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DIREITO DO TRABALHO Extensivo – Noturno 18.03

No documento rio OAB Completo LFG (páginas 136-140)

DIREITO DO TRABALHO

DIREITO DO TRABALHO Extensivo – Noturno 18.03

Prof. André Luiz Paes de Almeida Aula: 1

2.2. Habitualidade:

- É a expectativa de retorno do empregado ao local de labor. Esta regra vale ainda que o empregado compareça uma vez por semana, inclusive o empregado doméstico. Assim, quando o empregador tiver a expectativa de que seu trabalhador retorne em determinado dia da semana, e que esse dia seja previamente determinado / fixado.

2.3. Subordinação:

- Estar sob ordens de alguém (sub ordine). O empregado deverá estar sob ordens. Ocorre quando o empregado tem que expor seu trabalho ao empregador ou supervisor para que trabalho saia da empresa com a qualidade que este último deseja.

A subordinação pode ser de três tipos:

I) Subordinação hierárquica: relação de comando que o empregador tem com seu empregado (alguns autores chamam “dependência jurídica”). Ex: Controle de horário.

II) Subordinação técnica: é a supervisão técnica do trabalho já feito, já pronto (concluído/realizado). “controle de qualidade”.

III) Subordinação econômica: não é a dependência de salário, mas sim da estrutura econômica gerada pelo empregador.

2.4.Onerosidade:

- O Salário, é obrigatório, não existe vínculo de emprego gratuito. Existe trabalho voluntário, sem qualquer remuneração, porém não é relação de emprego.

Não existe vínculo de emprego a título gratuito.

CUIDADO: Trabalho pode ser voluntário, mas não existe relação de emprego a titulo gratuito.

 Os requisitos constantes no artigo 3º da CLT são cumulativos, a falta de um deles não configura o

vínculo de emprego.

3. Tipos de Empregados e Trabalhadores: Autônomo

É trabalhador, portanto, tem autonomia no serviço e dentre os requisitos não poderá ser subordinado.O requisito preponderante de distinção entre as figuras se resume ao fato de que o trabalhador autônomo, como o próprio nome do seu instituto declara, deve ter autonomia no serviço, não podendo ser subordinado ao tomador de serviços.

Eventual: trabalhador eventual não tem habitualidade, não tem expectativa de retorno. A contratação é direta e esporádica, ou seja, empregador e eventual. Ex: pedreiros, encanadores, etc.

Avulso: não possui habitualidade no serviço e não tem expectativa de retorno. A diferença é que o trabalhador avulso é contratado por meio de um tomador/órgão arregimentador, isto é, a contratação é feita por intermédio do órgão arregimentador que encaminha o trabalhador avulso para o serviço.

Estagiário

O contrato de estágio é regido pela Lei 11.788/08

Estagiário não é empregado, pois não tem onerosidade, não recebe salário, recebe a bolsa-auxílio. Requisitos:

A atividade do estágio tem que ser equivalente àquela cursada Contrato expresso de estágio

6 horas diárias e 30 horas semanais. – jornada normal

Em época de férias da faculdade a jornada pode subir para 8 horas diárias e 40 horas semanais

Em dias de prova na faculdade, a carga horária cai pelo menos pela metade, portanto passa a ser de 3 horas diárias.

Qualquer descumprimento da Lei torna o estagiário empregado.

O estagiário tem direito a férias de 30 dias preferencialmente no período das férias escolares. Rural (Lei 5.889/73):

Deve obrigatoriamente trabalhar em propriedade rural, ou prédio rústico, independente da função exercida, esse é o requisito que diferencia o empregado urbano do rural.

 Ainda que seja no âmbito urbano, mas desenvolvendo, exercendo atividade rural, pode ser

considerado empregado rural.

Obs: Quem exercer atividade rural mesmo que em perímetro urbano, será empregado rural. Obs: O empregador rural deve obrigatoriamente exercer atividade rural mercantil.

Doméstico (Lei 5.859/72):

Art. 7°, alínea a, da CLT, determina que não se ap lica as normas da CLT aos domésticos. Requisitos:

a) Não pode haver intenção de lucro onde o empregado doméstico trabalha. b) Deve possuir habitualidade.

c) Não existe doméstico em âmbito empresarial.

d) Deverá trabalhar em função do âmbito residencial, à pessoa ou à família, em função ao âmbito residencial.

e) A prestação de serviços será à pessoa ou família. f) Registro em CTPS e direito a recolhimento de INSS. Institutos que os empregados domésticos não tem direito:

a) Jornada de trabalho, salvo Descanso Semanal Remunerado (DSR). b) Salário família

c) Adicionais insalubridade e periculosidade d) FGTS – é facultativo.

Obs:Todo empregado que trabalhar pelo menos 6 meses tiver recolhido o FGTS, se demitido sem justa causa terá direito a seguro desemprego.

* Contratos de Trabalho – (art. 443, CLT).

- O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado.

- Ter a anotação na CTPS não quer dizer que tem contrato escrito.

- Regra Geral são os contratos por prazo indeterminado, ou seja, tem data certa para o começo, mas não há data certa para o término do contrato.

1.Contrato por prazo determinado

- nestes contratos não há: aviso prévio; multa do FGTS; nenhum tipo de estabilidade, inclusive da gestante. Com relação ao contrato de experiência, temos que é aquele que o empregado pactua com o intuito de demonstrar sua aptidão para determinado serviço. Este tipo de contrato só pode ser celebrado por no máximo 90 dias.

O contrato por prazo determinado somente terá validade nas hipóteses previstas no § 2° do art. 443, CLT:

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a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo, nada mais é que o acréscimo de serviço;

b) de atividades empresariais de caráter transitório, ou seja, Empresas transitórias, Exs: aquelas lojas de ovos de páscoa, de produtos natalinos, de fogos de artifício para festas juninas.

c) de contrato de experiência, resumi-se em uma palavras  teste

Obs: O prazo dos contratos das alíneas “a” e “b” podem ser pactuar no máximo de 2 anos, podendo ser prorrogado uma única vez (art. 445 e 451, CLT);

CUIDADO: O limite máximo é de 2 anos, a prorrogação não poderá exceder este período.

Obs: Já o contrato de experiência o prazo máximo é de 90 dias, podendo ser prorrogado uma única vez também;

CUIDADO : O limite máximo é de 90 dias, a prorrogação não poderá exceder este período.

Obs: Entre um contrato por prazo determinado e outro deverá haver um lapso temporal de 6 meses. - Caso o empregador rescinda o contrato sem justa causa e antes da data final já pactuada, deverá ao empregado uma indenização pertinente à metade do que este deveria receber até o final.

- Em caso inverso o empregado também deverá ao empregador uma indenização até o limite que teria direito em condições idênticas, mas somente se ficar demonstrado prejuízo (art. 479, 480 CLT);

- A empresa não poderá exigir do empregado experiência prévia superior a 6 meses naquela função (art. 402-A);

2. Temporário (Lei nº. 6.019/74). Não é regido pela CLT

- Hipóteses:

I) acréscimo de serviço;

II) é a necessidade transitória de substituição de pessoal

- este contrato pode ser feito por no máximo 3 meses, podendo ser prorrogado por mais 3 meses chegando ao total de 6 meses;

- o art. 16 da lei em apreço descreve que em caso de falência do locador, o tomador de serviços se responsabiliza solidariamente para com os créditos trabalhistas dos empregados.

3. Terceirização – (Súmula 331 do TST); - Diferenças entre terceirização e temporário:

a) a terceirização não precisa conter limite de prazo;

b) a terceirização não compreende contratação pessoal de serviço;

c) a terceirização deve compreender contratação de atividade meio e nunca de atividade fim;

d) na terceirização há responsabilidade subsidiária do tomador de serviços sempre, independentemente de falência.

1. (OAB/CESPE 2008.1) Constitui direito aplicável à categoria dos empregados domésticos. a) a remuneração do trabalho noturno superior à do diurno.

b) o salário-família.

c) o seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário. d) o repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos.

2. (OAB/CESPE 2008.2) Ciro trabalha como taxista para uma empresa que explora o serviço de táxi de um município, sendo o automóvel utilizado em serviço por Ciro de propriedade da mencionada empresa. Em face da situação hipotética apresentada, de acordo com a legislação trabalhista, Ciro é considerado:

a) trabalhador avulso. b) trabalhador autônomo. c) empregado.

d) empresário.

3. (OAB/CESPE – 2007.2) A respeito de contrato de trabalho, assinale a opção correta.

a) A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa deverá, necessariamente, alterar os contratos de trabalho de seus empregados.

b) A justiça do trabalho não reconhece, em nenhuma hipótese, o contrato de trabalho verbal. c) O contrato de experiência não poderá exceder o prazo de 90 dias.

d) O contrato de trabalho por prazo determinado poderá ser estipulado por prazo superior a 2 anos, desde que exista interesse das partes.

4. (OAB/CESPE – 2008.3) Assinale a opção correta no que se refere ao trabalhador avulso.

a) Será enquadrado como trabalhador avulso aquele que prestar serviço sem vínculo de emprego, a diversas pessoas, em atividade de natureza urbana ou rural com a intermediação obrigatória do gestor de mão-de-obra ou do sindicato da categoria, como, por exemplo, o amarrador de embarcação.

b) Exige-se a intermediação do sindicato na colocação do trabalhador avulso na prestação do serviço, razão pela qual deve esse trabalhador ser sindicalizado.

c) O trabalhador avulso não é amparado pelos direitos previstos na legislação trabalhista, só tendo direito ao preço acordado no contrato e à multa pelo inadimplemento do pacto, quando for o caso.

d) O trabalho avulso caracteriza-se pela pessoalidade na prestação do serviço, pois a relação é intuitu personae.

5. (OAB/CESPE – 2008.3) O motorista que trabalha em uma empresa cuja atividade seja preponderantemente rural é enquadrado como trabalhador

a) urbano, pois faz parte de categoria diferenciada.

b) urbano, visto que não atua diretamente no campo na atividade-fim da empresa. c) doméstico, porque, como motorista, não explora atividade lucrativa.

d) rural, pois, embora não atue em funções típicas de lavoura e pecuária, presta serviços voltados à atividade-fim da empresa e, de modo geral, trafega no campo e não em estradas e cidades.

QUESTÃO 66 GABARITO

DIREITO DO TRABALHO

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