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A Energia da Vida

No documento 26 Dicas de Saude Da Medicina Oriental (páginas 96-100)

A Energia da Vida

Os antigos indianos e chineses perceberam a existência de uma ener- gia que permeia todo o Universo e que foi denominada de Prana ou Chi, respectivamente. Vários outros povos tiveram esta consciência energética, sendo que os japoneses a chamaram de Ki, os gregos de Pneuma, os egípcios de Ankh, os hebreus de Ruah. Essa energia foi percebida também no corpo humano originando a Medicina Oriental como forma de regularizar e harmonizar o fluxo dessa energia. Sem energia o ser morre.

Na China se conhece essa energia e seus efeitos há muitos milênios. Uma das mais antigas referências a essa manipulação energética vem novamente do Huang Di Nei Jing, Essa obra relata diálogos entre o célebre Imperador Amarelo e seus conselheiros sobre méto- dos para se manter a saúde e prolongar a vida. Estas técni- cas, em sua maioria, se basea- vam na manipulação da ener- gia universal: o Chi.

Os indianos também possuem um sistema terapêutico extre- mamente avançado que se ba- seia no Prana. Mas a tônica indiana recai sobre os chakras, sistemas de captação e distri- buição de energia no corpo. Os sete principais se localizam sobre a linha central do cor- po, com conexões na medula

espinhal e glândulas endócrinas. “Chakra” significa “roda” pois es- tes mecanismos se apresentam à visão clarividente como rodas energéticas que giram continuamente. Inclusive se admite que a ve- locidade deste girar influencia em nossa saúde e longevidade, mas isto é outra história. Eles também perceberam que o Prana circulava pelo corpo através de canais denominados “nádis”. Os indianos mapearam 10.000 nádis no corpo humano...

Para os chineses essa energia também circula em trajetos específicos deno- minados pelo ocidentais como “meridianos” (em chinês é “Jing Luo”, algo como “canais e colaterais”). Em alguns locais esses meridianos se acham mais acessíveis, originando áreas mais fáceis de se- rem usadas para influenciar o siste- ma energético humano. Essas áreas são os conhecidos “pontos de acupuntura” onde se introduz agu- lhas na técnica da acupuntura. Esses pontos servem como verdadeiras “ja- nelas” para o sistema energético hu- mano, podendo ser usadas para equi- librar o sistema da pessoa. Através deles se pode influenciar o fluxo de Chi de todo o corpo, restaurando a harmonia. Existem 14 meridianos principais e diversos outros secun- dários, com um total de mais de 1.000 pontos de acupuntura. É importante frisar que tanto os chineses quanto os indianos reco- nhecem ambos os sistemas, os meridianos e os chakras, mas as suas técnicas terapêuticas adotaram uma ou outra abordagem como direcionamento, mais por motivos culturais do que por qualquer tipo de desconhecimento. Eu utilizo as duas abordagens em minhas prá- ticas e ambas produzem resultados excelentes.

Esta energia pode ser desenvolvida através de exercícios que exis- tem em diversas culturas. Na Índia podemos vê-los no Pránáyáma do Yôga e na China nos exercícios de Chi Kung (ou Qigong). A prin- cipal semelhança entre estes dois sistemas está nos exercícios respi- ratórios, pois o ar que inspiramos é uma de nossas principais fontes de Chi e a que pode ser controlada mais facilmente. Vamos abordar alguns tópicos sobre o Chi Kung.

Qualquer pessoa pode utilizar a técnica do Chi Kung para melhorar sua saúde e se recuperar de doenças. São exercícios muito indicados para pessoas sedentárias ou preguiçosas, que necessitem de um “empurrãozinho” energético em suas vidas. Os exercícios são muito fáceis de se fazer e melhoram consideravelmente a saúde das pesso- as. Através de movimentos suaves com o corpo e os braços e o con- trole da respiração, pode-se aumentar a energia absorvida pelo or- ganismo e ajudá-lo a se harmonizar.

Pessoas de todas as idades podem fazer o Chi Kung, inclusive as idosas que muito se beneficiarão destes exercícios. À seguir mostro um deles, que apesar de básico pode promover um grande bem- estar.

1. Em pé, relaxado, com os pés afasta- dos na largura dos ombros, flexione as pernas.

2. Relaxe os braços, flexione levemen- te os cotovelos e coloque as mãos na altura da cintura.

3. Inspire lentamente, levantando os bra- ços. Erga os dois juntos, no mesmo tem- po da respiração. Mantenha-os relaxa- dos.

4. Levante as mãos até a altura dos om- bros. Não ultrapasse esta altura! 5. Solte o ar lentamente, abaixando os braços no mesmo ritmo até a cintura.

Este exercício é muito bom para energização geral, principalmente se feito de manhã cedo. Utilize-o sempre que se sentir muito cansado ou indisposto.

RESUMO

A vida depende da energia universal.

Esta energia, que a ciência ainda não reconhece, é a base da Medicina Oriental. Todas as suas técnicas são baseadas na ma- nipulação desta energia com vista à sua harmonização. Os indianos desenvolveram seu sistema terapêutico com base nos Chakras e Nádis.

Os sete chakras principais se localizam na linha central do cor- po e distribuem a energia pelo organismo, além de outras fun- ções.

Os chineses desenvolveram seus sistema terapêutico sobre o fluxo da energia nos trajetos conhecidos como Meridianos. Agulhas inseridas em pontos específicos deste sistema alte- ram o fluxo desta energia e é a base da Acupuntura.

A energia universal pode ser desenvolvida por qualquer pes- soa através de exercícios simples e fáceis de fazer.

No documento 26 Dicas de Saude Da Medicina Oriental (páginas 96-100)