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ENTIDADE ATUAÇÃO SETORES RESPONSÁVEIS Superintendência de Desempenho,

Desenvolvimento e Sustentabilidade (SDS) - Superintendência de Fiscalização e Coordenação das Unidades Regionais (SFC) - Superintendência de Regulação (SRG) ANTAQ

Conama Ibama

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) Marinha do Brasil Ministério do Meio Ambiente (MMA) Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) Ministério da Infraestrutura Secretaria Nacional de Portos (SNP) Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) Casa Civil da Presidência da República

- Câmaras Técnicas - Grupos de Trabalho

- Diretoria de Qualidade Ambiental (DIQUA) - Diretoria de Licenciamento Ambiental (DILIC) - Diretoria de Proteção Ambiental (DIPRO) - Diretoria de Criação e Manejo de Unidades de Conservação (DIMAN)

- Diretoria de Ações Socioambientais e Consolidação Territorial em Unidades de Conservação (DISAT) - Superintendências regionais

- Diretoria de Portos e Costas - Secretaria de Recursos Hídricos e Qualidade Ambiental

- Divisão de Fiscalização do Trabalho Portuário e Aquaviário

- Secretaria de Política e Integração - Departamento de Infraestrutura e Gestão Ambiental (DIGA)

- Departamento de Gestão e Modernização Portuária, Segurança e Saúde (DGMPS)  - Gerência-Geral de Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados (GGPAF) - Subchefia de Articulação e Monitoramento - Subchefia de Analise e Acompanhamento de Políticas Governamentais Regulação do setor de transportes aquaviários Normatização e regulamentação ambiental Licenciamento ambiental e fiscalização Gerenciamento de Unidades de Conservação sob responsabilidade federal Preservação do patrimônio histórico, artístico, cultural e arqueológico

Fiscalização da navegação marítima

Criação de políticas, planos e programas para a área de meio ambiente, mudanças climáticas e gerenciamento costeiro Criação de políticas, planos e programas para a geração de emprego e fiscalização do trabalho

Criação de políticas, planos e programas para o setor de transportes

Criação de políticas, planos e programas para o setor de portos e infraestrutura portuária Controle e vigilância sanitária

Articulação intersetorial

Figura 65 – Órgãos federais participantes do processo de implementação da gestão socioambiental portuária

Elaboração: LabTrans/UFSC (2019)

As principais iniciativas de incentivo à integração dos órgãos públicos e empresas do setor portuário e de transportes consistem na formação de entidades de cunho deliberativo e propositivo sob forma de conselhos, grupos de trabalho, confederações e comitês. Uma das primeiras iniciativas de integração das políticas do setor de transportes foi a criação do Grupo Executivo de Integração de Política de Transportes (GEIPOT), criado pelo Decreto nº 57.003/1965 (BRASIL, 1965), substituído posteriormente pelo Conselho Nacional de Integração de Políticas de Transporte (CONIT) através da Lei nº 10.233/2001 (BRASIL, 2001a). O Conselho, no papel de órgão de assessoramento da Presidência da República, é responsável por apresentar políticas de fomento à integração entre os modais da matriz de transportes

brasileira em concordância com as políticas de desenvolvimento e meio ambiente nacionais, entre outros aspectos (BRASIL, 2008b). O órgão é composto por 14 representantes, sendo oito ministros, incluindo-se o ministro do MTPA, e seis membros da sociedade civil (BRASIL, 2012a).

Posteriormente, em 1996, criou-se o Grupo de Integração do Gerenciamento Costeiro (GI-GERCO) como um dos instrumentos da Política Nacional de Gerenciamento Costeiro (PNGC), com o objetivo de viabilizar a articulação entre os órgãos federais com jurisdição sob a Zona Costeira, tendo como base o Plano de Ação Federal para a Zona Costeira (PAF-ZC) nos mais diferentes aspectos, incluindo o ambiental (BRASIL, 1996a). O MTPA possui representante no GI-GERCO e é responsável por coordenar uma das ações do ciclo 2017- 2019 do PAF-ZC, cujo propósito é a instituição de mecanismos de prevenção, controle e monitoramento socioambiental nos portos brasileiros (BRASIL, 2017c). Atualmente, os esforços têm se concentrado prioritariamente no acompanhamento da implementação de ações nas áreas de gerenciamento de resíduos sólidos, tratamento de efluentes líquidos e controle de fauna sinantrópica nociva, através da geração de indicadores de desempenho e relatórios de acompanhamento (BRASIL, 2017c).

Já em 2008, fundou-se o Grupo Técnico de Trabalho de Turismo Náutico (GTT-Náutico), visando atender às necessidades de articulação do setor de turismo náutico com relação às ações necessárias para garantir o seu desenvolvimento. A organização, regulamentada em 2014, é composta por entidades representativas do setor, Ministério do Turismo, MMA, ANTAQ, SNP, entre outros (BRASIL, 2014b). Uma das pautas discutidas pelo grupo em 2018 foi a possibilidade de produção de um manual de licenciamento ambiental para orientar as empresas em seus processos de instalação, modernização e regularização (BRASIL, 2018m).

Com a instituição do PPI pela Lei nº 13.334/2016, estreitaram-se os canais de interação entre o Estado a iniciativa privada por meio de contratos de parceria e desestatização celebrados com a anuência do Conselho e da Secretaria do PPI, órgãos que dão suporte à Presidência da República na tomada de decisão sobre diversos projetos, inclusive os de portos (BRASIL, 2016h). Na determinação dos projetos que farão parte do programa é prevista a necessidade de conformidade quanto às devidas licenças ambientais e articulação dos órgãos competentes para definição dos respectivos termos de referência para liberação de empreendimentos (BRASIL, 2016h).

Uma das ações mais recentes do então MTPA no sentido de desenvolver medidas de integração entre seus órgãos vinculados objetivando a aplicação de suas Diretrizes Socioambientais no setor de transportes é a instituição do Comitê Socioambiental Permanente (COSAP). Instituído pela Portaria nº 984/2017, o COSAP teve sua primeira reunião ordinária em 27 de março de 2018, ocasião em que estiveram presentes representantes da SNP, da ANTAQ e dos demais órgãos sob a jurisdição do Ministério para discussão do Plano Anual de Atividades da entidade e do seu regimento interno (BRASIL, 2017e, 2018c).

Além dos fóruns de discussão mencionados, ressalta-se a atuação da Casa Civil da Presidência da República com a incumbência de órgão de articulação entre entidades federais para garantia da viabilização de projetos, acompanhamento dos processos de licenciamento ambiental dos portos brasileiros e realização de obras de dragagem (BRASIL, 2018a, 2018b). Segundo informações fornecidas em entrevista com representantes da entidade, as reuniões de acompanhamento acontecem de acordo com as demandas levantadas pelas partes interessadas ou pelo próprio Governo Federal.

Quanto às instalações portuárias, destaca-se o papel das associações e demais entidades representativas das empresas do setor por meio da participação em fóruns de discussão acerca da proposição de melhorias referentes ao acompanhamento e celeridade dos processos de licenciamento ambiental e obras de dragagem (ABTP, 2017). Ambos são considerados pontos determinantes na garantia da operação eficiente das instalações, da redução de custos e da possibilidade investimentos (ABTP, 2014). Diante disso, embora tenham sido alcançados avanços importantes ao longo dos anos, os esforços para manutenção e criação de canais de comunicação e articulação entre as partes interessadas do setor portuário ainda não atingiram o patamar de integração que a complexidade das atividades portuárias demanda, principalmente tratando-se de questões socioambientais. Essa necessidade, inclusive, foi

levantada em diversas ocasiões por órgãos públicos, associações e empresas em entrevistas realizadas para a elaboração do presente diagnóstico e, por isso, merece maior atenção.