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Eixo 1 – Formação Acadêmica e Atuação Profissional

No documento Dissertação de Tânia Mara dos Santos Bassi (páginas 122-125)

A REALIDADE DO PEI NO UNIVERSO PESQUISADO

4.2 Análises das Entrevistas

4.2.1 Eixo 1 – Formação Acadêmica e Atuação Profissional

Quadro 5: Caracterização dos Profissionais Envolvidos na Pesquisa

P1- Regente - Escola A:

Professora de atividades5..Sexo feminino, com experiência profissional 26 anos como funcionária pública municipal, sendo 15 anos como professora regente, sendo efetiva 40horas na mesma escola.

Cursou magistério; graduada em Pedagogia (1990), modalidade presencial, na. Instituição FUCMAT. Pós graduada em psicopedagogia.

P2- Regente - Escola B:

Professora de atividades, sexo feminino. Leciona tanto em Educação Infantil como na alfabetização, no Ensino Fundamental. Ao todo tem 07 anos como professora, sendo o primeiro ano na rede pública municipal. Efetiva 20hs na REME.

Graduada em Pedagogia (2013-2014) - licenciatura, modalidade semipresencial pela instituição Anhanguera UNIDERP. Pós-graduada em Educação infantil; alfabetização e letramento.

P3- Regente- Escola B:

Professora de atividades, sexo feminino. Atua profissionalmente como professora há 20 anos. Tem experiência na área de Educação Especial porque atuou como regente por 03 anos na Associação Pestalozzi. Atualmente, atua 40horas como regente na REME, sendo convocada em

Graduada em Normal superior (2003) modalidade presencial pela instituição UEMS. Pós-graduação em Planejamento Educacional e em Gestão escolar. Fez cursos na área de Educação Especial, sendo: Rompendo Dicotomias e Libras (Língua Brasileira de Sinais), na qual é fluente.

Auxiliar Pedagógico Especializado - APE 1- Escola A APE do sexo masculino. Atuou como regente desde a graduação, mas como APE iniciou em setembro de 2017. É convocado 40horas como APE, atuando em escolas diferentes, no período matutino e vespertino.

Graduado em Educação física- licenciatura (2011), na modalidade presencial pela instituição UCDB; pós- graduado em Educação Especial Inclusiva.

Auxiliar Pedagógico Especializado - APE 02: Escola B6

APE do sexo feminino. Há muitos anos, trabalhou como professora de Ciências, na Educação Infantil, durante três anos, na época não era exigida graduação. Posteriormente, retomou a regência, atuou por dois anos com Ciências e há um ano e meio está atuando como APE, na REME.

Graduada em Pedagogia (2015), modalidade semipresencial na instituição Anhanguera- UNIDERP. Pós-graduada em: Educação Especial Inclusiva, Neuropsicopedagogia e Paralisia cerebral.

Técnica 1 - DEE- NUMAPS:

Técnica do sexo feminino. Desde a época da faculdade atuava na Educação, começou como auxiliar, depois como professora Regente, a partir do segundo ano da faculdade. Na Divisão de Educação Especial, no NUMAPS entrou em 2016, após a defesa da dissertação de mestrado7.

Graduada em Pedagoga (2006), modalidade presencial pela instituição UNIDERP. Pós graduada em Educação Especial na perspectiva inclusiva pela UEMS e mestre em Educação pela UEMS.

Técnica 02- DEE- NUMAPS:

Técnica do sexo feminino. Seu interesse pela Educação Especial se deu por conta de que tem um filho com deficiência. Como concursada como professora por 40hs, em seu segundo concurso, foi lotada no Centro de Apoio à Educação Especial - CEDESP (1991).O tempo de atuação na Educação Especial, em específico na Divisão de Educação Especial municipal compreende 11 anos. Entretanto no todo, Estado e Município, atua há 27 anos, nessa

Graduada em Pedagogia (1984), na modalidade presencial pela UFMS. Pós graduada, em nível de especialização, em Fundamentos da Educação e mestrado em Educação, em que abordou o processo de integração da pessoa com deficiência no ensino regular. Todos os cursos citados pela UFMS.

      

5 Professor (a) de atividades é o termo usado pela REME para designar o membro do Magistério que exerce atividade docente, em sala de aula dos anos iniciais, sendo responsável pelos componentes curriculares: Língua portuguesa, Matemática, História e Geografia.

6 O Auxiliar pedagógico Especializado (APE) é o profissional que atua na sala de aula do ensino comum, apóia o

professor regente, quando há aluno, público alvo da Educação Especial, incluso em todas as etapas e modalidades, nas unidades de ensino da REME. Cf. Res. SEMED n.º 184/2018.

7 Os técnicos da DEE/NUMAPS- pedagogos e psicólogos, que atuam nessa equipe a fim de dar sustentabilidade ao processo ensino aprendizagem, orientando e auxiliando, as equipes pedagógicas das unidades escolares da rede municipal de ensino na implantação e implementação do atendimento educacional especializado, assegurando o acesso, participação e aprendizagem no ensino comum e a continuidade e acesso aos níveis mais elevados de ensino, dos alunos público alvo da Educação Especial.

modalidade. Atua como técnica do NUMAPS por 20 horas.

Estagiária do sexo feminino. Tem experiência na área de Educação, em que atuou na Educação Infantil e no Ensino Fundamental totalizando quatro anos. Especificamente, como estagiária na Educação Especial atua há aproximadamente um ano, desde setembro de 2018.

Graduanda em Pedagogia, cursa o segundo ano, mais especificamente o quarto semestre, na modalidade à distância, na instituição Estácio de Sá.

Fonte: Pesquisa do autor. 2018

De início, percebe-se que se trata de profissionais todos com nível superior e especialização na área educacional, exceto a estagiária que está em processo de formação acadêmica. Ademais no cômputo geral dos entrevistados, 25% têm Pós-Graduação Stricto Sensu, em Educação.

Apesar de haver uma variedade pequena no universo pesquisado, os resultados apontam que 25% dos entrevistados possuem formação diversa das formações tradicionais, no caso Educação Física e Normal Superior, enquanto 75% apontam a formação em Pedagogia como sendo a sua formação profissional básica. Esse dado é relevante para ser analisado.

Isto não quer dizer que os cursos superiores não estejam preocupados com essa qualificação profissional, mas levando-se em conta o tempo de formação da maioria dos entrevistados, pode-se inferir que, há quinze, ou vinte anos, a preocupação do curso de Pedagogia com o processo de inclusão já se manifestava, enquanto os demais cursos de licenciatura tangenciavam esse processo.

De todos os profissionais entrevistados, 90% são do sexo feminino, o que indica uma participação massiva da mulher nas séries regulares do Ensino Fundamental, principalmente nos anos iniciais.

Questionados sobre a existência de Professor de Apoio Pedagógico Especializado – APE – em sala de aula, as respostas dos entrevistados apontaram que apenas os alunos com nível maior de comprometimento, como: Transtorno do Espectro Austista (TEA) e paralisia cerebral (PC) dispõem de APE para favorecer no processo de inclusão e aprendizagem. Entretanto mencionam que o aluno D.I entra como “carona” no tocante a esse acompanhamento especializado. Há situações em que se admite um estagiário disponível em sala de aula, conforme determinação do NUMAPS. Apesar do estagiário ser um apoio, de acordo com a própria legislação, esse profissional não é especializado para fazer esse tipo de

      

8Estagiário (a) de pedagogia atua em atividades educacionais nas unidades da REME, no contexto de sala comum, conforme Resolução SEMED Nº 184/2018.

atendimento. Trata-se de uma mão de obra de baixo custo, mas sem os conhecimentos científicos requeridos com vistas na demanda educativa especializados.

Quadro 6 : Apoio a alunos público alvo Educação Especial, em sala comum:

Apoio Aluno/ Especificidade Escola

APE1 1 TEA/D.I.; 1 D.I. A

APE2 1 P.C./D.I.; 1D.I.; 1 Down. B

Estagiária 1 2 D.I. B

Fonte: Pesquisa do autor. 2018

A respeito do tipo de deficiência observado nos alunos das salas de aula onde os professores regentes atuam, as respostas evidenciaram uma diversidade de deficiências, o que demanda do docente maior qualificação para operar pedagogicamente de modo ajustado às necessidades específicas apresentadas. Ainda, mesmo sendo o quantitativo maior de D.I não se trata de um grupo homogêneo, ao contrário tais alunos apresentam características e formas de comportamento diferenciadas.

Quadro 7- Professor regente e alunos público alvo Educação Especial, em sala comum:

Entrevistado Possui aluno público da Ed. Especial/quantos?

Especificidade Escola

P1 Sim, 02 1 TEA/D.I.; 1 D.I.

A

P2 Sim, 03 1 PC/ D.I.; 1 D.I.; 1 Down. B

P3 Sim, 02 2 D.I B

Fonte: Pesquisa do autor. 2018

O quadro reforça o que foi debatido acima sobre a diversidade de deficiências e a necessidade atendimento as suas especificidades, em que se infere pelas repostas dos entrevistados a preocupação acerca da dinâmica de ensino que deve ser ministrada a esses alunos, já que a maioria dos professores titulares não possui instrumentos, muito menos formação adequada para uma intervenção pedagógica eficaz no processo formativo desses alunos.

No documento Dissertação de Tânia Mara dos Santos Bassi (páginas 122-125)