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COLETÂNEA DE LEIS E JULGADOS EM SAÚDE

DISPOSIÇÃO PRELIMINAR

Art. 1º. Esta Lei regula, em todo território nacional, as ações e serviços de saúde executados, isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito público ou privado175.

174 Alterada pelas Leis ns. 9.836, de 24.9.1999 e 10.424, de 16.4.2002. 175Legislação:

Ver: art. 192, II e art. 197 da CF; arts. 15, XI; 20 e 22 da LOS.

- Lei n. 9.656, de 03.06.98 - Regulamenta os planos privados de assistência à saúde. - Lei n. 9.961, de 28.1.2000 - Cria a Agência Nacional de Saúde Suplementar.

- Lei n. 9.986, de 19.7.2000 - Revoga os arts. 12 e 27 e o Anexo I da Lei n. 9.961/2000 e dá outras providências. - Lei n. 10.185, de 12.2.2001 - Dispõe sobre a especialização das sociedades seguradoras em planos privados de assistência à saúde e dá outras providências.

- Lei n. 10.223, de 15.5.2001 - Dispõe sobre a obrigatoriedade de cirurgia plástica reparadora de mama por planos e seguros privados de assistência à saúde nos casos de mutilação decorrente de tratamento de câncer.

- MP n. 2.177, de 24.8.2001 - Altera as Leis n. 9.656, de 3.6.98, n. 9.961, de 28.1.2000 e n. 10.185, de 10.2.2001 (Retificada em 24.09.2001).

- Decreto n. 3.327, de 5.1.2000 – Aprova o regulamento da Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS e dá outras providências.

- Decreto n. 4.044, de 6.12.2001 – Dá nova redação ao Conselho Nacional de Saúde Suplementar – CONSU, criado pela MP n. 2.177- 44, de 24.8.2001.

- Portaria MS n. 221, de 24.3.99 - Dispõe sobre a obrigatoriedade de todas as unidades hospitalares, públicas ou privadas, informarem ao Ministério da Saúde as internações hospitalares. (Ver art. 15, III e IV da LOS).

- Portaria SAS/MS n. 511, de 29.12.2000 – Aprova modelo de Ficha Cadastral dos Estabelecimentos de Saúde – FCES, o Manual de Preenchimento e a planilha de dados profissionais.

- Portaria MS n. 1.560, de 29.8.2002 - Institui o Cartão SUS e dá outras providências.

- Resolução CSS n. 1, de 22.05.2000 – Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos procedimentos e atividades lesivas à assistência à saúde suplementar, delega competência à ANS para atos que menciona e dá outras providências.

- Resolução ANSS/DC n. 62, de 20.3.2001 - Estabelece normas para o ressarcimento ao SUS, previsto no art. 32 da Lei n. 9.656, de 3.6.98.

- Resolução ANSS-RE n. 6, de 26.3.2001 - Estabelece nova sistemática para o processamento do ressarcimento ao SUS.

Comentários: A criação do Conselho Nacional de Saúde Suplementar não retira do Conselho Nacional de Saúde o

poder de discutir e atuar nesse campo, uma vez que sua competência para aprovar a política nacional de saúde abrange as ações e serviços de saúde, executados tanto pela iniciativa privada como pelo Poder Público.

Correlata: Código de Proteção e Defesa do Consumidor:

- Lei n. 8.078, de 11.9.90 - Dispõe sobre a proteção do consumidor – Código de Proteção e Defesa do Consumidor – CDC.

- Lei n. 8.656, de 21.5.93 - Altera o Código de Proteção e Defesa do Consumidor – CDC.

- Lei n. 8.703, de 6.9.93 - Acrescenta parágrafo único ao art. 57 do Código de Proteção e Defesa do Consumidor - CDC e revoga o art. 3º da Lei n. 8.656, de 21.5.93.

- Lei n. 9.008, de 21.3.95 - Altera o Código de Proteção e Defesa do Consumidor – CDC. - Lei n. 9.298, de 1.8.96 - Altera o Código de Proteção e Defesa do Consumidor – CDC.

Comentários: De acordo com o disposto no art. 197 da CF todas as ações e serviços de saúde, sejam públicos ou

privados, são de relevância pública, cabendo ao Poder Público, dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle. O princípio constitucional de que a assistência à saúde é livre à iniciativa privada não tem o condão de retirar o setor privado do campo de incidência da normatividade dos poderes públicos imanente na área da saúde. O Estado tem o dever de exercer sobre os serviços de interesse social e de relevância pública atuação regulatória e fiscalizadora no exato limite do bem jurídico protegido, ou seja, a vida humana. Consultar: José Afonso Silva, Aplicabilidade das Normas Constitucionais, Editora Malheiros, 3ª edição ("as ações e os serviços de saúde são

de relevância pública, por isso ficam inteiramente sujeitos à regulamentação, fiscalização e controle do Poder Público, nos termos da lei, a quem cabe executá-los diretamente ou por terceiros, pessoas físicas ou jurídicas de direito privado. Se a Constituição atribui ao Poder Público o controle das ações e serviços de saúde, significa que sobre tais ações e serviços tem ele integral poder de dominação, que é o sentido do termo controle, mormente quando aparece ao lado da palavra fiscalização").

Jurisprudência

- Plano de saúde privado. Dever de ressarcimento ao Sistema Único de Saúde – SUS pelas despesas médico- hospitalares em virtude de atendimento, pela rede pública, de beneficiário do plano privado. Inocorrência, na espécie, observada a abrangência do contrato, com relação à localização geográfica e aos períodos de carência. A Lei n.º 9.656/98, que dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde, em seu art. 32, estabelece o dever de ressarcimento pelas operadoras de planos privados dos serviços prestados aos beneficiários em instituições integrantes do Sistema Único de Saúde - SUS. Não se pode exigir, contudo, que a pessoa jurídica de direito privado restitua valores ao SUS em virtude de situações não cobertas pelo contrato, consistentes na prestação de serviços médico-hospitalares fora da localidade ou durante os períodos de carência contratual.

Apelação desprovida. Sentença confirmada em Reexame Necessário. ( TJRS – APC 70003824174/2002 – Rel. Des.

Eduardo Zietlow Duro).

- Contrato- Prestação de serviços - Plano de saúde - Serviço médico-hospitalar - Pagamento de despesas médico- hospitalares de beneficiário falecido portador de AIDS - Doença que provoca deficiência imunológica progressiva, expondo o doente contaminado a males ocasionados por microorganismos patogênicos que na sua maioria são cobertos pela apólice - Abusividade da cláusula contratual excludente reconhecida - Ordinária e antecedente cautelar

inominada procedentes - Recurso improvido.( TACSP - Ap. 705.551-6/1998 – Rel. Juiz Carlos Renato de Azevedo

Ferreira).

- Contrato - Cláusula contratual - Contrato de adesão - Limitação da internação em UTI a 10 dias ou 240 horas - Possibilidade - Cláusula limitativa das garantias do associado e não excludente de direito, considerada válida e

desvestida de potestatividade - Ação procedente - Recurso improvido. Declaração de voto vencido. ( TACSP – Ap

768.839-5/ 1998 - Rel. Juiz Carlos Luiz Bianco).

- Ação direta de inconstitucionalidade. Medida cautelar. 2. Lei nº 11.446, de 10.7.1997, do Estado de Pernambuco, que dispõe sobre o cumprimento de normas obrigacionais, no atendimento médico-hospitalar dos usuários por pessoas físicas ou jurídicas ao praticarem a prestação onerosa de serviços. 3. Relevância dos fundamentos jurídicos da ação, notadamente, no que concerne à incompetência do Estado-membro, diante das regras dos arts. 22, I e VII, e 192, II, bem assim em face do disposto nos arts. 170 e 5º, XXXVI, todos da Constituição Federal. 4. Periculum in mora caracterizado. 5. Precedente do Plenário na ADIN nº 1.595-8, medida cautelar, em que impugnada a Lei nº 9.495, de 4.3.1997, do Estado de São Paulo. 6. Medida cautelar deferida, suspendendo-se, ex nunc e até o julgamento

TÍTULO I