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Francisco de Vila Rica

No documento cristianooliveiradesousa (páginas 146-172)

Conforme visto no capítulo 2, a Mesa da Ordem Terceira de São Francisco de Assis de Vila Rica era formada pelos seguintes cargos – em ordem hierárquica: Ministro, Vice Ministro, Secretário, Procurador Geral, Síndico, Vigário do Culto Divino e Mestre dos Noviços. Os ocupantes destes cargos eram eleitos pela junta da Mesa, e recaíam sobre eles diversas obrigações, assim como o pagamento de avultadas esmolas, conforme foi demonstrado. Se a simples filiação ao corpo de irmãos daquela instituição já era entendida como uma forma de se adquirir prestígio perante aquela sociedade, ocupar um de seus postos diretores, ao mesmo tempo em que atestava o reconhecimento social que aqueles homens possuíam, significava também o alargamento de tal reconhecimento, amplificado pela ocupação de posições de destaque nas procissões e celebrações realizadas pela instituição, além do estabelecimento de relações com outros importantes homens daquela localidade. Segundo Moraes:

As instituições, durante o Período Moderno, configuravam-se em espaços fundamentais para a sociabilidade e exercício do poder. O caráter político e social estava imbricado nas diversas instituições do período, as quais tendiam a agregar localmente a elite em seus quadros dirigentes. Premissa que não excluía as irmandades e associações religiosas, pois essas se constituíam em espaços alternativos de ‘exercício do poder ao nível local’. (MORAES, 2010, 131)

Ocupar os cargos diretores daquela instituição era um modo não só de exercer, mas também de demonstrar as relações de poder. Portanto, nossa proposta neste capítulo é realizar um estudo dos homens que ocupavam os cargos diretores daquela instituição, grupo este identificado por nós como a “elite dirigente” da Ordem Terceira de São Francisco de Assis de Vila Rica.

Antes, porém, de iniciarmos nossa análise, cabe aqui realizarmos algumas definições teórico-metodológicas que orientarão nosso estudo, assim como traçar algumas considerações a respeito das fontes que utilizaremos em nossa análise.

O “método prosopográfico”, ou “estudo das biografias coletivas” constitui-se em uma excelente saída para os questionamentos que atingiram a História Social nos últimos tempos. A questão das diferentes temporalidades discutida amplamente por diversos teóricos da

história ao longo dos anos apresentou aos estudiosos de história social um problema: Qual seria o peso da ação do “indivíduo” enquanto sujeito histórico? A partir do momento em que se deixou de lado o “evento” e o tempo mais curto em razão de uma abordagem na “longa duração” e suas “permanências” surgiram então questionamentos sobre como se trabalhar com as longas durações quando a ação humana modifica as “estruturas”?103

Um retorno ao “evento” na história não se daria de forma simples. A historiografia não poderia deixar de lado todas as críticas que já foram tecidas a respeito da história dita factual. Desta forma, uma abordagem que dê conta do “macro” sem, no entanto, deixar de lado o “micro”, vem sendo buscada como uma resposta aos questionamentos surgidos desde a crise dos paradigmas. Entendemos assim, que a micro-história e a prosopografia são excelentes alternativas metodológicas ao entender que as estruturas são realmente influenciadas pela ação dos agentes que vivem nelas.

Citando Lawrence Stone em seu texto clássico a respeito da prosopografia:

A prosopografiaé a investigação das características comuns de um grupo de atores na história por meio de um estudo coletivo de suas vidas. O método empregado constitui-se em estabelecer um universo a ser estudado e então investigar um conjunto de questões uniformes – a respeito de nascimento e morte, casamento e família, origens sociais e posição econômica herdada, lugar de residência, educação, tamanho e origem da riqueza pessoal, ocupação, religião, experiência em cargos e assim por diante. Os vários tipos de informações sobre os indivíduos no universo são então justapostos, combinados e examinados em busca de variáveis significativas. Eles são testados com o objetivo de encontrar tanto correlações internas quanto correlações com outras formas de comportamento ou ação. (...)o propósito da prosopografia é dar sentido à ação política, ajudar a explicar a mudança ideológica ou cultural, identificar a realidade social e descrever e analisar com precisão a estrutura da sociedade e o grau e a natureza dos movimentos em seu interior. Inventada como um instrumento da história política, ela é agora crescentemente empregada pelos historiadores sociais. (STONE, 2011, p. 115-116)

O método prosopográfico propõe, portanto, a construção de uma biografia coletiva, à qual são feitas uma série de questionamentos, relativos, por exemplo, aos padrões de naturalidade, ocupação, estado civil, dentre outros. Desta maneira, podemos perceber quem eram os homens que constituíam a coletividade por nós analisada.

A utilização de tal método, entretanto, pressupõe alguns cuidados, pois se nos basearmos apenas na análise do grupo como um todo, podemos incorrer na realização de uma análise de um “tipo médio” que pode não corresponder com nenhum dos indivíduos integrantes da coletividade analisada. Para tentar corrigir estes problemas, conjugaremos a

103 Discussões acerca das diferentes temporalidades na história podem ser encontradas em: (BRAUDEL, 1992)

análise prosopográfica com uma análise feita aos moldes da micro-história, buscando encontrar nas trajetórias dos homens por nós analisados, os casos que exemplificam as proposições feitas com base na prosopografia.

Do mesmo modo procuraremos realizar uma caracterização deste grupo formado pela “elite dirigente” da Ordem Terceira de São Francisco de Assis de Vila Rica, procurando buscar quaisquer outras fontes (cartoriais, eclesiásticas, pessoais, comerciais ou administrativas) que possam nos esclarecer melhor a respeito destes homens. Conforme sugerido por Carlo Ginzburg em um artigo intitulado “O nome e o como” utilizaremos então o nome dos sujeitos históricos como um dos fios-condutores de nossa análise, afinal, “as linhas que convergem para o nome e que dele partem, compondo uma espécie de teia de malha fina, dão ao observador a imagem gráfica do tecido social em que o indivíduo está inserido” (GINZBURG, 1989, p. 175).

Partimos também do pressuposto de que o conjunto de homens por nós estudados se identificava como grupo pelo fato de serem todos pertencentes a uma mesma coletividade, no caso, Irmãos da Ordem Terceira de São Francisco de Assis de Vila Rica. Como demonstramos até aqui, o pertencimento ao corpo de irmãos, ou ainda ocupar um de seus cargos dirigentes era visto como um símbolo de prestígio e distinção social naquela localidade.

O sociólogo Georg Simmel, em um texto intitulado “Sociabilidade – um exemplo de sociologia pura ou formal” apresenta uma importante definição do conceito de sociabilidade. (SIMMEL, 1983). Segundo este autor, a interação entre os indivíduos em uma sociedade se dá com base em certos impulsos ou em função de certos propósitos que obriga os indivíduos a formarem uma unidade. Simmel chama então de “conteúdo”, ou “matéria” da sociação os impulsos, interesses, propósitos, enfim, tudo o que está presente nos indivíduos que leva à sociação. Estes “conteúdos” ou “matérias” da sociação em si próprios não são sociais.

“São fatores de sociação apenas quando transformam o mero agregado de indivíduos isolados em formas específicas de ser com e para um outro – formas que estão agrupadas sob o conceito geral de interação. Desse modo, a sociação é a forma (realizada de incontáveis maneiras diferentes) pela qual os indivíduos se agrupam em unidades que satisfazem seus interesses.” (SIMMEL, 1983, p. 166)

Assim:

“Interesses e necessidades específicas certamente fazem com que os homens se unam em associações econômicas, em irmandades de sangue, em sociedades religiosas, em quadrilhas de bandidos. Além de seus conteúdos específicos, todas estas sociações também se caracterizam, precisamente, por um sentimento, entre seus membros, de estarem sociados, e pela satisfação derivada disso” (SIMMEL, 1983, 198).

Dessa forma, conforme visto até aqui, a sociabilidade proporcionada pela Ordem Terceira atendia a diversos interesses que iam desde o amparo espiritual à busca por distinção e prestígio naquela sociedade. O pertencimento àquele grupo criava uma identidade entre os irmãos terceiros, pois todos compartilhavam dos mesmos valores, partilhando assim uma mesma cultura.

A esse respeito, nos utilizamos do conceito de cultura desenvolvido pelo antropólogo Fredrik Barth. Segundo este conceito, a cultura seria entendida em termos globais, induzida nas pessoas por meio da experiência e em estado de fluxo constante, e sujeita a formas de controle: “A cultura que cada pessoa está acumulando e vivendo está em constante reformulação, não apenas devido à sua expansão, mas também por ser limitada e canalizada” (BARTH, 2008, p. 15-30). Segundo esse autor, a identidade seria uma construção que se elabora em uma relação que opõem um grupo aos outros grupos com os quais está em contato. Ou seja, a construção da identidade se faz no interior de contextos sociais que determinam a posição dos agentes e orientam suas representações e escolhas.

Então, consideramos que os irmãos terceiros passavam por um processo de criação de identidade no período do noviciado, obrigatório a todos, para poderem, apenas após isso, se professarem à Ordem e serem considerados oficialmente como Irmãos Terceiros. Uma forma específica de “organização social” seria então aprendida e compartilhada entre aqueles homens. O fato de esses homens compartilharem dos mesmos valores seria então mais um fator de unificação deste grupo, gerando uma identidade própria e regulando o seu comportamento enquanto grupo, permitindo que diferentes homens – que se identificavam como pertencentes àquela mesma coletividade – se envolvessem em várias disputas, conforme constatamos no capítulo anterior, em torno da defesa dos interesses do grupo, fazendo valer suas “relações de força”.

A respeito do conceito de poder, o sociólogo francês Michel Foulcaut prega que: o poder político não consiste unicamente nas grandes formas institucionais do Estado, no que chamamos de aparelho de Estado. O poder não opera em um único lugar, mas em lugares múltiplos: a família, a vida sexual, a maneira como se trata os loucos, a exclusão dos homossexuais, as relações entre os homens e as mulheres... todas essas relações são relações políticas. (FOUCAULT, 2003, p. 262)

Foucault propõe então que o poder era imaterial. Ele não estaria concentrado nas mãos de uma pessoa ou de uma instituição, ele seria um conjunto de relações, funcionando através de diferentes mecanismos (FOUCAULT, 2003, p. 258). Se voltarmos ao conceito de sociabilidade definido a pouco por nós — onde aceitamos que os homens se agrupam em torno de interesses e necessidades específicas — e pensarmos também que a “cultura” — o

sistema de valores e significados compartilhados por estes homens — atuava regulando seu comportamento perante o mundo, podemos enxergar as irmandades como um mecanismo para se exercer as “relações de poder”. O status social diferenciado adquirido pelos membros das Ordens Terceiras, os privilégios concedidos, as brigas por precedência em procissões, tudo isso, além de reflexos da forte hierarquização daquela sociedade, são exemplos das relações de poder atuando. Dessa forma, conceitos como sociabilidade, cultura e poder não operam separadamente. A ação humana condicionada pela cultura se daria, segundo nosso entendimento, imbricada nas relações de poder.

Feitas as considerações teórico-metodológicas, passaremos agora à análise da composição social da “elite dirigente” da Ordem Terceira de Vila Rica.

Para realizar nosso estudo, primeiro fizemos um levantamento do nome dos homens que ocuparam os cargos diretores da Ordem Terceira de São Francisco de Assis de Vila Rica. Para tal, nos utilizamos do livro de eleição de Mesa, existente no arquivo da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Antônio Dias, onde constam as atas das eleições de Mesa daquela instituição de 1751, ano da primeira eleição, até 1859. De posse destes registros, realizamos o levantamento de todo os nomes dos homens eleitos para ocupar os cargos diretores daquela instituição, no período abarcado por esta pesquisa, ou seja, de 1751 a 1805, e chegamos ao número de 199 nomes de irmãos que ocuparam os ditos cargos.104

A partir daí nos lançamos a buscar em vários tipos documentais qualquer informação a respeito desses homens, informações estas que foram lançadas no banco de dados criado para a montagem dos gráficos e tabelas aqui apresentados. Neste banco de dados inserimos informações acerca da vida pessoal, profissional, ocupação de cargos dentro da Ordem, Patentes (de Ordenança, Auxiliares ou Topa Paga) recebidas, ocupação de cargos na Câmara, ocupação de ofícios, além de verificarmos se eles foram familiares do Santo Ofício ou se foram sagrados Cavaleiros da Ordem de Cristo.

Em posse destes dados, lançamos uma série de questionamentos aos moldes da prosopografia, para tentar traçar um perfil destes homens. Antes de entrarmos na análise prosopográfica da “elite dirigente” da Ordem Terceira, cabe aqui darmos “cara” ao nosso grupo, apresentando os nomes dos homens que ocuparam cada um dos cargos da Mesa administrativa daquela instituição. Assim, apresentaremos agora sete tabelas, uma para cada um dos cargos da Mesa, com os respectivos nomes dos ocupantes destes cargos e o número de vezes que cada um deles ocupou o dito cargo, seguidas de um comentário geral sobre o grupo.

Como alguns homens ocuparam mais de um cargo na mesa, seus nomes aparecerão mais de uma vez. Podemos assim visualizar de uma maneira mais fácil quais foram os homens que ocuparam mais cargos na Mesa, ou seja, quais foram os homens mais atuantes no interior da “elite dirigente” da Ordem. Daqui para frente, sempre que acharmos necessária uma exemplificação das análises realizadas, apresentaremos mais detalhes sobre os homens que compõe nosso grupo, tentando corrigir o caráter mais generalizante e impessoal que por ventura, estudos aos moldes da prosopografia podem recair, sem ser acompanhado de uma análise da micro-história que tenta recriar as trajetórias dos homens que integram o grupo analisado.

Tabela 02 – Ministros - Nomes

Nome Nome

Adriano Machado Ribeiro 1 João Baptista Pinheiro Guimarães 1

Afonso Dias Pereira 1 João de Siqueira 1

André da Costa de Oliveira 1 João de Sousa Lisboa 1

Antônio Gonçalves Ferreira 2 João Pinto de Sousa 1

Antônio Gonçalves Silva 1 João Rodrigues Martins 1

Antônio Jacome 1 José Gomes da Rocha 1

Antônio José de Abranches 1 José Veloso Carmo 1

Antônio José Dias Coelho 1 Lourenço de Amorim Costa 1

Antônio Ribeiro da Costa 1 Luis da Silva 1

Antônio Teixeira Chaves 1 Luís de Amorim Costa 2

Bartolomeu Alves da Silva 3 Manuel da Mota de Andrade 2

Domingos da Fraga 1 Manuel de Abreu Lobato 1

Domingos da Rocha Ferreira 2 Manuel Fernandes de Carvalho 1

Domingos Moreira Granja 2 Manuel Fernandes Pinto 1

Estevão Gonçalves Fraga 2 Manuel Francisco Reis 1

Feliciano José da Câmara 1 Manuel José Veloso 1

Felipe Gonçalves Santiago 2 Manuel Ribeiro Soares 1

Francisco da Costa Matos 1 Manuel Vieira 1

Francisco João Ribeiro 1 Martinho Alves Chaves 1

Francisco Marques de Oliveira 1 Silvestre da Silva Araújo 1

Frutuoso Vás de Siqueira 1 Thomé Alves Guimarães 1

Gervázio Gonçalves Pereira 1 Ventura Fernandes de Oliveira 1

Ignácio José Correia 1

Fonte: AHPNSC, Arquivo da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, Livro de Eleições (1751-1859), MF 160

Conforme podemos observar pela tabela acima, temos 45 homens ocupando o cargo de Ministro da Ordem Terceira de São Francisco de Assis de Vila Rica nas 54 mesas eleitas

entre os anos de 1751 e 1804. A grande maioria dos homens que chegaram ao cargo máximo da hierarquia da Ordem o ocupou apenas uma vez, mostrando uma grande rotatividade do cargo. Temos apenas 7 nomes que foram eleitos por 2 vezes para o cargo de Ministro, e apenas um conseguiu se tornar “Ministro Jubilado”, ou seja, aquele que ocupou o cargo por 3 vezes.

Foi o caso de Bartolomeu Alves da Silva, reinol, natural da Freguesia de São Vicente de Louredo, Comarca de Feira, Bispado de Porto, que teria vindo para as Minas por volta de 1715, quanto tinha cerca de 18 anos. Filho de pais e avós lavradores, Bartolomeu exerceu nas Minas o mesmo ofício dos pais, “vivendo de sua lavoura e fazendas, que aqui chamam roças”. Tinha de cabedal, em 1736, cerca de 20 mil cruzados, equivalentes a cerca de 9:600$000 réis, quando se habilitou como Familiar do Santo Ofício, com aproximadamente 39 anos.105 Quando chegou às Minas, Bartolomeu já havia recebido o hábito de terceiro, apresentando sua patente da Ordem Terceira de Braga na reunião de fundação da Ordem, na qual recebeu também sua profissão106.

Bartolomeu ocupou apenas o cargo de Ministro na Ordem, sendo a primeira vez na mesa de 1753, a segunda vez em 1768 e a terceira e última vez em 1784107, dois anos antes de seu falecimento em 1786, com aproximadamente 89 anos. Quando faleceu, deixou de monte- mor 7:700$000, sendo grande parte dos seus bens em ouro e prata, além de 17 escravos, algumas bestas, gado, carros de boi e uma “fazenda de terras de cultura com suas capoeiras, campos, casas de vivenda cobertas de telha, paiol e engenho de mandioca e moinho”108. O grande espaçamento entre as datas de suas eleições para o cargo de Ministro pode ser explicado pelo fato de Bartolomeu viver em sua fazenda, localizada no “Curralinho”, em Cachoeira do Campo, termo de Vila Rica. Mesmo morando fora de Vila Rica, Bartolomeu deve ter sido um importante “roceiro” da região, o que explica sua eleição por 3 vezes para o cargo mais importante da Ordem. Porém, podemos perceber que ser “Ministro Jubilado” não era um fato comum na instituição vilarriquenha, sendo ele o único que conseguiu atingir esta “qualificação”, porém não podendo se utilizar dela, pois só o conseguiu quando tinha 87 anos, tendo falecido dois anos após esta conquista.

105

ANTT, Tribunal do Santo Ofício, Conselho Geral, Habilitações Familiar do Santo Ofício, Letra B, Maço 4, diligencia 82.

106 AHPNSC, Arquivo da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, Livro de Entradas e Profissões (1746-

1791), MF 162.

107

AHPNSC, Arquivo da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, Livro de Eleições (1751-1859), MF 160.

108 Arquivo Histórico do Museu da Inconfidência – Casa do Pilar (AHMI-CP), Iinventário, Códice 24, Auto 264,

Os demais homens que ocuparam mais de uma vez o cargo foram Antônio Gonçalves Ferreira, também Roceiro, Domingos da Rocha Ferreira, Mineiro, Domingos Moreira Granja, Comboieiro, Estevão Gonçalves Fraga, Mineiro, Felipe Gonçalves Santiago, Mineiro, Luís de Amorim Costa, Homem de Negócios, e Manuel da Mota de Andrade, Mineiro. Apesar da grande presença de Mineiros dentre os homens que ocuparam o cargo de Ministro por mais de uma vez, veremos mais à frente que os homens que realizavam atividades comerciais serão a maioria dos ocupantes do cargo de maior importância da Ordem.

Tabela 03 – Vice Ministro – Nomes

Nome N° Nome N°

Afonso Dias Pereira 1 João Pinto de Sousa 1

Agostinho Moreira Neto 1 João Rodrigues de Sousa 1

Antônio de Macedo Campos 1 João Vieira da Rocha 1

Antônio de Oliveira Campos 1 José da Mota Araújo 1

Antônio de Sousa e Mesquita 2 José da Silva Ribeiro 1

Antônio Francisco Guimarães 1 José Félix Moreira 1

Antônio Jacome 1 José Gomes da Rocha 1

Antônio José Dias Coelho 1 José Monteiro Peixoto 1

Antônio José Pereira 1 José Veloso Carmo 2

Antônio Teixeira Chaves 1 Luís José Maciel 1

Bento Alves Viana 1 Manuel Dias Guimarães 1

Diogo Lopes 1 Manuel do Couto 1

Domingos Antônio Gonçalves 1 Manuel Fernandes de Carvalho 1

Domingos da Fraga 1 Manuel Fernandes Pinto 1

Domingos Francisco da Fonseca 1 Manuel Gonçalves Couto 1 Domingos Francisco dos Reis 1 Manuel Gonçalves de Oliveira 1

Domingos Pereira Leite 1 Manuel José Veloso 1

Domingos Thomé da Costa 2 Manuel Pereira Basto 1

Domingos Vieira da Silva 1 Manuel Pereira de Alvim 1

Feliciano José da Câmara 1 Manuel Ribeiro Coelho 1

Francisco Marques de Oliveira 1 Manuel Vieira 1

Frutuoso Vás de Siqueira 1 Marçal José de Araújo 1

João da Cunha Sobreira 1 Pedro Gonçalves Lamas 1

João de Siqueira 1 Sebastião Gonçalves Chaves 1

João de Sousa Lisboa 1 Thomé Fernandes Braga 1

João Francisco Nogueira 1

Fonte: AHPNSC, Arquivo da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, Livro de Eleições (1751-1859),

No documento cristianooliveiradesousa (páginas 146-172)