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CAPÍTULO 3 | SOCIAL MEDIA

5. FACEBOOK E TWITTER – BREVE APRESENTAÇÃO

5.1. FACEBOOK

O Facebook foi criado em Fevereiro de 2004, por Mark Zuckerberg, Eduardo Saverin, Dustin Moskovitz e Chris Hughes, todos estudantes da Universidade de Harvard (www.businessinsider.com, 2010). Inicialmente foi lançado como uma rede social online para alunos desta instituição, tendo-se progressivamente estendido a outras universidades. Dado o grande sucesso entre os universitários, em Setembro de 2005 foi lançada uma versão estudantes do ensino secundário. Em 2006, a

empresa introduziu a possibilidade de criar comunidades para empresas e organizações e, em Novembro de 2006, cerca de 22 mil organizações já tinham páginas no Facebook (Smith, 2006). Em finais de 2006, o Facebook abre-se a qualquer utilizador da web.

Conforme referido na página de entrada do site do Facebook (2011), esta rede social “ajuda-te a comunicar e partilhar com as pessoas que fazem parte da tua

vida”. Na zona de Sala de imprensa do site, é ainda apresentado como

“serviço social que ajuda as pessoas a comunicarem de forma mais eficaz com os seus amigos, familiares e colegas de trabalho. A empresa desenvolve tecnologias que proporcionam a partilham de informação através do gráfico social, o mapeamento digital das ligações sociais das pessoas no mundo real. Todos podem registar-se no Facebook e interagir com as pessoas que conhecem num ambiente seguro. O Facebook faz parte da vida de milhões de pessoas em todo o mundo.” (www.facebook.com, 2011)

No Facebook, os utilizadores podem criar e costumizar os seus perfis pessoais com informação, comentários, vídeos, fotografias e fazer conexões com amigos, colegas e outros utilizadores e, assim, manter o contacto e partilhar interesses e informação. O Facebook permite ainda adicionar aplicações diversas ao perfil, desde jogos,

quizzes, notícias. Cada perfil do Facebook tem uma mural (“wall”) onde os amigos

autorizados podem fazer comentários. E sendo este mural visível para amigos do utilizador, isto funciona, basicamente, como uma conversa pública. Para além disso, há também a possibilidade de enviar mensagens privadas ou ter conversas individuais através do Facebook chat.

Um aspecto relevante no Facebook é o seu sistema granular de gestão de informação que permite controlar a forma como os outros vêm o nosso perfil e até a quem ele está acessível. Assim, pode-se decidir transmitir informação muito limitada a desconhecidos, reservando só a amigos o acesso a informação detalhada. E podem-se ajustar as definições de privacidade até aos próprios amigos e conexões, fazendo com que seja possível criar subgrupos de amigos que podem ou não aceder a determinados conteúdos, imagens e comentários. No fundo, pode-se esconder

parte do nosso perfil a certa lista de amigos. Ou, inversamente, decidir que certa informação só fica visível para um dado grupo de amigos que seleccionamos.

Também se podem criar páginas de Grupos e de Fãs (figura 7). Muitas vezes, este tipo de páginas são geridas por empresas ou entidades, como uma forma de agregar pessoas em torno de uma marca, objectivo ou mesmo ideal comum.

FIGURA 7 | Primeiro ecrã na criação de página de Fãs

Fonte: www.facebook.com (Maio, 2011)

Também é possível criar um evento e convidar os utilizadores para o mesmo, entre outras funcionalidades que incentivam a socialização.

Para além dos aspectos qualitativos e de interacção, o Facebook destaca-se pela evolução rápida e massiva que registou desde o arranque. Olhando para dados de 2010, verificámos que o aumento do número de utilizadores anual foi superior a 74%. Os 3 países com mais utilizadores foram os EUA, Indonésia e Reino Unido e 58% dos utilizadores tinham entre 18 e 34 anos (figura 8; anexo 5).

FIGURA 8 | Infografia sobre evolução do Facebook em 2010

A 9 de Setembro de 2011, o Facebook possui já mais de 727 milhões de utilizadores (www.checkfacebook.com,2011), sendo a rede social com maior número de utilizadores activos (anexo 5). Se o Facebook fosse um país e os utilizadores fossem os seus habitantes, seria o terceiro maior país do mundo (anexo 6).

5.2. TWITTER

Blogue, micro blogue ou rede social consoante os autores, o que podemos dizer é que o Twitter é também uma das ferramentas de Social Media mais utilizadas mundialmente (anexo 4).

Para Kaplan e Haenlein (2010: p.67), o Twitter é um bom exemplo de um micro blogue: “micro blogging application that allows sending out short, text-based posts of

140 characters or less”. Também Honeycutt e Herring (2009) usam a expressão

“microblog” para se referirem ao Twitter. Se virmos ainda a categorização de Social

Media de Antony Mayfield (2008), o Twitter aparece como exemplo de microblogging, que é descrito como uma rede social combinada com mini blogue.

Huberman, Romero e Wu (2009) consideram que o Twitter é uma rede social online utilizado por milhões de pessoas em todo o mundo para se manterem ligados aos seus amigos, familiares e colegas de trabalho através dos seus computadores ou telemóveis.

O Twitter foi criado em 2006, tendo sido lançado oficialmente em Junho desse ano, na altura ainda com a denominação de “Twttr”. Em Outubro de 2006, os três fundadores Jack Dorsey, Evan Williams e Biz Stone criaram a empresa “Obvious”, formada por 10 pessoas e sedeada em São Francisco, para gerirem este micro blogue, e fizeram o rebranding para Twitter.

No Twitter, os utilizadores enviam mensagens, conhecidas por “tweets” e limitadas a 140 caracteres, para uma interface web, onde elas são apresentadas (Honeycutt e Herring, 2009). No Twitter “users declare the people they are interested in following,

in which case they get notified when that person has posted a new message. A user who is being followed by another user does not necessarily have to reciprocate by following them back” (Huberman, Romero e Wu, 2009).

Ao fazer publicações (“tweets”), os utilizadores podem indicar se querem que estas sejam públicas ou privadas. Se forem públicas, irão aparecer por ordem cronológica inversa na página pessoal do utilizador, ou seja, no seu micro blogue, mas também na timeline pública da home page do Twitter.com. Se forem privadas, apenas os que subscreveram o mini blogue do utilizador (os chamados “followers”/seguidores) poderão ver essas mensagens. No Twitter, os tweets podem ser publicados através do site do Twitter, mas também via SMS (mensagens escritas), mensagens instantâneas ou mesmo através de aplicações de terceiros.

Também o Twitter registou uma evolução rápida ao nível de utilizadores e de publicações (figura 9): em 2011 há mais de 200 milhões de contas registadas e são publicados, diariamente e em média, 200 milhões de tweets (Visual.ly, 2011).

FIGURA 9 | Infografia sobre o Twitter em 2011 e evolução entre 2009-2010

Considerando a percentagem de tráfego gerado no Twitter, em Abril de 2010 os três países mais activos eram os EUA, Índia e Japão (anexo 7).

5.3. FACEBOOK VERSUS TWITTER

Comparando o Facebook e o Twitter a nível global (anexo 8), constatam-se algumas particularidades (Becker, 2011):

 o Facebook tem um número bastante mais elevado de utilizadores;

 41% dos utilizadores do Facebook fazem o login diário; no Twitter só 27% o fazem;

 40% dos utilizadores do Facebook são fãs de uma marca; no Twitter, apenas 25% seguem uma marca;

 no Facebook, o perfil etário é mais novo: a maior parte dos utilizadores (52%) tem entre 18 e 34 anos; no Twitter, 57% tem entre 26 e 44 anos.

 ao nível do grau de educação, no Facebook 21% dos utilizadores estão no liceu, 28% estão na faculdade e 22% já concluíram a faculdade; no Twitter, só 7% andam no liceu, 48% estão na faculdade e 28% já concluíram a faculdade.

 30% dos utilizadores do Facebook são dos EUA, enquanto que no Twitter este número sobe para 40%.