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O Escritor Desconhecido UR-042 Detroit, EUA, 1997.

1.1 Cat´ alise enzim´ atica

1.4.2 Estrutura eletrˆ onica semiemp´ırica

Os m´etodos ab initio e os recursos computacionais existentes antes dos anos 1970 eram ineficientes e incapazes de tratar quantitativamente mol´eculas com mais do que um par de ´atomos pesados. Conseq¨uentemente, aproxima¸c˜oes foram sugeridas[142] e m´etodos simplificados desenvolvidos com o objetivo de determinar a estrutura eletrˆonica e calcu- lar propriedades de mol´eculas de interesse qu´ımico com maior rapidez. Estes m´etodos simplificados s˜ao chamados de semiemp´ıricos em virtude do uso de parˆametros retirados diretamente ou derivados de medidas experimentais nas hamiltonianas aproximadas

Os m´etodos semiemp´ıricos mais utilizados atualmente (MNDO, AM1, etc.)[143–145] s˜ao derivados do formalismo da combina¸c˜ao linear de orbitais atˆomicos e do m´etodo de Hartree-Fock (§1.4.1). A principal aproxima¸c˜ao ´e a negligˆencia do recobrimento orbital diferencial diatˆomico (NDDO), que pode ser formalmente justificada se o conjunto base atˆomico for ortogonal[146]. Todos os termos provenientes do recobrimento de orbitais atˆomicos localizados em ´atomos diferentes s˜ao zerados, a matriz de recobrimento, S,

reduz-se `a matriz identidade e a equa¸c˜ao 1.24 do m´etodo de HF reduz-se a[142, 143, 147]:

FC= Cε (1.40)

Uma conseq¨uˆencia da aproxima¸c˜ao NDDO, respons´avel em grande parte pela efic´acia computacional destes m´etodos, ´e a anula¸c˜ao de todas integrais de repuls˜ao eletrˆonica (µν|λσ) de 3 ou 4-centros atˆomicos[148]. A segunda aproxima¸c˜ao importante ´e que somente os el´etrons de valˆencia entram no c´alculo da estrutura eletrˆonica e os el´etrons de caro¸co[129] s˜ao “condensados” juntos `as cargas nucleares. Um conjunto base atˆomico m´ınimo (´unico- ζ, contendo apenas fun¸c˜oes de momento angular s para hidrogˆenio e s e p para os ´atomos pesados do primeiro e segundo per´ıodos, ou seja, µ, ν, λ e σ = {s, p}), ´e utilizado para descrever os el´etrons de valˆencia. Se assumirmos que os orbitais atˆomicos χµ e χν est˜ao

no centro atˆomico A, e χλ e χσ est˜ao no centro atˆomico B, os elementos da matriz de

Fock (equa¸c˜ao 1.25), ap´os a aproxima¸c˜ao NDDO, s˜ao[143]:

Fµµ = Uµµ+ X B Vµµ,B + X ν Pνν  (µµ|νν) − 1 2(µν|µν)  + X B B X λ,σ Pλσ(µµ|λσ) (1.41) Fµν = X B Vµν,B+ 1 2Pµν[3(µν|µν) − (µµ|νν)] + X B B X λ,σ Pλσ(µν|λσ) (1.42) Fµλ = βµλ− 1 2 A X ν B X σ Pνσ(µν|λσ) (1.43)

onde os termos tˆem os seguintes significados:

1. Uµµ: energias de 1-centro e de 1-el´etron (provenientes do operador ˆh, equa¸c˜ao 1.21);

2. Vµν,B: atra¸c˜ao de 2-centros e 1-el´etron, da distribui¸c˜ao eletrˆonica χµχν em A pelo

caro¸co em B;

3. βµλ: integral de ressonˆancia de 1-el´etron e 2-centros;

4. (µµ|νν) = gµν e (µν|µν) = hµν: integrais coulˆombica (gµν) e de “troca” (hµν) de

1-centro e 2-el´etrons;

5. (µν|λσ): integrais de repuls˜ao de 2-el´etrons em 2-centros.

Os orbitais moleculares (ou a matriz de coeficientes C) s˜ao obtidos pela solu¸c˜ao auto- consistente da equa¸c˜ao 1.40, assim como no m´etodo HF, e a energia eletrˆonica (EN DDO

elet )

a 1.43 e os elementos da matriz Hcore

µν obtidos dos termos de 1-el´etron Uµµ, Vµν e βµν. Os

termos nos itens 1 a 5 acima, necess´arios para constru¸c˜ao da matriz de Fock e avalia¸c˜ao da repuls˜ao entres os caro¸cos nucleares (EN DDO

core , equa¸c˜ao 1.47), n˜ao s˜ao obtidos como no pro-

cedimento ab initio, mas s˜ao substitu´ıdos por dados experimentais e express˜oes emp´ıricas que cont´em parˆametros ajust´aveis otimizados para reproduzir observ´aveis experimentais ou c´alculos de alta acur´acia. Os parˆametros s˜ao obtidos para cada elemento qu´ımico e seus respectivos orbitais no conjunto base m´ınimo. Espera-se que este ajuste corrija pelo menos parte dos erros introduzidos pelas aproxima¸c˜oes (NDDO e el´etrons de valˆencia com base atˆomica m´ınima) e compense a ausˆencia da correla¸c˜ao eletrˆonica natural do m´etodo HF. A energia total calculada no m´etodo semiemp´ırico ´e:

EtotN DDO= EeletN DDO+ EcoreN DDO (1.44)

Os parˆametros semiemp´ıricos de 1-centro Uµµ, gµν e hµν[149, cap. 15]s˜ao obtidos usando

um procedimento[150]baseado no m´etodo de Oleari[151], em que as energias calculadas para diferentes estados de valˆencia (ou configura¸c˜oes eletrˆonicas) de ´atomos e ´ıons atˆomicos s˜ao ajustados aos valores espectrosc´opicos correspondentes. Nas parametriza¸c˜oes MNDO[143] e AM1[144] originais, gss, gsp, gpp′, gp2 e hsp s˜ao aqueles obtidos diretamente das medidas

espectrosc´opicas pelo procedimento de Oleari para cada ´atomo[150, 151], mas Uss e Upp s˜ao

otimizados no procedimento de ajuste (vide infra).

Todas integrais de repuls˜ao de 2-el´etrons em 2-centros, (µν|λσ), s˜ao avaliadas por uma expans˜ao multipolar truncada, com os limites RAB → ∞ e RAB → 0 empiricamente

corrigidos (apˆendice A).

Os termos de 2-centros s˜ao calculados por:

βµλ = βA µ + βλB 2 ! Sµλ (1.45) Vµν,B = −zB(µAνA|sBsB) (1.46) onde βA

s e βpAs˜ao parˆametros ajust´aveis para cada ´atomo A e zB = (ZB−ncore), onde ncore

´e o n´umero de el´etrons de caro¸co do ´atomo B. Um orbital atˆomico tipo s ´e idealizado no ´atomo B (sB) para representar o caro¸co atˆomico. A matriz de recobrimento dos orbitais

atˆomicos, Sµλ, ´e avaliada analiticamente pelo recobrimento entre orbitais atˆomicos de

Slater (equa¸c˜ao 1.38)[121, §6.5] cujos expoentes ζs e ζp s˜ao otimizados no procedimento de

ajuste (vide infra). A express˜ao 1.45 ´e a maior respons´avel pela descri¸c˜ao da liga¸c˜ao qu´ımica entre os ´atomos nos m´etodos semiemp´ıricos[143].

A repuls˜ao entre os caro¸cos nucleares ´e dada por:

EcoreN DDO= X

A<B

zAzB[(sAsA|sBsB) + fcore] (1.47)

onde fcore(A, B) assume diferentes formas emp´ıricas para reduzir a excessiva repuls˜ao ele-

trost´atica gerada pelo caro¸cos em zAzB/RAB[143, 144]. Na parametriza¸c˜ao MNDO, temos[143]:

fcoreM N DO = (sAsA|sBsB){exp[−α

ARAB] + exp[−αBRAB]} (1.48)

e nas parametriza¸c˜oes AM1 e PM3, fcore ´e acrescentada de fun¸c˜oes gaussianas que nova-

mente buscam corrigir a excessiva repuls˜ao entre os caro¸cos[144]:

fcoreAM 1 = fcoreM N DO + (RAB)−1 ( 4 X i=1 KiAexp[LAi (RAB− MiA)2]+ 4 X j=1 KjBexp[LBj (RAB − MjB)2]    (1.49)

Portanto, para cada ´atomo pesado (para hidrogˆenio os parˆametros que contˆem o orbital p s˜ao nulos, j´a que utilizamos um conjunto base m´ınimo) no m´etodo MNDO original, temos:

• sete parˆametros (Uss, Upp, ζs, ζp, βs, βp e α) otimizados;

• cinco parˆametros (gss, gsp, gpp′, gp2 e hsp) retirados de dados experimentais[150, 151];

• cinco parˆametros (D1, D2, ρ0, ρ1 e ρ2) derivados dos parˆametros otimizados e expe-

rimentais (apˆendice A).

Nas parametriza¸c˜oes originais dos m´etodos AM1 e PM3, temos:

• mais doze parˆametros (Ki, Li e Mi, onde i varia de 1 a 4) otimizados, al´em dos sete

parˆametros otimizados no MNDO

Adicionalmente, no m´etodo PM3 e em algumas parametriza¸c˜oes do AM1 (por exemplo, para os ´atomos de enxofre e f´osforo)[152, 153], os termos de 1-centro (gµν e hsp) tamb´em s˜ao

otimizados no procedimento de ajuste.

A qualidade de um m´etodo semiemp´ırico depende fortemente da parametriza¸c˜ao[148]. O procedimento de otimiza¸c˜ao dos parˆametros consiste em encontrar o valor ´otimo do con- junto de K parˆametros{Xk}(k = 0, 1, . . . , K) pelo ajuste dos valores Pm(m = 0, 1, . . . , M)

referˆencia que formam o chamado conjunto de treinamento. Assim, procura-se minimizar a fun¸c˜ao erro: P = M X m Wm[Pmcalc− Pmobs]2 (1.50) onde Pcalc

m e Pmobss˜ao respectivamente as propriedades moleculares calculadas pelo m´etodo

NDDO e observadas (experimentalmente ou obtidas de c´alculos de alta acur´acia) e Wm ´e

o peso dado a cada propriedade molecular. As propriedades geralmente utilizadas[143–145] s˜ao energia total (ou calor de forma¸c˜ao), geometrias (distˆancias de liga¸c˜ao, ˆangulos entre liga¸c˜oes e diedrais), momentos de dipolo, potenciais de ioniza¸c˜ao, etc.

O n´umero de parˆametros ajust´aveis por elemento pode chegar a K = 24! Na oti- miza¸c˜ao simultˆanea dos parˆametros de alguns ´atomos (digamos H, C, O, P e S), a procura de um m´ınimo global no espa¸co de parˆametros ´e um problema bastante complexo (§1.5.1). Diferentes procedimentos de otimiza¸c˜ao n˜ao-linear j´a foram empregados:

• otimiza¸c˜ao por m´ınimos quadrados, sem o uso de derivadas da fun¸c˜ao P (equa¸c˜ao 1.50)[143];

• otimiza¸c˜ao de primeira-ordem (§1.5.1)[124, §C.5] utilizando derivadas de P com res-

peito aos parˆametros[145, 153];

• otimiza¸c˜ao por algoritmo simplex (§1.5.2) [154, §10.4][150] • otimiza¸c˜ao global com algoritmos gen´eticos (§1.5.2) [155–157].

Duas complica¸c˜oes s˜ao not´orias no procedimento de otimiza¸c˜ao: determinadas pro- priedades moleculares s˜ao mais sens´ıveis do que outras `a varia¸c˜ao dos parˆametros; e existem interrela¸c˜oes (dependˆencias) entre os parˆametros otimizados. Ao conhecimento do autor, n˜ao existe um estudo das interrela¸c˜oes dos parˆametros e da sensibilidade das propriedades que facilitariam o procedimento de otimiza¸c˜ao. Portanto, a otimiza¸c˜ao de parˆametros semiemp´ıricos ´e um problema dif´ıcil e tedioso, e transformou-se numa esp´ecie de “arte”[144, 158].

O principal problema no uso de m´etodos semiemp´ıricos ´e que a priori n˜ao sabemos se o m´etodo escolhido ser´a adequado ao estudo do sistema e das propriedade que esta- mos interessados e, portanto, o m´etodo semiemp´ırico deve ser testado ou calibrado em compara¸c˜oes com valores de referˆencia. Caso contr´ario, em raz˜ao da natureza das apro- xima¸c˜oes e do car´ater emp´ırico da parametriza¸c˜ao, n˜ao existe garantia que o estudo de uma propriedade ou de uma mol´ecula diferente daquelas usadas no conjunto de treina- mento em que o m´etodo foi ajustado resultar´a em propriedades calculadas com a mesma

qualidade obtida no conjunto treino. Ou seja, o tipo e a magnitude do erro, associados ao c´alculo semiemp´ırico, n˜ao s˜ao sistem´aticos[148]. Da mesma forma, tamb´em ´e dif´ıcil afirmar se o acordo entre os valores calculados e observados ´e causado por uma correta descri¸c˜ao da estrutura eletrˆonica pela hamiltoniana semiemp´ırica ou por um fortuito cancelamento de erro. Portanto, ´e dif´ıcil afirmar que obtivemos “a resposta certa pela raz˜ao correta”[138]. Uma compara¸c˜ao constatou que as parametriza¸c˜oes semiemp´ıricas (MNDO e AM1) calculam propriedades mais pr´oximas `as observadas experimentalmente do que o m´etodo HF utilizando um conjunto base m´ınimo[159]. Outra compara¸c˜ao[158]para um conjunto de 56 mol´eculas neutras contendo apenas ´atomos de H, C, N e O, de camada fechada e no seu estado fundamental, demonstrou que o erro absoluto m´edio para os calores de forma¸c˜ao calculados em compara¸c˜ao com os calores experimentais foi de 6.8, 5.1, 4.1, 2.3 e 1.3 kcal/mol para os m´etodos MNDO, AM1, PM3, B3LYP[132] e G2[160], respectivamente. Os m´etodos B3LYP e G2 (um esquema extrapolativo de c´alculo) utilizaram conjuntos base de qualidade igual ou superior a duplo-ζ para camada de valˆencia. Portanto, os m´etodos NDDO calculam energias com cerca do dobro ao triplo do erro m´edio observado para o m´etodo B3LYP. O erro observado nos m´etodos semiemp´ıricos aumenta para mol´eculas contendo ´atomos em estados de oxida¸c˜ao ou fun¸c˜oes orgˆanicas diferentes daquelas usadas na parametriza¸c˜ao. Os erros absolutos m´edios para calores de forma¸c˜ao de mol´eculas neu- tras e de camada fechada contendo ´atomos do primeiro e do segundo per´ıodo ultrapassam 9 kcal/mol para o m´etodo MNDO e 7 kcal/mol para os m´etodos AM1 e PM3[148].

As seguintes propriedades ou esp´ecies s˜ao relevantes para os estudos conduzidos no cap´ıtulo 4 e podem apresentar incertezas significativas se obtidas pelos m´etodos semi- emp´ıricos originais[147, 161]:

• Energias de liga¸c˜ao, se um dos ´atomos possue pares eletrˆonicos n˜ao ligantes;

• Energias relativas para compostos estericamente volumosos, hipervalentes[162], ou com el´etrons deslocalizados;

• Alturas de barreira de rea¸c˜ao (superestimadas); • Afinidades protˆonicas.

• Intera¸c˜oes intermoleculares, principalmente, liga¸c˜oes de hidrogˆenio. AM1 corrige a energ´etica para liga¸c˜oes de hidrogˆenio, mas introduz m´ınimos inexistentes na PES;

Diferentes parametriza¸c˜oes e modifica¸c˜oes das aproxima¸c˜oes NDDO foram sugeridas para contornar estas limita¸c˜oes e ampliar o uso dos m´etodos semiemp´ıricos[148, 158, 163–165].

A equa¸c˜ao 1.40 assume que o recobrimento entre os orbitais atˆomicos ´e nulo[142]por´em o conjunto base usado n˜ao ´e ortogonal e, assim, os efeitos de “troca” de Pauli n˜ao s˜ao incor- porados `a hamiltoniana semiemp´ırica corretamente. Thiel[148] introduziu corre¸c˜oes para ortogonaliza¸c˜ao dos orbitais atˆomicos nos termos Vµν e βµλ, e, ap´os a reparametriza¸c˜ao do

m´etodo, o erro absoluto m´edio dos calores de forma¸c˜ao calculados para mol´eculas neutras e de camada fechada, contendo ´atomos do primeiro e do segundo per´ıodo, diminuiu para cerca de 3.5 kcal/mol (vide supra).

A inclus˜ao de orbitais atˆomicos de simetria d no conjunto base para os ´atomos do segundo per´ıodo[164, 165] trouxe melhorias em rela¸c˜ao ao conjunto sp usado nos m´etodos MNDO e AM1 originais, principalmente, para compostos hipervalentes[148]. N˜ao parece- nos trivial avaliar se esta melhoria foi fruto apenas da extens˜ao e flexibiliza¸c˜ao do conjunto base ou se ´e conseq¨uˆencia da necessidade intr´ınseca dos compostos hipervalentes por orbi- tais de momento angular d para descri¸c˜ao de sua estrutura eletrˆonica e liga¸c˜oes qu´ımicas (§3.2.1).

Modifica¸c˜oes de fcore na equa¸c˜ao 1.47 s˜ao freq¨uentemente propostas[158, 166], mas, a

menos que uma extensiva reparametriza¸c˜ao seja efetuada[166], os resultados n˜ao s˜ao signi- ficativamente superiores aos obtidos com os m´etodos originais.

A reparametriza¸c˜ao dentro do esquema NDDO usual apresentado nesta se¸c˜ao e es- pec´ıfica para um sistema ou rea¸c˜ao (ou fam´ılia de rea¸c˜oes) de interesse ´e outra maneira de corrigir os erros listados acima[157, 167, 168]. Na ausˆencia de dados experimentais que possam ser usados no conjunto de treinamento da parametriza¸c˜ao espec´ıfica, proprieda- des obtidas por c´alculos ab initio de alta acur´acia podem ser usadas. Por exemplo, Rossi e Truhlar[157] obtiveram uma parametriza¸c˜ao espec´ıfica para a rea¸c˜ao de Cl + CH4 que

reproduz em ±2 kcal/mol as energias relativas calculadas no n´ıvel MP2 para 23 esp´ecies ao longo da PES da rea¸c˜ao.

O procedimento de reparametriza¸c˜ao espec´ıfica foi adotado para corrigir as incerte- zas observadas nos m´etodos originais e calibrar a hamiltoniana semiemp´ırica usada nas simula¸c˜oes enzim´aticas (cap. 4). Os valores de referˆencia usados no conjunto de treina- mento foram as propriedades calculadas ab initio (cap. 2) para as esp´ecies e as rea¸c˜oes de ti´olise e alco´olise de ´esteres de fosfato (figuras 7 e 8) e um algoritmo de otimiza¸c˜ao global (§1.5.2) foi empregado para ajuste dos parˆametros semiemp´ıricos (cap. 3).