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Faseamento do PRH-SF 2016-2025: Sequência das principais ações Na presente seção apresenta-se, para cada fase de implementação do plano:

IV. FRENTE TÉCNICA

2.5.3. Faseamento do PRH-SF 2016-2025: Sequência das principais ações Na presente seção apresenta-se, para cada fase de implementação do plano:

 As principais ações de articulação/principais compromissos a

estabelecer;

 As principais ações que deverão iniciar-se ou decorrer nessa fase.

Fase inicial: 2016-2018 Articulação e compromissos:

As seguintes ações deverão decorrer no início da primeira fase de implementação do plano (2016-2017):

 Articulação entre a ANA e os órgãos estaduais responsáveis pelo

monitoramento das águas superficiais, com o apoio do CBHSF (e de outras entidades relevantes), no sentido de definir uma estratégia integrada de atuação na implementação da rede nacional de qualidade da água (RNQA) e de uma rede de quantidade da água;

 Articulação entre a ANA, o CPRM e os órgãos estaduais responsáveis

pelo monitoramento das águas subterrâneas, com o apoio do CBHSF, no sentido de definir uma estratégia integrada de atuação na implementação de uma rede de monitoramento da água subterrânea e de partilhar responsabilidades na elaboração de um conjunto de estudos hidrogeológicos que possibilitem ampliar o conhecimento sobre os sistemas aquíferos da bacia, aferir disponibilidades e o balanço hídrico subterrâneo. Estes estudos deverão privilegiar aquíferos abrangidos por áreas consideradas prioritárias para a proteção de águas subterrâneas (identificadas no relatório RP4), áreas urbanas em que os aquíferos sejam relevantes para abastecimento público, onde

são reconhecidos problemas associados a consumos significativos e onde se registre maior vulnerabilidade natural à contaminação;

 Articulação do Ministério do Meio Ambiente com os Governos Estaduais

e com os municípios no sentido de definir uma estratégia integrada de atuação para a delimitação de corredores de ligação entre áreas protegidas;

 Compromisso dos municípios: i) na disponibilização anual ao Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento da informação solicitada sobre o setor; ii) na delimitação das áreas de preservação permanente no seu território; iii) no recenseamento das povoações rurais dispersas e cidades com menos de 20.000 habitantes, para determinar quais possuem sistema de armazenamento de água eficaz (nos municípios do semiárido); iv) na consideração das diretrizes dos planos estaduais de recursos hídricos e dos planos de bacia na elaboração e revisão de instrumentos de planejamento;

 Compromisso das secretarias de estado de ambiente das unidades da federação com a redução das taxas de desmatamento em conformidade com as metas do plano (e internalização desse objetivo, transversalmente, nas suas políticas);

Até 2018, deverá ter sido realizada a articulação:

 Das principais entidades com responsabilidade no setor do saneamento

(a nível federal, estadual e municipal) no sentido de definir uma estratégia integrada de atuação no atingimento das metas do Plano Nacional de Saneamento Básico;

 Entre entidades do setor minerário (DNPM, CPRM, SEMAD-MG,

IBAMA-BA e principais empresas de mineração), agrícola e pecuário (entidades responsáveis pelo gerenciamento de perímetros irrigados e empresas pecuárias e CODEVASF) e industrial (federações e associações industriais do Alto São Francisco), com o apoio do CBHSF, com vista à realização de estudos de avaliação da interferência das atividades na qualidade das águas superficiais e subterrâneas, identificando pressões responsáveis por situações críticas (com prioridade para a área de influência de mananciais usados para abastecimento);

 Entre os estados e municípios para a implementação de metas relacionadas aos recursos hídricos estabelecidas no nível estadual que têm consequências nos níveis inferiores.

Ações em curso / a iniciar:

 Desenvolvimento de estudos sobre instrumentos de gestão de recursos

hídricos (cadastro de usuários, metodologia de cobrança,

enquadramento dos corpos de água - previstos no PAP 2016-2018) e concepção do sistema de informações sobre recursos hídricos;

 Consolidação da outorga superficial e subterrânea, por parte da ANA e

dos órgãos gestores de recursos hídricos estaduais;

 Atualização de Planos Diretores de Bacias de Rios Afluentes (sugere-se

que seja atribuída prioridade às bacias dos rios Moxotó, Ipanema e Traipu);

 Continuação da implementação do Plano de Mobilização e Educação

Ambiental e do Plano de Comunicação (previstos no PAP 2016-2018);

 Elaboração de plano de capacitação dos atores do CBHSF e suas

instâncias e dos CBHs afluentes;

 Apoio à elaboração de planos de fiscalização de recursos hídricos;

 Continuação da elaboração de planos municipais de saneamento

básico, da elaboração e implantação de projetos de sistemas de abastecimento de água, de sistemas de esgoto, resíduos sólidos e drenagem urbana;

 Desenvolvimento de estudos para aumentar o conhecimento sobre as

disponibilidades hídricas, os consumos de água na bacia, as necessidades hídricas dos ecossistemas e a compatibilização de usos da água;

 Consolidação de conhecimentos sobre a realidade do semiárido

(incluindo a análise da viabilidade de reativar os fundos de pasto);

 Desenvolvimento de estudos sobre o estado de conservação das áreas

importantes para conservação identificadas no Diagnóstico do Macrozoneamento Econômico-Ecológico;

 Continuação da implantação de projetos hidroambientais;

 Implantação de projetos-piloto de recuperação de áreas degradadas, matas ciliares e nascentes (a replicar, em função do seu sucesso, em anos subsequentes);

 Definição de critérios para classificação de barragens por parte do Conselho Nacional de Recursos Hídricos e atualização dos cadastros de barragens e classificação das mesmas por parte das entidades fiscalizadoras.

Fase intermediária: 2019-2021 Até 2020:

 Articulação entre entidades do setor minerário, agrícola e pecuário com

vista ao desenvolvimento de planos de investimento integrados para o setor em prevenção e controle de poluição;

 As entidades do setor industrial deverão ter selecionado um conjunto de

indústrias a acompanhar através de monitoramento, com vista à posterior introdução de melhorias no processo de tratamento de efluentes;

Ações em curso / a iniciar:

Até 2021 seria desejável:

 Ter em curso ações de formação e capacitação de usuários no sentido

de divulgar técnicas que permitam reduzir os impactos no ambiente e de formar usuários que pratiquem ou pretendam praticar atividade tradicionais;

 Ter-se elaborado um conjunto de estudos hidrogeológicos de suporte à

definição de perímetros de proteção de poços destinados ao abastecimento público (para subsequente aprovação e definição de restrições no entorno);

 Ter-se selado um conjunto de poços abandonados ou com deficiências

construtivas, prioritariamente, em zonas de maior vulnerabilidade à poluição e onde a água é usada para consumo humano (com o

envolvimento das secretarias estaduais de ambiente e recursos hídricos);

 Ter-se elaborado um conjunto de estudos hidrogeológicos que

possibilitem ampliar o conhecimento sobre os sistemas aquíferos da bacia, aferir disponibilidades e o balanço hídrico subterrâneo (notadamente, no aquífero Bambuí, nas regiões de Verdelândia e Montes Claros, e no aquífero Salitre na região de Irecê/Lapão);

 Ter-se aprofundado os estudos sobre o impacto das alterações

climáticas nos recursos hídricos superficiais e subterrâneos da bacia, reduzido a incerteza sobre os mesmos;

 Ter-se concluído um conjunto de estudos dirigidos aos usos múltiplos da bacia;

 Ter-se chegado a um acordo sobre uma nova política de gestão de reservatórios;

 Ter-se identificado e delimitado zonas de infiltração máxima (prioridade:

áreas de recarga de sistemas aquíferos cársticos e porosos com maior pressão de utilização);

 Ter-se em implantação um conjunto de projetos de reciclagem de água,

de aumento da eficiência de uso da água e de redução de perdas;

 Ter-se em curso a instalação de cisternas de água para consumo

humano e para produção e de projetos “conceito base zero” no semiárido;

 Ter-se em implantação/recuperação um conjunto de sistemas de

dessalinização no semiárido;

 Ter-se finalizado um conjunto de estudos relacionados à melhoria da eficiência energética e ao uso de fontes de energia alternativas à madeira no semiárido;

 Ter-se em curso um mecanismo de pagamento por serviços ambientais

(desejavelmente após a realização de cursos de capacitação de usuários que pratiquem ou pretendam praticar atividades tradicionais).

Fase final: 2022-2025

Na fase final de implementação do plano:

 Deverão estar em fase de obra um conjunto de projetos desenvolvidos

nas fases anteriores, incluindo:

- Projetos de saneamento;

- Projetos de controle de poluição nos setores industrial, minerário, agrícola e pecuário;

- Projetos que contribuam para aumentar as disponibilidades hídricas (açudes e reservatórios de água, poços, cisternas para captação e armazenamento da água da chuva, revegetação de zonas de infiltração máxima);

- Replicação de projetos-piloto e demonstrativos de sucesso (saneamento; recuperação de áreas degradadas, matas ciliares e nascentes);

- Projetos demonstrativos de utilização de fontes de energia alternativas e/ou de aplicação de métodos inovadores de maior eficiência energética, no semiárido;

- Delimitação de corredores ecológicos.

 Os mananciais destinados ao abastecimento público deverão ter

restrições de uso aprovadas no entorno;

 Deverão ter sido beneficiadas com instalação de cisternas de água para

consumo humano e para produção um conjunto de povoações rurais dispersas ou cidades com menos de 20.000 habitantes no semiárido (duplicação do n.º atual de populações beneficiadas);

 Deverão ter sido beneficiadas por sistemas de dessalinização mais de 2

milhões de pessoas da população rural do semiárido;

 Deverão ter sido instalados cerca de 10.000.000 diques-barramentos de

barragens subterrâneas no semiárido;

 As comunidades da bacia deverão estar informadas sobre o ponto de situação de implementação da política de segurança de barragens (e em particular, as populações potencialmente atingidas deverão ter conhecimento dos procedimentos de emergência a adotar).

Quanto aos instrumentos de gestão de recursos hídricos deverá:

 Estar consolidada a outorga superficial e subterrânea de acordo com as

 Estar em implantação a nova metodologia de cobrança pelo uso de recursos hídricos;

 Estar em efetivação o plano de enquadramento dos corpos de água

identificados como prioritários no estudo previsto para o efeito;

 Estar em funcionamento efetivo o sistema de informações de recursos hídricos.

Deverá ainda dar-se continuidade às seguintes ações de gestão dos recursos hídricos na Bacia Hidrográfica do rio São Francisco:

 Formação e educação ambiental;

 Comunicação e capacitação;

 Fiscalização;

 Delimitação de áreas de preservação permanente;

 Implantação de projetos hidroambientais,

 Implantação de projetos de reciclagem de água, de aumento da

eficiência de uso da água e de redução de perdas;

 Aplicação de mecanismos de pagamento por serviços ambientais.

A Figura 1 resume a estratégia geral de implementação (mapa do caminho) do PRH-SF 2016-2025, com as frentes (Institucional; Social; Econômica; Técnica) e fases de implementação (inicial: 2016-2018; intermediária: 2019-2021; final: 2022-2025) consideradas e as ações de divulgação do Plano e de envolvimento dos atores da bacia propostas.

3. DIRETRIZES E RECOMENDAÇÕES PARA OS INSTRUMENTOS DE