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As Acções objecto da Oferta têm natureza idêntica às demais Acções representativas do capital social da EMITENTE, conferindo aos seus titulares os mesmos direitos que os atribuídos às Acções existentes antes do aumento do capital.

Tais direitos são os previstos no Código das Sociedades Comerciais e nos Estatutos da EMITENTE, sendo de salientar os seguintes:

4.11.1. Direito à informação

O direito à informação é regulado pelos artigos 288º a 293º do Código das Sociedades Comerciais. Nos termos do artigo 288º, qualquer accionista que possua acções correspondentes a, pelo menos 1% do capital social pode consultar, desde que alegue motivo justificado, na sede da sociedade:

- Os relatórios de gestão e os documentos de prestação de contas previstos na lei, relativos aos três últimos exercícios, incluindo documentos societários de carácter público relativos à fiscalização da EMITENTE;

- As convocatórias, as actas e as listas de presenças das reuniões da assembleias gerais realizadas nos últimos três anos;

- Os montantes globais das remunerações pagas aos órgãos de administração e fiscalização da EMITENTE

e aos dez empregados com remunerações mais elevadas; - O livro de registo de acções.

Nos termos do mesmo código, durante os quinze dias que precedem a realização de cada assembleia geral devem ser facultadas à consulta dos accionistas as informações preparatórias para a realização da mesma, devendo igualmente no decurso desta ser prestadas ao accionista informações verdadeiras, completas e elucidativas que lhe permitam formar opinião fundamentada sobre os assuntos sujeitos a deliberação. As

80 informações requeridas só poderão ser recusadas se a sua prestação for susceptível de causar grave prejuízo à EMITENTE ou a outras sociedades com ela coligadas ou aquela prestação implicar violação de segredo imposto por lei.

Nos termos do artigo 291º do Código das Sociedades Comerciais, os accionistas titulares de acções representativas de, pelo menos, 10% do capital social, podem solicitar, por escrito, ao órgão de administração, que lhes sejam prestadas informações sobre assuntos sociais, apenas podendo ser recusada a prestação da informação solicitada nos casos previstos na lei.

O accionista a quem tenha sido recusada informação a que tinha direito, nos termos da lei, ou a quem tenha sido prestada informação presumivelmente falsa, incompleta ou não elucidativa, pode requerer ao Tribunal a realização de inquérito à sociedade.

Sendo a EMITENTE uma sociedade aberta, os seus accionistas gozam ainda dos direitos de informação regulados nos artigos 244º a 251º do Código dos Valores Mobiliários e no Regulamento da CMVM n.º 5/2008.

4.11.2. Direito de participação nos lucros

As Acções objecto da Oferta conferirão aos seus titulares, nos termos gerais, o direito a participar na distribuição dos lucros da EMITENTE, na proporção da respectiva participação.

Em relação ao exercício de 2009 e aos exercícios subsequentes, as Acções objecto da Oferta conferem direito ao dividendo ou a outras remunerações que venham a ser deliberadas, pagas ou realizadas.

O crédito do accionista à sua parte nos lucros vence-se decorridos que sejam 30 dias sobre a deliberação de distribuição.

Os dividendos não reclamados consideram-se abandonados a favor do Estado após cinco anos, nos termos do Decreto-lei n.º 187/70, de 30 de Abril.

Nos termos do artigo 33º dos estatutos da EMITENTE, com o respeito pelo estabelecido por lei quanto a reservas obrigatórias, a assembleia geral delibera livremente sobre a aplicação dos resultados líquidos do exercício, podendo, nomeadamente, deliberar a sua não distribuição aos accionistas sempre que o interesse social o justificar, sendo expressamente afastado o disposto no artigo 294º do Código das Sociedades Comerciais. O Conselho de Administração da EMITENTE poderá deliberar a realização de adiantamentos sobre os lucros, nos termos legais em vigor.

Ademais, a distribuição de lucros aos accionistas encontra-se sujeita a limitações, nomeadamente as constantes dos artigos 31º a 33º do Código das Sociedades Comerciais. Nesse âmbito, cabe realçar que, salvo os casos de distribuição antecipada de lucros e outros expressamente previstos na lei, nenhuma distribuição de bens sociais, ainda que a título de distribuição de lucros de exercício ou de reservas, pode ser feita aos accionistas sem ter sido objecto de deliberação destes.

4.11.3. Direito de participação nas assembleias gerais e direito de voto

De harmonia com o artigo 17º dos Estatutos da EMITENTE têm direito a estar presentes nas assembleias gerais e aí discutir e votar os accionistas que, segundo a lei e o contrato, tiverem direito a, pelo menos, um voto, podendo, ainda estar presentes as entidades referidas na lei e as que o Presidente da Mesa a tal autorize, sem oposição da assembleia geral.

81 De acordo com o mesmo artigo, a cada Acção corresponde 1 (um) voto, podendo os accionistas possuidores de um número de Acções inferior agrupar-se para perfazer o número mínimo, fazendo-se representar por um deles ou por qualquer outro accionista nos termos infra descritos.

A participação e o exercício do direito de voto dos accionistas nas assembleias gerais, uma vez satisfeitos os demais requisitos da lei, dependem da escrituração em seu nome de Acções que confiram direito a, pelo menos, 1 (um) voto, até 5 (cinco) dias, inclusive, antes da data marcada para a respectiva reunião, devendo as Acções manter-se averbadas ou registadas, pelo menos, até ao encerramento da reunião da assembleia geral.

Não serão consideradas para efeito de participação na assembleia geral as transmissões de Acções da sociedade efectuadas nos 5 (cinco) dias úteis que precedem a reunião de cada assembleia, em primeira convocação.

Os accionistas poderão exercer o seu direito de voto por correspondência nos termos seguintes:

- A declaração de voto deverá ser recebida na sociedade até às 17 horas do dia útil anterior à data da assembleia geral, sob pena de não ser considerada;

- A declaração de voto deve indicar os pontos da ordem de trabalhos a que respeita, bem como quando for o caso, a proposta concreta de deliberação a que se destina, valendo como voto negativo em relação a propostas de deliberação apresentadas ulteriormente à sua emissão;

- A circunstância da sociedade disponibilizar um boletim de voto padrão para cada assembleia geral não prejudica a validade do voto por correspondência recebido sem recurso ao mesmo, desde que seja inteligível e inequívoco o seu sentido;

- A declaração de voto deverá ser endereçada ao Presidente da Mesa da assembleia geral, que verificará a sua autenticidade e assegurará a sua confidencialidade, até ao momento da votação;

- O voto por correspondência relevará para a formação do quorum constitutivo da assembleia geral para a qual foi emitido, e, salvo indicação expressa em contrário, valerá igualmente para a segunda convocação da mesma;

- A presença na assembleia geral do accionista que votou por correspondência, ou a do seu representante, é entendida como revogação do respectivo voto por correspondência.

- As condições que regem a convocação das assembleias gerais e a inclusão de assuntos na ordem do dia encontram-se previstas no artigo 16º dos estatutos da EMITENTE e no Código das Sociedades Comerciais. - As convocatórias devem efectuar-se com a antecedência mínima e publicidade impostas por lei, sem prejuízo do disposto para as assembleias universais e, na primeira convocatória, pode desde logo ser marcada uma segunda data no caso de a assembleia geral não poder funcionar na primeira data marcada. Os accionistas que queiram requerer a inclusão de determinados assuntos na ordem do dia e a quem, por lei, assista esse direito, deverão identificar clara e precisamente esses assuntos na carta em que o requeiram. A exigência de que a acta da assembleia geral seja lavrada por notário, quando a lei o permita, deverá ser formulada com a antecedência mínima de 5 (cinco) dias úteis sobre a data da assembleia, em carta dirigida ao Conselho de Administração.

A assembleia geral poderá funcionar em primeira convocatória, qualquer que seja o número de accionistas presentes ou representados, salvo nos casos em que a lei exija quorum constitutivo superior e, em segunda convocatória, de harmonia com a lei.

Todas as deliberações da assembleia geral serão tomadas por maioria absoluta dos votos emitidos, salvo disposição diversa da lei.

82 Além das suspensões normais determinadas pelo Presidente da Mesa, a assembleia geral pode deliberar suspender os trabalhos desde que fixe a data para o seu recomeço e esta não exceda 90 (noventa) dias e desde que a mesma sessão não seja suspensa por mais de duas vezes.

É expressamente admitida a representação de accionistas, nos termos legais em vigor. Os instrumentos comprovativos de representação e agrupamento de acconistas deverão ser dirigidos ao Presidente da Mesa da assembleia geral e recebidos na sede social até às 17h00 do dia útil anterior ao fixado para a reunião a que respeitarem, indicando o nome do representante.

Para o efeito, os accionistas poderão usar o formulário de procuração para representação de accionista disponibilizado com a convocatória de assembleia geral.

O accionista pessoa colectiva far-se-á representar em assembleia geral por quem o respectivo órgão competente determinar, bastando para tanto uma carta dirigida ao Presidente da Mesa da assembleia geral, subscrita por quem obrigue a pessoa colectiva e com a identificação de quem a representa e por este recebida até ao momento de dar início à sessão.

4.11.4. Outros direitos: dissolução e liquidação

De acordo com o artigo 34º dos Estatutos da EMITENTE, a sociedade dissolve-se quando para isso haja causa legal ou por deliberação dos accionistas, nos termos legais. A liquidação do património em consequência da dissolução da sociedade será feita extrajudicialmente por uma comissão liquidatária, constituída pelos membros do Conselho de Administração em exercício, se a assembleia geral não deliberar de outro modo.

4.11.5. Direitos de preferência em aumentos de capital e na emissão de outros valores mobiliários convertíveis ou com direito de subscrição de acções

Os accionistas gozam do direito de preferência na subscrição de novas Acções em cada aumento de capital por entradas em dinheiro, nos termos do artigo 458º do Código das Sociedades Comerciais.

Nos termos dos artigos 367º e 372º-B do Código das Sociedades Comerciais, os accionistas gozam ainda do direito de preferência na subscrição de obrigações convertíveis em acções da EMITENTE e na subscrição de obrigações com direito de subscrição de acções da EMITENTE (obrigações com warrants), nas mesmas condições que para os aumentos de capital.

O direito de preferência é ainda extensível à emissão de outros valores mobiliários convertíveis ou com direito de subscrição de acções da EMITENTE, desde que a sua emissão se realize por entradas em dinheiro.

4.12. Regime Fiscal