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Futebol não se aprende na escola!? Essa regra tá errada vamos refazer! 133

5 ENTRE RASGOS E REMENDOS: ANALISANDO A ABORDAGEM

6.8 Futebol não se aprende na escola!? Essa regra tá errada vamos refazer! 133

Temos a convicção de que a prática dos esportes em si não carrega na sua essência quaisquer aspectos que denotem aquelas objetivações negativas presentes no discurso de alguns teóricos, tendo em vista que concordamos com a concepção de que “o esporte é aquilo que fazem dele”. Nesse sentido, a forma como será abordado é que determinará o tipo de formação propiciada. Portanto, é admitida também essa faceta “negativa” da prática dos esportes, pois muitas vezes práticas e vivências realizadas são cabíveis de críticas, especialmente que essas têm aspectos com pouco interesse na formação do sujeito, focando-se, quase que exclusivamente, na formação do atleta.

Sem negar a existência destes ou de outros aspectos contraproducentes que permeiam o esporte na sociedade, procuramos indagar aos alunos sobre a existência de aspectos negativos propiciados pelo esporte e quais seriam esses aspectos, no caso de resposta afirmativa.

O questionário de entrada apresentou uma realidade de resposta que se assenta mais uma vez no ideário do senso comum, rotineiramente disseminado pela mídia: o discurso da prática esportiva como uma ferramenta salvadora da conduta moral e disciplinadora da sociedade, assim como uma medida profilática que auxilia a saúde ou ainda ocupa a mente e o tempo ocioso dos nossos adolescentes, como medida de salvaguardá-los de possíveis más influências e do acesso às drogas. Vale destacar que não negamos esse discurso, mas não podemos absolutizá-lo. Se assim o fosse, bastaria colocar os brasileiros para praticar esportes que os problemas com as drogas e com a saúde acabariam no país.

Esses são discursos veiculados pela mídia diariamente e findam por formar a consciência da sociedade, por meio do senso comum, a ponto de se manifestarem socialmente pelos sujeitos sob a disseminação de jargões prontos, como já citados neste trabalho. O resultado do questionário de entrada da pesquisa mostra bem a representatividade dessa influência, quando mais de dois terços dos alunos se posicionaram afirmando não existirem aspectos negativos relacionados à prática dos esportes.

Poucos afirmaram existir aspectos negativos nessa prática: 03 (três) deles atribuíram como ponto negativo o sentimento de tristeza causado em virtude de derrotas; 02 (dois) mencionaram atitudes antidesportivas; e 01 (um) deles respondeu negativamente por não gostar desta prática.

Entre as três realidades presentes nas respostas dadas, supomos que aquele que diz não gostar da atividade constrói sua resposta talvez por não ter a vivência com o esporte, por não ter sido estimulada ou pouco oportunizada a aprendizagem dessa natureza. Conhecer a vivência exitosa é fundamental para despertar o gosto por qualquer esporte. Por não conhecer as características do esporte, muitos dos nossos jovens estão cada vez mais influenciados pelo mundo virtual a ponto de abdicar de experiências corporais de importância vital ao desenvolvimento de diversos aspectos relacionados à formação do indivíduo. Assim, a própria falta de vivências em espaços familiares e comunitários pode ocasionar uma discrepância de habilidade

motora no indivíduo, a ponto de se auto excluírem. Quando na convivência escolar, destoar entre os protagonistas e os com poucas habilidades pode colocar esses alunos em limitadas experiências ou numa situação de inferioridade e, por sua vez, acabar por fazer efervescer o processo de auto exclusão, se posicionando contrários à determinada prática em virtude de atuações malsucedidas.

Os 03 (três) alunos que mencionaram o sentimento de tristeza mediante a derrota podem apresentar uma concepção de valoração da competição que, por sinal, advém também de um entendimento único do esporte com um viés competitivo, quando se atribui uma demasiada importância à vitória. Essa, quando não ocorre, proporciona a esse um sentimento de tristeza.

Duas respostas apresentaram como aspecto negativo a prática dos esportes e a presença de atitudes no questionário de entrada, quando 02 (dois) alunos apontaram como aspecto negativo da prática dos esportes as atitudes antidesportivas. Muito provavelmente apropriaram-se dessa referência por meio da mídia, passando a se posicionar contrários às situações de jogos que assumem esse contexto nocivo do que a uma prática de esporte democrática.

Se o questionário de entrada apontou uma lógica em que os alunos apresentaram um entendimento baseado no senso comum, conforme já exposto, o questionário de saída apresentou dados bem satisfatórios, pois evidenciou uma superação do modo como compreendem o esporte que, por sua vez, com acesso aos diversos referenciais, apresentaram outro entendimento sobre as possibilidades que esse esporte pode propiciar aos que o praticam.

Uma nova percepção revelada em virtude de um trabalho pedagógico desenvolvido e pautado na apresentação de diversas situações do esporte, as quais apresentaram possibilidades duvidosas em relação aos objetivos inerentes a essa prática. Essa, quando desenvolvida mediante objetivos escusos, pode não refletir os anseios positivos tão propalados que cerceiam o pensamento do senso comum.

Com esse posicionamento, não se quer adotar um pessimismo atrelado à prática dos esportes, mas sim, apontar situações duvidosas e que são muitas vezes manifestadas, situações essas que carecem ser evidenciadas.

Para tal, durante o decorrer da intervenção, vários temas foram propostos e trabalhados nas unidades de aulas. Para possibilitar uma maior e melhor apreensão por parte dos alunos, lançamos mão de uma diversidade de situações e recursos

didáticos ― como, músicas, filmes, charges, vídeos, textos, etc. ―, nos quais abordamos temas polêmicos no meio esportivo, como racismo, gênero, violência, saúde, entre outros. Essas múltiplas referências possíveis foram objetos de reflexão, tanto pelo professor pesquisador (mediador) como pelos alunos. Os temas foram apresentados e amplamente discutidos, possibilitando, assim, a reflexão e, consequentemente, uma melhor apreensão por parte dos alunos, superando uma visão limitada desses temas.

É justamente no contexto dessas temáticas que possíveis aspectos negativos do esporte podem ser manifestos. Desse modo, a escola deve estar organizada no sentido de trabalhar os diversos temas que envolvem os esportes, de modo que possibilite além de suas vivências práticas ― com vista a aprendizagens propriamente corporais ― a oferta, no desenrolar do ato pedagógico, de reflexões críticas sobre esses temas. Uma escola neutra é impensável. Há intencionalidade pedagógica específica, conforme Kunz (2004, p. 73), quando aduz que a:

[...] intencionalidade pedagógica específica não é apenas auxiliar o aluno a melhor organizar e praticar seu esporte, ou seja, ensinar o esporte de modo que dele possa participar com autonomia, mas, acima de tudo, uma Tarefa de reflexão crítica sobre todas as formas de encenação esportiva.

Assim, conferimos como papel da escola desmistificar ― a partir dessas tematizações no campo de debate e das reflexões ― e possibilitar um entendimento mais apropriado acerca desse conteúdo. Para revelar a mudança qualitativa no entendimento dos alunos sobre a possibilidade de aspectos negativos no esporte, apresentaremos as informações coletadas no questionário de saída, que apresenta, inicialmente, um dado importante, os alunos foram unânimes em manifestar um posicionamento de que a prática dos esportes pode apresentar aspectos negativos.

A nomenclatura “unânime” ― utilizada aqui para representar um pensamento igual entre os constituintes do grupo sobre determinado fato ou assunto ― não poderia ser empregada para retratar os relatos manifestados pelos alunos sobre os possíveis aspectos negativos atrelados à prática dos esportes, pois as respostas foram as mais diversas. Entre elas, podemos citar: exclusão; bullying; falta de lealdade; brigas; lesões, quando praticadas em excesso; quando se é muito competitivo; quando não se ensina a perder, o esporte pode jogar você para baixo.

Enfim, há uma gama de respostas, como veremos a seguir, que denotam uma ampliação de percepção derivada de um acesso às múltiplas referências de conhecimento:

Sim, quando você pratica muito esse esporte, quando você para as vezes sua rotina para ficar praticando esse esporte quando as pessoas são muito competitivas, quando essas pessoas criam lesões, e etc. (sic) (Cecília Meireles);

Sim existem muitos em que os jogadores em campo fazem bulling com outros por causa da falta de jogabilidade, quando jogam e ganham se gabam, lesões e fraturas. (sic) (Euclídes da Cunha);

Sim, se esse esporte for uma coisa como uma prisão, e você for obrigado pelo seu corpo a fazer futsal. (sic) (José de Alencar)

Por fim, os relatos apresentados retratam essa evolução e demonstram, no mínimo, a ampliação do entendimento do que seja o esporte e suas positividades e negatividades, o que é fundamental para a construção do próprio pensar.

6.9 Não troco minha “bicuda” pela “trivela” de ninguém

Adentrando num espaço que se volta para conhecimentos mais específicos e representativos que identificam a modalidade, as questões 09 e 10 retratam indagações mais específicas à prática do futsal, portanto, inerentes aos seus aspectos técnicos e táticos da lógica propriamente dita desta modalidade.

As informações colhidas mostram um avanço muito significativo quanto à apropriação desses saberes por parte dos alunos. As referidas questões se apresentaram da seguinte forma: Conhece os principais fundamentos do futsal? Cite e comente cada um deles. Conhece as cinco posições básicas do futsal? Cite e comente cada uma delas.

Para início de análise, apresentaremos os dados coletados a partir da questão de número 09, que na aplicação do questionário de entrada apresentou uma realidade em que mais da metade dos alunos afirmaram não conhecer os fundamentos desta modalidade, enquanto a minoria que afirmou conhecê-los apresentou respostas, quando não limitadas, atípicas ao que fora perguntado.

Ainda dentro da captura de informações do questionário de entrada, os poucos alunos que afirmaram conhecer os fundamentos do futsal, trouxeram respostas

apenas pontuais, limitando-se a especificar tais fundamentos, sem agregar a eles qualquer comentário, no sentido de descrevê-los, conforme pedira a questão. Além do mais, em alguns casos apresentaram uma nomenclatura para tais fundamentos, extraída de uma vivência peculiar do jogo presentes nas suas respectivas comunidades. Como exemplo, podemos citar: “pegando gol”, ao invés de “defender a bola”, “fazendo gol” ao invés de “chute”. Enfim, ficou perceptível nesta análise das informações a apresentação de dados que se mostraram profundamente elementares.

Uma inferência que podemos fazer diante desta realidade apresentada é justamente a falta de um referencial que aborde o referido saber e até mesmo, para muitos, a falta de vivências relacionadas ao futsal, uma vez que nem todos as têm como uma prática corriqueira, mesmo que seja aquela ocorrida nos seus ambientes de convivência em comunidade.

Mesmo aqueles que fazem desse futsal uma vivência cultural plena, as referências que têm sobre o referido esporte é, muitas vezes oriunda do seu contexto comunitário, fato que justifica uma demanda de informações limitantes conforme apresentadas no questionário de entrada.

Vale salientar ainda que se trata de um trabalho realizado com alunos que advêm de comunidades carentes e, por isso, apresentam condições de acesso a outras informações também limitadas.

Conforme já exposto, a evolução apresentada pelos alunos no resultado, quando confrontados os dados entre os questionários de entrada e saída, pode ser percebida, especialmente quanto à apropriação do conhecimento. Nas respostas apresentadas no questionário de saída apontam que a maioria os alunos, exceto 02 (dois), afirmaram conhecer os fundamentos do futsal e, entre os que afirmaram conhecer, todos descreveram pelo menos dois desses elementos, enquanto que 60% destes descreveram entre 03 e 05 fundamentos.

Embora o resultado apresente uma significativa apropriação desses fundamentos por parte dos alunos, em suas respostas a maioria se limitou a elencar os fundamentos sem, no entanto, descrevê-los conforme solicitava a questão.

Aqueles poucos alunos que ousaram descrevê-los, ainda assim, apresentaram respostas limitadas, o que não desmerece o seu posicionamento em ousar se manifestar diante do questionário. Podemos observar isso na resposta da aluna Cecília Meireles que apresenta dois fundamentos, da seguinte forma:

[...] conheço alguns o passe de bola que é quando eu passo a bola para alguém, o domínio de bola que é quando eu estou com a bola e vem alguém tentar pegar ela e eu a domino. (sic) (Cecília Meireles). Aqui a aluna descreve dois fundamentos do futsal e, para fazê-lo, busca a dinâmica narrativa dos fatos no momento em que recorre ao processo imaginário para representar uma determinada situação de jogo, certamente, por ela já vivenciada. Isso envolve os fatos por ela apresentados, especialmente quando menciona como se dá o “domínio de bola”, fazendo o recorte de um momento de jogo no qual recebe um passe para, em seguida, ao dominar, já vislumbrar sequencialmente uma possível marcação do adversário.

Já o aluno Euclídes da Cunha faz o seguinte relato sobre dois fundamentos: [...] toque: quando a posse de bola é sua e você toca para o seu amigo. Drible: passar por um jogador sem perder a bola. (Euclídes da Cunha). O aluno faz menção a dois fundamentos, atribuindo uma nomenclatura própria de suas vivências quando, ao invés de mencionar o fundamento “passe”, opta por denominá-lo de “toque” e exemplifica ambos ao mesmo estilo, fazendo uso de como percebe a situação, o que de modo algum reduz ou invalida sua resposta sobre a assertiva dos fundamentos mencionados por ele.

O aluno José de Alencar faz um relato no qual procura descrever os fundamentos, no entanto, encontra dificuldades de expor e acaba por tornar sua resposta limitada. Há de se considerar a questão de se tratar de alunos do 6° ano e advindos de classe econômica desfavorecida, fato que talvez possa justificar o nível de algumas respostas manifestas. Sua resposta foi:

[...] dominar, chutar, correr, driblar e outros. Dominar segurar a bola, chutar tocar a bola, correr chegar no gol driblar conseguir tirar a bola do oponente. (sic) (José de Alencar).

Esse relato demonstra que o aluno, de fato, compreendeu a dinâmica dos fundamentos, no entanto, o manejo com as palavras dificulta a sua exposição sobre o mesmo. Quando menciona o correr, é possível que o mesmo esteja se referindo ao fundamento “condução de bola”, trabalhado no decorrer da intervenção. Assim como o relato da Yasmin, o José de Alencar também demonstra certa transposição imaginária, na qual o mesmo se coloca no ambiente do jogo para, a partir daí, fazer o relato de como ocorreram as ações dos fundamentos por ele citados.

Vale salientar ainda que é possível que o dispositivo ora analisado possa não dar conta por si só dos eventuais avanços adquiridos pelos alunos, tendo em vista que situações diversas podem ser postuladas para que alguns alunos, ao se submeterem a escrita do questionário, não o façam de modo que representem com fidelidade a sua apreensão referente aos saberes tratados no decorrer da intervenção.

Assim, a própria indisposição do momento pode conferir uma resposta limitada ou até mesmo a sua negação em respondê-la. Para confrontar essa realidade, podemos recorrer ao auxílio do material de outro dispositivo de pesquisa, o “diário de pesquisa” que representa a exposição “diária” das vivências dos alunos em cada aula, através de relatos subjetivos.

Nesse sentido, muitos alunos ao responderem o questionário, podem nele incorrer a não discriminar informações que representam o nível de conhecimento que possuem. A partir desta realidade, podemos buscar nos diários de pesquisa elementos que complementem esse diagnóstico, de modo a retratar, a partir do relato de alguns alunos, os elementos representativos dos aspectos técnicos e táticos do futsal, conforme podemos observar a seguir:

A aula de hoje, a aula ensinou os fundamentos do futsal, os fundamentos são: domínio de bola, passe, chute, drible, condução. Além desses fundamentos são as posições dos jogadores e além disso tem também as formas que vamos executar um drible da vaca, caneta, elástico e outras como os chutes de bola como: o bico de pé, rasteiro, chapado e outros além de ter também o comando do time quando os treinos também tem para destacar cada vez mais no futebol e se divertirem com o jogo. (sic) (DP/Vinicius de Moraes 10/07/2019). Hoje eu aprendi as posições dos jogadores e o que eles fazem, os tipos de chute que é trivela, chute e parte interna do pé, e aprendi o domínio de bola, eu achei muito interessante a parte das posições dos jogadores que tem os pivôs, os fixo, ala e o goleiro eu gostei do jeito que eles se posicionam é trabalhoso saber onde fica cada um deles, mas quando aprendi fica mais fácil! Eu gostei muito da aula de hoje, me ajudou muito com minhas dúvidas só não entendi muito essa coisa de domínio de bola, passe, drible e condução. (sic) (DP/Raquel de Queiroz 10/07/2019).

Eu entendi todos os fundamentos do jogo: dominar a bola, passe, drible, chute, condução. Também do posicionamento dos jogadores, também saber como dividir, ficar no gol, saber driblar, passar a bola para outras pessoas do time. (DP/Carolina de Jesus 10/07/2019). A revelação da situação elementar dos conhecimentos básicos do futsal ― manifestada pelos alunos no questionário de entrada e, posteriormente, confrontada

com as informações obtidas do questionário de saída ― oportunizou a conclusão de que houve um avanço significativo na compreensão que os alunos obtiveram acerca dos fundamentos do futsal. Dito isso, é importante deixar claro que as intencionalidades no trato pedagógico foram previstas mediante a necessidade de intervenções que abordaram esse recorte de conhecimentos nas dimensões de um trabalho relativo às aprendizagens de múltiplos saberes, à reflexão, ao fortalecimento de atitudes positivas e à busca por competências relativas ao saber fazer. Desse modo, era possibilitado aos alunos o acesso aos diferentes saberes ― mediante a apresentação e as discussões inerentes aos conceitos neles envolvidos ―, bem como às vivências de caráter prático e dentro de um contexto previamente discutido e contextualizado, por meio de um aporte de informações, eliminando, dessa forma, a mera prática pela prática e conferindo aos mesmos essa possibilidade de apreensão dos conhecimentos.

Outro elemento a ser considerado nas relações interativas das vivências práticas e que caminha nessa propositura é o de permitir um entendimento mais amplo e reflexivo acerca dos saberes trabalhados pelos alunos, havendo um estímulo ao diálogo, ao pensar, ao comunicar. Há, de certa forma, uma aproximação com o que desejava Kunz (2004), na busca pelo desenvolvimento nos alunos da competência comunicativa.

Trataremos de analisar agora os dados colhidos a partir da questão de número 10, que além de possuir aproximações com a questão analisada anteriormente, remete aos conhecimentos básicos do futsal. Essa também demonstrou um avanço significativo quanto à ampliação dos conhecimentos dos alunos, no que se refere às posições dos jogadores de futsal. A propósito, essa talvez tenha sido a questão na qual os alunos obtiveram um maior salto qualitativo de conhecimento, no que tange às informações apontadas nos questionários de entrada e saída.

Dito isso, observou-se no questionário de entrada um percentual de 70% de alunos que afirmaram não conhecer as 05 posições dos jogadores na modalidade de futsal, enquanto que os outros 30% que se diziam conhecer, apresentaram respostas atípicas ou do tipo atacante, lateral, defesa, meio-campo, zagueiro. Enfim, respostas que no imaginário deles possam fazer relações com as reais posições do futsal, mas que, em termos de conceitos, destoam e não representam o referido conhecimento admitido pela modalidade.

Desse modo, fora observado que nenhum dos alunos apresentou resposta pertinente ao que fora pedido. Em contrapartida, no questionário de saída, todos foram unânimes em afirmar conhecer as 5 posições do futsal e, ao elencarem nas suas respostas as referidas posições, nenhum deles descreveu um número inferior a 3 posições.

Embora haja certa contradição do sentido das respostas dos alunos ao afirmarem conhecer as cinco posições e ao descrevê-las, alguns não fizeram na sua totalidade. Ainda assim, o avanço é tido como significativo uma vez que, a priori, nas respostas de entrada, sequer foram mencionadas com exatidão. Outro detalhe é que algumas respostas são apenas aproximações ao que se pede e não à exatidão vista em situações em que, para citar uma modalidade, o aluno menciona lateral ao invés de ala, zagueiro ao invés de fixo. Talvez isso ocorra porque essa nomenclatura está