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I PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL a)Princípio da Culpabilidade:

No documento rio OAB Completo LFG (páginas 175-178)

DIREITO PENAL

I PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL a)Princípio da Culpabilidade:

- Vedação da responsabilidade objetiva = Não pode haver crime sem dolo ou culpa; exeções admitidas no ordenamento:

a.1) No crime de rixa qualificada aceita responsabilidade objetiva;

a.2) A responsabilidade penal da pessoa jurídica, nos crime contra o meio ambiente; a.3) Na embriaguez voluntária ou culposa há responsabilidade objetiva;

b) A proporcionalidade da pena = O mal da pena não pode ultrapassar o mal do crime;

 O Princípio da Culpabilidade = deriva do fundamento constitucional da dignidade a pessoa humana.

 Dignidade da pessoa humana importante de cada ser humano = O homem é sempre o fim de todas

as coisas não pode ser o meio para o fim; b) Princípio da Humanidade das Penas

- O condenado não perde sua condição humana; Tem fundamento constitucional proibi as penas de: b.1.) Morte, (fuzilamento) salvo de caso de guerra externa declarada;

b.2.) Pena de prisão perpétua. Esta regulamentada no art. 75 do CP; que prevê o limite máximo de cumprimento de pena de 30 anos; Exceção: é possível que alguém permaneça mais de 30 anos ininterruptos no cárcere, no caso de pratica de novo crime durante o cumprimento da pena;

Denominação unificação de penas o incidente no qual o juiz das execuções penas reduz à 30 anos a pena que supera tal limite;

b.3) Trabalhos forçados = Pela convenção da OIT = trabalhos praticados mediante coerção física; O trabalho obrigatório é dever do preso sob pena de receber castigos e perde regalias;

b.4) Cruel = impõe intenso e ilegal sofrimento;

b.5) Banimento = é a retirada forçada do território nacional;

c) Princípio da Intrancedência ou Princípio da Personalidade da Pena - A pena não pode passar da pessoa do condenado;

- A obrigação de reparar o dano pode passar aos herdeiros no limite das forças da herança;

d) Princípio da Individualização da penas

- A pena deve ser fixada de acordo com as peculiaridades do crime e do criminoso; - Três momentos da individualização da pena:

Disciplina: Direito Penal Prof: Gustavo Junqueira Data: 16/02/2009

Aula: 1°

a) Cominação legislativa = O legislador prevê penas mais graves para crimes mais intensos e vice-versa b) Sentença = Aplicação da pena; O juiz deve examinar a gravidade peculiar do crime em concreto; c) Execução da pena = O condenado com bom comportamento deve merecer regalia e vice-versa = mal comportamento o castigo;

e) Princípio da Intervenção mínima

- O estado deve interferir o mínimo possível na esfera de direitos do cidadão;

No Direito Penal gera dois Sub-Princípios:

a) Principio da Insignificância = significa que lesão ou riscos insignificantes ao bem jurídico, não merece relevância penal; Ex: o furto de um limão.

*No princípio da Fraguimentariedade = só a grave lesão, merece relevância penal;

b) Princípio da Adequação Social = O fato socialmente adequado não merece relevância penal

II- PRINCÍPIO DA LEGALIDADE – ART. 1º do CP. - Não há crime não há pena sem lei anterior que o defina; - Tem vários Sub- Princípios:

a) Da Estrita Reserva Legal = Apenas a lei em sentido estrito pode veicular matéria penal incriminadora;

- É Lei Ordinária, ou seja, que a lei deve ser a vontade do povo, e apenas os pares podem delimitar a liberdade do cidadão; Por isso medida provisória não pode veicular matéria penal incriminadora, por que vem do Presidente da República;

- Lei Delegada também não veicula matéria penal ;

b) Taxatividade = Significa que a Lei deve estabelecer o que é e o que não é crime;

= Significa que a lei deve descrever de forma circunstanciada a conduta proibida; = Classifica-se como tipo:

b.1)Tipo fechado: Aquele que cumpre a taxatividade. Os tipos dolosos devem ser fechados, sob pena de inconstitucionalidade. Ex. ato obsceno;

b.2.) Tipo aberto = não cumpre a taxatividade;

 O tipo culposo pode ser aberto;

 Tipo culposo fechado a receptação culposa.

III- PRINCÍPIO DA EXIGIBILIDADE DE LEI ESCRITA (VEDAÇÃO DE ANALOGIA)

- Apenas a lei escrita pode prevê crime, não se pune por semelhança. Ex. 213 e 214 do CP.

Exemplo clássico de analogia “in bona parti” é a possibilidade aborto sentimental se decorre de atentado violento ao pudor

- As penas têm que ser cumpridas de acordo com os seus limites. Detenção não pode começar com o tipo fechado.

V- PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE DAS PENAS - A lei deve ser anterior ao fato.

VI- LEI PENAL EM BRANCO

- A que precisa de complemento de um outro ato normativo para que tenha sentido; - Pode ser dividida em :

a) Homogênea (Lato sensu) - É aquela em que o complemento está em uma outra lei;

b) Heterogênea (estricto sensu) – É aquela cujo o complemento se encontra em um ato normativo inferior;Ex. lei de droga.

VII- CONFLITO DE LEIS PENAIS NO TEMPO

1) Na teoria geral do direito é o “tempus regit actum” = aplica-se ao fato a lei em vigor a época de sua ocorrência;

2) Art. 2º do CP – É a retroatividade da lei penal benigna = a lei que de qualquer forma favorecer o réu será aplicada aos fatos anteriores a sua vigência;

3) Retroatividade = É a atividade da lei = é o período no qual ela surte efeitos. Classifica-se como extra-atividade se a lei produz efeitos para fatos anteriores a sua vigência (retro atividade) ou se tem eficácia e momentos posteriores a sua revogação (ultra-atividade);

4) “abolitio criminis” - lei penal revogadora de tipo incriminador; é causa extintiva da punibilidade; - Afasta todos os efeitos penais de eventual sentença condenatória.

5) Competência para aplicar a nova lei benigna:

- Aquela sentença é o juiz de 1º grau. Se em grau recursal é o Tribunal no qual tramita o recurso. Após o trânsito em julgado da sentença condenatória a súmula 611 do STF indica ser competência do juízo das execuções criminais à aplicação da lei benigna;

VIII- LEI DE VIGÊNCIA TEMPORÁRIA

- São aquelas que trazem em seu bojo o momento de sua auto-revogação; - Só tem vigência por um tempo;

- Consequência : será sempre ultra-ativa, ou seja, será aplicado aos fatos ocorridos durante sua vigência mesmo após sua auto revogação;

- Classificação das Lei de Vigência Temporária:

Disciplina: Direito Penal Prof: Gustavo Junqueira Data: 16/02/2009

Aula: 1°

b) Leis Excepcionais: É a que condiciona a sua vigência a um evento excepcional. Ex. é crime enquanto durar a guerra.

IX – TEMPO DO CRIME

No documento rio OAB Completo LFG (páginas 175-178)