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4.2 A NÁLISE GERAL DOS DADOS

4.2.2 Resultados obtidos junto aos tutores

4.2.2.1 Grupo I – Tutores Presenciais

Os tutores presenciais em sua maioria possuem tempo de experiência como tutor há mais de dois anos, conforme aponta o Gráfico 3, onde 55% desses tutores já atua nesta área com um tempo superior a dois anos, 27% com um tempo igual ou inferior a dois anos, 9% menor ou igual a um ano e 9% com tempo menor ou igual a seis meses.

Gráfico 3: Tempo de experiência como Tutor Presencial Fonte: Autora, 2010.

Um dado relevante para pesquisa é com relação aos fatores que levam o tutor

a desistir da bolsa. Olhando o Gráfico 4, percebe-se que dos tutores presenciais que

responderam à pesquisa, 73% afirmaram que desistiriam da atual bolsa de tutor

caso recebesse a oferta de um novo ambiente de trabalho que proporcionasse

estabilidade empregatícia, 18% afirmaram que desistiriam da bolsa por causa da

carga horária de trabalho, 9% pelo fato de poderem estar mais tempo em família e

nenhum dos entrevistados apontou como opção de desistência da bolsa o fato do

surgimento de um novo ambiente de trabalho, com as mesmas condições de contratação. Diante das afirmações conclui-se que o fator preponderante de uma eventual desistência da bolsa de tutor é a falta de estabilidade empregatícia, tanto que nenhum dos entrevistados demonstrou necessidade de troca de ambiente de trabalho que oferecesse as mesmas condições de contratação.

Gráfico 4: Fator determinante para desistência da bolsa de Tutor Presencial Fonte: Autora, 2010.

Perguntando sobre o desempenho profissional, de acordo com o gráfico 5,

dos tutores que responderam a pesquisa, 82% apontaram que a integração da

equipe é fator preponderante para que se obtenha um bom desempenho

profissional e 18% afirmaram que o reconhecimento profissional é fator determinante

para tal desempenho, nenhum dos entrevistados afirmou que o desempenho

individual e o valor da bolsa são fatores determinantes no que se refere ao bom

desempenho profissional. Conforme abordado no capítulo 3 deste trabalho, a

integração da equipe torna-se relevante à medida que se aspira um bom resultado

de gestão.

Gráfico 5: Fator determinante para o bom desempenho profissional Fonte: Autora, 2010.

Como mostra o gráfico 6, outra variável importante abordada na pesquisa é com relação ao que os tutores presenciais entendem que mais atrapalha no seu desempenho profissional. Em sua maior parte, 73%, respondeu ser a instabilidade empregatícia, 18% dos entrevistados afirmaram que a equipe de trabalho pode atrapalhar no desempenho profissional e 9% afirma que a carga horária é o que mais atrapalha. Nenhum dos entrevistados afirmou que o valor da remuneração é fator preponderante para atrapalhar no desempenho profissional.

Gráfico 6: Fator determinante para o insucesso do desempenho profissional Fonte: Autora, 2010.

Finalizando as questões objetivas, percebe-se que há uma grande preocupação dos tutores presenciais no que se refere às suas garantias enquanto profissionais docentes, bem como enfatizou-se sa importância de uma equipe bem integrada, onde o reflexo desta ação se dá na boa gestão do curso analisado.

No intuito de analisar o ponto de vista de cada profissional, elaborou-se dois

questionamentos abertos, onde os tutores manifestaram suas opiniões quanto aos

pontos positivos e negativos do curso. Abaixo relaciona-se na ítegra os relatos

enviados:

• A carga horária às vezes é pouca para todo o trabalho que se tem a fazer;

• Poderíamos ter mais autonomia com nossos alunos;

• Quando os equipamentos não funcionam;

• O processo de avaliação ainda está longe de ser um critério para a educação a distância;

• Pouco Reconhecido ainda pelos órgãos centrais;

Bom, como aluno é aluno, sempre tem aqueles que "dão trabalho" e acabam, muitas vezes, refletindo seu comportamento em quem está mais próximo;

• Instabilidade empregatícia em relação à contrapartida por parte da prefeitura;

• A evasão de alunos impossibilitando outros que realmente aproveitariam a oportunidade de estar cursando um curso superior de qualidade;

• Falta de maturidade por parte de alguns alunos que freqüentam um curso de Graduação;

• Instabilidade na comunicação durante as video-aulas;

• A imaturidade de alguns alunos que acreditam por ser a educação na modalidade a distância, ser quase que prioridade que tutor seja o responsável pelas atividades;

• A instabilidade de conexão no inicio do curso o que dificultou o inicio das atividades;

• A falta de conhecimento e domínio de alguns alunos com relação às tecnologias;

• Os limites da atuação do tutor presencial, principalmente no que se refere à avaliação;

• Falta de um técnico de informática para dar suporte necessário;

• Mudanças de pessoal na tutoria à distância;

• Problemas com os equipamentos de vídeo conferência;

• Pouca divulgação pelos órgãos federal e municipal;

• Ainda existe um certo preconceito em relação à educação a distância

Quadro 6: Relatos de pontos negativos de tutores presenciais Fonte: Autora, 2010.

Como pontos positivos foram apontados os seguintes aspectos:

• A aprendizagem que temos durante todo o curso;

• Crescimento profissional, condições de interagir e participar de outras realidades e grupos de pessoas;

• Oportunidade de qualificar o currículo;

• A oportunidade de ajudar os alunos que tem dificuldade;

• Aprofundar conhecimentos através de metodologias diferenciadas;

• Conhecer pessoas e ambientes virtuais que facilitam o nosso trabalho;

• Crescimento profissional;

• Contato direto com os alunos e com a utilização de diferentes tecnologias;

• Aprendizagem constante;

• Possibilidade de trabalhar com pessoas que aprenderam que o conhecimento está hoje em qualquer ambiente e que não existem fronteiras geográficas que os impossibilitem de crescer;

• Troca de experiências com diferentes realidades;

• Maior conhecimento principalmente na EAD (como funciona, de que forma ocorre);

• A grande variedade de pessoas envolvidas e a diversidade de troca de experiências

entre os integrantes;

• Um maior conhecimento e motivação para descobrir o novo, a vontade de ver o diferente;

• A educação em EAD;

• Acredito no Programa Universidade Aberta do Brasil;

• Desafio com a construção do novo;

• Curso de capacitação em EAD;

• Boa integração com a equipe de trabalho;

• Novos conhecimentos e aprendizagem nas diversas áreas especialmente das mídias;

• Satisfação com o crescimento e aprendizagem dos alunos.

Quadro 7: Relatos de pontos positivos de tutores presenciais Fonte: Autora, 2010.

Diante dos aspectos negativos e positivos apresentados por cada um dos tutores presenciais que responderam a pesquisa, percebe-se que existem algumas variáveis, que de acordo com as limitações de tempo desta pesquisa não seria possível debatê-las individualmente.

Quanto aos aspectos negativos, observou-se que a realidade da tutoria presencial encontra maiores dificuldades quanto ao amadurecimento dos alunos no que se refere à modalidade. Outros aspectos relevantes são o pouco reconhecimento pelos órgãos centrais e falta de estabilidade empregatícia.

Problemas operacionais como falta de profissionais na área de informática e problemas técnicos também destacam-se na colocação dos tutores. Mencionou-se a falta de autonomia dos tutores presenciais, principalmente nas avaliações, diante destas colocações, afirma-se que está previsto no PPC do CSTGP que as avaliações presenciais são supervisionadas pelos tutores presencias e monitoradas pela tutoria a distância via Skype. Desta forma, entende-se que se existe uma premissa de monitoramento e se consegue implementar, não há razões para tal modificação.

Os pontos positivos apontam a importância da experiência como qualificação profissional, as capacitações ofertadas pelo IFSC, e o crescimento profissional.

Destacou-se também a importância da modalidade, contato direto com os alunos, a multidisciplinaridade dos envolvidos e a equipe de trabalho.

As dados fornecidos pelos TP’s vêm confirmar os resultados obtidos na

pesquisa. Realizadas as indagações descritas nos parágrafos anteriores,

constatou-se como necessidade principal para a realização profissional e comprometimento o

quesito da estabilidade empregatícia, o reconhecimento deste profissional torna-se

imprencindível