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DISTÚRBIOS DA MEMÓRIA

No documento Neuropsicologia - Roger Gil.pdf (páginas 193-200)

"Consciência significa, antes de mais nada, memória. "

Bergson

Os povos têm um a m em ória que é expressa na cultura e que m anifesta a sua identidade. Os homens que com põem um povo partilham a m esm a memória e vivem , no grupo social que escolhem ou a que se subm etem , um a história única, que tam bém m anifesta a identidade deles. A m em ória é essa aptidão que, ao possibilitar que a pessoa se lem bre, perm ite tam bém a todo ser hum ano de se reconhecer num presente, que é produto da sua história e a raiz do seu futuro. A elaboração identificadora de cada ser hum ano é resul­ tante da cascata de fatos ocorridos desde o nascim ento, com o a edificação de um a habilidade e de um saber. Portanto, a m em ória é m últipla. A ação da m em ória supõe:

- a recepção, a seleção (consciente ou inconsciente) e, de um modo mais geral, o tratam ento de inform ações recebidas pelos órgãos dos sentidos; - a codificação e a estocagem dessas inform ações sob a form a de “engramas” que seriam , no seio do conjunto de neurônios, as redes que representam o suporte das inform ações estocadas; e

- a capacidade de acesso a essas inform ações.

A com paração entre a capacidade de rememoração e a de reconhecimento

perm ite distinguir o que pode significar um dano do processo de codificação e de estocagem de um lado, e de rem em oração (recuperação na memória) do outro. A capacidade de rem em oração é testada pela rememoração livre

de um a lista de palavras (como a lista de palavras de Rey) e pela rememo­

ração indicada em que é fornecida um a ajuda ao sujeito (por exem plo, “Você

não está se lembrando do terceiro objeto. E uma fruta... ”), e a de reconhe­

cim ento é avaliada ao apresentarm os para o sujeito os itens lem brados ante­ riorm ente, m isturados a outros itens. Assim , quando as inform ações foram corretam ente codificadas mas não podem ser lem bradas, o desem penho será m edíocre na rem em oração livre e m elhor na rem em oração indicada e no reco­ nhecim ento: isso pode ser observado nas deteriorações cognitvas subcorticais e nas lesões frontais. Se o déficit atingir a capacidade de codificação e de estocagem , o desem penho será fraco nos procedim entos de rem em oração e no de reconhecimento: isso é tipicam ente observado nas am nésias hipocâmpicas, A diversidade das com petências m nésicas pode ser enfocada sob dois eixos: um eixo seqüencial ou diacrônico, que inscreve a m em ória na abscissa do tempo, um eixo sincrônico que descreve os diferentes dom ínios em que a m em ória atua.

170 N e u ro p s ic o lo g ia d o lo bo fro n ta l

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DISTÚRBIOS

DA MEMÓRIA

“Consciência significa, antes cie mais nada, memória. " Bergson

Os povos têm um a m em ória que é expressa na cultura e que m anifesta a sua identidade. Os homens que com põem um povo partilham a m esm a m em ória e vivem , no grupo social que escolhem ou a que se subm etem , um a história única, que tam bém m anifesta a identidade deles. A m em ória é essa aptidão que, ao possibilitar que a pessoa se lem bre, perm ite tam bém a todo ser hum ano de se reconhecer num presente, que é produto da sua história e a raiz do seu futuro. A elaboração identificadora de cada ser hum ano é resul­ tante da cascata de fatos ocorridos desde o nascim ento, com o a edificação de um a habilidade e de um saber. Portanto, a m em ória é m últipla. A ação da m em ória supõe:

- a recepção, a seleção (consciente ou inconsciente) e, de um modo mais geral, o tratam ento de inform ações recebidas pelos órgãos dos sentidos; - a codificação e a estocagem dessas inform ações sob a form a de “engram as” que seriam , no seio do conjunto de neurônios, as redes que representam o suporte das inform ações estocadas; e

- a capacidade de acesso a essas inform ações.

A com paração entre a capacidade de rememoração e a de reconhecimento

perm ite distinguir o que pode significar um dano do processo de codificação e de estocagem de um lado, e de rem em oração (recuperação na memória) do outro. A capacidade de rem em oração é testada pela rememoração livre

de um a lista de palavras (como a lista de palavras de Rey) e pela rememo­

ração indicada em que é fornecida um a ajuda ao sujeito (por exem plo, “ Você

não está se lembrando do terceiro objeto. E uma fruta... ”), e a de reconhe­

cim ento é avaliada ao apresentarm os para o sujeito os itens lem brados ante­ riorm ente, m isturados a outros itens. A ssim , quando as inform ações foram corretam ente codificadas mas não podem ser lem bradas, o desem penho será m edíocre na rem em oração livre e m elhor na rem em oração indicada e no reco­ nhecim ento: isso pode ser observado nas deteriorações cognitvas subcorticais e nas lesões frontais. Se o déficit atingir a capacidade de codificação e de estocagem , o desem penho será fraco nos procedim entos de rem em oração e no de reconhecimento: isso é tipicam ente observado nas am nésias hipocâmpicas. A diversidade das com petências m nésicas pode ser enfocada sob dois eixos: um eixo seqüencial ou diacrônico, que inscreve a m em ória na abscissa do tem po, um eixo sincrônico que descreve os diferentes dom ínios em que a m em ória atua.

1 7 2 D is tú r b io s d a m e m ó ria

M E M Ó R IA E M EM Ó R IA S

A s e t a p a s d a m e m o r iz a ç ã o

M e m ó r i a d e c u r t o p r a z o , m e m ó r i a d e t r a b a l h o

As inform ações sensoriais são mantidas de modo fugaz (200 a 300 m), em form a de traços, que caracterizam um a memória sensorialvisusá (ou icônica), auditiva (ou ecóica), olfativa... A memória de curto prazo ou memória ime­

diata ou memória primária é um a m em ória de capacidade lim itada, que

engloba a análise da inform ação sensorial nas áreas cerebrais específicas (visuais, auditivas etc.) e a sua reprodução im ediata, num tempo de perm a­ nência m uito breve, de um a dois minutos. Essa “duplicação” , “im ediata” , das inform ações se refere a um núm ero restrito de elem entos que definem o

span. Então, distinguim os um span auditivo e um span visual. O span audi­

tivo pode referir-se a algarism os (chamado de numeral ou digital, norm al­ m ente explorado pelo subteste de m em ória de algarism os da WAIS) ou a palavras (span verbal): às vezes globalm ente designado com o nom e de

span verbal, o span auditivo no sujeito normal é de 7 (mais ou menos 2) letras, algarismos ou palavras. O span visual m ede a retenção e a restitui­ ção im ediata de inform ações visuais, com o a disposição espacial de uma série de quadrados coloridos, nõ subteste de m em ória visual da escala clíni­ ca de m em ória, de W echsler. Essa m em ória im ediata, intacta nas síndrom es am nésicas, corresponde a um a perm anência ou não de inform ações, em ins­ tância de destino m nésico durável. Seu substrato seria representado por m odificações eletrofisiológicas fundam entadas em circuitos reverberantes locais, que poderiam envolver sistem as neuronais corticais ou circuitos córtico-talâm icos: assim, explicar-se-ia o fato de que toda m odificação re­ pentina do funcionam ento cerebral (em oção, barulho...) anula, por interfe­ rência, a retenção im ediata das inform ações previam ente dadas.

O esquecimento da memória de curto prazo é classicam ente ilustrado pelo

paradigma de Brown e Peterson: o sujeito deve lem brar num prazo curto

(até uns vinte segundos) dos trigramas, isto é, das séries de três elem entos (letras ou palavras); depois que o trigram a é apresentado, e no prazo que separa a apresentação da rem em oração, pedim os ao sujeito para contar de trás para a frente, a partir de um certo número. Por exem plo, o exam inador diz ao sujeito “RXT 188” . O sujeito, então, deve contar “ 1 8 8 - 1 8 7 - 186...” até que o exam inador o interrom pa, depois de um tempo preciso, quando o exam inador pedirá para que ele lem bre o trigrama; aí constatam os que o esquecim ento aparece rapidam ente; o número de consoantes lem bradas di­ minui conform e aum enta a duração da tarefa distrátiva (de 3 a 18 segundos, nos protocolos habitualm ente utilizados); e esse fato (de a repetição ser atrapalhada pela tarefa concorrente) foi interpretado com o um declínio rá­ pido do traço m nésico ou com o conseqüência de um a interferência proativa entre os sucessivos trigramas. Em bora atualm ente já tenha sido estabelecida a ação dos dois m ecanism os, essa dúvida alim entou um debate sobre a ne­ cessidade de admitir, ou não, dois sistemas mnésicos diferentes na m em ória

D ln tú ib k m tin iim m r iilit I f i

de curto prazo e na m em ória de longo prazo: privilegiara teoria da lnlt’ili'ii’n cia advogava por um a concepção unitária de um único sistem a m iiíslco, pi Ivl legiar o desaparecim ento do traço mnésico m ilitava pela concepçtlo de um duplo sistema. A concepção dualista im pôs-se, finalm ente, com muitos mgii mentos, uns de ordem cognitiva (com o a existência de um efeito de rccÔncla num a tarefa de rem em oração livre), outros de ordem neuropsicológica (em particular a dissociação do dano dos registros m nésicos de curto e de longo prazo, m ostrados na patologia).

O paradigm a de B row n-Peterson possibilitou que Baddeley introduzisse o conceito de m em ória de trabalho. A m em ória de curto prazo não pode ser reduzida a um sistem a de estocagem passivo de curto prazo: na verdade, ela serve dememória de trabalho, e funciona, segundo o modelo de Baddeley e de H itch, com o um sistem a de capacidade lim itada, apto a estocar, e tam bém m anipular, as inform ações, perm itindo, então, a realização de tarefas cog­ nitivas com o o raciocínio, a com preensão e a resolução de problem as, graças à m anutenção e à disponibilidade tem porária das inform ações. Tratar-se-ia, então, de uma memória tampão, que perm itiria a alocação de recursos da atenção, supervisionada por um sistem a de controle da atenção cham ado de “adm inistrador central” (análogo ao sistema da atenção de supervisão ligado ao lobo frontal e descrito por Shallice) que coordena os sistem as ditos auxili­ ares ou escravos, dos quais os mais estudados são 0 circuito fonológico e o

bloco de anotações visuoespacial (Fig. 14.1). O circuito fonológico perm ite a

estocagem de inform ações verbais, sejam elas apresentadas por via auditiva ou visual; ele é feito de dois componentes, um a unidade de estocagem fonológica e um processo de controle articulatório baseado na “auto-repetição subvocal” que perm ite alim entar a unidade de estocagem ; além disso, as inform ações escritas são objeto de um a codificação fonológica, antes de serem transm itidas à unidade de estocagem , graças ao processo de controle articulatório (Fig. 14.2). Asupressão articulatóriaé explicada da seguinte maneira: num subteste de m em ória de algarism os, o desem penho (isto é, o span) será m ais baixo se pedirm os ao sujeito que repita um som sem significado (com o “bla... bia...

bla... ”) enquanto lhe apresentam os a série de algarism os a ser repetida. O

efeito de similaridade fonológica e o efeito de comprimento são explicados da seguinte maneira: o span de um a seqüência de letras ou de palavras a ser lem brada é mais baixo quanto mais longas forem as palavras. Logo, o span é

lim itado pela saturação do circuito fonológico: ele equivale aproxim adam ente ao núm ero de elem entos que podem ser pronunciados em dóis segundos e é,

Bloco de anotações Circuito

— '---

Administrador

--- ---

central

--- >---

---4--- F ig . 14.1. E s q u e m a d o m o d e lo d e m e m ó r ia d e t r a b a lh o d e B a d d e le y e H it c h .

174 D is tú r b io s da m em ó ria

F ig. 14.2. A d m i n is t r a d o r c e n t r a l e c ir c u it o f o n o ló g ic o n o m o d e lo d e m e m ó r ia d e tr a b a lh o d e B a d d e le y e H it c h .

então, função do tempo (e, conseqüentem ente, da velocidade) da articulação. O bloco de anotações visuoespacial é alim entado pela percepção visual ou pelo conjunto m ental de im agens. Seu funcionam ento, análogo ao do circuito fonológico, perm ite a manutenção tem porária das inform ações visuais (relaci­ onadas ao conhecim ento, isto é, ao “o que”) e das inform ações espaciais (relacionadas à localização, isto é, ao “onde”). E ntretanto, o m odelo de Baddeley não dá lugar à codificação sem ântica, cuja intervenção na m em ória de trabalho parece já estar provada, pelo fato de o span aum entar quando as palavras a serem repetidas têm um a sem elhança semântica: isso perm itiria im aginar um a m em ória de trabalho feita de representações múltiplas, que constituiriam o m esm o tanto de sistemas tam pões conectados entre si (visual, auditivo, fonológico, lexical, semântico, m otor etc.)

M e m ó r i a d e l o n g o p r a z o

A memória de longo prazo comporta uma memória chamada de secundária

(Fig. 14.3) que permite a conservação durável das informações, graças a uma codificação, seguida de um estocagem organizada num a tram a associativa multimodal (semântica, espacial, temporal, afeitva); essa memória permite a aprendizagem, e as informações armazenadas são objeto de uma consolida­ ção variável em função da importância em ocional e da repetição.

D is tú rb io s(In m a m á rln I7B

necessita a integridade das áreas cerebrais específicas

serve de memória de trabalho (im portância do lobo frontal)

O sistema necessita e permite - a codificação

- a estocagem - a rememoração - o reconhecim ento - a consolidação

(papel essencial dos circuitos de Papez, exceto para a rememoração e reconhecimento das

lembranças mais consolidadas) g . 1 4 .3 . A s e t a p a s d a m e m o r i z a ç ã o ( p a r t i c u l a r m e n t e c o m o f o r a m c o n c e b id a s n o m o d e lo “m o d a l ” d e A t k in s o n e S h if frín ). N o e n ta n to , d e v e -s e n o ta r q u e o s is te m a d e m e m ó ria d e c u rto p ra z o p o d e n ã o s e r u m a p a s s a g e m o b rig a tó ria p a ra o s is te m a d e lo n g o p ra z o , p o is o b s e rv o u -s e um d é fic it d a re m e m o ra ç ã o a u d itiv o -v e rb a l de c u rto p ra z o , s e m n e n h u m d a n o d a re m e m o ra ç ã o de lo n g o p ra z o (c o n ­ s u lta r te x to e fig. 14.5).

Essa m em ória é um sistem a distinto da m emória de curto prazo e repousa anatom icam ente no circuito de Papez (Fig. 14.4), bilateral e sim étrico (inicial­ m ente descrito com o suporte da regulação das em oções), unindo o hipocampo, o fórnix, os corpos m am ilares, juntando-se, pelo feixe m am ilo-talâm ico, aos núcleos anteriores do tálamo, para chegar, em seguida, ao giro do cíngulo. O exem plo m ais estudado de am nésia hipocâm pica é o do doente H. M., acom ­ panhado por Scoville e M ilner, que foi operado aos 27 anos de um a dupla lobotom ia tem poral, incluindo o hipocam po, e que se tornou incapaz de m em orizar os fatos acontecidos depois da lobotom ia, em bora seu span fosse norm al. Excepcionalm ente, pôde ser observada (na afasia de condução) a dissociação inversa, a saber, um déficit da m em ória auditivo-verbal de curto prazo contrastando com um a preservação da m em ória de longo prazo. Essa constatação é im portante porque im pede que considerem os que a m em ória de curto prazo seja passagem obrigatória para a m em ória de longo prazo. O

176 D is tú rb io s da m e m ó ria F ig. 14.4. O c ir c u it o d e P a p e z : c ir c u it o h ip o c a m p o - m a m ilo - t á la m o - c in g u la r (s e g u n d o G. L a z o rth e s . L e s y s t è m e n e r v e u x c e n t r a l. M a s s o n , P aris, 19 67 ). F ig . 14.5. M o d e lo d e S h a llic e e W a r r in g t o n ( 1 9 7 9 ) q u e p o s t u la a s r e la ç õ e s e n t r e a m e m ó r ia d e c u r t o p r a z o e a m e m ó r ia d e lo n g o p r a z o , n a r e m e m o ­ r a ç ã o a u d itiv o - v e r b a l.

A c o d ific a ç ã o é fo n o ió g ic a p a ra a m e m ó ria de c u rto p ra z o e s e m â n tic a p a ra a m e m ó ria de lo n g o p ra zo . O s d o is s is te m a s de m e m ó ria p o d e m s e r le s a d o s in d e p e n d e n te m e n te .

m odelo de Shallice e W arrington postula um funcionam ento “em paralelo” dessas duas m em órias (Fig. 14.5).

Os efeitos de recência e de prim azia tam bém inscrevem -se contra um a con­ cepção unicista da m emória: quando pedim os ao sujeito, num a tarefa de

No documento Neuropsicologia - Roger Gil.pdf (páginas 193-200)