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A informação constante da presente secção é um resumo do regime legal vigente, não pretendendo ser exaustiva, devendo, em cada caso, os interessados consultar a legislação aplicável.

Este resumo baseia-se na legislação doméstica portuguesa, bem como nos acordos de dupla tributação celebrados por Portugal, em vigor à data da elaboração do Prospecto. As normas em vigor, bem como a sua interpretação pelas Autoridades Tributárias e pelos Tribunais poderão sofrer alterações, as quais poderão ter efeitos retroactivos.

83 A informação constante deste resumo é de âmbito geral e não pretende ser exaustiva, podendo, assim, quanto a determinados investidores, ser aplicáveis excepções relativamente à informação aqui descrita. Ao abrigo da lei portuguesa, a mera atribuição de direitos de preferência (subscrição), bem como o seu exercício ou não exercício, não são considerados factos sujeitos a tributação.

Tributação de rendimentos das acções (dividendos) Residentes

De acordo com o regime geral, os dividendos distribuídos por sociedades residentes em Portugal aos seus accionistas individuais, igualmente aí residentes, são sujeitos a retenção na fonte, a uma taxa liberatória de 20% (artigo 71º/3 c) do CIRS). Os sujeitos passivos podem optar pelo englobamento dos dividendos, caso em que os mesmos apenas são considerados em 50% do seu valor e tributados às taxas genéricas e progressivas do IRS, que podem atingir 42%, sendo o imposto retido na fonte dedutível à colecta final do IRS ou reembolsado, em caso de inexistência ou insuficiência de colecta (artigo 40º-A/1 e 78º/3 CIRS). Os dividendos ficam sujeitos a tributação desde o momento em que são colocados à disposição do sujeito passivo (artigos 5/2/h) e 7º/3/a), ponto 2 CIRS).

Os rendimentos auferidos por pessoas colectivas residentes em Portugal (ou que sejam imputáveis a estabelecimento estável em Portugal de entidades não residentes em território português), estão sujeitos a retenção na fonte de IRC, à taxa de 20%, com natureza de imposto por conta devido a final (artigos 88º/n.ºs 3 e 4 CIRC e 71º/3/c) CIRS). As taxas de IRC aplicáveis em termos de tributação final correspondem a uma taxa reduzida de 12,5%, aplicável até ao limite do escalão de matéria colectável de € 12.500, tributando-se o valor excedente à taxa de 25% (artigo 80º/1 e CIRC) a que pode acrescer derrama à taxa máxima de 1.5% sobre o lucro tributável sujeito e não isento de IRC.

Será deduzida a totalidade dos rendimentos incluídos na base tributável correspondentes a lucros distribuídos, sempre que o sujeito passivo (pessoa colectiva) não seja abrangido pelo regime de transparência fiscal e detenha directamente uma participação no capital da sociedade que distribui os dividendos não inferior a 10% ou com um valor de aquisição não inferior a € 20.000.000 e desde que a mesma tenha permanecido na sua titularidade, de modo ininterrupto, durante o ano anterior à data de colocação à disposição dos dividendos ou, se detida há menos tempo, desde que a participação seja mantida durante o tempo necessário para completar aquele período (artigo 46º/1 do CIRC). Este regime, de dedução integral dos dividendos, é igualmente aplicável aos dividendos distribuídos que sejam imputáveis a estabelecimento estável sito no território português de sociedades residentes noutros Estados-membros da União Europeia (EU), desde que tais sociedades reúnam as condições previstas no artigo 2º da Directiva nº 90/435/CEE, de 23 de Julho e se encontrem preenchidos os demais requisitos acima referidos.

Nos casos referidos no parágrafo anterior, caso a participação financeira tenha sido detida, de modo ininterrupto, durante o ano anterior à data da distribuição dos dividendos, não é devida retenção na fonte sobre os dividendos distribuídos (artigo 90º/1 c) CIRC).

Quando os sócios (i) sejam tributados segundo o regime da transparência fiscal; ou (ii) a respectiva participação seja inferior a 10% e o custo de aquisição da mesma seja inferior a € 20.000.000; ou (iii) a participação seja detida por menos de um ano, os dividendos distribuídos serão dedutíveis ao resultado tributável de IRC em apenas 50% do respectivo valor, sendo objecto de uma retenção na fonte de 20%, a título de pagamento por conta (artigo 46º/8, a) CIRC).

84 No caso de partes de capital detidas por sociedades gestoras de participações sociais (SGPS), por sociedades de capital de risco (SCR) e por Investidor em Capital de Risco (ICR), são igualmente deduzidos na sua totalidade os resultados incluídos na base tributável correspondentes a lucros distribuídos, embora sem dependência dos requisitos antes enunciados, respeitantes à percentagem de participação ou ao valor de aquisição da participação (artigos 32º/1 do Estatuto dos Benefícios Fiscais (EBF) e 46º/1 do CIRC). Caso a participação financeira tenha sido detida por alguma destas entidades, de modo ininterrupto, durante o ano anterior à data da distribuição dos dividendos, não é devida retenção na fonte sobre os dividendos distribuídos (artigo 90º/1 c) CIRC).

Não existe, igualmente, retenção na fonte sobre os dividendos distribuídos quando os respectivos beneficiários forem entidades isentas de IRC, como sucede, designadamente, com os Fundos de pensões e equiparáveis, fundos poupança-reforma, poupança-educação, poupança-reforma/educação, fundos de poupança em acções e fundos de capital de risco, que se constituam e operem de acordo com a legislação nacional.

Contudo, a lei determina a tributação autónoma, à taxa de 20%, dos lucros distribuídos por entidades sujeitas a IRC a sujeitos passivos que beneficiem de isenção total ou parcial, quando as partes de capital não tenham permanecido na titularidade do mesmo sujeito passivo, de modo ininterrupto, durante o ano anterior à data da sua colocação à disposição e não venham a ser mantidas durante o tempo necessário para completar esse período (artigo 81º/11 do CIRC).

Os lucros atribuídos devem ser considerados como proveitos ou ganhos para efeitos fiscais no exercício em que se verifica o direito aos mesmos de acordo com o princípio de especialização dos exercícios (artigo 18º /1do CIRC).

Não residentes

Os dividendos distribuídos por sociedades residentes no território português a pessoas, singulares e colectivas, não residentes neste território (e sem estabelecimento estável em território português ao qual os rendimentos sejam imputáveis) estão sujeitos a retenção na fonte à taxa liberatória de 20%, podendo, todavia, esta taxa ser reduzida para 5%, 10% ou 15%, nos termos de “convenção para evitar a dupla tributação” que, eventualmente, tenha sido celebrada entre Portugal e o país de residência do beneficiário dos dividendos, cumpridas que sejam as formalidades para o efeito previstas (artigo 71º/3/c) do CIRS e artigos 88º/1 c) e 3/b) e 90º-A/1 CIRC).

Estão isentos de tributação em Portugal os dividendos que uma entidade residente em Portugal, nas condições estabelecidas no artigo 2.º da Directiva 90/435/CEE, de 23 de Julho, coloque à disposição de entidade residente noutro Estado-Membro da União Europeia que esteja nas mesmas condições e que detenha directamente uma participação no capital da primeira não inferior a 10% ou com um valor de aquisição não inferior a € 20.000.000 e desde que esta tenha permanecido na sua titularidade, de modo ininterrupto, durante um ano (artigo 14º/3 CIRC).

Esta isenção é também aplicável aos dividendos que uma entidade residente em território português, nas condições estabelecidas no artigo 2.º da Directiva n.º 90/435/CEE, de 23 de Julho, coloque à disposição de um estabelecimento estável, situado noutro Estado membro, de uma entidade residente num Estado membro da União Europeia que esteja nas mesmas condições e que detenha, total ou parcialmente, por intermédio do referido estabelecimento estável uma participação directa não inferior a 10% ou com um valor de aquisição não inferior a € 20.000.000, desde que esta tenha permanecido na sua titularidade, de modo ininterrupto, durante um ano (artigo 14º/6 CIRC).

85 Para que as isenções referidas nos parágrafos anteriores sejam aplicáveis deve ser feita prova, perante a entidade que se encontra obrigada a efectuar a retenção na fonte e anteriormente à data em que os dividendos são colocados à disposição dos accionistas, de que estes se encontram nas condições de que depende a isenção aí prevista, sendo a relativa às condições estabelecidas no artigo 2.º da Directiva n.º 90/435/CEE, de 23 de Julho, efectuada através de declaração confirmada e autenticada pelas autoridades fiscais competentes do Estado membro da União Europeia de que é residente a entidade beneficiária dos rendimentos (artigo 14º/4 CIRC).

Estão ainda isentos de IRC (isenção que obedece a um regime de prova similar ao descrito no parágrafo anterior) os dividendos que uma entidade residente em território português coloque à disposição de uma sociedade residente na Confederação Suíça, nos termos e condições referidos no artigo 15.º do Acordo entre a Comunidade Europeia e a Confederação Suíça, que prevê medidas equivalentes às previstas na Directiva n.º 2003/48/CE, do Conselho, de 3 de Junho, relativa à tributação dos rendimentos da poupança sob a forma de juros, sempre que, cumulativamente (artigo 14º/8 e 9 CIRC):

- A sociedade beneficiária dos lucros tenha uma participação mínima directa de 25% no capital da sociedade que distribui os lucros desde há pelo menos dois anos;

- Nos termos das convenções destinadas a evitar a dupla tributação celebradas por Portugal e pela Suíça com quaisquer Estados terceiros, nenhuma das entidades tenha residência fiscal nesse Estado terceiro e Ambas as entidades estejam sujeitas a imposto sobre o rendimento das sociedades sem beneficiarem de uma qualquer isenção e ambas revistam a forma de sociedade limitada.

Nos termos do artigo 89.º do CIRC sempre que relativamente a estas três situações tenha havido lugar a retenção na fonte por não se verificar o requisito temporal de detenção da participação mínima exigida, pode haver lugar à devolução do imposto que tenha sido retido na fonte até à data em que se complete o período de um ano ou de dois anos, para o caso da sociedade residente na confederação da Suíça, de detenção ininterrupta da participação, por solicitação da entidade beneficiária dos rendimentos, dirigida aos serviços competentes da Direcção-Geral dos Impostos, a apresentar no prazo de dois anos contados daquela data, devendo ser feita a prova

referida supra.

Tributação das mais e menos valias geradas com a alienação de partes de capital Residentes

Quanto às pessoas singulares, o saldo anual positivo entre as mais-valias e as menos-valias realizadas com a alienação de acções é tributado à taxa autónoma de 10%, sem prejuízo do seu englobamento por opção dos respectivos titulares residentes em território português (artigo 72º/4 CIRS), caso em que tal saldo passa a ser tributado em IRS às taxas genéricas e progressivas do IRS, que podem atingir 42%. Para apuramento do referido saldo, positivo ou negativo, não relevam as perdas apuradas quando a contraparte da operação estiver sujeita no país, território ou região de domicílio, a um regime fiscal claramente mais favorável, constante da lista aprovada pela Portaria n.º 150/2004, de 13 de Fevereiro (artigo 43º/3 do CIRS).

São, contudo, excluídas de tributação as mais-valias realizadas com a alienação de acções, quando detidas pelo seu titular durante mais de 12 meses (artigo 10.º/ 2/ a) CIRS). Esta exclusão não abrange, no entanto, as mais-valias provenientes da alienação de acções, ainda que detidas há mais de 12 meses, se respeitantes a sociedades cujo activo seja constituído, directa ou indirectamente, em mais de 50% por bens imóveis ou direitos reais sobre bens imóveis situados em território português, sendo tais mais-valias tributadas à taxa autónoma de 10%, acima referida (artigo 10º/12 CIRS).

86 Relativamente às pessoas colectivas, consideram-se proveitos ou ganhos ou custos ou perdas, para efeitos de determinação do seu resultado tributável de IRC, as mais-valias ou as menos-valias realizadas com a transmissão de acções (artigos 20º/1/f) e 23º/1/i) do CIRC).

A diferença negativa entre as mais-valias e as menos-valias realizadas mediante a transmissão onerosa de partes de capital, incluindo a sua remição e amortização com redução de capital, bem como outras perdas ou variações patrimoniais negativas relativas a partes de capital ou outras componentes do capital próprio, designadamente prestações suplementares, concorrem para a formação do lucro tributável em apenas metade do seu valor (artigo 42º/3 do CIRC).

As menos-valias decorrentes da transmissão onerosa de participações financeiras não são dedutíveis, para efeitos do apuramento do resultado tributável de IRC, quando a contraparte na operação seja (i) uma “entidade relacionada”; (ii) uma entidade residente em país/território sujeito a um regime fiscal privilegiado (países e territórios constantes da listagem aprovada pela Portaria nº 150/2004, de 13 de Fevereiro); ou (iii) uma entidade residente em território português que seja sujeita a um regime especial de tributação.

As menos-valias resultantes da transmissão onerosa de participações financeiras não são igualmente dedutíveis, para efeitos de IRC, caso as referidas participações financeiras tenham sido adquiridas a (i) “entidades relacionadas”; (ii) entidades residentes em países/territórios sujeitos a regimes fiscais privilegiados (países e territórios listados na Portaria nº 150/2004, de 13 de Fevereiro); (iii) a entidades residentes no território português que sejam sujeitas a um regime especial de tributação, se tais participações financeiras tiverem sido detidas por período inferior a 3 anos. As menos-valias resultantes da transmissão onerosa de participações financeiras não são, de igual modo, aceites para efeitos fiscais se, nos três anos que antecederam a alienação, a sociedade alienante tiver sido objecto de transformação, no sentido de deixar de ser uma SGPS ou uma SCR para passar a ser uma sociedade “operativa” (artigo 23º/5/6/7 CIRC).

As taxas de IRC correspondem a uma taxa reduzida de 12,5%, aplicável até ao limite do escalão de matéria colectável de € 12.500, tributando-se o valor excedente à taxa de IRC de 25%, a que pode acrescer a derrama à taxa máxima de 1,5% sobre o lucro tributável sujeito e não isento de IRC (artigo 80º/1 CIRC).

Para efeitos de determinação do resultado tributável de IRC, a diferença positiva entre as mais-valias e as menos-valias realizadas mediante a transmissão onerosa de partes de capital, é considerada apenas em metade do seu valor, desde que respeitadas as seguintes regras (artigo 45º CIRC):

- O valor de realização correspondente à totalidade das partes de capital alienadas deve ser reinvestido, total ou parcialmente, no exercício anterior ao da realização da mais-valia, no próprio exercício ou até ao fim do segundo exercício seguinte ao da realização, na aquisição de participações no capital de sociedades comerciais ou civis sob a forma comercial ou em títulos do Estado Português ou na aquisição, fabricação ou construção de elementos do activo imobilizado corpóreo afectos à exploração, com excepção dos bens adquiridos em estado de uso a sujeito passivo de IRS ou IRC com o qual existam relações especiais nos termos do artigo 58.º n.º 4 do CIRC;

- As participações de capital alienadas devem ter sido detidas por período não inferior a um ano e corresponder a pelo menos, 10% do capital da sociedade participada ou ter um valor de aquisição não inferior a € 20.000.000, devendo as partes de capital ou os títulos do Estado Português adquiridos ser detidos por igual período;

As transmissões onerosas e aquisições de partes de capital, em que se concretiza o reinvestimento, não podem ser efectuadas com entidades:

87 - Com domicílio, sede ou direcção efectiva em país, território ou região sujeito a um regime fiscal mais favorável, constante da Portaria n.º 150/2004, de 13 de Fevereiro;

- Com as quais existam relações especiais, excepto quando se destinem à realização de capital social, caso em que o reinvestimento considerar-se-á totalmente concretizado quando o valor das participações sociais assim realizadas não seja inferior ao valor de mercado daquelas transmissões.

Não sendo concretizado, total ou parcialmente, o reinvestimento até ao fim do segundo exercício seguinte ao da realização, considera-se como proveito ou ganho desse exercício a diferença ou a parte proporcional da diferença acima referida ainda não incluída no lucro tributável, majorada em 15%.

A verificar-se um reinvestimento meramente parcial do valor de realização associado ao saldo anual positivo entre as mais/menos-valias de participações financeiras, apenas a parcela deste saldo, correspondente à parte proporcional do valor de realização reinvestido, será deduzida em 50% do respectivo valor, para efeitos do apuramento do resultado tributável de IRC, sendo a parcela remanescente integralmente incluída nesse resultado.

As mais-valias e as menos-valias realizadas por SGPS, SCR e ICR, mediante a transmissão onerosa de acções detidas por um período não inferior a 1 ano, bem como os encargos financeiros suportados com a sua aquisição, não concorrem para a formação do respectivo lucro tributável, ou seja, não são tributadas, no primeiro caso, e não são dedutíveis, no segundo (artigo 32º/2 e 3 EBF). Tal regime, não é, contudo, aplicável, relativamente às mais-valias realizadas e aos encargos financeiros suportados, quando as partes de capital alienadas tenham sido detidas por período inferior a três anos e tenham sido adquiridas a: - Entidades com as quais existam relações especiais (cfr. artigo 58.º n.º 4 do CIRC);

- Entidades com domicílio, sede ou direcção efectiva em território sujeito a um regime fiscal mais favorável, constantes da Portaria n.º 150/2004, de 13 de Fevereiro;

- Entidades residentes em território português sujeitas a um regime especial de tributação.

Este regime não é ainda aplicável quando a alienante tenha resultado de transformação em SGPS, em SCR ou em ICR, caso tenham decorrido menos de três anos entre a data da referida transformação e a data da transmissão.

Não residentes

São excluídas de tributação, as mais-valias realizadas com a alienação de acções, por pessoas singulares não residentes e sem estabelecimento estável ao qual as mesmas sejam imputáveis, quando detidas pelo seu titular durante mais de 12 meses (artigos 10º/2/a) do CIRS).

Esta exclusão não abrange, contudo, mais-valias provenientes da alienação de acções, ainda que detidas há mais de 12 meses, se respeitantes a sociedades cujo activo seja constituído, directa ou indirectamente, em mais de 50% por bens imóveis ou direitos reais sobre bens imóveis situados em território português, sendo tais mais-valias tributadas à taxa autónoma de 10% (artigo 10º/12 do CIRS).

Se alienadas antes de decorrido aquele prazo, as mais-valias realizadas estão isentas de imposto, excepto quando o alienante seja residente em país, território ou região sujeito a um regime fiscal claramente mais favorável, constante de lista aprovada pela Portaria n.º 150/2004, de 13 de Fevereiro, ou quando as mais-valias realizadas resultem da transmissão onerosa de partes sociais em sociedades residentes em território português cujo activo seja constituído, em mais de 50% por bens imóveis situados em território português ou que, sendo sociedades gestoras ou detentoras de participações sociais, se encontrem em relação de domínio, tal como definido no artigo 13.º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de Dezembro, a título de dominantes, com sociedades dominadas, igualmente residentes em território português, cujo activo seja constituído, em

88 mais de 50%, por bens imobiliários aí situados (artigo 27º/1 e 3 EBF), sendo neste caso o saldo anual positivo entre as mais-valias e as menos-valias tributado à taxa de 10% (artigo 72º/4 CIRS).

As mais-valias obtidas por não residentes em Portugal beneficiarão, contudo de isenção, se o respectivo beneficiário for residente em Estado que tenha celebrado acordo de dupla tributação com Portugal e tal acordo atribua o poder exclusivo de tributar tais mais-valias ao Estado da residência.

Quanto às mais-valias realizadas com a transmissão de partes sociais por pessoas colectivas não residentes e sem estabelecimento estável ao qual as mesmas sejam imputáveis, estão isentas de imposto, excepto quando (artigo 27º/ 1 e 2 EBF):

- Tais entidades sejam detidas, directa ou indirectamente, em mais de 25% por entidades residentes; - Tais entidades sejam residentes em país, território ou região, sujeitas a um regime fiscal claramente mais favorável, constante de lista aprovada pela Portaria n.º 150/2004, de 13 de Fevereiro;

- Resultem da transmissão onerosa de partes sociais em sociedades residentes em território português cujo activo seja constituído, em mais de 50%, por bens imóveis aí situados ou que, sendo sociedades gestoras ou detentoras de participações sociais, se encontrem em relação de domínio, tal como definido no artigo 13.º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de Dezembro, a título de dominantes, com sociedades dominadas, igualmente residentes em território português, cujo activo seja constituído, em mais de 50%, por bens imobiliários aí situados. Não sendo aplicável a isenção acima referida, as mais-valias serão tributadas à taxa de 25%, excepto quando o respectivo beneficiário seja residente em Estado que tenha celebrado acordo de dupla tributação com Portugal e tal acordo atribua o poder exclusivo de tributar tais mais-valias ao Estado da residência.

Transmissões gratuitas de acções Residentes

Estão sujeitas a imposto do selo, à taxa de 10%, as transmissões gratuitas de acções cuja entidade