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Sistema de ligação

4. Funcionalidade em SIG.

São di v ersas as funções di sponív ei s em SI G, algumas das quai s já anali samos anteri ormente. Entre elas destaca-se a cartografi a automáti ca (que abordamos no capítulo A 2 a propósi to do cálculo automáti co dos

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decli v es), e a sobreposi ção de di ferentes nív ei s de i nformação. Esta últi ma será, porv entura, a mai s di v ulgada e uti li zada. Este processo de tratamento da i nformação propõe a construção de um conjunto de frases que v ão comandar a pesqui sa da i nformação quer na base gráfi ca quer na base de dados com i nformação não espaci al (S. A ronoff,1989). A ssi m, de acordo com o objecti v o da pesqui sa que queremos promov er, também a frase que se v ai uti li zar terá que reflecti r os objecti v os a ati ngi r. Por exemplo: pretendemos i denti fi car as áreas de decli v e compreendi do entre os 25º e os 30º. A frase que teremos de uti li zar dev erá promov er a pesqui sa dos elementos da base gráfi ca que estão referenci ados na base de dados como tendo decli v es míni mos de 25º e decli v es máxi mos de 30º. Estas frases, generi camente desi gnadas por questões lógi cas (query), são consti tuídas por um conjunto de elementos li gados por operadores lógi cos. No caso referi do teríamos de escrev ê-la da segui nte forma (fi g. A 3.4):

Elementos (Elements) pertencentes (From) à tabela ‘decli v es’ onde

(Where) ‘decli v e míni mo’ é igual a (equal to) 25º e (and) ‘decli v e máxi mo’ é

igual a (equal to) 30º,

ou ai nda,

Elementos (Elements) pertencentes (From) à tabela ‘decli v es’ onde

(Where) ‘decli v e míni mo’ é igual a (equal to) 25º.

Nos quadros do gestor do si stema estarão di sponív ei s um conjunto de operadores lógi cos e as tabelas da i nformação das di ferentes categori as dev i damente conectadas com os respecti v os atri butos (fi g. A 3.4). Cabe-lhe proceder à construção das frases chav e que poderão tornar operaci onal o si stema.

Conforme foi v i sto é possív el executar v ári as operações que poderão ser i denti fi cadas como sobreposi ção, exclusão, i nclusão, di recção, v i zi nhança, uni ão, etc. Todo o relaci onamento da i nformação em ambi ente SI G depende do ti po de questões lógi cas que são construídas. Com base no fi g. A 3.4 podemos cartografar os elementos do mapa que correspondem às condi ções defi ni das na frase construída. No exemplo apresentado na referi da fi gura o resultado da frase seri a um mapa onde estari am representados os polígonos de decli v es que pertenci am à classe de decli v es de 25º-30º. Esta operação não é mai s do que a pesqui sa, numa base de dados, dos elementos

Fig. A3.4:Quadro base onde se seleccionam os elementos, as tabelas e os operadores para a construção das questões lógicas a utilizar em ambiente SIG. Elaborado com base em S. Aronoff, 1989; R. G. Healey, 1991; J. I. Barredo, 1996; C. Jones, 1997 e Modular Geographical Information System Environment Analyst (1994).

que sati sfazem a condi ção de pertencer à classe de decli v es de 25º a 30º, segui da da respecti v a representação cartográfi ca. Quando a pesqui sa

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contempla v ári as condi ções e abarca v ári as categori as de i nformação, a complexi dade do processo aumenta, sendo i mportante proceder a testes de controle da cartografi a obti da por este método de trabalho. O resultado da uti li zação de alguns operadores foram esquemati zados na fi g. A 3.5 e para representações cartográfi cas di v ersas a complexi dade de todo o processo é mai or.

Fig. A3.5: Operadores de vizinhança e boleanos podem ser usados para combinar regiões em análise de sobreposição. Estas regiões podem ser consideradas aqui como verdadeiras (sombreado) ou falsas (a branco) no sentido de representar espaço que contém ou não contém algum fenómeno específico. Adaptado de C. Jones (1997, p. 52).

Quer os operadores boleanos, uti li zados na análi se topológi ca, quer os operadores de v i zi nhança permi tem, não só a pesqui sa i denti fi cadora de uma úni ca condi ção, mas sobretudo a construção de cartografi a que agrupe mai s do que uma condi ção promov endo a redefi ni ção dos li mi tes dos polígonos que representam as áreas que estão a cumpri r as condi ções

i mpostas pelas questões lógi cas. Se pretendemos proceder ao cruzamento das áreas que têm decli v es entre 25º-30º com as áreas que apresentam li tologi a com forte componente argi losa, teríamos de construi r a segui nte frase:

elementos da tabela ‘decli v es’ onde ‘decli v e míni mo’ =25º e elementos da tabela ‘li tologi a’ onde ‘componente argi losa’ >= 50%.

Neste caso, não só se executa a tarefa de pesqui sa mas também se desenv olv e a cri ação de nov os polígonos que deli mi tam as áreas que sati sfazem as condi ções de decli v es e, em si multâneo, as característi cas li tológi cas exi gi das (fi g. A 3.6), (S. A ronoff,1989 e J. B. Sendra, 1992).

Fig. A3.6: A construção de um novo polígono é o resultado do trabalho em sistema onde são confrontados os elementos da base de dados e da base gráfica, seleccionando os gráficos necessários à construção de um novo polígono e, portanto, à representação de uma nova cartografia. Adaptado de J. B. Sendra, 1992.

Todo este conjunto de operações e funções de um Si stema de I nformação Geográfi ca só é possív el com a consti tui ção de um fluxo de trabalho em ambi ente SI G, que v ai consti tui r a i nfra-estrutura de todo o tratamento da i nformação a lev ar a cabo com a construção das questões lógi cas. Não será possív el a construção das questões lógi cas se não construi rmos um fi chei ro topológi co capaz de i mplementar o trabalho de relaci onamento espaci al da i nformação (S. A ronoff, 1989).

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(fi g. A 3.7):

1º construção da base gráfi ca e base de dados.

2º construção de um fi chei ro de li stagem de toda a i nformação (ULF).

3º construção de um fi chei ro topológi co (TOPO) que agluti na a i nformação não espaci al com a i nformação gráfi ca.

4º construção das questões lógi cas (QUERY).

5º li gação entre as questões lógi cas e o fi chei ro topológi co. 6º saídas do si stema.

Fig. A3.7: Fluxo de trabalho em ambiente SIG. Adaptado de Modular Geographical Information System Environment Analyst (1994). Uma vez introduzida a informação, devidamente organizada em base gráfica e de dados, ela é compilada em ficheiros que permitem estabelecer a relação entre os diferentes tipos de informação. As questões lógicas, criadas para a produção da informação que constituirá as saídas do sistema, ficam associadas ao ficheiro topológico.

Uma v ez di gi tali zada a base gráfi ca procede-se à caracteri zação desses elementos gráfi cos com o preenchi mento dos atri butos na base de dados. Este trabalho não é mai s do que a i denti fi cação, pelo si stema, dos elementos gráfi cos e a construção de uma li gação destes com a base de dados. Nestas ci rcunstânci as teremos a base i nformati v a que nos permi ti rá fazer uma li stagem de toda a i nformação, construi r um fi chei ro topológi co associ ado às questões lógi cas capazes de produzi r a i nformação que consti tui

as saídas do si stema.

5. Cartografia geomorfológica e entidades gráficas em SIG. Os símbolos das