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4.3 ANALISANDO O PROCESSO DE PRODUÇÃO ESCRITA DOS ALUNOS

4.3.2 Analisando produções textuais dos alunos a partir da participação

4.3.3.3 Escrita no texto III

Para a construção do texto que apresento a seguir, o aluno C entrevistou seu avô, residente no bairro Oliveira, em Santo Ângelo - RS. A entrevista elaborada para investigar o fato serviu de ponto de partida para a escrita de sua memória literária. Com a entrevista e a convivência com seu avô, foi possível a construção da memória literária Memórias de P. N. (os nomes das personagens são apresentados pelo autor somente com as letras iniciais). Apresento a versão 2 da produção textual, produzida em 14 de agosto de 2012

A narrativa do aluno C aborda a história de um casal que se conhece quando eram jovens, iniciam um relacionamento amoroso, constituem família e convivem até os dias atuais. O autor do texto, de acordo com as características do gênero textual memórias literárias, contempla na sua escrita algumas peculiaridades que certificam a narrativa pertencer a esse gênero. Uma das características é a do autor colocar-se no lugar do narrador e contar a história como se fosse ele. Outra, é no último parágrafo em que o autor faz a relação do tempo presente da narração com o passado.

Na tentativa de significar a escrita e romper com o paradigma de contemplar, como afirma Lajolo (1997), apenas a literatura com ênfase na produção verbal, o aluno parte do fato contado pelo entrevistado e/ou entrevistados e transcreve seu texto. Fazendo a mudança para a primeira pessoa do verbo (eu), acontece o rompimento desse discurso, e a literatura rompe e continua a construção de um

espaço importante na escrita. Como podemos perceber neste fragmento do texto do aluno C: “Quando a vi chegando meu coração disparou e não conseguia parar de

tremer [...]”.

Quando o autor escreveu pela primeira vez o texto, narrou partes na terceira pessoa (ele) e partes na primeira. Durante o desenvolvimento das aulas, retomei as características do gênero memória literária e, na segunda versão, o autor compreendeu e aperfeiçoou sua produção. Comprovo isso nesse fragmento de texto da primeira versão, no início da produção textual “Vou contar a história do meu avô P. N. que nasceu [...]”. Na segunda versão observa-se a mudança de pessoa “por volta de 1950, eu P. N., nascido em 14 de julho de 1931, com 19 anos na época.”

O texto escrito pelo aluno C narra a história de amor de seus avós, residentes num bairro de Santo Ângelo. Na sua narrativa, podemos observar como era o namoro, como se formavam as famílias, o número de filhos, a relação do homem e da mulher com o trabalho nas décadas de 1950, 1960 e 1970. Porém, como o tema que o programa sugere é O lugar onde vivo, ele poderia ter explorado mais o espaço da praça onde o casal passeava enquanto namorados – “[...] e a convidei para

sentar na praça e aí conversamos bastante” – para contemplar o tema e mostrar ao

leitor o lugar onde vive.

Assim como o texto do aluno B, o texto do aluno C mostra os seus discursos nas fissuras dos discursos dos entrevistados. No texto II há exagero na culpa do motorista e uma identificação com sentimentos tristes e deprimidos; no texto III, há um sentimento ingênuo e romântico dispensado ao casal personagem. Ambos mostram características que se identificam com seus respectivos autores e que podem ser percebidas quando se conhecem os autores das produções escritas.

Com as memórias escritas e reescritas pelos alunos, originou-se a impressão de um livro, que ficou à disposição na biblioteca da escola para que mais alunos possam ler e conhecer os discursos que mostram o lugar onde vive um grupo de cerca de 100 alunos. Também assim será possível que suas escritas sejam vistas por seus colegas e professores. Como afirma Motta (2004, apresentação LIII), “Que a escrita substitua o olhar dos companheiros de ascese: enrubescendo tanto por escrever quanto por sermos vistos [...]”. A seguir, mostro a ilustração do livro com os textos das turmas participantes do programa.

Figura 9: Livro com as memórias literárias dos alunos da sétima série do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Onofre Pires

Fonte: <https://www.facebook.com/joseida.vidor>. Acesso em 13 out. 2013

Esse material foi manuseado pelos alunos das turmas que participaram da competição e por colegas de outras turmas. Com o livro impresso, tem-se a intenção de valorizar, significar e divulgar a escrita de todos que se envolveram nas produções das memórias literárias e não somente aqueles que foram escolhidos pela comissão da escola.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

É inegável que programas como esse possam contribuir para a performance de muitos professores e alunos. Porém, a escola e os professores têm práticas a partir de suas formações profissionais que os tornam capazes de planejar suas aulas com competência. Planejamentos e práticas importantes que perdem seu valor e seu espaço no momento em que o professor escolhe participar de um programa desse porte. Ele desqualifica seus saberes e sua autonomia lançando-se nos ditames de um programa elaborado por outrem.

Contudo, o professor que participa e adere às práticas prontas, como esta em estudo, diante de seus pares conquista um status. Consequentemente, poder-se-ia dizer que é rotulado como “bom professor”. E isso nesse sistema competitivo “serve como uma luva” no espaço de governamentalidade de sujeito neoliberal.

Dessa forma, percebo e acredito que os professores têm competência para planejar, reorganizar, conduzir suas aulas para promover a leitura e a escrita na escola. Professores de qualquer área, porém, podem conduzir, deixarem-se conduzir por seus gestores e comprometer-se com essas práticas. Ademais, prefiro dizer que estou em sintonia com a expressão que ouço no meio escolar “educadores devem desacomodar-se” - esse desacomodar-se passa por fatores como valorização profissional e espaços de muito estudo e discussão. Professores necessitam acreditar que não dependem de programas criados por “experts”, podem conscientizar-se de que são educadores do grupo de ‘experts’ e podem fazer as modificações necessárias no meio educacional.

Mostro, no decorrer do estudo, que o programa exerce um trabalho de formação continuada para professores na intenção de exercer um governamento nas práticas dos mesmos. Isso de maneira intencional. Percebe-se quando o

programa oferece aos professores preparação para participar da competição por um ano - nos anos impares, para nos anos pares aplicar o que foi ensinado a eles.

No meu estudo mostro essas formas de governamento que perpassam pelo site na participação dos docentes. Vale salientar que tomei como base os conceitos de governamento e governamentalidade. No entendimento desses conceitos contatei na minha prática docente que não fiz escolhas tão autônomas como pensava, mas que fui seduzida pelo programa e fui sendo governada. Desde o momento em que optei pela participação da competição.

A escola desempenha um papel dentro do sistema neoliberal. Esse papel muitas vezes é exercido sem perceber, porém, na maioria das vezes, é realisada de forma consciente, fazendo parte da construção da competitividade. A exemplo disso, mostro que com a participação na Olimpíada de Língua Portuguesa, por ser uma “olimpíada” tiveram como resultado a escolha do melhor texto, pois, numa olimpíada, medalhas são oferecidas aos melhores. Dessa forma, percebe-se no programa, também, a presença da meritocracia (do mérito/destaque) onde cada aluno, cada professor, cada município, cada estado vai selecionando seus melhores no quesito da escrita. Com a participação de mais de 40 mil escolas, professores vão ensinando e aprendendo a conviver com essa competitividade de que fazemos parte.

Posso dizer com isso que, seguindo ou não as orientações e os materiais didáticos de programas, é possível participar de competições, pois a escola vivencia e desenvolve em suas práticas essa competitividade. Entretanto, programas como o da Olimpíada, de acordo com Miller e Rose, mostram que “o neoliberalismo não abandona a ‘vontade de governar’: ele mantém a visão de que a falha de governo em alcançar seus objetivos deve ser vencida mediante a invenção de novas estratégias de governo que darão certo” (2012, p.252). Acredito que o programa pode ser uma estratégia neoliberal para suprir as deficiências da expressão escrita dos brasileiros.

Como “nova estratégia”, o programa apresenta alternativas significativas, envolve um contexto, possibilita a investigação. Nas produções textuais que conduzi, percebi avanços e envolvimento dos alunos, porém não mais do que a capacidade de cada turma, de cada aluno no seu processo de construção da escrita. Posso dizer que o programa Olimpíada de Língua Portuguesa é um recurso que auxilia

professores e alunos, bem como pode ser utilizado além da competição. Entretanto, deve ser lembrado que serve também como instrumento abrangente para governar com mais economia e para exercitar a autonomia dos membros da escola.

Reflito aqui sobre um fato ocorrido nas séries finais do Ensino Médio, da mesma escola que também participaram da competição, com o artigo de opinião. Ao fazer a postagem, a aluna do Ensino Médio fez o fechamento de uma ata que deveria ficar em aberto para a postagem dos outros gêneros participantes do concurso, e isso impediu a postagem do texto classificado do gênero memória literária. Em outras palavras, o programa passou por uma eliminatória mesmo antes de ingressar no sistema mais amplo da competição.

Nesse estudo não analiso as produções que foram ou não selecionadas para a competição. Isso porque valho-me desse exemplo como ponto para prosseguir a pesquisa direcionando para uma discussão a respeito dos sujeitos participantes do processo, os não classificados. Com relação a esse espaço, vale esclarecer que havia me proposto a apresentar nesse estudo somente uma amostra das produções textuais dos participantes (os três textos analisados) em que os critérios de escolha foram aqueles que participaram com afinco, bem como os textos que passaram pelas etapas de construção. Talvez podera levar à discussão as produções que não tiveram o mesmo êxito ou até aqueles que se negaram a participar, ou então os que fizeram somente uma versão ou ainda aqueles que não se permitiram nem fazer parte da obra das memórias literárias das sétimas séries. Mas, com a experiência vivenciada e apresentada nesse estudo, escolhi analisar qual a minha função como docente e como conduzo meus alunos dentro desse contexto. Dessa forma, sinto- me um ser governável, Carvalho afirma que,

Por essa razão, torna-se cada vez mais evidente a importância dos acadêmicos em formação conhecerem os modos pelos quais são governados e se governam, para que possam efetivamente problematizar os traços da cultura gestionária de vida (empreendedorismo, autocrítica e flexibilidade dentre outros), resistindo às formas de vida fascistas que os habitam e os singularizam enquanto seres governáveis. Eis o desafio (2012, p.27).

A Olimpíada de Língua Portuguesa pode ser uma forma governável onde governa as instituições, os professores e estes os seus alunos tendo a possibilidade de modificar, assim, um sistema que não satisfaz a uma necessidade competitiva na

questão da escrita. Portanto, através das reflexões apresentadas nessa pesquisa percebo que os sujeitos envolvidos no programa fazem parte de um sistema neoliberal que precisa atingir objetivos para nele permanecer.

Além disso, considero que o programa Olimpíada de Língua Portuguesa na sua potencialidade, em relação à produção escrita, poderia trazer uma variedade de possibilidades de pesquisa em relação à literatura, às variedades linguísticas das diferentes regiões brasileiras, às características geográficas e educacionais dos espaços participantes, à interdisciplinaridade presente no tema que permeia o programa. Isso tudo poderia contribuir para a construção da atividade docente e os aspectos importantes nos processos de ação dos educadores.

Por sua vez é importante salientar que as possibilidades de aprendizagem referentes à leitura e à escrita, presentes no material organizado pelo programa, poderia ser utilizado no período letivo, nas aulas de Português. Fato que contribuiria no processo da construção dessas habilidades que se mostram complexas e de um constructo de longo percurso, dinâmico, contínuo e desafiador. Apesar dessa significativa participação das escolas, ocorre que elas são carentes de educadores dispostos a fazerem parte da teia da governamentalização.

Aliás, o que não poderia deixar de registrar, também, nessa análise é da vontade que surgiu durante esse estudo de investigar, até mesmo no espaço do programa que aqui analisei, a possibilidade de imbuir-me na busca das modificações e inovações da Língua Brasileira que vêm sendo pesquisadas. Estudos que são realizados pelos linguistas Bagno (2011), Castilho (2010) entre outros, que fui descobrindo através das leituras para aprofundar essa pesquisa.

Além de buscar responder a pergunta que norteou minha pesquisa, dou um intervalo a minha escrita apresentando outras possibilidades de estudo. Continuo implicada com o tema da escrita, reforçando que essa forma de expressão pode ser um recurso para manifestar e pensar as nossas ações contribuindo na autoria do espaço escolar.

Encaminho meu processo de escrita para o final. Ao fazer isso, deixo esta pesquisa para que possa ser vista pelos olhos daqueles que estão envolvidos com o campo educacional. Na verdade, como um caminho para entender o processo da construção da expressão escrita com alunos dos anos finais do Ensino

Fundamental. Não há como esgotar as discussões sobre a expressão escrita. Estou ciente de que outras questões poderiam estar presentes nessa escrita. Entretanto, busquei apresentar outra forma de compreensão desse processo, uma outra discussão possível sob uma visão de governamento. Desejo que essa dissertação possa ser lida, problematizada, discutida, questionada, repensada, pois, somente assim, entendo que podemos avançar nas discussões que abrangem o campo educacional contemporâneo.

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