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Enquanto houver trabalhador, haverá Direito do Trabalho

7 TRABALHADORES EM PLATAFORMAS DIGITAIS E

8.2 Enquanto houver trabalhador, haverá Direito do Trabalho

O Direito do Trabalho surgiu para a proteção de trabalhadores a partir da Primeira Revolução Industrial, quando houve a necessidade de regulamentar as relações subordinadas criadas pelo capital, a fim de impor limites à exploração do trabalho humano. Assim, por mais que se admita que a subordinação decorrente da relação de emprego seja jurídica, a humanidade necessita do trabalho para sua sobrevivência, devendo se considerar, portanto, a existência de uma subordinação econômica também. A ressalva é importante para mostrar que a humanidade, desde sempre, necessitou do trabalho para sua sobrevivência, e isso não se

234 OLIVEIRA, Murilo Carvalho Sampaio; CARELLI, Rodrigo de Lacerda; GRILLO, Sayonara. Conceito e crítica das plataformas digitais de trabalho. Revista Direito e Praxis, Rio de Janeiro, v. 11, n. 4, p. 2609-2634, 2020, p. 2628-2629.

alterou com as mudanças decorrentes das revoluções tecnológicas. Conforme apontado por Gaia,

A conjugação dos aspectos subjetivos e objetivos presentes na relação havida entre a UBER e os motoristas evidencia a presença do pressuposto subordinação jurídica disruptiva. O liame jurídico é estabelecido a partir da utilização dos aparatos tecnológicos desenvolvidos pela plataforma, que permite a vinculação do empregado ao empregador. O aplicativo instalado nos smartphones e tablets funciona como um dos instrumentos de controle, de festão e do exercício do poder disciplinar que a plataforma tecnológica mantém sobre a força de trabalho. A atividade do trabalhador é indispensável para a operação regular da atividade empreendida pela UBER.

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Assim, Gaia propõe que, constatando-se a presença de todos os requisitos na relação de emprego – e, sobretudo, da subordinação, tema do presente estudo –, haverá vínculo empregatício entre os trabalhadores em plataformas digitais e as empresas de aplicativos, eis que não há distinção entre esse tipo de trabalho e os tradicionais vínculos empregatícios236. Em sentido semelhante, entendendo que o capital não pode modificar as verdadeiras relações de trabalho sob dependência e, portanto, empregatícias, ressaltam Oliveira, Carelli e Grillo:

Por fim, reconhecer que os trabalhadores nas plataformas podem ser enquadrados como “dependentes” ou subordinados “telematicamente” é captar que a pequena liberdade de ativação ou desativação não altera um sistema de trabalho dirigido econômica e tecnologicamente pela plataforma.

No particular, a escolha do dia e tempo de trabalho se amolda muito adequadamente ao conceito de trabalho intermitente (CLT, art. 452-A), bem como sua não ativação ou mesmo a desativação não elide a ideia de subordinação jurídica (art. 452-A, § 3º). De igual modo, a ausência de hierarquia pessoal não impede a caracterização da dependência, seja subordinação por algoritmos ou pela dependência econômica.

Perante a assimetria renovada na contemporaneidade, defendemos que é necessário recuperar a regulação trabalhista aos assalariados nestas plataformas, a fim de que o trabalho, em termos jurídicos, não prossiga sendo tratado como mera mercadoria, agora invisibilizada e envolta em um fetichismo tecnológico. Não por acaso, as pautas mais básicas do Direito do Trabalho – salário mínimo, jornada máxima, um período de descanso e uma

235 GAIA, Fausto Siqueira. Uberização do trabalho: aspectos da subordinação jurídica disruptiva. 2. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2020, p. 320.

236 Ressalte-se que, para Gaia, os tradicionais conceitos de subordinação não atendem ao conceito previsto para os trabalhadores em plataformas digitais. Por tal motivo, o autor propõe o conceito de subordinação jurídica disruptiva, como já abordado anteriormente nesta pesquisa.

proteção previdenciária contra os riscos laborais – são os reclames dos trabalhadores das plataformas híbridas.237

Ao longo deste estudo, foram analisadas hipóteses com propostas de proteção jurídica dos trabalhadores em plataformas digitais. Deixou-se de abordar a hipótese que considera que tais trabalhadores são autônomos ou empreendedores de si mesmos, porquanto essa leitura não se coaduna com a situação fática dessa massa humana, que, conforme visto, não obstante tratada como parceira, não tem qualquer ingerência sobre o seu trabalho exercido por meio de plataformas digitais. Assim, a conclusão que se extrai das análises propostas é a de que os trabalhadores em plataformas digitais são, como qualquer outro trabalhador, detentores de todos os direitos trabalhistas, eis que, sob o aspecto da subordinação, a tecnologia disruptiva não altera sua condição de subordinados.

237 OLIVEIRA, Murilo Carvalho Sampaio; CARELLI, Rodrigo de Lacerda; GRILLO, Sayonara. Conceito e crítica das plataformas digitais de trabalho. Revista Direito e Praxis, Rio de Janeiro, v. 11, n. 4, p. 2609-2634, 2020, p. 2629-2630.

CONCLUSÃO

Frente às alterações promovidas pela Revolução Digital nos métodos de produção capitalista da empresa 4.0, o objetivo deste estudo foi analisar o elemento subordinação, conceituado pela doutrina e pela legislação protetiva do trabalho, para, a partir das observações histórica, econômica, doutrinária e jurisprudencial, verificar se houve modificação em seu conceito e se caberia sua aplicação no caso dos trabalhadores em plataformas digitais. Tal questionamento surge do fato de, não obstante o trabalho por meio de plataformas offline ter iniciado no país há quase dez anos, não existe legislação específica para tratar da proteção dos trabalhadores que se valem desse meio de subsistência.

Por se tratar de meio de produção de bens e serviços que se vale de tecnologias disruptivas, a novidade tecnológica propicia o questionamento sobre se os trabalhadores em plataformas digitais estariam sujeitos à mesma subordinação daqueles dos tradicionais vínculos empregatícios. Nesse horizonte, o próprio conceito de subordinação no contrato de trabalho acabou passando por evolução, para acompanhar as mudanças tecnológicas e sociais nos modos de exploração do trabalho humano. Através da análise detalhada do requisito subordinação na relação de emprego, foi possível perceber os limites de sua aplicação à massa trabalhadora que se vale das plataformas digitais para a prestação de trabalho – prestação esta que é intermediada pelo algoritmo. Atuando como um gerente, o algoritmo consiste em um novo elemento nas relações de trabalho. Através dele e da inteligência artificial, os trabalhadores são controlados, e as atividades por eles realizadas são conduzidas: todo o processo de controle, direcionamento e avaliação (que pode, até mesmo, acarretar punições) é feito por meio das plataformas digitais.

A tecnologia foi desenvolvida pela humanidade com a promessa de uma vida melhor em vários campos de atuação, como ciências humanas, biológicas, ambientais etc., tendo atingido em vários aspectos esse objetivo. Porém, quando assimilada pelo capital, a tecnologia disruptiva apropriou-se não somente dos serviços prestados pelas empresas em seus vários campos de atuação, sob o codinome de “empresa de tecnologia”, como também dos clientes, em concorrência desleal, e dos empregos, denominando seus trabalhadores de “parceiros”.

Como se nota, a revolução digital, assim como outras revoluções industriais anteriores, não modificou o elemento subordinação nas relações de trabalho, mesmo que a força criativa do capital tente induzir a sociedade a acreditar que esses trabalhadores sejam

“empreendedores de si mesmos”. Em realidade, os métodos capitalistas de excluir os trabalhadores da proteção do Direito do Trabalho não são novos; eles sempre existiram. No entanto, mesmo no caso de trabalhadores em plataformas digitais, a teoria capitalista de exclusão da proteção trabalhista não sobrevive à constatação de que, ainda que se modifiquem os meios de produção, sendo o trabalhador controlado, sujeito a punições e avaliações, e não podendo ele dispor da produção da empresa 4.0, ele será subordinado à empresa tanto quanto o empregado, merecendo, portanto, sob o aspecto do requisito da subordinação, os mesmos direitos previstos para os empregados nos tradicionais vínculos empregatícios.

Assim, conclui-se, com o presente estudo, que o algoritmo exerce forte poder de comando e gestão sobre os trabalhadores, que, sob o ponto de vista da subordinação, devem ser considerados empregados, tais quais aqueles protegidos pela legislação trabalhistas nos tradicionais vínculos empregatícios. Nesse sentido, à massa trabalhadora que retira o sustento próprio e de sua família dos trabalhos ofertados em plataformas digitais deve ser conferida a proteção prevista na Constituição Federal, na Consolidação das Leis do Trabalho, nas normas previdenciárias e demais legislações esparsas de proteção aos empregados.

No início deste estudo, não se tinha certeza da presente conclusão, eis que a metodologia utilizada permitia que fosse seguido mais de um caminho. Entretanto, percorridos os caminhos da leitura e da pesquisa, a finalidade foi alcançada: demonstrar que o Direito do Trabalho continua vivo e imprescindível na regulação das relações de trabalho, mesmo que estas se modifiquem com os diferentes meios de produção, desde que se trate de contextos com subordinação.

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