAZ/2021/ADAPTADA) Desejando apro- priar-se de dinheiro público, Caio, funcionário con- cursado da Prefeitura de Manaus, elabora o se- guinte plano criminoso:

1) Valendo-se de seu cargo e função na secretaria de fazenda daquele município, Caio cadastra a conta corrente da empresa de seu cunhado Tício como sendo uma das contas de uma das empresas que vencera uma licitação para exe- cução de serviços à prefeitura;

2) Ao realizar a autorização para pagamento des- sa empresa, Caio destina apenas 95% dos va- lores à conta corrente da empresa regularmente contratada e 5% para a conta corrente da em- presa de seu cunhado;

3) Tício, por sua vez, saca os valores, dividindo-os com Caio na proporção de 50% para cada um;

4) Mévio, também funcionário concursado da prefeitura e trabalhando na mesma secretaria, cuja responsabilidade é conferir os pagamentos autorizados por Caio antes da liberação, dei- xa, por negligência, de fazer a conferência, de modo que o desvio ocorre.

A responsabilidade penal de Caio, Tício e Mévio, respectivamente, configura-se como:

a. peculato doloso, estelionato qualificado, pecula- to culposo.

b. peculato doloso, peculato doloso, pecula- to culposo.

c. peculato culposo, peculato doloso, nenhum crime.

d. peculato doloso, peculato doloso, nenhum crime.

(14)

9. (FGV/MPE-RJ/ESTÁGIO/2020/ADAPTADA) Ra- mon foi denunciado pela prática de um crime de estupro simples, sendo constatado ao longo da instrução, por meio de exame de insanidade men- tal, que, na data dos fatos, ele era inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato em ra- zão de desenvolvimento mental incompleto. Con- firmada a autoria e a materialidade, no momento das alegações finais, caberá à defesa buscar:

a. a absolvição imprópria de Ramon, aplicando-se medida de segurança, diante da inimputabilidade do agente.

b. a absolvição própria do agente, não sendo apli- cada qualquer pena privativa de liberdade ou medida de segurança, diante da inimputabilidade do agente.

c. a absolvição imprópria de Ramon, aplicando-se pena privativa de liberdade, com causa de dimi- nuição de pena em razão da inimputabilidade.

d. a condenação do réu, reduzindo-se a pena apli- cada, porém, em um a dois terços em razão da semi-imputabilidade do agente.

10. (FGV/PC-RN/2021/ADAPTADA) Saulo se desen- tendeu, na fila do caixa de um supermercado, com outra consumidora, Viviane, que estava no 8º mês de gestação, e lhe desferiu um fortíssimo soco no rosto. Em razão do golpe, Viviane perdeu o equi- líbrio e caiu com a barriga no chão. Ao ser levada ao hospital, foi constatado que Viviane apresen- tava lesão leve na face, mas que havia perdido o bebê em decorrência da queda. Considerando o estado gravídico evidente de Viviane, a conduta praticada por Saulo configura o crime de:

a. lesão corporal seguida de morte.

b. lesão corporal qualificada pelo aborto.

c. aborto na modalidade dolo eventual, apenas.

d. lesão corporal leve em concurso formal com abor- to na forma culposa.

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DIREITO ADMINISTRATIVO

Gustavo Brígido

Bacharel em Direito pela UFC. Especialista em Direito e Processo Administrativo pela UNIFOR. Mestre em Políticas Públicas e Sociedade pela UECE. Doutor em Direito Constitucional pela UNIFOR. Advogado.

Membro da Comissão Nacional de Estudos Constitucionais da OAB. Professor há mais de 20 anos.

1. (FGV/2021/TCE-AM) A Lei n. 11.079/2004 prevê que parceria público-privada é o contrato adminis- trativo de concessão, na modalidade patrocinada ou administrativa. De acordo com a mencionada lei, é vedada a celebração de contrato de parceria público-privada:

a. cujo valor do contrato seja superior a R$

10.000.000,00 (dez milhões de reais).

b. cujo valor do contrato seja inferior a R$

1.000.000,00 (um milhão de reais).

c. cujo período de prestação do serviço seja inferior a 10 (dez) anos.

d. que tenha como objeto único o fornecimento de mão de obra, o fornecimento e instalação de equi- pamentos ou a execução de obra pública.

Comentário

Lei n. 11.079, de 30 de dezembro de 2004 Art. 2º Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade patrocinada ou administrativa.

§ 1º Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.

§ 2º Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a Adminis- tração Pública seja a usuária direta ou indire- ta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens.

§ 3º Não constitui parceria público-privada a concessão comum, assim entendida a con- cessão de serviços públicos ou de obras pú- blicas de que trata a Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando não envolver con- traprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.

§ 4º É vedada a celebração de contrato de parceria público-privada:

I – cujo valor do contrato seja inferior a R$

10.000.000,00 (dez milhões de reais); (Reda- ção dada pela Lei nº 13.529, de 2017) II – cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5 (cinco) anos; ou

III – que tenha como objeto único o forneci- mento de mão-de-obra, o fornecimento e ins- talação de equipamentos ou a execução de obra pública.

Art. 10. A contratação de parceria público- -privada será precedida de licitação na mo- dalidade concorrência ou diálogo competiti- vo, estando a abertura do processo licitatório condicionada a: (Redação dada pela Lei nº 14.133, de 2021)

2. (FGV/2021/TCE-AM) No ano de 2020, o Municí- pio Alfa no Estado do Amazonas contratou, sem prévia licitação, sociedade empresária de notória especialização para prestação de serviços técni- cos de assessoria e consultoria técnica e auditoria financeira, de natureza singular. O corpo instrutivo do Tribunal de Contas do Estado verificou que a contratação realizada teve valor total de duzen- tos mil reais e atendeu ao princípio da economi- cidade. No caso em tela, de acordo com a Lei n.

8.666/1993, em tese, a contratação é:

a. legal, caso tenha sido realizada com dispensa de licitação, por expressa previsão legal.

b. legal, caso tenha sido realizada com inexigibilida- de de licitação, por expressa previsão legal.

c. ilegal, pois deveria ter sido precedida de licitação, na modalidade concorrência, pelo valor estimado do contrato.

d. ilegal, pois deveria ter sido precedida de licita- ção, na modalidade convite, pelo valor estimado do contrato.

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Comentário

Lei n. 8.666/1993 Lei n. 14.133/2021

Art. 25. É inexigível a licitação quando houver

inviabilidade de competição, em especial: Art. 74. É inexigível a licitação quando inviável a competição, em especial nos casos de:

I – para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comer- cial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes;

I – aquisição de materiais, de equipamentos ou de gêneros ou contratação de serviços que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivos;

II – para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza sin- gular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para ser- viços de publicidade e divulgação;

III – contratação dos seguintes serviços técni- cos especializados de natureza predominante- mente intelectual com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibili- dade para serviços de publicidade e divulgação:

III – para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empre- sário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.

II – contratação de profissional do setor artístico, diretamente ou por meio de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública;

IV – objetos que devam ou possam ser contrata- dos por meio de credenciamento;

V – aquisição ou locação de imóvel cujas caracterís- ticas de instalações e de localização tornem neces- sária sua escolha. (art. 24, X, Lei n. 8.666/1993) 3. (FGV/2021/TCE-AM) Os procedimentos licitató-

rios devem observar os princípios expressos e implícitos da Administração Pública. Além disso, a nova Lei de Licitações (Lei n. 14.133/2021) trouxe princípios que devem ser aplicados de forma dire- ta às licitações públicas, como o princípio:

a. da segregação de funções, com a separação das competências e das atividades de cada servidor ao longo do procedimento licitatório e de suas fa- ses, para evitar equívocos, fraudes e utilização ir- regular de verba pública.

b. da vinculação ao edital, que estabelece normas que obrigam os interessados em participar da lici- tação, mas não a Administração Pública, que tem discricionariedade para alterar o edital, a qual- quer tempo.

c. do julgamento objetivo, devendo a Administração contratante julgar e escolher o vencedor de acordo com o critério previsto no edital, que não pode, em qualquer hipótese, indicar modelo ou marca.

d. da vedação ao sigilo da proposta, segundo o qual todas as propostas feitas pelos interessados de- vem ser imediatamente publicadas, sob pena de nulidade do certame e realização de nova licitação.

(17)

Comentário

Lei n. 8.666/1993 Lei n. 14.133/2021

Art. 3º A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vanta- josa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformi- dade com os princípios básicos da legali- dade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probi- dade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.

Art. 5º Na aplicação desta Lei, serão obser- vados os princípios da legalidade, da impes- soalidade, da moralidade, da publicidade, da eficiência, do interesse público, da pro- bidade administrativa, da igualdade, do pla- nejamento, da transparência, da eficácia, da segregação de funções, da motivação, da vinculação ao edital, do julgamento objetivo, da segurança jurídica, da razoabilidade, da competitividade, da proporcionalidade, da celeridade, da economicidade e do desen- volvimento nacional sustentável, assim como as disposições do Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942 (Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro).

4. (FGV/2021/TCE-AM) O Estado do Amazonas foi condenado a indenizar a contribuinte Maria, que sofreu danos materiais decorrentes de ato ilícito praticado, no exercício da função, pelo Auditor Fis- cal de tributos estaduais Antônio. A Procuradoria Geral do Estado pretende ingressar com ação de regresso em face do Auditor Antônio, visando ao ressarcimento do prejuízo causado ao Estado. De acordo com o texto constitucional e com a doutrina de Direito Administrativo, a ação indenizatória ajui- zada por Maria contra o Estado está lastreada na responsabilidade civil:

a. objetiva, assim como a ação regressiva do Estado contra o Auditor Antônio, não havendo que se per- quirir acerca do dolo ou culpa do agente, eis que ambos os processos têm os mesmos fatos como causa de pedir.

b. subjetiva, assim como a ação regressiva do Esta- do contra o Auditor Antônio, havendo que se com- provar a existência do dolo ou culpa do agente, eis que ambos os processos têm os mesmos fatos como causa de pedir.

c. subjetiva do ente público, em que há necessidade de se demonstrar o dolo ou culpa do Auditor Antô- nio, mas é inviável a ação de regresso do Estado contra o agente público, pois agiu no exercício das funções, exceto se tiver cometido algum crime.

d. objetiva do ente público, em que não há necessi- dade de se demonstrar o dolo ou culpa do Auditor Antônio, mas a ação de regresso do Estado contra o agente público está baseada na responsabilida- de civil subjetiva, sendo imprescindível a demons- tração do elemento subjetivo do agente.

Comentário Art. 37. (...)

§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a ter- ceiros, assegurado o direito de regresso con- tra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

Estado não tem responsabilidade civil por atos praticados por presos foragidos (14/09/2020) O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que, no caso de danos decorrentes de crime praticado por pessoa foragida do sistema prisional, só é caracteri- zada a responsabilidade civil objetiva do Estado (ar- tigo 37, parágrafo 6º, da Constituição Federal) quan- do for demonstrado o nexo causal entre o momento da fuga e o delito. A decisão foi proferida no Recurso Extraordinário (RE) 608880, com repercussão geral (Tema 362), que servirá orientará a resolução de ca- sos semelhantes sobrestados em outras instâncias.

O julgamento foi realizado na sessão virtual encer- rada em 4/9.

Tese: “Nos termos do artigo 37 §6º da Constituição Federal, não se caracteriza a responsabilidade civil objetiva do Estado por danos decorrentes de crime praticado por pessoa foragida do sistema prisional, quando não demonstrado o nexo causal direto entre o momento da fuga e a conduta praticada”.

(18)

5. (FGV/2021/TCE-AM) João, Auditor Técnico de Controle Externo do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas, deixou de praticar, indevidamente, ato de ofício, na medida em que, dolosamente, ignorando determinação exarada pelo Presidente da Corte, deixou de fazer publicar no Diário Oficial determinado ato administrativo, negando publici- dade aos atos oficiais. Consoante dispõe a Lei n.

8.429/1992, em tese, João:

a. não praticou ato de improbidade administrativa, pois se trata de conduta omissiva, que apresenta repercussão nas esferas criminal e administrativa;

b. não praticou ato de improbidade administrativa, pois não houve dano ao erário, mas deve ser res- ponsabilizado nas esferas funcional e penal;

c. praticou ato de improbidade administrativa, razão pela qual está sujeito a sanções, como cassação dos direitos políticos e pagamento de multa civil de até cem vezes o valor de sua remuneração;

d. praticou ato de improbidade administrativa, razão pela qual está sujeito a sanções, como perda da função pública e suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos.

Comentário

Art. 11. Constitui ato de improbidade admi- nistrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestida- de, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:

I – praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na regra de competência;

II – retardar ou deixar de praticar, indevida- mente, ato de ofício;

III – revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva permanecer em segredo;

IV – negar publicidade aos atos oficiais;

V – frustrar a licitude de concurso público;

VI – deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo;

VII – revêlar ou permitir que chegue ao co- nhecimento de terceiro, antes da respectiva divulgação oficial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar o preço de mer- cadoria, bem ou serviço.

VIII – descumprir as normas relativas à cele- bração, fiscalização e aprovação de contas

de parcerias firmadas pela administração pú- blica com entidades privadas.

IX – deixar de cumprir a exigência de requisi- tos de acessibilidade previstos na legislação.

X – transferir recurso a entidade privada, em razão da prestação de serviços na área de saúde sem a prévia celebração de contrato, convênio ou instrumento congênere, nos ter- mos do parágrafo único do art. 24 da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. (Incluído pela Lei nº 13.650, de 2018)

Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas iso- lada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato:

I – na hipótese do art. 9°, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimô- nio, ressarcimento integral do dano, quando houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos, pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por inter- médio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos;

II – na hipótese do art. 10, ressarcimento in- tegral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da fun- ção pública, suspensão dos direitos po- líticos de cinco a oito anos, pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos;

III – na hipótese do art. 11, ressarcimento in- tegral do dano, se houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de mul- ta civil de até cem vezes o valor da remu-

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neração percebida pelo agente e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por inter- médio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos.

IV – na hipótese prevista no art. 10-A, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de 5 (cinco) a 8 (oito) anos e mul- ta civil de até 3 (três) vezes o valor do benefí- cio financeiro ou tributário concedido. (Inclu- ído pela Lei Complementar nº 157, de 2016) 6. (FGV/2021/TCE-AM) A Secretaria de Segurança

Pública do Amazonas considerou imprescindíveis à segurança da sociedade as informações cons- tantes em um relatório de inteligência sobre or- ganizações criminosas que atuam no Estado, de maneira que sua divulgação ou acesso irrestrito poderia comprometer atividades de inteligência, bem como de investigações em andamento, rela- cionadas com a prevenção e repressão de infra- ções. Com base na Lei de Acesso à Informação, observado o interesse público da informação e utilizados os critérios menos restritivos possíveis, o mencionado relatório foi classificado quanto ao grau de sigilo como informação reservada. De acordo com a Lei Federal n. 12.527/2011, o prazo máximo de restrição de acesso a tal informação reservada é de:

a. um ano e, transcorrido esse prazo ou consumado o evento que definiu o seu termo final, a informação tornar-se-á, automaticamente, de acesso público.

b. três anos e, transcorrido esse prazo ou consuma- do o evento que definiu o seu termo final, o órgão público fará nova análise sobre a conveniência de liberação da informação a acesso público.

c. cinco anos e, transcorrido esse prazo ou consu- mado o evento que definiu o seu termo final, a in- formação tornar-se-á, automaticamente, de aces- so público.

d. quinze anos e, transcorrido esse prazo ou consu- mado o evento que definiu o seu termo final, o ór- gão público fará nova análise sobre a conveniên- cia de liberação da informação a acesso público.

e. vinte e cinco anos e, transcorrido esse prazo ou consumado o evento que definiu o seu termo final, o órgão público fará nova análise sobre a conveni- ência de liberação da informação a acesso público.

Comentário

Lei n. 12.527, de 18 de novembro de 2011 Art. 1º Esta Lei dispõe sobre os procedimentos a serem observados pela União, Estados, Dis- trito Federal e Municípios, com o fim de garan- tir o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5º, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constituição Federal.

Art. 24. A informação em poder dos órgãos e entidades públicas, observado o seu teor e em razão de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do Estado, poderá ser classifi- cada como ultrassecreta, secreta ou reservada.

§ 1º Os prazos máximos de restrição de aces- so à informação, conforme a classificação prevista no caput, vigoram a partir da data de sua produção e são os seguintes:

I – ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos;

II – secreta: 15 (quinze) anos; e III – reservada: 5 (cinco) anos.

7. (FGV/2021/TCE-AM) A Lei n. 13.709 /2018 (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais – LGPD) dispõe sobre o tratamento de dados pessoais, in- clusive nos meios digitais, por pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito público ou privado, com o objetivo de proteger os direitos fundamen- tais de liberdade e de privacidade e o livre desen- volvimento da personalidade da pessoa natural.

De acordo com tal lei, o tratamento de dados pes- soais sensíveis somente poderá ocorrer sem o for- necimento de consentimento do titular, nas hipóte- ses em que for indispensável para, por exemplo:

a. cumprimento de obrigação contratual referente a negócio jurídico, desde que o valor global seja su- perior a cem salários mínimos.

b. realização de estudos científicos por órgão de pes- quisa, vedada a anonimização dos dados pesso- ais sensíveis para a lisura do resultado empírico.

c. comunicação ou uso compartilhado entre contro- ladores com o objetivo de obter vantagem econô- mica, que não poderá ser objeto de vedação por parte da autoridade competente.

d. tratamento compartilhado de dados necessários à execução, pela administração pública, de políticas públicas previstas em leis ou regulamentos.

e. proteção da vida ou da incolumidade física do titu- lar, e não de terceiro, por estar relacionado a direi- to fundamental próprio, cuja tutela deve ser a mais ampla possível.

(20)

Comentário

Art. 11. O tratamento de dados pessoais sen- síveis somente poderá ocorrer nas seguintes hipóteses:

I – quando o titular ou seu responsável legal consentir, de forma específica e destacada, para finalidades específicas;

II – sem fornecimento de consentimento do titular, nas hipóteses em que for indis- pensável para:

a) cumprimento de obrigação legal ou regula- tória pelo controlador;

b) tratamento compartilhado de dados ne- cessários à execução, pela administração pública, de políticas públicas previstas em leis ou regulamentos;

c) realização de estudos por órgão de pes- quisa, garantida, sempre que possível, a anonimização dos dados pessoais sensíveis;

d) exercício regular de direitos, inclusive em contrato e em processo judicial, administra- tivo e arbitral, este último nos termos da Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996 (Lei de Arbitragem);

e) proteção da vida ou da incolumidade física do titular ou de terceiro;

f) tutela da saúde, exclusivamente, em proce- dimento realizado por profissionais de saúde, serviços de saúde ou autoridade sanitária; ou (Redação dada pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência

g) garantia da prevenção à fraude e à segu- rança do titular, nos processos de identifica- ção e autenticação de cadastro em sistemas eletrônicos, resguardados os direitos mencio- nados no art. 9º desta Lei e exceto no caso de prevalecerem direitos e liberdades funda- mentais do titular que exijam a proteção dos dados pessoais.

8. (FGV/2021/TCE-AM) O servidor público estadual do Amazonas João, insatisfeito com a decisão do Diretor do Departamento de Recursos Humanos que lhe negou um benefício a que entendia ter direito, ingressou com recurso administrativo. O servidor Antônio, autoridade competente para jul- gamento do recurso, não deu provimento ao recur- so interposto por João, mas não motivou seu ato, deixando de indicar os fatos e os fundamentos ju- rídicos de sua decisão. Levando em consideração que, à luz das normas de regência e da situação fática, João realmente não tinha direito subjetivo ao benefício pleiteado, o ato administrativo de desprovimento do recurso praticado por Antônio:

a. está viciado, por ilegalidade no elemento motivo.

b. está viciado, por ilegalidade no elemento forma.

c. está viciado, por ilegalidade no elemento finalidade.

d. não está viciado, pela teoria dos motivos de- terminantes.

Comentário

Lei n. 9.784/1999

Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:

I – neguem, limitem ou afetem direitos ou in- teresses;

II – imponham ou agravem deveres, encar- gos ou sanções;

III – decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;

IV – dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;

V – decidam recursos administrativos;

VI – decorram de reexame de ofício;

VII – deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;

VIII – importem anulação, revogação, suspen- são ou convalidação de ato administrativo.

(21)

9. (FGV/2021/TCE-AM) Imagine as duas situações hipotéticas a seguir ocorridas no ano de 2019.

I – O Estado do Amazonas publicou regularmente edital de licitação para realização de procedi- mento licitatório para prestação de determi- nados serviços, mas todos os licitantes foram inabilitados.

II – O Estado do Amazonas publicou regularmente edital de licitação para realização de procedi- mento licitatório para aquisição de determina- dos bens, mas nenhum interessado compare- ceu para participar do certame.

De acordo com a doutrina de Direito Administrativo e a Lei n. 8.666/1993, os casos narrados repre- sentam, respectivamente, licitações:

a. perdida e frustrada, sendo que aquela primeira pode dar azo à inexigibilidade de licitação, quando justificadamente não puder ser repetida a licitação sem prejuízo para a Administração, mantidas to- das as condições preestabelecidas.

b. frustrada e deserta, sendo que esta segunda pode dar azo à inexigibilidade de licitação, quando jus- tificadamente não puder ser repetida a licitação sem prejuízo para a Administração, mantidas to- das as condições preestabelecidas.

c. fracassada e deserta, sendo que esta segunda pode dar azo à dispensa de licitação, quando jus- tificadamente não puder ser repetida a licitação sem prejuízo para a Administração, mantidas to- das as condições preestabelecidas.

d. deserta e perdida, sendo que esta segunda pode dar azo à dispensa de licitação, quando justifica- damente não puder ser repetida a licitação sem prejuízo para a Administração, mantidas todas as condições preestabelecidas.

Comentário

Lei n. 8.666/1993 Lei n. 14.133/2021

Art. 24. É dispensável a licitação:

I – para obras e serviços de engenharia de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso I do artigo anterior, desde que não se refi- ram a parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente;

II – para outros serviços e compras de valor até 10%

(dez por cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso II do artigo anterior e para alienações, nos casos previstos nesta Lei, desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra ou aliena- ção de maior vulto que possa ser realizada de uma só vez;

§ 1º Os percentuais referidos nos incisos I e II do caput deste artigo serão 20% (vinte por cento) para compras, obras e serviços contratados por consórcios públicos, sociedade de economia mista, empresa pública e por autarquia ou fundação quali- ficadas, na forma da lei, como Agências Executivas.

Art. 75. É dispensável a licitação:

I – para contratação que envolva valores inferiores a R$ 100.000,00 (cem mil reais), no caso de obras e serviços de engenharia ou de serviços de manuten- ção de veículos automotores;

II – para contratação que envolva valores inferiores a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), no caso de outros serviços e compras;

§ 2º Os valores referidos nos incisos I e II do caput deste artigo serão duplicados para compras, obras e serviços contratados por consórcio público ou por autarquia ou fundação qualificadas como agências executivas na forma da lei.

(22)

Lei n. 8.666/1993 Lei n. 14.133/2021 Art. 24. É dispensável a licitação:

III – nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem;

IV – nos casos de emergência ou de calami- dade pública, quando caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pes- soas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias con- secutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorro- gação dos respectivos contratos;

Art. 75. É dispensável a licitação:

VII – nos casos de guerra, estado de defesa, estado de sítio, intervenção federal ou de grave perturbação da ordem;

VIII - nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência de aten- dimento de situação que possa ocasionar pre- juízo ou comprometer a continuidade dos servi- ços públicos ou a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para aquisição dos bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 1 (um) ano, contado da data de ocorrência da emergência ou da calamidade, vedadas a prorrogação dos respectivos contra- tos e a recontratação de empresa já contratada com base no disposto neste inciso;

10. (FGV/2021/TCE-AM) Em relação aos tipos de lici- tação, que se vinculam aos critérios de julgamento da licitação, a nova Lei de Licitações (Lei Federal n. 14.133/2021) estabelece que o julgamento por:

a. maior desconto terá como referência o preço par- cial para cada espécie de bens ou serviços fixa- da no edital de licitação, e o desconto não será obrigatoriamente estendido aos eventuais termos aditivos, exceto se houver acordo entre as partes contratantes.

b. melhor técnica ou conteúdo artístico considerará as propostas técnicas ou produções artísticas dis- poníveis no mercado, e o edital deverá definir o prêmio ou a remuneração que será atribuída aos vencedores, considerando os princípios da legali- dade e da economicidade.

c. maior retorno econômico, utilizado exclusivamente para a celebração de contrato de eficiência, con- siderará a maior economia para a Administração, e a remuneração deverá ser fixada em percentual que incidirá de forma proporcional à economia efe- tivamente obtida na execução do contrato.

d. técnica e preço considerará a maior pontuação ob- tida a partir da ponderação, segundo fatores obje- tivos previstos no edital, das notas atribuídas aos aspectos de técnica e de preço da proposta, sen- do que o requisito de preço deverá ter valoração de, ao menos, o dobro do de técnica.

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