PERSONALIDADE PARANOIDE
B. Não ocorre exclusivamente durante o curso da esquizofrenia, transtorno do humor com aspectos psicóticos ou outro transtorno psicótico, nem é decorrente dos efeitos fisiológicos diretos de uma condição médica geral.
Nota: Da American Psychological Association (2000, p. 694). © 2000 da American Psychological Association. Reimpressa com
permissão.
Muitas vezes, é mais fácil identificar indi víduos paranóides procurando outras caracterís ticas não tão claras como as suspeitas irrealistas. A Tabela 6.2 apresenta alguns sinais possíveis de um estilo de personalidade paranóide que podem ser as prim eiras indicações do TPR Os indivíduos com TPP são tipicamente vigilantes, tendem a interpretar situações ambíguas como ameaçadoras e são rápidos em tom ar precauções contra am eaças percebidas. Eles, freq ü en te mente, são percebidos pelos demais como pro pensos a discussões, obstinados, defensivos e re lutantes em se comprometer. Também manifes tam algumas características que percebem nos outros, sendo vistos como ardilosos, trapaceiros, desleais, hostis e maliciosos.
Vários transtornos distintos são caracteri zados por um pensamento “paranóide”. Além do TPR há a esquizofrenia do tipo paranóide (anti gam ente a esquizofrenia paranóide), o transtor no delirante do tipo persecutório (antigamente o tran sto rn o p aranóide) e, possivelm ente, o transtorno do hum or com características psicó ticas. Cada um desses transtornos é caracteriza do por persistentes delírios paranóides e outros
sintomas psicóticos. Em contraste, o TPP carac teriza-se por uma tendência infundada a perce ber as ações dos outros como intencionalmente ameaçadoras ou humilhantes, mas não apresen ta as c a rac te rístic as p sicó ticas p e rsiste n te s (American Psychological Association, 2000). Um indivíduo com TPP pode experienciar períodos transitórios de pensam ento delirante duran te períodos de estresse, mas não manifesta pensa mento delirante persistente.
A esquizofrenia do tipo paranóide e o trans torno delirante foram alvo de grande atenção teórica e pesquisa empírica; entretanto, não exis te nenhum consenso claro sobre a relação entre o TPP e essas duas psicoses (Turkat, 1985). As sim, não está claro se os achados das pesquisas realizadas com am ostras psicóticas podem ser generalizados para o TPP ou não. Mas certam en te é im portante diferenciar entre o TPP e as psi coses caracterizadas por pensam ento paranóide, porque a presença de psicose exigiria grandes ajustes na abordagem de tratam ento. Veja Perris e McGorry (1998) para um a apreensão geral das ab o rd ag en s atu ais de ap licação d a te ra p ia cognitiva no tratam ento d a psicose.
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TABELA 6 . 2 Possíveis indicações de transtorno da personalidade paranóide
Constante vigilância, possivelmente manifestada como tendência a examinar o consultório do terapeuta durante a entrevista e/ou a olhar freqüentemente pela janela.
Preocupação maior do que o normal com sigilo, possivelmente incluindo relutância em permitir que o terapeuta faça anotações sobre o progresso e/ou pedidos para que o terapeuta tome medidas especiais para assegurar o sigilo, quando retoma os telefonemas do cliente.
Tendência a atribuir toda a culpa dos problemas aos outros e a ver a si mesmo como maltratado e abusado. Conflito recorrente com figuras de autoridade.
Convicções incomumente fortes sobre os motivos alheios e a dificuldade em considerar explicações alternativas para as suas ações.
Tendência a interpretar pequenos eventos como de grande significado e, portanto, a reagir fortemente, “fazendo tempestade em copo d’água”.
Tendência a contra-atacar rapidamente, em resposta a uma ameaça ou deslize percebido, ou uma tendência a ser briguento e litigioso.
Tendência a maximizar o mau tratamento recebido de outros ou a provocar hostilidade.
Tendência a buscar, intensa e minuciosamente, evidências que confirmem suas expectativas negativas em relação aos outros, ignorando o contexto e percebendo significados especiais (plausíveis) e motivos ocultos em eventos comuns.
Incapacidade de relaxar, particularmente em presença dos outros, possivelmente incluindo relutância ou incapaci dade de fechar os olhos na presença do terapeuta durante o treinamento do relaxamento.
Incapacidade de ver o humor das situações.
Necessidade incomumente forte de auto-suficiência e independência. Desdém por aqueles que vê como fracos, indolentes, doentios ou defectivos. Dificuldade de expressar sentimentos calorosos e temos ou dúvidas e inseguranças.
Ciúme patológico, tentativas persistentes de controlar o comportamento do parceiro e os relacionamentos interpessoais para impedir a infidelidade.
C O N C E IT U A L IZ A Ç Ã O
Algumas perspectivas teóricas m enciona das sobre o TPP compartilham a visão de que as suspeitas do indivíduo em relação aos outros e suas ruminações sobre perseguição e mau trata m ento nas mãos alheias não são centrais no transtorno, mas são racionalizações usadas para reduzir o sofrimento subjetivo do indivíduo. Uma visão diferente do papel dessas cognições no TPP é apresentada na análise cognitiva realizada pelo autor (Beck, Freem an et al., 1990; Freeman, Pretzer, Fleming e Simon, 1990; Pretzer, 1985; Pretzer e Beck, 1996). A Figura 6.1 resume os componentes cognitivos e interpessoais da abor dagem paranóide à vida, m anifestada por Gary, o tenso radiologista discutido anteriorm ente. Gary tinha três suposições básicas: “As pessoas são maldosas e enganadoras”, “Elas vão atacar
você se tiverem chance” e “Você só estará bem se estiver sempre atento e alerta”. Essas suposi ções o levavam a esperar ser enganado, trapace ado e m altratado nas interações interpessoais e o faziam concluir que a vigilância para sinais de ser enganado, trapaceado e m altratado era cons tantem ente necessária. No entanto, essa vigilân cia para sinais de intenções maliciosas produzia um efeito colateral inesperado. Estando vigilan te, para indicações sutis de que os outros são enganadores e maldosos (e não igualmente vi gilante para sinais de que os outros merecem confiança e têm boas intenções), logo observa mos muitas ações, por parte dos outros, que pa recem confirmar a idéia de que não podemos confiar nas pessoas. Isso acontece porque as pes so as n ão são u n iv e rs a lm e n te b o n d o s a s e confiáveis, e porque muitas interações interpes soais são suficientemente ambíguas para pare-
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Beck, Freeman, Davis e cols.cerem revelar intenções maliciosas, mesmo que as verdadeiras intenções da pessoa sejam boas. Assim, conforme m ostra a Figura 6.1, a vigilân cia de Gary produzia evidências substanciais para confirmar sua suposição sobre a natureza h u m an a e te n d ia a p e rp e tu a r sua ab o rd ag em paranóide em relação à vida.
Além disso, as expectativas de Gary quan to às ações dos outros tinham um efeito impor tante sobre suas interações com colegas e co nhecidos. Ele evitava proximidade por medo de que o envolvimento e a abertura emocional dos re la c io n a m e n to s ín tim o s a u m e n ta s se su a vulnerabilidade. Ademais, ele geralm ente era reservado e defensivo ao interagir com outras pessoas, tendia a reagir exageradam ente a pe quenos deslizes e era rápido no contra-ataque quando acreditava ter sido m altratado. Essas ações não encorajavam os demais a serem bon dosos e generosos com ele; ao contrário, tendi am a provocar desconfiança e hostilidade. As sim, as expectativas de Gary o levavam a interagir com os outros de um a m aneira que provocava o tipo de comportamento que ele antecipava, e lhe fornecia a repetida experiência de ser m altrata do pelos outros. Essas experiências, é claro, con firmavam suas expectativas negativas em rela ção aos demais e tam bém perpetuavam sua abor dagem paranóide à vida.
O terceiro fator, apresentado na Figura 6.1, é a auto-eficácia, um constructo que Bandura (1977) definiu como a estimativa subjetiva do indivíduo de sua capacidade de lidar efetivamen te com problemas ou situações específicas à pro porção que forem surgindo. Se Gary acreditasse que seria capaz de perceber as trapaças alheias e frustrar seus ataques, sentiria m enor necessi dade de estar constantem ente em guarda e, por tanto, ficaria menos vigilante e menos defensi vo. Se ficasse convencido de que não lidaria bem com a situação, apesar de seus esforços, ele pro v a v e lm e n te a b a n d o n a ria su a v ig ilâ n c ia e defensividade e adotaria alguma outra estraté gia de enfrentam ento. Em qualquer caso, os ci clos que perpetuavam sua paranóia seriam ate nuados ou rompidos. Mas Gary duvidava de sua capacidade de lidar efetivamente com os outros, a menos que estivesse constantem ente vigilante e, ao mesmo tempo, estava bastante confiante de que sobreviveria, se fosse suficientemente vi gilante. Assim, m antinha sua reserva e vigilân cia, o que perpetuava sua paranóia.
Além da tendência dos dois ciclos, discuti dos anteriorm ente, de gerar em observações e experiências que confirmam solidamente as su posições paranóides da pessoa, outro fator re sulta de a visão de m undo paranóide ser imune
C ren ças e S u p o s iç õ e s
“As pessoas são m aldosas e en g an a d o ras .” “Eles atacarão se tiverem chance.” “Você só estará bem se estiver sem pre em g u a rd a .” C o g n iç õ e s d o D ia-a-D ia Expectativas de hostilidade, ser enganado e ^ atacad o A A uto-eficácia (-) . (-) Evidências confirm atórias C o m p o r ta m e n to I n t e r p e s s o a l Reserva; desconforto com a proxim idade; “índole agressiva ou p ro v o cad o ra.”
Tende a eliciar hostili d a d e e a d e sc o n fia r dos outros.
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a experiências que deveriam dem onstrar que as outras pessoas não são universalmente maldo sas. Como o cliente supõe que as pessoas são maldosas e enganadoras, as interações em que elas parecem boas ou disponíveis podem facil m ente ser interpretadas como uma tentativa de ludibriá-lo, levá-lo a confiar nelas, para que pos sam atacá-lo e explorá-lo. Depois que é feita essa interpretação dos atos de outra pessoa, como uma tentativa de enganá-lo, o “fato” de que a pessoa tentou enganar o cliente, agindo de for m a gentil ou bondosa, parece provar que as suas intenções eram maldosas. Isso leva à tendência, co m um ente observada nos indivíduos p a ra nóides de rejeitar interpretações “óbvias” das ações dos outros e de procurar o “verdadeiro” significado subjacente. Habitualmente, essa bus ca continua até ser encontrada um a interpreta ção consistente com as pré-concepções do indi víduo paranóide.
A convicção do paranóide de que ele en frenta situações perigosas em que a vigilância é necessária para permanecer seguro explica m ui tas características do TPR Vigilante para sinais de perigo, o indivíduo age cautelosa e intencio nalm ente, evitando descuidos e riscos desneces sários. Uma vez que o perigo mais im portante é visto procedendo dos outros, o paranóide está alerta para sinais de perigo ou de ser enganado durante as interações, buscando constantem en te deixas sutis das verdadeiras intenções da pes soa. Em um m undo assim, em que “o maior en gole o m enor”, m ostrar qualquer fraqueza é pe dir para ser atacado; assim, o paranóide escon de cuidadosam ente suas inseguranças, dificul dades e problemas por meio de enganos, nega ção, desculpas ou culpando os outros. Supondo que qualquer coisa que os outros saibam sobre ele poderá ser usado contra si, o paranóide guar da cuidadosam ente a sua privacidade, tentando suprimir até informações triviais e, em especial, suprimindo sinais de suas emoções ou intenções. Em uma situação perigosa, qualquer restrição à liberdade da pessoa pode deixá-la encurralada ou a u m e n ta r sua v u ln era b ilid ad e ; assim , o paranóide tende a resistir a regras e regulam en tos. Quanto mais poderosa for a outra pessoa,
maior ameaça representa. Portanto, o paranóide está agudam ente consciente das hierarquias de poder, tanto adm irando quanto tem endo as pes soas em posição de autoridade, torcendo por um aliado poderoso, mas tem endo traição ou ata que. O indivíduo paranóide não “cede” nem em questões sem importância, pois a concessão é vista como um sinal de fraqueza, e a aparência de fraqueza pode encorajar o ataque. Entretan to, ele reluta em desafiar diretam ente os indiví duos poderosos e se arriscar a provocar um ata que. Como resultado, é comum a resistência ve lada ou passiva.
Quando a pessoa está vigilante para sinais de ameaça ou ataque e supõe intenções m aldo sas, todo deslize ou mau tratam ento é intencio nal e maldoso e merece retaliação. Quando ou tros protestam que suas ações foram casuais, acidentais ou justificadas, seus protestos são vis tos como evidência de trapaça e prova de suas intenções maldosas. Dado que a atenção está focada nos maus tratos recebidos dos outros, e que todo tratam ento aparentem ente bom é des cartado, as situações geralm ente parecem injus tas. Uma vez que o indivíduo acredita que está sendo tratado injustam ente e está convencido de que será m altratado no futuro, há pouco in centivo para tratar bem os outros, exceto o medo de retaliações. P ortanto, quando o indivíduo paranóide sente-se suficientem ente poderoso para resistir à retaliação dos demais e acredita que pode evitar ser ludibriado, ele provavelmen te agirá do modo maldoso, enganador e hostil, o que espera dos outros.
Existem algumas diferenças entre essa vi são do TPP (veja também Freeman et al., 1990; Pretzer, 1985; Pretzer e Beck, 1996) e as apre sentadas por Colby (1981; Colby et al., 1979) e T u rk at (1 9 8 5 ). Em p rim e iro lu g ar, n e ssa conceitualização, a atribuição de intenções mal dosas dos outros, dada pelo indivíduo, é vista como central no transtorno, e não como um efei to colateral complexo de outros problemas. As sim, não há necessidade de supor que essas sus peitas sejam devidas à “projeção” de impulsos inaceitáveis, sejam tentativas de evitar vergonha e humilhação culpando os outros (Colby et al.,
1 1 8 Beck, Freeman, Davis e cols.
1979) ou sejam um a racionalização empregada para lidar com o isolam ento social (Turkat, 1985). Em segundo lugar, embora o medo de co m ete r erro s, e n fa tiz a d o p o r T urkat, seja comumente observado nesses clientes, ele é vis to secundariam ente à suposição de que os ou tros são perigosos e maldosos, e não de forma central no transtorno. Finalmente, a im portân cia do senso de a u to -e fic á c ia d a p esso a é enfatizada nesse modelo. Atualmente, ainda não existem as evidências empíricas necessárias para determ inar qual modelo do TPP é mais válido.
Ao discutir o TPP Turkat (1985) apresen tou detalhadam ente as suas idéias sobre o d e senvolvim ento do transtorno. Esse au to r não explicou de form a ig u alm en te d e ta lh a d a a etiologia do TPR pois é difícil determ inar a exa tidão das informações históricas obtidas dos pa cientes paranóides. Na prática clínica, a visão que os clientes paranóides têm dos outros e as su as re c o rd a ç õ e s de e v e n to s p ré v io s são freqüentem ente distorcidas, de m aneira con gruente com a paranóia. Essa observação suge re a possibilidade de que os relatos das experi ências da infância tam bém sejam distorcidos. Mas é interessante observar que um a postura paranóide seria adaptativa em uma situação ver dadeiram ente perigosa, em que os outros se mostrassem, velada ou claramente, hostis. Mui tos clientes paranóides descrevem ter crescido em um a família que sentiam ser m uito perigosa. Por exemplo, Gary descreveu uma longa histó ria de ser ridicularizado, por qualquer sinal de sensibilidade ou fraqueza, de ser ludibriado e enganado pelos pais e irmãos, além de ser ver bal e fisicamente agredido por membros da fa mília. Além disso, ele relatou ter sido explicita mente ensinado pelos pais que o m undo era um lugar em que “o maior engole o m enor”, onde a pessoa precisava ser dura para sobreviver. Esses relatos dão a impressão de que crescer em uma família, de m odo geral hostil ou paranóide, em que a vigilância é verdadeiram ente necessária, pode contribuir de modo substancial para o d e senvolvimento do TPP Essa hipótese é atraente, mas continuará sendo especulativa até obtermos dados mais objetivos sobre as histórias desses
indivíduos. Um tratamento teórico abrangente da etiologia do TPP também precisaria explicar es tudos que encontraram uma incidência incomu- m en te elev ad a de tra n sto rn o s do “espectro esquizofrênico” entre parentes de indivíduos diag nosticados com TPP (Kendler e Gruenberg, 1982). Esses achados sugerem a possibilidade de uma contribuição genética para a etiologia do trans torno, mas os mecanismos pelos quais poderia ocorrer esse vínculo ainda não são com preendi dos.
A B O R D A G E M DE T R A T A M E N T O
À prim eira vista, a conceitualização resu mida na Figura 6.1 pode parecer pouco promis sora quanto às oportunidades de intervenção efetiva. Um dos objetivos da intervenção seria m odificar as suposições básicas do indivíduo, pois elas são os fundamentos do transtorno. Mas como podemos esperar contestar essas suposi ções de modo efetivo quando a vigilância e a po stu ra paran ó id e nas interaçõ es produzem constantem ente experiências que confirmam as suposições? Se fosse possível conseguir que o cliente diminuísse sua vigilância e defensividade, isso simplificaria a tarefa de modificar suposi ções. Mas como o terapeuta pode esperar indu zir o cliente a relaxar sua vigilância ou a tratar m elhor os outros, se ele está convencido de suas in te n ç õ e s m a ld o s a s ? Se e sse s d o is ciclos a u to p e r p e tu a d o re s fossem to d o o m o d elo cognitivo, haveria pouca perspectiva de um a in tervenção cognitivo-comportamental efetiva no caso desses clientes. No entanto, o senso de auto- eficácia tam bém desem penha um papel impor tante no modelo.
A intensa vigilância e a defensividade do indivíduo paranóide são produto da crença de que é necessário preservar sua segurança. Se for possível aum entar o senso de auto-eficácia do cliente em relação a situações-problem a, de modo que ele fique razoavelmente confiante de ser capaz de enfrentar os problemas à propor ção que surgirem, então a intensa vigilância e defensividade parecerão menos necessárias. Isso
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deve resultar em certa redução na vigilância e na defensividade, que poderia dim inuir substan cialmente a intensidade da sintomatologia do cli ente, tom ando muito mais fácil tratar as suas cognições pelas técnicas convencionais da tera pia cognitiva e tom ando mais possível conven cer o cliente a tentar modos alternativos de li dar com conflitos interpessoais. Conseqüente m ente, a principal estratég ia no trata m e n to cognitivo do TPP é aum entar o senso de auto- eficácia do cliente, antes de ten tar m odificar outros aspectos de seus pensamentos autom áti cos, com portamento interpessoal e de uas supo sições básicas.