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O Programa Nacional de Renda Mínima vinculado à saúde insere-se na categoria dos programas de assistência

COLETÂNEA DE LEIS E JULGADOS EM SAÚDE

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

2. O Programa Nacional de Renda Mínima vinculado à saúde insere-se na categoria dos programas de assistência

social que provê mínimos existenciais, não podendo ser financiados com recursos do Fundo Nacional da Saúde. Ainda que a carência alimentar tenha interferência na saúde do cidadão, não pode ser financiado com recursos da saúde.

A vigilância nutricional, que se insere no âmbito do SUS, tem características próprias que não se confundem com renda mínima e outros programas de assistência social. Lembramos, ainda, que a CF no seu art. 212, § 4º, dispõe que os programas suplementares de alimentação e assistência à saúde do educando, previstos no art. 208, VII, serão financiados com recursos provenientes de contribuições sociais e outros recursos orçamentários. Na área da educação existe uma fonte adicional de financiamento que é a “contribuição social salário educação” (art. 212, § 5º).

Jurisprudência

- Recurso especial. Investigação de paternidade. Exame DNA. Justiça gratuita. Responsabilidade do Estado. Despesas. Precedentes da Corte. 1.As normas infraconstitucionais mencionadas no recurso especial não impõem, induvidosamente, ao Estado o dever legal de custear todo o exame DNA, questão essa de índole constitucional, que foge dos limites para o recurso especial. 2. Tampouco o recorrente indicou dispositivos que obrigam o perito a adiantar despesas ou a aguardar que o beneficiário da justiça gratuita ganhe a ação para que possa receber os honorários. 3. Recurso especial não conhecido ( STJ – RESP 112585.MS/1999 – Rel. Min. Carlos Alberto Menezes Direito). (sem íntegra)

- Assistência judiciária. Perícia (exame DNA). Em casos assemelhados, decidiu o STJ que "A questão pertinente a saber se o Estado deve arcar com as despesas é de natureza constitucional, não podendo ser deslindada em recurso especial" (Resp's 73.914 e 112.585). Recurso especial não conhecido. (STJ – RESP 174329.MS/1999 – Rel. Min. Nilson Naves). ( sem integra).

- Investigação de paternidade - Exame DNA - Beneficiário de assistência judiciária gratuita. Acórdão com fundamento exclusivamente de índole constitucional (art. 5º, IXXIV da cf/88) - Matéria que não pode ser apreciada em sede de especial. I - Se o acórdão recorrido, para determinar a obrigatoriedade do Estado em arcar com as despesas para a realização do exame DNA, pautou-se em princípio de natureza constitucional, a questão só poderá ser

apreciada em sede de Recurso Extraordinário. II - Recurso não conhecido. ( STJ – RESP 136533.MS/1999 – Rel. Min. Waldemar Zveiter)(sem integra).

- Investigação de paternidade. Exame DNA. Justiça gratuita. Responsabilidade do Estado. Precedentes da Segunda Seção. I - Se o acórdão recorrido, para determinar a obrigatoriedade do Estado em arcar com as despesas para a realização do exame DNA, pautou-se em princípio de natureza constitucional, a questão só poderá ser apreciada em sede de Recurso Extraordinário. II - Recurso não conhecido. ( STJ – RESP 103283.MS/1999 – Rel. Min. Wlademar Zveiter). (sem integra).

- Medida Cautelar. Efeito suspensivo a recurso especial. Perícia. Antecipação das despesas. DNA. Ação de investigação de paternidade. Deferimento da medida liminar para emprestar efeito suspensivo a recurso especial interposto de acórdão que impôs ao Estado a obrigação da antecipar despesas com perícia (DNA) em ação de investigação de paternidade ajuizada por beneficiário da Justiça Gratuita.( STJ – MC 779.MS/1998 – Rel. Min. César Asfor Rocha).( sem íntegra)

- Direito Processual Civil. Justiça gratuita. Prova pericial do DNA. Despesas. 1. De acordo com uníssono entendimento da Segunda Seção desta Corte pode o magistrado exigir o exame "finger print" - DNA, às expensas do Estado, tão-somente naqueles casos em que após colher exaustivamente todas as provas admissíveis, não conseguir formar o seu convencimento sobre a pretensão deduzida. 2. Recurso especial conhecido e provido em parte. ( STJ – RESP 182040.MS/1998 – Rel. Min. Bueno de Souza) ( sem integra)

- Investigação de paternidade. Assistência judiciária. Exame "Finger Print DNA". Honorários periciais. Antecipação pelo Estado. Na ação de investigação de paternidade, o Estado não se acha obrigado a adiantar as despesas da perícia, à falta de disponibilidade orçamentária. Precedentes. Recurso especial conhecido e provido.( STJ – RESP 107001.MS/2000 – Rel. Min. Barros Monteiro). ( sem integra).

Legislação correlata referente às políticas públicas de proteção ao idoso:

Ver Capítulo VII da CF, arts. 226 a 230; art. 7º, II, da LOS.

- Lei n. 8.842, de 4.1.94 - Dispõe sobre a política nacional do idoso e cria o Conselho Nacional do Idoso.

- Lei n. 8.926, de 9.8.94 - Torna obrigatória a inclusão, nas bulas de medicamento, de advertências e recomendações sobre seu uso por pessoas com mais de 65 anos.

- Lei n. 10.173, de 9.1.2001 - Altera a Lei n. 5.869, de 11.1.73 - Código de Processo Civil, para dar prioridade de tramitação aos procedimentos judiciais em que figure como parte pessoa com idade igual ou superior a sessenta e cinco anos.

- Decreto n. 1.948, de 3.7.1996 – Regulamenta a Lei n. 8.842/94 que dispõe sobre a política nacional do idoso. - Decreto n. 4.227, de 13.05.2002 - Cria o Conselho Nacional do Idoso - CNDI , e dá outras providências.

-Decreto n. 4.287, de 27.6.2002 - Dá nova redação a dispositivo do Decreto n. 4.227, de 13.5.2002, que cria o Conselho Nacional do Idoso - CNDI.

- Portaria SEAS/MPAS n. 73, de 10.5.2001 - Estabelece normas de funcionamento de serviços de atenção ao idoso no Brasil.

- Portaria MS n. 99, de 5.2.99 – Dá competência à Funasa para cuidar da imunização da população com idade superior a 65 anos.

- Portaria MS n. 1.395, de 10.12.1999 – Aprova a Política Nacional do Idoso. - Portaria MS n. 702, de 12.4.2002 – Dispõe sobre a Política Nacional do Idoso.

Legislação correlata referente às políticas públicas de proteção ao deficiente: - Ver arts. 203, IV; 208, VII; 227, § 1º,II, da CF.

- Lei n. 7.405, de 12.11.85 - Torna obrigatória a colocação do símbolo internacional de acesso em todos os locais e serviços que permitam sua utilização por pessoas portadoras de deficiências e dá outras providências.

- Lei n. 7.853, de 24.10.89 - Dispõe sobre o apoio às pessoas deficientes, sua integração social, sobre a coordenadoria para integração do deficiente (CORDE), institui a tutela jurisdicional de interesse coletivo ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público, define crimes e dá outras providências.

- Lei n. 8.000, de 13.3.90 - Concede isenção do imposto sobre produtos industrializados na aquisição de automóveis de passageiros e dá outras providências.

- Lei n. 8.028, de 13.4.90 – Altera a Lei n. 7.853/89.

- Lei n. 8.160, de 8.1.91 - Dispõe sobre a caracterização de símbolo que permita a identificação de pessoas portadoras de deficiência auditiva.

doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.

- Lei n. 8.686, de 20.7.93 - Dispõe sobre o reajustamento da pensão aos deficientes físicos portadores da síndrome de talidomida, instituída pela Lei n. 7.070, de 20.12.82.

- Lei n. 8.687, de 20.7.93 - Retira da incidência do Imposto de renda benefícios percebidos por deficientes mentais. - Lei n. 8.899, de 29.6.94 - Dispõe sobre o transporte de pessoas deficientes no sistema de transporte coletivo interestadual

- Lei n. 8.989, de 24.2.95 - Dispõe sobre a isenção do imposto sobre produtos industrializados para aquisição de automóveis para utilização de transporte autônomo de passageiros, bem como por pessoas portadoras de deficiência física e destinados ao transporte escolar e dá outras providências.

- Lei n. 9.144, de 8.12.95 – Prorroga a vigência da Lei n. 8.989, de 24.2.95.

- Lei n. 9.867, de 10.11.99 - Dispõe sobre a criação e o funcionamento de cooperativas sociais visando à integração social dos cidadãos, conforme especifica.

- Lei n. 10.048, de 8.11.2000 - Dá prioridade de atendimento as pessoas que especifica, e dá outras providências. - Lei n. 10.050, de 14.11.2000 - Altera o art. 1.611, do Código Civil, estendendo o benefício do § 2º ao filho necessitado portador de deficiência.

- Lei n. 10.098, de 19.12.2000 - Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências.

- Lei n. 10.182, de 14.2.2001 - restaura a vigência da Lei n. 8.989, de 24.2.95.

- Lei n. 10.226, de 15.5.2001 - Acrescenta parágrafo ao art. 13 da Lei n. 4.737, de 15.7.65, que institui o Código Eleitoral determinando a expedição de instruções sobre a escolha dos locais de votação de mais fácil acesso para o eleitor deficiente físico.

- Lei n. 10.436, de 24.4.2002 - Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências.

- MP n. 2.216, de 31.8.2001 – Altera dispositivos da Lei no 9.649, de 27 de maio de 1998, que dispõe sobre a organização da Presidência da República e dos Ministérios, e dá outras providências .(Revoga o art. 13 da Lei n. 7.853, de 24.10.89).

- Decreto n. 129, de 22.5.91 - Promulga a convenção 159, da OIT, sobre a reabilitação profissional e o emprego de pessoas deficientes.

- Decreto n. 1.744, de 8.12.95 - Regulamenta o benefício de prestação continuada devido a pessoa deficiente e ao idoso, conforme Lei n. 8.742, de 7.12.93.

- Decreto n. 3.298, de 20.12.99 - Regulamenta a Lei 7.853, de 24.10.89, dispõe sobre a política nacional para a integração da pessoa portadora de deficiência, consolida as normas de proteção e dá outras providências (arts. 16, 17, 18 e 19 tratam especificamente da saúde).

- Decreto n. 3.691, de 19.12.2000 - Regulamenta a Lei n. 8.899/94.

- Decreto Legislativo n. 198, de 13.6.2001 - Aprova o texto da Convenção Interamericana para a eliminação de todas as formas de discriminação contra as pessoas portadoras de deficiência, concluída em 7.6.99.

- Decreto n. 3.956, de 8.10.2001 - Promulga a Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência.

- Portaria Interministerial MT/MJ/MS n. 3, de 10.4.2001 - Dispõe sobre a concessão de passe livre às pessoas portadoras de deficiência, comprovadamente carentes, no sistema de transporte coletivo interestadual, nos modais rodoviário, ferroviário e aquaviário e revoga a Portaria n. 1, de 9.1.2001.

- Portaria MC n. 246, de 10.5.2001 - Dispõe sobre a definição do Programa de Atendimento a Deficientes, que trata da implantação de acessos individuais dos serviços de telecomunicações e equipamentos de interface a pessoas portadoras de deficiência e a instituições de assistência a deficientes.

- Portaria MS n. 1.060, de 5.6.2002 – dispõe sobre a Política Nacional de Saúde da Pessoa Portadora de Deficiência. -Resolução INSS n. 435, de 18.3.97 - Estabelece normas para a concessão do benefício continuado de prestação continuada devido à pessoa portadora de deficiência e ao idoso.

- Resolução CONADE n. 8, de 20.6.2001 - Recomenda ao Ministério da Educação - MEC e ao Conselho Nacional de Educação - CNE medidas referentes à inclusão da pessoa portadora de deficiência, no sistema regular de ensino, e dá outras providências.

§ 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade178.

Art. 3º A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do País.

Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as ações que, por força do disposto no artigo anterior, se destinam a garantir às pessoas e à coletividade condições de bem-estar físico, mental e social.

TÍTULO II

DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE