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Evolução do Crescimento Urbano de El Alto

Fonte: MIRANDA(2007)

O crescimento acelerado de El Alto é resultado do intenso fluxo migratório de comunidades rurais e de mineiros que deixaram as terras de origem em busca de opções para reproduzir suas vidas dentro de um marco de extrema pobreza. Uma vez que La Paz constitui um dos principais centros empregadores da Bolívia50 muitas pessoas se estabeleceram em El Alto, e continuam a fazê-lo, em função da proximidade geográfica entre ambas cidades (levando em consideração também que o custo de aquisição de um

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A cidade de La Paz concentra bancos e instituições financeiras mais importantes; assim como empresas importadoras, investimentos de capital e constitui um dos maiores mercados de consumo bolivianos.

terreno em El Alto é significativamente menor do que em La Paz). Por esse motivo, El Alto é conhecida como cidade-dormitório, posto que parte considerável dos trabalhadores utiliza a cidade exclusivamente para pernoitar e, durante o dia, para vender sua força-de-trabalho em La Paz.

Foto 5: Vista da urbanização Villa Dolores, Cidade de El Alto

Fonte: USAID, 2004

Outra característica importante é a grande composição da juventude. Segundo o INE (2001), mais da metade da população tem menos de 20 anos, o que leva Mollericona (2007) a afirmar que El Alto é a cidade mais jovem do país.

Os índices de pobreza em El Alto são dos mais elevados da Bolívia: mais do 65% dos habitantes se encontra abaixo da linha de pobreza. As necessidades básicas, tais como água e esgoto, saúde, educação, habitação, eletricidade, seguridade, limpeza pública não são devidamente supridas nesta cidade.

Gráfico 1: População Pobre em El Alto (2001)

Fonte:INE (2007), elaboração própria

Cidade de El Alto:população pobre segundo CENSO (2001)

pobreza indigência

necessidades básicas satisfetias

não considerado pobre, porém com carências básicas

A principal atividade econômica é o comércio (aproximadamente 27% da população economicamente ativa se encontra empregada neste setor), seguido da indústria de manufaturas (onde predomina fundamentalmente o setor têxtil seguido da fabricação de móveis) e as atividades de transporte e comunicação.

Tabela 2

El Alto: População Ocupada por Atividade Econômica

Censo 1992 Censo 2001 Total 118.247 212.731 Comércio 22.059 57.472 Indústria de manufaturas 24.422 46.451 Transporte e comunicação 10.478 20.906 Construção 12.429 16.570 Hotéis e Restaurantes 2.675 12.675 Educação 5.136 11.097

Serviços comunitários, sociais e pessoais 2.730 7.037 Servidores públicos 5.462 6.191 Serviços domésticos 3.116 6.135 Agricultura e pecuária 2.079 6.073 Serviços Imobiliários 2.756 5.087

Outros (saúde, financeiros, mineração, eletricidade, etc.)

24.899 17.037

Fonte: Coarite (2005), elaboração própria

Segundo Zibechi (2006) o protagonista principal do mercado alteño é a família, a unidade econômica geradora de emprego e contribuinte do maior número de trabalhadores assalariados. Neste espaço o trabalho é nômade, instável, mal remunerado, realizado em condições intensamente precárias.

São comercializados diferentes gamas de produtos. Em plena rua, encontram-se à venda desde artesanatos até aparelhos eletrônicos de pequeno porte: roupas no meio de frutas, carteiras de couro, verduras e sucos de laranjas feitos na hora. A comercialização de DVD´s se contrasta com a das ervas medicinais, chás e folhas de

coca para chaj´cha (mastigar sem engolir) ou da leitura da sorte. Nas fotos 6 e 7 observa-se a venda de eletrodomésticos em frente à comercialização de laranjas:

Foto 6: Venda de eletrodomésticos. Foto 7: Venda de laranjas.

Fonte: acervo da autora, agosto de 2007 Fonte: acervo da autora, agosto de 2007

Segundo Zibechi (2006), 70% da população ocupada trabalha no setor familiar (50%) e no setor semi-empresarial51 (20%). Os empreendimentos principais se realizam no setor de comércio e restaurantes, construção, manufatura (produção de tecidos, corte e confecção, carpintaria) e metal mecânica. Na maioria dos casos, o trabalho se realiza na unidade domiciliar da família.

Las áreas residenciales en El Alto abarcan toda la mancha urbana. Junto a la vivienda se dan otras actividades como el comercio, la artesanía y la pequena industria. Se calcula que un 70 % de las viviendas en El Alto tienen una actividad complementaria. Por los hábitos de vida, la vivienda no sólo es un espacio de consumo, sino que casi siempre esta integrada a espacios productivos y de intercambio comercial (PLAN REGULADOR DE LA CIUDAD DE EL ALTO, p.38, 1999).

O trabalho familiar é predominantemente informal, e pode ser inclusive não- remunerado em função de uma espécie de “troca” de favores entre familiares. Estima-se

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Unidades de trabalho com quatro ou menos trabalhadores, sendo que a metade deles são familiares, em geral, proprietários que também trabalham e os outros dois, são empregados.

que aproximadamente 70,6% da população economicamente ativa (PEA) trabalhe no setor informal52.

O transporte público também integra o mercado informal. Em El Alto não existem terminais claramente estabelecidos, motivo pelo qual, as numerosas vans (ou minibuses) - que concorrem entre si de forma desorganizada - param em qualquer lugar das vias, oferecendo o serviço a um custo relativamente baixo. Os cobradores podem ser crianças, adolescentes, mulheres, cuja função é vociferar os lugares de destino (jogando quase que metade do corpo fora da janela), cobrar os passageiros, abrir e fechar a porta.

O acesso às terras ou lotes normalmente acontece através de transações irregulares, do ponto de vista legal. Estes locais vão incorporando-se paulatinamente ao raio urbano. Aproximadamente 60% das habitações não têm proprietário regularizado.

A expansão da cidade de El Alto se deve principalmente à práxis de autoconstrução e autofinanciamento. Aproximadamente 85% das vivendas foram autoconstruídas inclusive os espaços coletivos, tais como quadras de futebol, praças, calçamento das ruas53.

Foto 8: Vizinhos em processo de autoconstrução

Fonte: Cedida por Chuquímia. Disponível em http://elaltobolivia.blogspot.com

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Segundo Arbona (2007), no ano 2000, mais de 195.000 trabalhadores estavam empregados no setor informal, o que representa um acréscimo de 184% desde o ano de 1989.

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Segundo Durán (2007) 9.000.000 bolivianos residem em aproximadamente 2.000.000 de vivendas, das quais, 75% foi autoconstruída em base ao esforço próprio, das classes sociais empobrecidas, em geral. O processo começa com a obtenção do terreno, muitas vezes sem os documentos devidamente legalizados e a construção de uma ou duas habitações precárias. A instalação dos serviços básicos pode levar muitos anos de luta até que se consolide, finalmente, a infra-estrutura urbana no bairro.

Foto 9: Processo de autoconstrução

Fonte: Cedida por Chuquímia. Disponível em http://elaltobolivia.blogspot.com

III.3 Feira 16 de Julho, a Economia Informal e as Celebrações Festivas

A criação e expansão das feiras (qhathus em aymara) na cidade de El Alto, que em certa medida reproduzem as lógicas rurais, estão atreladas ao crescimento migratório da cidade. Na deficiência de alternativas para vender a força de trabalho e na necessidade de reproduzir sua existência, os migrantes vendem qualquer mercadoria possível de maneira informal, inclusive se vende o uso do serviço de telefonia, mediante duas modalidades: através de uma delas, uma pessoa, ata ao seu corpo um telefone através de uma corrente e oferece a utilização do aparelho. A segunda modalidade se encontra nos postos ambulantes – que não são exclusivos à feira - onde, além de comprar bolachas, sucos e refrigerantes, você pode também comprar uma ligação a qualquer parte do mundo. Os telefones, que se destacam dentre as guloseimas, são controlados por aparelhos que controlam os minutos e, através dos quais é calculado o valor da ligação, em função de uma tarifa pré-estabelecida pelo dispositivo, como pode ser observado na foto 10.

Foto 10 : Posto ambulante na cidade de El Alto.

Fonte: Acervo da autora, agosto de 2007

As vendas informais acontecem individualmente ou através da conformação de pequenas associações de comerciantes, segundo o rubro:

El nacimiento de la asociación es producto del [decreto] 21060(...) nos hemos visto relocalizados por no haber fuentes de trabajo...hemos llegado a migrar a El Alto, pero un domingo salimos aquí a la feria, entonces ya habíamos vendido productos usados (...) y fundamos nuestra asociación, pero por entonces las asociaciones colindantes estaban muriendo. (Entonces) llegan los auto-repuestos y empieza a refundarse el negocio de los qhatus [ferias], aquí en El Alto de La Paz (Entrevista com Associado dos Vendedores de Peças de Reposição In YAMPARA, 2007, p.65).

Na cidade de El Alto não existem centros comerciais nem supermercados. As frutas e verduras são vendidas em pequenos postos ambulantes, espalhadas em mantas no chão ou feiras.

Foto 11: Venda de frutas e legumes em bairro da Cidade de El Alto Fonte: Acervo da autora, agosto de 2007

Simón Yampara, sociólogo ayamra, pesquisador da Feira 16 de Julho e Presidente da Assembléia Permanente dos Povos e Nações Originárias do Qullasuyu, afirmou em entrevista que:

el contacto y articulación con el área rural también se ven en el hecho que estas personas prefieren estar al aire libre, con el polvo54 que se mezcla hasta con la comida, algo de la tierra. Si hay lluvias, se ponen plásticos y ya está. Tienen una lógica de interacción con la naturaleza, es que aquí en los Andes todo tiene vida. Ya han habido tentativas de hacer infraestructuras adecuadas, pero ellos no quieren. Hay planteamientos de hacer como supermercados, bien higiénicamente, pero se niegan. Además es importante el contacto personal. Tiene que haber contacto entre comprador y vendedor en que ambos salgan satisfechos a partir de una negociación de rebaja y yapa55 (ENTREVISTA COM SIMÓN YAMPARA PELA AUTORA,15 de agosto de 2007).

Nos últimos anos, as feiras mostraram crescimento e vigor bastante importantes, apresentando uma articulação cada vez mais intensa ao mercado mundial, motivo pelo qual aparecem progressivamente produtos e artigos industriais. No entanto, enfatiza que as relações sociais dos participantes continuam sendo as principais dinamizadoras das feiras. Além de fornecer produtos necessários da própria cesta básica dos comerciantes, constitui também lugar de encontro popular:

De alguna manera, las ferias campesinas se han convertido en una especie de oasis en mitad del altiplano, principalmente aquellas que constituyen la única forma de acceder a los productos de primera necesidad. Asimismo, conceden un lugar para el descanso, los negocios y las relaciones. Y la misma mujer que vende sus productos, al final de la tarde compra lo que necesita para su propia canasta familiar (YAMPARA, 2007, p.22).

Historicamente, os aymaras e quechuas desenvolveram feiras nos espaços onde havia maior concentração de comunidades. Na cidade de El Alto, as feiras explicitam a estreita relação entre o meio rural e o meio urbano, onde os imigrantes agricultores também importam visões e lógicas, intimamente ligadas a seus povos originários:

(...) somos nosotros del campo, todos somos del altiplano, ahora radicamos aquí en la ciudad. En el altiplano (...) la carne en todo es primordial, la carne de camélido, después la carne de oveja y después la carne de res, de ahí ha nacido la feria, sobre eso, así también tiene papa, chuño, todo lo que existe en el campo lo han traído y lo que necesitábamos para comer aquí en la ciudad (Associado dos vendedores de açogue in YAMPARA, 2007, p.85).

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Polvo quer dizer pó em espanhol. 55

A palavra yapa faz alusão a quando o comprador pede um pouco mais de algum produto pelo mesmo preço ou quando o vendedor oferece um pouco mais do produto pelo mesmo preço para convencê-lo de comprar.

A ligação urbano-rural explicitada na feira data dos seus primórdios. Sua origem está relacionada aos produtos pecuários e agrícolas, ou seja, àquilo necessário para que as comunidades urbanas e rurais consigam subsistir. Sobre esta base – agrícola e pecuária -, as necessidades se diversificaram, aparecendo diferentes associações de vendedores. As primeiras a se constituírem foram as dos açougueiros e com o passar do tempo, desenvolveram-se associações relacionadas a outras dimensões da vida cotidiana, tais como vestuário e calçados, revistas e jornais, pneus e peças de reposição, etc. Justamente, as associações se organizam segundo a natureza dos usos.

Nesta cidade para cada 100 pessoas ocupadas existem 204 desocupadas e o comércio é a atividade que emprega mais trabalhadores56. Em outubro de 2003, em El Alto, havia 5.045 indústrias manufatureiras, das quais 90% eram micro-empresas (de 1 a 4 trabalhadores) dedicadas fundamentalmente à fabricação têxtil (COARITE, 2005). Precisamente, os setores têxtil e produção de móveis são os mais importantes na Feira 16 de Julho, considerando o segmento de produtos novos e de fabricação própria (uma vez que na feira também se vendem produtos semi-novos e usados).

Se levarmos em consideração que a Bolívia é um dos países mais pobres da América Latina57 e que, nesse espaço, El Alto é uma das cidades mais pobres dentro da Bolívia58, podemos ter uma idéia do tipo de (micro)economia de subsistência e sobrevivência diária que sustenta as pessoas em El Alto. No entanto, paradoxalmente, neste espaço se movimentam aproximadamente 2 milhões de dólares só no dia domingo na Feira 16 de Julho59, maior feira da cidade que chega a ocupar a extensão de um bairro inteiro neste dia (YAMPARA, 2007).

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No ano 2001, aproximadamente 57.500 trabalhadores se encontravam ocupados no comércio. A indústria de manufaturas e o setor de construção se encontravam logo em seguida, segundo o número de pessoas ocupadas.

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Mais de 65 % da população boliviana é considerada pobre. No ano 2002, 23.2% da população boliviana vivia com menos de US$ 1,00 por dia e 42,2% com menos de US$ 2.00 por dia. A média na América Latina e o Caribe para esses indicadores é de 8,9% e 23,4% respectivamente. No ano de 2005, o Relatório do Desenvolvimento Humano mostrou que a Bolívia exibe Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) que o colocava no lugar 113º dentro de um conjunto de 177 países, à frente apenas de Honduras, Guatemala e Haiti em toda América Latina (LINS, 2007).

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Se levarmos em consideração que El Alto é uma das três cidades mais populosas da Bolívia, comparando-a com a média de incidência de pobreza destas cidades (44%) a pobreza em El Alto quase a duplica (72,9%). Se a média de pobreza na Bolívia é aproximadamente 65%, em El Alto esta cifra chega a 66,9%, segundo o Censo do ano 2001. Isso equivale a dizer que 424.504 habitantes vivem sem níveis mínimos de bem-estar em relação à habitação, água, esgoto, insumos energéticos, educação e serviços de saúde. Desse total, 49,29% vivia dentro de condições de pobreza moderada, 17,10% em condições de indigência, ou seja por baixo da linha de pobreza, e 0.51% na marginalidade (INE, 2007).

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Levando em consideração que o salário mínimo boliviano passou para 500 bolivianos no começo de 2008 e que a cotação do dólar para venda é 5,63 bolivianos, 2 milhões de dólares equivalem a aproximadamente 22 mil salários mínimos.

Foto 12: Vista Panorâmica da Extensão Feira 16 de Julho

Fonte: USAID (2004)

Nesse sentido, podemos notar sua importância na vida de milhões de comerciantes que centralizam suas atividades para as vendas das quintas-feiras e domingos, como se pode observar na afirmação de um revendedor de pneus:

La feria empieza a las siete de la mañana y es hasta las ocho de la noche(...) Los demás días estamos buscando llantas, eso es nuestro trabajo, hay que ir a buscar, estamos yendo por Río Seco, Villa Adela, (saber) la ciudad donde ha llegado, ese es nuestro trabajo (...) el día miércoles lavar las llantas para vender, (de) igual manera lunes y martes tienes que hacer limpieza, el jueves vender y el viernes a buscar, sábado igual (Entrevista com associado dos vendedores de penus In YAMPARA, 2007, pág. 78)

No dia domingo, principal dia dessa feira, cerca de 60.000 pessoas - entre compradores e vendedores - se encontram neste lugar. Com mais de 10.000 postos de venda que movimentam produtos locais, rurais, nacionais, importados, de contrabando, o comprador encontra desde sofisticados aparelhos de informática, passando por eletrodomésticos, carros e caminhões até roupa e sapatos usados, animais andinos,

amazônicos, frutas, verduras, legumes e yatiris60. Quando se faz alusão à Feira 16 de Julho, pode-se garantir que se encontra de tudo. Em entrevista, Yampara afirmou que aquilo que normalmente seria considerado inútil na economia ocidental, está a venda na Feira 16 de Julho, onde cerca da metade dos produtos à venda são usados ou semi- novos.

Si nos damos cuenta todo lo que en la lógica occidental, en supermercados para la gente es algo basura, no servible, aquí en el Qhathu sirve. Y eso te hace pensar que para los aymaras-quechuas nada es desechable, todo se puede reciclar, todo sirve.Y por eso van a haber desde cosas viejas, de trapos, hasta cosas nuevas. En el Qhathu hay de todo, hasta repuestos de aviones, sólo no hay aviones. Eso falta, pero todo el resto encuentras. Claro que tal vez un 50% son cosas usadas y el otro 50% son nuevas (ENTREVISTA COM SIMÓN YAMPARA PELA AUTORA, 15 de agosto de 2007).

A continuação apresentamos uma seqüência de fotos sobre as diferentes facetas da Feria 16 de Julho:

Foto 13: venda de auto-peças usadas Foto 14: Leitura da sorte Fonte: acervo da autora, agosto 2007. Fonte: acervo da autora, agosto 2007.

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Em aymara significa “pessoa sábia que maneja forças energéticas”. A função dos yatiris é ajudar pessoas nos (e fazer consultas sobre os) negócios e outras dimensões da vida. As práticas rituais estão muito presentes nas práticas cotidianas no espaço urbano de El Alto e das ladeiras de La Paz, inclusive há ruas inteiras que se dedicam à venda de oferendas e celebrações chamanicas. Esta prática faz parte da visão indígena de que tudo está intimamente relacionado: os antepassados, a natureza, os animais, as pessoas vivas. A natureza, encarnada pela Pachamama (Mãe Terra) é uma das principais divindades, por isso muitas oferendas são feitas na e à terra.

Foto 15: Venda de roupa usada Foto 16: Venda de Madeiras Fonte: acervo da autora, agosto 2007. Fonte: acervo da autora, agosto 2007.

Foto 17: Venda e Fabricação de Móveis Foto 18: Venda e Fabricação de Móveis Fonte: acervo da autora, agosto 2007. Fonte: acervo da autora, agosto 2007

Foto 19: Comercialização de eletrodomésticos e Foto 20: Comercialização de animais

Eletrônicos Fonte: acervo da autora, agosto 2007

O qhathu 16 de Julho inter-relaciona e articula territórios desde o Oeste - litoral do Oceano Pacífico, passando pelo Deserto de Atacama no Chile e o Sul do Peru 61- até o Leste – onde se encontram os Yungas e vales inter-andinos bolivianos. A articulação territorial desta feira, pelo Leste, vai até Santa Cruz de la Sierra e a região brasileira. Por estas vias também recebe produtos vindos do Paraguai62.