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EAD COMO POLÍTICA PÚBLICA NO BRASIL: uma análise do curso superior de tecnologia em gestão pública do IFSC, seus limites e perspectivas.

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(1)

PROPPEC

CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS POLÍTICAS E SOCIAIS – CEJURPS PROGRAMA DE METRADO PROFISSIONAL EM GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS - PMGPP

EAD COMO POLÍTICA PÚBLICA NO BRASIL: uma análise do curso superior de tecnologia em gestão pública do IFSC, seus limites e perspectivas.

GISLAINE MARTINS

ITAJAI (SC), 2010

(2)

Livros Grátis

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(3)

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ- UNIVALI

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA, PÓS-GRADUAÇÃO, EXTENSÃO E CULTURA - PROPPEC

CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS POLÍTICAS E SOCIAIS – CEJURPS PROGRAMA DE METRADO PROFISSIONAL EM GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS - PMGPP

EAD COMO POLÍTICA PÚBLICA NO BRASIL: uma análise do curso superior de tecnologia em gestão pública do IFSC, seus limites e perspectivas

GISLAINE MARTINS

Dissertação apresentada à Banca Examinadora no Mestrado Profissionalizante em Gestão de Políticas Públicas, na Universidade do Vale de Itajaí, Centro de Ciências Jurídicas Políticas e Sociais, sob a orientação do Professor Doutor Marcio Vieira de Souza, como exigência parcial para obtenção do titulo de Mestre em Gestão de Políticas Públicas.

ITAJAI (SC), 2010

(4)

GISLAINE MARTINS

EAD COMO POLÍTICA PÚBLICA NO BRASIL: uma análise do curso superior de tecnologia em gestão pública do IFSC, seus limites e perspectivas

Esta Dissertação foi julgada aprovada para obtenção do título de Mestre em Gestão de Políticas Públicas no programa de Mestrado Profissional em Gestão de Políticas

Públicas – PMGPP da Universidade do Vale do Itajaí.

Itajaí, 18 de março de 2010.

Profª Adriana Marques Rossetto Coordenadora do Curso

Banca Examinadora:

Prof. Marcio Vieira de Souza, Dr.

Orientador UNIVALI

Prof. Fernando José Spanhol, Dr.

Membro – UFSC

Profª. Adriana Marques Rossetto, Dra.

Membro – UNIVALI

ITAJAÍ – SC

2010

(5)

Ao meu estimado Emerson Filho, simplesmente

por sua existência. Ao meu esposo Emerson,

pelo carinho dedicado. Aos meus pais Pedro e

Clenalva, por acreditarem em mim e pelo amor

incondicional e ao meu amado irmão por ser

meu amigo e companheiro.

(6)

AGRADECIMENTOS

A Deus, por permitir-me vivenciar momentos de engrandecimento pessoal;

A todos da minha família, pelo afeto, amor, carinho e compreensão nos momentos de ausência;

Ao professor Marcio Vieira de Souza, Dr., meu orientador por sua confiança, apoio e orientação.

Aos professores Fernando José Spanhol e Adriana Rossetto, pelas críticas construtivas e sugestões que contribuíram significativamente para a conclusão desta dissertação.

Ao meu amigo e parceiro de trabalho, Julio Ribas, que acreditou no meu trabalho e muito contribuiu para o seu desenvolvimento.

Aos Coordenadores Flávia, Jorge, Marco Neiva e Plínio pelas contribuições através das entrevistas concedidas.

A toda equipe do CSTGP / IFSC, obrigada pelo carinho e acolhimento.

Aos meus queridos “pupilos”, os tutores a distância, que tornam meu trabalho mais gratificante.

Aos meus queridos colegas de mestrado, celeiro abundante de conhecimento e amizade;

Á todos que direta ou indiretamente contribuíram para a realização desse

trabalho.

(7)

"Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com

classe e vencer com ousadia, pois o triunfo pertence a quem se atreve... A vida é

muito, para ser insignificante”. (Charles Chaplin).

(8)

RESUMO

Esta pesquisa tem como objetivo investigar como se estrutura o Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina. Propõe a análise da implementação de política pública no referido curso, a partir do estudo de fontes bibliográficas sobre educação a distância e políticas públicas. O estudo de caso apresenta o referido curso. A pesquisa realizada junto aos gestores deste curso e os tutores ocorrem mediante a entrevista qualitativa e questionários. O resultado indica se há eficácia na implementação do curso como uma política pública de educação na modalidade à distância.

Palavras-chave: Educação à distância. Políticas públicas. Tutoria.

Institucionalização.

(9)

ABSTRACT

The aim of this research is to investigate the structure of the Higher Education Course in Technology in Public Administration of the Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (Federal Institute of Education, Science and Technology of the State of Santa Catarina). It analyzes the implementation of a public policy in the abovementioned course, through the study of bibliographic sources on distance education and public policies. The case study presents the course. A survey was conducted with managers and tutors, using a qualitative interview and questionnaire. The result indicates that the course is effectively implemented as a public policy in the distance education mode.

Keywords: Distance education public policies. Mentoring. Institutionalization.

(10)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1:Polos atendidos pelo CSTGP – IFSC... 44

Figura 2: Módulos e Respectivas Unidades Curriculares do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública oferecido pelo IFSC. ... 45

Figura 3: Funções e vinculações equipe do Programa UAB / IF-SC ... 49

Figura 4: Dinâmica Geral de Funcionamento IFSC. ... 51

Figura 5: Pirâmide de Maslow ... 73

(11)

LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Relação Equipe CSTGP / IFSC ... 48

Quadro 2: Projeção. ... 61

Quadro 3: Evasão CSTGP. ... 63

Quadro 4: Índice de evasão escolar alunos CSTGP ... 64

Quadro 5: Agentes pesquisados ... 75

Quadro 6: Relatos de pontos negativos de tutores presenciais ... 94

Quadro 7: Relatos de pontos positivos de tutores presenciais ... 95

Quadro 8: Relatos de pontos negativos de tutores a destância ... 100

Quadro 9: Relatos de pontos negativos de tutores a destância ... 101

(12)

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Grau de Escolaridade dos Tutores Presenciais do CSTGP ... 76

Gráfico 2: Grau de Escolaridade dos Tutores a Distância do CSTGP ... 77

Gráfico 3: Tempo de experiência como Tutor Presencial ... 90

Gráfico 4: Fator determinante para desistência da bolsa de Tutor Presencial ... 91

Gráfico 5: Fator determinante para o bom desempenho profissional ... 92

Gráfico 6: Fator determinante para o insucesso do desempenho profissional ... 92

Gráfico 7: Tempo de experiência como Tutor ... 97

Gráfico 8: Fator determinante para desistência da bolsa de Tutor a Distância ... 98

Gráfico 9: Fator determinante para o bom desempenho profissional ... 98

Gráfico 10: Fator determinante para o insucesso do desempenho profissional ... 99

(13)

LISTA DE ABREVEATURAS E SIGLAS

PPC Projeto Pedagógico do Curso UC Unidade Curricular

CSTGP Curso Superior de tecnologia em Gestão Publica UAB Universidade Aberta do Brasil

EAD Educação a Distancia

IF – SC Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina AVEA Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem

AVA Ambiente Virtual de Aprendizagem

Skype Software de troca de mensagens instantâneas pela internet

WebCam Câmera, que conectada ao computador, permite captar e enviar imagens em tempo real, pela internet.

Moodle Modular Object Oriented Distance Learning EMEX Equipe Multidisciplinar Executora

EMAG Equipe Multidisciplinar para produção material didático e Gerenciamento EMPA Equipe Multidisciplinar do Polo de Apoio

TIC’S Tecnologias informações e comunicações AO’S Atividades Obrigatórias

AC’S Atividades Complementares

AE’S Atividades de enriquecimento curricular P Prova Presencial

AP Avaliação de Proficiência Online Ligado na internet PI Plano Instrucional PE Plano de Ensino TD Tutor à distância TP Tutor Presencial

CEFET-SC Centro Federal de Educação e Tecnologia de Santa Catarina MEC Ministério da Educação

SEED Secretaria de Estado da Educação EMJA Ensino Médio para Jovens e Adultos

SETEC Secretaria de Educação Profissional e Tecnologia

(14)

ETF-SC Escola Técnica Federal de Santa Catarina LDB Lei de Diretrizes e Bases

PIB per Capita Produto interno bruto por cabeça FGTS Fundo de Garantia de Tempo de Serviço BM Banco Mundial

BNDS Banco Nacional do Desenvolvimento Sustentável PIS Programa de Integração Social

COFINS Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social FNDE Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação

IES Instituição de Ensino Superior

CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

(15)

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 15

1.1 C

ONTEXTUALIZAÇÃO

... 15

1.2 T

EMA E PROBLEMA DA PESQUISA

. ... 17

1.3 O

BJETIVOS

... 17

1.3.1 Objetivo geral ... 18

1.3.2 Objetivos específicos ... 18

1.4 L

IMITAÇÕES DA PESQUISA

... 18

1.5 M

ETODOLOGIA

... 20

1.6 E

STRUTURA DO TRABALHO

... 22

2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 24

2.1 P

OLÍTICAS PÚBLICAS

,

PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO NA GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS

... 24

2.2 E

DUCAÇÃO A DISTÂNCIA E SUAS DIRETRIZES

... 28

2.3 O

SISTEMA

U

NIVERSIDADE

A

BERTA DO

B

RASIL

– UAB ... 31

2.4 O I

NSTITUTO

F

EDERAL DE

E

DUCAÇÃO

, C

IÊNCIA E

T

ECNOLOGIA DE

S

ANTA

C

ATARINA

– IFSC:

CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA

... 34

2.4.1 O Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública – CSTGP ... 37

2.4.2 A equipe do CSTGP e suas atribuições. ... 47

2.4.3 Ferramentas disponíveis aos alunos... 50

2.5 A

TUTORIA DO

CSTGP ... 52

2.5.1 Tutoria à distância: O modelo do CSTGP ... 54

2.5.2 Tutoria presencial do CSTGP ... 55

2.6 C

ONSIDERAÇÕES

... 57

3 UMA ANÁLISE DO CSTGP: O ESTUDO DE CASO DO CURSO ... 59

3.1 V

ISÃO GERAL DO

C

URSO

S

UPERIOR DE

T

ECNOLOGIA EM

G

ESTÃO

P

ÚBLICA

... 59

3.2 A

PRÁTICA DA TUTORIA DO

C

URSO

S

UPERIOR DE

T

ECNOLOGIA EM

G

ESTÃO

P

ÚBLICA

.. 65

3.2.1 O tutor como profissional docente ... 70

(16)

4 APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS:

ENTREVISTAS, QUESTIONÁRIOS E OUTROS DADOS ... 75

4.1 A

GENTES PESQUISADOS

... 75

4.2 A

NÁLISE GERAL DOS DADOS

... 79

4.2.1 Resultados obtidos junto aos gestores ... 80

4.2.2 Resultados obtidos junto aos tutores ... 89

4.2.2.1 Grupo I – Tutores Presenciais ... 90

4.2.2.2 Grupo II – Tutores a Distância ... 96

4.3 C

ONSIDERAÇÕES

... 102

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES PARA FUTUROS TRABALHOS ... 104

5.1 C

ONSIDERAÇÕES FINAIS

... 104

5.2 R

ECOMENDAÇÕES

PARA TRABALHOS FUTUROS... 107

REFERÊNCIAS ... 108

APÊNCIDES ... 114

APÊNDICE 1 – ROTEIRO DE ENTREVISTA APLICADO AOS GESTORES DO CSTGP ... 115

APÊNDICE 2 – QUESTIONÁRIO ENTREVISTA COM TUTORES PRESENCIAIS E A DISTÂNCIA ... 116

APÊNDICE 3 – FOTOGRAFIAS DAS INSTALAÇÕES DA SEDE DO CSTGP NO CAMPUS DE FLORIAÓPOLIS ... 118

APÊNDICE 4 – FOTOGRAFIAS DOS POLOS DE APOIO PRESENCIAL ... 119

APÊNDICE 5 – AUTORIZAÇÕES DOS ENTREVISTADOS DE PUBLICAÇÃO DE ENTREVISTA ... 122

ANEXOS ... 1288

ANEXO 1 – DECRETO LEI 5.622,DE 19 DE DEZEMBRO DE 2005 ... 1299

ANEXO 2 – RESOLUÇÃO CD/FNDE Nº 26, DE 5 DE JUNHO DE 2009. ... 137

ANEXO 3 - LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996. ... 1444

(17)

1 INTRODUÇÃO

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO

No mundo contemporâneo estamos vivenciando as inúmeras transformações pertinentes à globalização. As transformações tecnológicas, hoje, são de tamanha magnitude, que praticamente todos os países do mundo têm acesso “a rede”. Em nível social e político, a sociedade contemporânea tem trabalhado o conceito de rede em várias esferas e contextos. Atualmente, na era da informação ou do conhecimento: a economia, a sociedade e a cultura estão sendo estudadas como uma sociedade em rede (CASTELLS, 1999 apud SOUZA, 2008, p. 53) Sabe-se que a globalização nos apresenta relações antagônicas, com benefícios (acessibilidade, rapidez nas informações, ligação com o mundo, novos meios de estudo e capacitação) e malefícios (alienação, exclusão social e ritmo acelerado), mas sabemos que os benefícios não são pequenos, e para que se faça um enfretamento, necessita-se de políticas públicas eficazes, particularmente na área da educação.

De acordo com Pretto (2006, p. 11),

[...] no campo das políticas para a educação, a cultura, a ciência e a tecnologia, ainda estamos vendo propostas que não se articulam, como se cada ministério fosse responsável pela solução dos problemas brasileiros a partir de uma atuação isolada em cada área. Urge pensarmos o Brasil de forma mais global, coerente com o mundo contemporâneo e o que pretendo aqui é fazer um exercício em torno de meia dúzia de pontos, buscando apresentar algumas pistas para a implementação de políticas públicas integradas e integradoras para a área educacional, sem, no entanto, ficar prisioneiro desta. Mesmo com as desarticulações dessas políticas, percebemos alguns avanços nestes últimos anos e gostaria de destacar a política de introdução do software livre (softwares não- proprietários) na administração federal, com particular destaque para a ação do MEC em lançar edital do Proinfo (Programa Nacional de Informática na Educação) para compra de computadores incluindo a possibilidade do software livre, o que era praticamente impensável num passado bem recente.

A argumentação deste autor sustenta a posição do que é necessário que se viabilizem políticas publicas voltadas para o tema em debate.

Transformações relevantes estão ocorrendo em diversas áreas do

conhecimento. Um especial impulso vem se desenvolvendo nos sistemas de

(18)

comunicação com grande velocidade, e a partir desta premissa é que novas demandas emergem na sociedade brasileira.

Atrelada as mais significativas transformações, está a Educação a Distância e sua viabilização como política pública. Sabe-se que o interesse governamental – estatisticamente falando – é de possuir o maior numero de cidadãos com maior grau de instrução possível, no intuito de receber subsídios financeiros do Banco Mundial (BIRD). Para tanto, é necessário um olhar crítico desta realidade, especialmente no que tange a questão da igualdade e da exclusão digital. A exclusão de parcelas da população ou distribuição desigual de renda da sociedade é um problema que persiste ao longo da história e traz consigo um discurso autojustificador, apelando, muitas vezes, para o fatalismo, para a justificação desta condição a partir das origens étnicas, históricas e sociais anteriores.

Avançar com políticas públicas de universalização e democratização da educação concomitantemente a inserção das políticas de inserção das Tecnologias da informação e comunicação nas escolas. Proporcionar debates teóricos críticos acerca das possibilidades e limites da Educação a Distância nas diversas áreas de conhecimento, e não apenas fazer marketing de pacotes instrucionais em Educação a Distância, como soe acontecer nos Congressos locais, nacionais e Internacionais.

Pensar em Educação a Distância como pratica estruturante, transformadora e portanto critica, elemento de um projeto político social e portanto, local/regional/mundial como prioridade e possibilidade social, abrangendo os diversos níveis de ensino, discutindo a questão do financiamento e alocação dos recursos públicos. (não só compensatório, sucedâneo do presencial e que permite acesso, economia e rapidez, sob a ótica do mercado). (

HETKOWSKI; LIMA, 2002, p. 14)

.

A argumentação das autoras supra mencionadas sustentam a posição segundo a qual é necessário que existam políticas públicas no âmbito da educação que sejam garantidas a todos os cidadãos

1

.

Diante das inúmeras transformações mundiais ocorridas nos últimos anos e sua reconhecida importância no processo histórico, esta pesquisa tem como ponto de partida uma análise sobre a Educação na modalidade a Distância como Política Publica. Parte de um marco teórico como política estratégica no MEC, leis e diretrizes pertinentes a temática. A pesquisa focaliza, principalmente, a consolidação da política educacional em Educação a Distância no governo atual, bem como busca

1 Recomenda-se a leitura do artigo das autoras mencionadas, disponível no site:

http://www.comunidadesvirtuais.pro.br/gptec/arquivos/a_tania1.pdf.

(19)

apresentar referenciais de políticas públicas para uma melhor compreensão do tema abordado.

1.2 TEMA E PROBLEMA DA PESQUISA.

Esta dissertação constitui-se como reflexão a partir experiência de trabalho como coordenadora de tutoria do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC) em parceria com o sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB). Tenta-se compreender a inserção da modalidade de Educação a Distância nas Políticas Públicas de Educação.

Os paradigmas das sociedades atuais vêm se alterando e sustentam-se segundo as diretrizes do mundo globalizado e paralelamente a estas transformações está a Educação e suas modalidades de ensino.

Com base nesta reflexão, propõe-se mediante pesquisa, responder a seguinte pergunta:

O Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina na modalidade a distância pode ser considerado como uma política pública de educação eficaz?

1.3 OBJETIVOS

A partir do momento que se estabelece a contextualização da temática,

formula-se a seguir os objetivos que nortearão o trabalho.

(20)

1.3.1Objetivo geral

A presente pesquisa pretende analisar a inserção da modalidade de Educação a Distância nas políticas públicas de educação, tendo como cenário de pesquisa o curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública do Instituto Federal de Santa Catarina.

1.3.2 Objetivos específicos

• Mapear a estrutura do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública do Instituto Federal de Santa Catarina.

• Conhecer os agentes envolvidos no Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública do Instituto Federal de Santa Catarina, evidenciando a prática da tutoria.

• Identificar limites e perspectivas do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública do Instituto Federal de Santa Catarina enquanto implementação de uma Política Pública baseada nas diretrizes do MEC e UAB.

1.4 LIMITAÇÕES DA PESQUISA

O método escolhido para este estudo apresenta certas limitações, conforme apresentação a seguir:

• A abrangência da pesquisa, restringindo-se somente ao Curso Superior de

Tecnologia em Gestão Pública do IFSC, deixando à parte outros cursos em

função do tempo disponível, é um fator preponderante para futuros

estudos;

(21)

• Ao diagnóstico realizado que se restringiu ao ponto de vista dos envolvidos

no CSTGP.

(22)

1.5 METODOLOGIA

Para o presente trabalho a metodologia a ser utilizada norteia-se em pesquisa de caráter empírico (teórico - pratico), uma vez que se baseia na observação de uma realidade no curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública.

A leitura de livros e periódicos científicos, compreendidos em universos teóricos desenvolvidos nos campos de trabalho acerca das ciências políticas, ciências sociais e literatura educacional também permearão esta pesquisa.

Estudos no campo Qualitativo e Quantitativo também permearão o presente trabalho.

Segundo Moreira (2000, p. 1),

Os estudos de campo quantitativos guiam-se pelo modelo de pesquisa conhecido como hipotético dedutivo (Popper, 1972). O pesquisador parte de quadros conceituais de referência tão bem estruturados quanto possível, a partir dos quais formula hipóteses sobre os fenômenos e situações que quer estudar. Uma lista de conseqüências é então deduzida das hipóteses. A coleta de dados enfatizará números (ou informações conversíveis em números) que permitam verificar a ocorrência ou não das conseqüências, e daí então a aceitação (ainda que provisória) ou não das hipóteses. Os dados são analisados com apoio da Estatística (inclusive multivariada) ou outras técnicas matemáticas. Os tradicionais levantamentos de dados (surveys) são o exemplo clássico do estudo de campo quantitativo.

Os estudos de campo qualitativos não tem um significado preciso em quaisquer das áreas onde sejam utilizados. Para alguns, todos os estudos de campo são necessariamente qualitativos e, mais ainda, como já comentado, identificam-se com a observação participante. Já foi anotado que essa conceituação é estreita demais para uso em Administração de Empresas.

Podemos partir do princípio de que a pesquisa qualitativa é aquela que trabalha predominantemente com dados qualitativos, isto é, a informação coletada pelo pesquisador não é expressa em números, ou então os números e as conclusões neles baseadas representam um papel menor na análise. Dentro de tal conceito amplo, os dados qualitativos incluem também informações não expressas em palavras, tais como pinturas, fotografias, desenhos, filmes, vídeo tapes e até mesmo trilhas sonoras (Tesch, 1990).

Serão utilizados estudo de caso, pesquisa documental, pesquisa bibliográfica e aplicação de entrevistas.

Compreende-se por pesquisa bibliográfica aquela que trata de levantar toda

bibliografia necessária já publicada sobre o tema em estudo, tais como livros,

periódicos, publicações científicas, sites da internet (Carmo, 2003, p. 19). A autora

aponta que a pesquisa documental refere-se à seleção e análise de documentos

formais pertencentes a órgãos e instituições.

(23)

Silva (2000, p. 21, apud Carmo, 2003, p. 19) aponta que o estudo de caso é um estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita o seu amplo e detalhado conhecimento.

Fachin (2001, p. 42) aponta que o estudo de caso é um método caracterizado por ser um estudo intensivo. É levada em consideração principalmente a compreensão, como um todo, do assunto investigado. Para Fachin (2001, p. 42) as principais características que auxiliam no método “estudo de caso” são:

• Características que são comuns a todos os casos no grupo como um todo;

• Características que não são comuns a todos os casos, porém não são comuns em certos subgrupos; e

• Características que são únicas de determinado caso.

Alguns estudos de caso, além de serem importantes para detectar novas relações, podem ser auxiliados pela formulação de hipóteses e com o apoio da estatística e, ainda como auxiliares, podem ser usados os formulários ou a entrevista e, em casos excepcionais, o questionário como instrumento de pesquisa (FACHIN, 2001, p. 44).

O estudo de caso tem como principal função a explicação sistemática dos fatos que ocorrem no contexto social e geralmente se relacionam com uma multiplicidade de variáveis. Desta forma, quando ocorrem desta maneira, os dados devem ser representados sob a forma de tabelas, quadros, gráficos estatísticos e por meio de uma análise descritiva que os caracterizam.

Desta forma, o estudo de caso será desenvolvido mediante as pesquisas

efetuadas por meio de entrevistas, aplicação de questionários e observação direta

do meio ambiente. A formatação final dos dados coletados apontará os objetivos

propostos neste projeto.

(24)

1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO

Procurando alcançar os objetivos estabelecidos, tanto gerais como específicos, esta seção pretende fornecer uma visão geral do trabalho proposto. A pesquisa a ser desenvolvida apresentará em sua estrutura cinco capítulos. Assim sendo, o capítulo 1 é composto por esta parte introdutória, contendo a origem do tema, a importância do trabalho, definição dos objetivos, somando-se também às limitações e metodologia desta pesquisa. Encerrando esta seção com a exposição de sua estrutura.

No capítulo 2 abrange-se a revisão da literatura, sendo que aborda-se o conceito de Política Pública apontando sua importância para a viabilização da cidadania, a importância do Planejamento e da Avaliação na Gestão de Políticas Públicas e das Políticas Públicas da Educação, a legislação referente às diretrizes e bases da educação nacional, o contexto da Educação a Distância nas políticas do MEC, regulamentação de Educação a Distância no Brasil e referenciais de qualidade para Educação a Distância. O Decreto do Presidente da Republica no que tange a Educação Superior no Sistema Federal de Ensino e a regulamentação da Educação a Distância também são abordados nesta pesquisa. Estes referenciais fornecem a base conceitual e metodológica para analisarmos a Educação a Distância como forma de inclusão social no Brasil. Ainda neste capítulo, aborda-se o sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB), suas diretrizes, suas ofertas de cursos a distância e será explanado o Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública no IFSC em parceria com a UAB. Abordar-se-á suas diretrizes, seu projeto pedagógico e sua composição dos profissionais envolvidos, atrelados a estes profissionais estão os tutores à distância, seus limites e perspectivas.

No terceiro capítulo apresenta-se o estudo de caso, a partir da revisão bibliográfica analisada, bem como da prática vivificada do curso.

O capítulo 4, procurando atender aos objetivos propostos para a pesquisa, apresentam-se e analisam-se os dados obtidos a partir das entrevistas e questionários aplicados junto aos envolvidos no CSTGP.

Finalizando, o capítulo 5 apresenta as conclusões e sugestões, indica se os

objetivos a que se propôs este projeto de pesquisa foram alcançados e quais

(25)

possíveis estudos a serem realizados futuramente. A bibliografia consultada e os anexos são apresentados no final do trabalho.

(26)

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 POLÍTICAS PÚBLICAS, PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO NA GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS

Para iniciar-se a discussão acerca da educação a distância como política pública, deve-se primeiramente ater-se à Política Pública como referencial teórico.

Pode-se, então resumir política pública como o campo do conhecimento que busca ao mesmo tempo, colocar o “governo em ação” e/ou analisar essa ação (variável independente) e , quando necessário, propor mudanças no rumo ou curso dessas ações (variável dependente). A formulação de políticas públicas constitui-se no estágio em que governos democráticos traduzem seus propósitos e plataformas eleitorais em programas e ações, que produzirão resultados e mudanças no mundo real

(SOUZA, 2007, p.

69).

Cabe salientar que uma grande contribuição acerca das políticas públicas se dá através da sintetização de seus elementos principais - conforme a explanação de Souza (2007, p. 80):

Das diversas definições e modelos sobre políticas públicas, podemos extrair e sintetizar seus elementos principais:

• A política pública permite distinguir entre o que o governo pretende fazer e o que, de fato, faz.

• A política pública envolve vários atores e níveis de decisão, embora seja materializada nos governos, e não necessariamente se restringe a participantes formais, já que os informais são também importantes.

• A política pública é abrangente e não se limita a leis e regras.

• A política pública é uma ação intencional, com objetivos a serem alcançados.

• A política pública, embora tenha impactos a curto prazo, é uma política de longo prazo.

• A política pública envolve processos subseqüentes após sua decisão e proposição, ou seja, implica também implementação, execução e avaliação.

• Estudos sobre política pública propriamente dita focalizam processos, atores e a construção de regras, distinguindo-se dos estudos sobre política social, cujo foco está nas conseqüências e nos resultados da política.

De acordo com o exposto, cabe destacar que a essência da concepção de

política pública é de que ela existe na tentativa de fazer com que haja uma melhora

nas condições de vida da população. A avaliação tem como objetivo verificar até que

ponto uma determinada política pública atingiu sua meta

(27)

A importância de planejar determinada ação se faz necessária a partir do momento que se aspira alcançar um bom resultado, seja esta ação em qualquer segmento. Na Gestão de Políticas Públicas não é diferente, um planejamento bem elaborado “previne” uma ação com falhas e com conseqüências desastrosas.

Quando bem planejada, a ação torna-se eficiente e eficaz, alcançando seus objetivos e atingindo suas metas.

Do ponto de vista de concepção de Planejamento, Johnson (2008, p.2), define que o planejamento é o processo de decisão político-social que depende de informações fidedignas e que traça para o futuro cenário de satisfação das necessidades sociais da população. Considerando a definição do autor, salienta-se a necessidade de obtenção de dados precisos e bem compreendidos e que impreterivelmente deve-se saber interpretar informações e indicadores.

Oliveira (2006) sustenta que o planejamento em políticas públicas depara-se com alguns problemas e – assim como Johnson – aponta a relevância e a concepção do planejamento, “O artigo focaliza principalmente os problemas do planejamento nos países em desenvolvimento, em especial no Brasil. Esses problemas estão relacionados à ênfase dada ao tecnicismo, à burocracia de formulação e controle e às previsões dos economistas. Isto tende a colocar a sombra na parte mais importante do planejamento: o processo de decisão, que é uma construção política e social. O artigo mostra que o planejamento em políticas públicas tem de ser visto como um processo, e não como um produto técnico somente. A importância do processo se dá principalmente na implementação, pois esta é que vai levar aos resultados finais das políticas, programas ou projetos. O artigo argumenta que o planejamento é um processo de decisão político-social que depende de informações precisas, transparência, ética, temperança, aceitação de visões diferentes e vontade de negociar e buscar soluções conjuntas que sejam aceitáveis para toda a sociedade, principalmente para as partes envolvidas, levando continuamente ao aprendizado” (OLIVEIRA, 2006, p. 273). O autor chama a atenção para a importância na aceitação do planejamento como algo que contribua e/ou construa, bem como articule, os interesses de uma determinada sociedade, que possuem aspirações comuns, de maneira responsável, justa e ética.

Concomitante ao enfoque do planejamento, que permeia alguns problemas,

principalmente em países em desenvolvimento, especialmente o Brasil, está a

(28)

questão da abordagem sobre o planejamento municipal. Pfeiffer (2000, p. 4), a propósito de uma abordagem que discorra sobre a descentralização, observa que:

Com a nova Constituição de 1988, iniciou-se um processo de descentralização que resultou numa maior autonomia para os municípios brasileiros. (...) Começou-se a reconhecer amplamente que os tradicionais instrumentos de planejamento urbano já não eram adequados para lidar com a dinâmica de desenvolvimento das médias e grandes cidades (...). O processo da globalização mostra cada vez mais os seus efeitos em nível local, em que algumas cidades conseguem um crescimento econômico surpreendente, enquanto outras ficam à margem do desenvolvimento. (...) A concepção do Planejamento Estratégico Municipal visa substituir o pensamento estático da administração pela idéia dinâmica do gerenciamento. No centro desse método encontra-se o Planejamento Estratégico, o qual foi adaptado às condições específicas da administração pública no Brasil e que deve ser complementado por uma visão de gerenciamento de projetos e por técnicas de trabalho participativas, transparentes e dinâmicas.

A discussão acerca da Constituição Federal de 1988 é bastante ampla e conhecida dos pesquisadores das políticas públicas.

Partindo do pressuposto que abordagem do Planejamento fez-se necessária para o fortalecimento de um embasamento teórico importante para uma maior compreensão do tema abordado. Enfoca-se nos parágrafos que se seguem o destaque para a importância da Avaliação no âmbito das Políticas Públicas.

No segmento das Políticas Públicas, a avaliação tem obtido destaque, visto que se torna cada vez mais importante obter-se dados que possam de alguma maneira, interferir – quando necessário – em determinadas realidades da sociedade.

Com o objetivo de equidade da democratização, a avaliação de políticas públicas expande-se no Brasil – na década de 80 –, em meio ao processo de transição política. Johnson, no material de exposição “Avaliação de Políticas públicas” na disciplina de Gestão e Avaliação de Políticas Públicas, define a Avaliação de Políticas Públicas de forma clara e pertinente, como:

A avaliação de políticas públicas é uma área de atividades dedicada a coletar, analisar e interpretar informações sobre formação, implementação e impacto das ações governamentais que visam alterar a vida da população.

Esta deve permitir que o processo de implementação de uma dada política se beneficie dos problemas detectados pelos analistas (JOHNSON, 2008, p.

6).

Pode-se afirmar que avaliar significa o mesmo que comparar, isto é, para fazer

uma avaliação, é necessário que se tenha um parâmetro. Cabe salientar que para

(29)

acompanhar e/ou avaliar uma determinada política pública, os indicadores de qualidade são apontamentos de suma relevância para uma pesquisa.

Johnson (2008) sustenta que as considerações no que se refere aos indicadores que merecem destaque são as que apontam suas freqüentes utilizações, como: “Direção, que sugere os tipos de articulações que existem entre política publica estudada e os setores privados, assim como a utilização dos programas sociais para fins eleitorais, clientelistas e fisiológicos; Magnitude, que permite perceber se os recursos são compatíveis com a abrangência prevista da Política Pública (PIB per Capita) e a Natureza do Financiamento, que se referem aos recursos fiscais, recursos auto-sustentados (FGTS – BM, BNDES, etc.) e contribuições sociais (PIS, COFINS)”. (JOHNSON, 2008, p. 19).

Segundo a crítica de Carlos Aurélio Pimenta de Faria e Cristina Almeida Cunha Filgueiras (2007, p. 335):

As pesquisas acerca do uso da avaliação, contudo, para além da distinção das formas de utilização, dos elementos que podem ser utilizados e dos usuários, passaram ao longo do da última década, como destacam Shulha e Cousins (1997), a trabalhar e valorizar mais sistematicamente questões como: a centralidade do contexto na determinação do uso que se faz da avaliação; a necessidade de se expandir a idéia de uso do nível individual para o organizacional; a diversificação do papel do avaliador, que muitas vezes incorpora funções como a de facilitador, planejador e educador; os impactos e condicionantes da subutilização. A emergência dessas novas questões foi, em ampla medida, resultado da percepção da falácia mecanicista do planejamento top-down e do fato de as avaliações tendiam a ser subutilizadas, o que levou ao entendimento da atividade avaliativa como diálogo e intercâmbio contínuos, não apenas com o intuito de se consultarem aqueles diretamente envolvidos no programa, mas no sentido de colaboração e do compartilhamento. De forma similar à mudança de paradigmas no planejamento e na programação da implementação de políticas e programas, também nos estudos avaliativos passou-se a adotar, como dito anteriormente, um viés mais bottom-up, que questionou o caráter pretensamente asséptico da avaliação e sua blindagem “científica”. Os trabalhos mais recentes passaram a mostrar as vantagens de o avaliador se familiarizar com a estrutura, com a cultura e com a política dos programas e das policy communities envolvidas, o que supostamente lhes franquearia a possibilidade de entender (e também de influenciar) os fatores que mais afetam a utilização da avaliação.

As autoras chamam a atenção para o fato de que o avaliador deve estar atento à complexidade do processo, com competência, e desmistificar que ser um avaliador “é fácil” e/ou “é impossível”, partindo da defesa de quem teme a avaliação.

A avaliação proporciona a possibilidade de analise das diferenças entre os

objetivos iniciais de uma determinada política e seus efetivos resultados, apontando

as congruências que apresentem a conclusão da efetividade desta política.

(30)

Após a elaboração deste sintético panorama da evolução da problemática acerca da avaliação de políticas públicas na agenda do governo e explanados alguns aspectos de sua utilização, cabe agora um enfoque mais específico no que diz respeito à importância da qualidade de ensino e cabe enfatizar que não só de números se faz uma Educação de Qualidade, não basta apenas ter o indicativo

“Quanti” se não estiver acompanhado do indicativo “Quali”.

Diante das inúmeras temáticas que se abrem ao discutir educação em um país como o Brasil e pelo que foi exposto nos parágrafos acima, fica clara a necessidade de abordagens teóricas do fenômeno complexo que é a modalidade de educação à distância, e para tal, segue no capítulo a seguir a educação a distância e suas diretrizes.

2.2 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA E SUAS DIRETRIZES

A modalidade EAD tem tido um crescimento significativo no Brasil nos últimos anos, com os recursos desta modalidade o acesso a educação superior tem crescido, em poucos anos o país contará com uma população mais escolarizada, algo impossível apenas com a modalidade presencial, com a EAD podemos vislumbrar a inclusão social, muitas instituições educacionais têm se lançado neste desafio.

Aponta-se como definição:

A Educação a Distância é a modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversas (BRASIL, 2005).

A modalidade de educação a distância requer empenho, leitura e vontade do aluno, aliado a um bom suporte didático tanto no campo da informática e/ou recursos audiovisuais de explanação dos conteúdos, quanto o suporte tutorial.

Ao analisar a política permanente de expansão da educação no Brasil, a

educação a distância apresenta-se como uma modalidade importante no seu

desenvolvimento. Contudo, faz-se necessária a definição de princípios, diretrizes e

(31)

critérios que sirvam de referenciais de qualidade para as instituições que apresentam o ensino a distância como uma de suas modalidades.

De acordo com o ministério da educação e secretaria de Educação a Distância – SEED (2007):

No Brasil, a modalidade de Educação a Distância obteve respaldo legal para sua realização com a lei de diretrizes e bases da educação - lei 9.314, de 20 de dezembro de 1996 -, que estabelece, em seu artigo 80, a possibilidade de uso orgânico da modalidade de Educação a Distância em todos os níveis e modalidades de ensino. Esse artigo foi regulamentado posteriormente pelos decretos 2.494 e 2.561, de 1998, mais ambos revogados pelo decreto 5.622, em vigência desde sua publicação em 20 de dezembro de 2005. No decreto 5.622, ficou estabelecida a política de garantia de qualidade no tocante aos variados aspectos ligados a modalidade de Educação a Distância, notadamente ao credenciamento institucional, supervisão, acompanhamento e avaliação, harmonizados com padrões de qualidade enunciados pelo ministério da educação (BRASIL, 2007, p. 5).

A partir da regulamentação mencionada, a professora Crispim (2007), aponta de forma estrutural o contexto da Educação a Distância das políticas do MEC bem como apresenta – de maneira sucinta – análises estatísticas, tendências, entre outros.

Com base nas regulamentações mencionadas, constata-se a legitimidade da modalidade de educação a distância e seus amparos legais. Cabe salientar a importância de uma análise criteriosa a cerca do ensino a distância com relação à inclusão social no Brasil.

O acelerado processo da globalização trouxe consigo novas demandas e novos paradigmas, que exigem constantes adequações ao meio. A era da digitalização apresentou-se com notável processo de expansão em Educação a Distância dos anos 90, até chegar aos níveis de hoje e proporciona uma realidade dúbia, ou seja, ao mesmo tempo em que apresenta uma acelerada acessibilidade para uma determinada parcela da população, outra camada apresenta-se leiga e inaccessível a determinadas tecnologias e oportunidades.

Este processo requer dos cidadãos qualificação profissional ao mesmo tempo

em que exige maior tempo de dedicação em seus empregos, causando um conflito,

visto que para a obtenção de capacitação profissional fazem-se necessários

períodos de estudos e dedicação. Observa-se que com a Educação a Distância, esta

parcela da população tem a possibilidade de evoluir e capacitar-se, sendo ele o

responsável por seus horários e comprometimentos acadêmicos.

(32)

Atualmente, verifica-se que, com o ensino a distância, a educação em nível de graduação e pós-graduação no Brasil, que era restrito a uma elite, está se expandindo de maneira veloz para uma grande camada da população.

Na modalidade à distância, o aluno não precisa estar freqüentando a sala de aula para aprender, visto que a presença do professor será feita por meio de um sistema que compreende material didático especialmente preparado, tutoria a distância no ambiente virtual dos cursos, entre diversos outros elementos utilizados há muitos anos por conceituadas universidades do mundo (PEREIRA, 2007, p. 1).

Contudo, mesmo com esta expansão mencionada por José Matias Pereira grande camada da população, ainda está carente de viabilizações de políticas públicas que proporcionem de maneira igualitária, o acesso a todos os cidadãos que dela (Educação a Distância) necessitarem e/ou aspirarem. Salienta-se ainda, que esta inserção se faça obedecendo às diretrizes e que proporcionem um ensino de qualidade.

É necessário que as instituições públicas viabilizem o desenvolvimento de ações com o emprego de tecnologias apropriadas, que contemplem o caráter da educação, baixo custo e com larga acessibilidade, no intuito de aliar o aluno e o sistema num processo de permanente interação.

Não há como negar que a modalidade de Educação a Distância, atualmente, é considerada como uma das alternativas para se atender às diferentes necessidades de formação superior, sendo que em alguns casos, constitui a única forma de satisfação destas necessidades.

A educação avançará na medida em que seja capaz de ajudar no processo de desenvolvimento de sujeitos autônomos. Frente a uma sociedade que massifica estruturalmente, que tende a homogeneizar, inclusive quando cria possibilidades de inclusão, a possibilidade de exercitamos a cidadania é diretamente proporcional ao desenvolvimento sujeitos livres, tanto interiormente como em suas tomadas de posição (MELO, 2007, p. 17).

Este avanço na área da educação se faz necessário na medida em que aspiramos uma sociedade mais igualitária, onde todos os cidadãos sejam merecedores de seus direitos e cumpridores de seus deveres.

De acordo com o exposto no que se refere à Educação à Distância, abordar-

se-á no próximo item a Universidade Aberta do Brasil.

(33)

2.3 O SISTEMA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL – UAB

A Universidade Aberta do Brasil – UAB é um projeto criado no ano de 2005 pelo Ministério da Educação. O sistema é uma parceria entre consórcios públicos nos três níveis governamentais (Federal, Estadual e Municipal), a participação de universidades públicas e demais organizações interessadas. Trata-se da oferta de ensino superior à distância, com a finalidade de expandir e interiorizar a oferta de cursos e programas de educação superior no País.

Com uma proposta de atender um número maior de cidadãos, esse sistema é formado por instituições públicas de Ensino Superior, objetivando a oferta de cursos superiores gratuitos e de qualidade.

O Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB) não propõe a criação de uma nova instituição de ensino, mas sim, a articulação das já existentes, possibilitando levar ensino superior público de qualidade aos municípios brasileiros que não possuem cursos de formação superior ou cujos cursos ofertados não são suficientes para atender a todos os cidadãos.O Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB) tem como prioridade a formação de professores para a Educação Básica. Para atingir este objetivo central a UAB realiza ampla articulação entre instituições públicas de ensino superior, estados e municípios brasileiros, para promover, através da metodologia da educação a distância, acesso ao ensino superior para camadas da população que estão excluídas do processo educacional.

O Sistema Universidade Aberta do Brasil foi criado pelo Ministério da Educação em 2005 no âmbito do Fórum das Estatais pela Educação com foco nas Políticas e a Gestão da Educação Superior (BRASIL, 2009, p. 1).

Conforme o SEED/MEC, a UAB será resultante da adesão voluntária de 55 universidades federais, além do conjunto de centros Federais de Educação Tecnológica, articulados e integrados com a rede de Pólos de apoio presencial para a educação á Distância, que serão criados e mantidos pelos Municípios e Estados.

Salienta-se que com a inserção do modelo proposto pela Universidade Aberta do Brasil, o processo de inclusão Social torna-se cada vez mais presente na sociedade brasileira, visto a amplitude alcançada com o referido modelo.

De acordo com a Secretaria de Educação a Distância,

Cada pólo poderá apoiar cursos à distância de diferentes instituições, e o estudante não precisa residir na cidade onde está implantada a sede da

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instituição consorciada, fato que permitirá atender a todo o território nacional, com a interiorização do ensino superior.

O atendimento do aluno nas etapas presenciais ocorrerá nos pólos, onde funcionarão salas de aula, bibliotecas e laboratórios. A utilização estratégica da educação a distância já ocorre em vários países (Reino Unido, Cuba, Espanha, China e Turquia) e, no Brasil inaugura alternativa de expansão do ensino superior com padrões de qualidade, como forma de combate de ao histórico quadro de desigualdade de acesso à educação superior no País (BRASIL, 2009, p. 1).

A afirmação acima sustenta a posição de quão importante mudança no quando educacional brasileiro esse modelo de ensino pode proporcionar. Situações até bem pouco tempo utópicas para cidadãos domiciliados em municípios distantes dos centros urbanos, vêem suas realidades podendo se transformar, incluindo-se no, até então, restrito mundo dos graduados em curso superior. A UAB tem como público alvo qualquer cidadão que concluiu a educação básica, foi aprovado no processo seletivo, atendendo aos requisitos exigidos pela instituição pública vinculada ao Sistema Universidade Aberta do Brasil.

Cabe ressaltar que a presente pesquisa se baseia nos fatos documentados, no entanto, sabe-se que na pratica muitos avanços devem acontecer para que de fato o quadro educacional brasileiro se transforme em dados positivos.

Lévy (1999, p. 172-173) aponta que o papel dos poderes públicos deveria ser:

- Garantir a todos uma formação elementar de qualidade,

- Permitir a todos um acesso aberto e gratuito a midiatecas, a centros de orientação, de documentação e de autoformação, a pontos de entrada no ciberespaço, sem negligencias a indispensável medição humana do acesso ao conhecimento,

- Regular e animar uma nova economia do conhecimento na qual cada individuo, cada grupo, cada organização seriam considerados como recursos de aprendizagem potenciais ao servi;o dos percursos de formação contínuos e personalizados.

A posição do autor reforça a necessidade cada vez mais urgente na qualificação educacional, bem como a acessibilidade aos seus alunos. A proposta da Universidade Aberta do Brasil em parceria das Universidades Federais e os centros de Formação Tecnológica reforçam o empenho em modificar de fato a realidade educacional brasileira.

Em 16 de dezembro de 2005 o Ministério da Educação, por intermédio de sua

Secretaria de Educação a Distância, lança o Edital Número 1, com o objetivo de

selecionar Pólos municipais de apoio presencial e de cursos superiores de

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Instituições Federais de Ensino superior na modalidade de Educação a Distância para o “Sistema Universidade Aberta do Brasil”.

Para um melhor entendimento acerca da composição deste processo, cabe mencionar que para a criação de um curso superior a Distância da Universidade Aberta do Brasil, se faz necessário o cumprimento de determinadas orientações constantes em seu edital. Pertinente às orientações torna-se relevante a composição estrutural para a implantação dos cursos:

- CRIAÇÃO DO POLO: o pólo presencial é um espaço físico, para educação descentralizada de algumas das funções didático – Administrativas de cursos a Distância, organizada com o concurso de diversas instituições, bem como apoio do governo municipais e estaduais. Por parte dos municípios (podendo estar ou não, em parceria com os Estados e o Distrito Federal). Para a aprovação dos processos seletivos, os pólos devem detalhar a infra-estruturar física e logística; a discrição dos Recursos Humanos necessários e a lista dos cursos a serem ofertados, constando o número de vagas disponíveis (BRASIL, 2005).

- Para a aprovação dos Pólos far-se-á necessário que alguns critérios sejam seguidos, tais como a adequação e conformidade do projeto com os cursos superiores a serem oferecidos; a demanda local ou regional por ensino superior público de acordo com a quantitativa de concluintes e egressos no ensino médio e da educação de jovens e adultos; e a pertinência dos cursos demandados e a capacidade de oferta por instituições federais de ensino na região. A análise da infra-estrutura física importantes da seleção dos pólos (BRASIL, 2005).

- ESTRUTURA DA INSTITUIÇÃO FEDERAL DE ENSINO SUPERIOR: as instituições deverão apresentar um detalhamento no que se refere à quantidade de Pólos a serem implantados a sua localização. A proposta devera conter descrição do curso que poderá ser ofertado, os recursos humanos disponíveis, o projeto pedagógico, a indicação do numero de vagas; cronograma de execução do curso proposto bem como a descrição das necessidades de infra-estrutura física e logística relativos ao pólo de apoio presencial (BRASIL, 2005).

As propostas acima mencionadas passam por uma análise e são

selecionadas por uma comissão que prioriza os seguintes critérios consistência do

projeto pedagógico e relevância do curso proposto, competência e experiência

acadêmica da equipe docente responsável e coerência com a demanda da área

geográfica de abrangência.

(36)

O projeto que enfoca as orientações relatadas segue um prazo de entrega, seguido de análise documental, da divulgação dos resultados e por fim, a formalização dos convênios aprovados. Após esta etapa, são realizadas as atividades para adequação dos pólos, a preparação dos tutores, a produção do material didático e impresso e os demais ajustes pertinentes a questão de cursos.

A Universidade Aberta do Brasil fortaleceu o principio da equidade e da Inclusão social, oportunizando a educação em locais inimagináveis. Cabe-nos a incumbência de um olhar critico acerca dos cursos ofertados e seu compromisso pedagógico para com os acadêmicos e com a sociedade como um todo.

Diante ao exposto no que tange a UAB e seus princípios, pode-se partir no tópico a seguir para a análise do curso superior de Tecnólogo em Gestão Publica do Instituto Federal de santa Catarina.

2.4 O INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA – IFSC: CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA

Fundado em Florianópolis em 23 de setembro de 1909, por meio do decreto 7566 pelo presidente Nilo Peçanha, e denominado de Escola de Aprendizes Artífices de Santa Catarina, o atual Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), tinha como objetivo proporcionar formação profissional aos filhos de classes socioeconômicas menos favorecidas, (ALMEIDA, 2002). O governo do estado de Santa Catarina sediou o primeiro prédio da Instituição, localizado no centro de Florianópolis.

Inicialmente a Instituição oferecia cursos de acordo com a demanda das necessidades da sociedade de Florianópolis, além do ensino primário, disponibilizara-se de formação em desenho, oficinas de tipografia, encadernação e pautação, escultura mecânica, carpintaria da ribeira.

Após uma década de implantações, a Escola de Aprendizes Artífices de Santa

Catarina mudou-se para outra sede na mesma capital. Em 13 de janeiro de 1937,

por meio da lei 378, a instituição mudou-se de nome e status, para Liceu Indústria de

Florianópolis, em cinco anos mais tarde (decreto lei 4127, de 23 de fevereiro de

1942),transformou-se em Escola Industrial de Florianópolis. Com assim, começou a

oferecer cursos industriais básicos com duração de quatro anos aos alunos que

(37)

vinham do ensino primário e cursos de mestria aos candidatos a profissão de mestre (ALMEIDA, 2002, p. 36).

Ao longo dos anos transformação foram ocorrendo, no ano de 1962, a Escola Industrial foi transferida para nova sede, onde se localiza até os dias atuais, na Avenida Mauro Ramos, no centro de Florianópolis. No ano de 1965, novamente altera-se o status da Instituição, com a lei 4759, de 20 de agosto, denominando-se Escola Industrial Federal de Santa Catarina. A partir de 1968, com portaria ministerial número 331, de 17 de julho, a Instituição tornou-se Escola Federal de Santa Catarina (ETF-SC) (ALMEIDA, 2002).

Com o passar dos anos o ETF-SC passou por algumas mudanças em seus cursos e novas unidades foram inauguradas nas décadas de 1970 e 1980, cursos como Saneamento, Eletrônica, Telecomunicações e Refrigeração e Ar condicionado, que de acordo com (ALMEIDA, 2002), motivados principalmente pelo “milagre brasileiro”, que fomentou o uso da tecnologia para o desenvolvimento econômico.

Os cursos de Telecomunicações e de Refrigeração e Ar condicionado passaram a ser ofertados no município de São Jose a partir de 1988, onde inicialmente aconteciam em um prédio da prefeitura do referido município. Após três anos, a Instituição inaugurou a Unidade de São José com sede própria, sendo esta a principal Unidade fora da capital do Estado.

Assim como toda a transformação mundial, os avanços tecnológicos e a chegada da Era de Serviços, a ETF-SC passa a oferecer no inicio da década de 1990 cursos voltados a informática, Enfermagem e Segurança do trabalho. A terceira Unidade de ensino implantou-se no ano de 1994, na cidade de Jaraguá do Sul.

Neste mesmo ano implantou-se a lei federal 8940, de 8 de dezembro de 1994, que transforma a automaticamente todas as escolas Técnicas Federais em Centros Federais de Educação Tecnológica, tornando-se em CEFET-SC oficialmente em 27 de março de 2002(Idem, 2002) enfatiza que depois de mudança para CEFET-SC, a instituição passou a oferecer cursos superiores de Tecnologia e pós-graduação latu senso (especialização).

Ao longo dos anos outras unidades fizeram parte do plano de expansão do

CEFET-SC. No ano de 2006 implantaram-se três unidades, sendo na região

continental de Florianópolis, denominada de Unidade Continental, as outras duas

foram implantadas em Chapecó e outra em Joinville. Neste mesmo ano o CEFET-

(38)

SC passou a oferecer curso Técnico em pesca, na cidade de Itajaí. No ano de 2008 a ultima unidade iniciou suas atividades no município de Araranguá.

O site oficial da Instituição aponta que uma nova e importante mudança ocorreu:

Em 2008, transformou-se em Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina, com status de universidade e autonomia na criação e extinção de cursos de acordo com a realidade do Estado. A mudança foi aprovada por meio de consulta pública à comunidade e regulamentada pela lei nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008, já sancionada pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Almeida, 2009).

No ano de 2008 uma nova mudança na nomenclatura da instituição ocorreu, deixando de se dominada Centro Federal de Educação e Tecnologia (CEFET) e transformando-se em Instituto Federal de Santa Catarina através do Decreto lei 11892/2008, no ano novas propostas de expansão, com data prevista de conclusão para 2010, como a implantação dos campi em Itajaí, Gaspar, lajes, Criciúma, Canoinhas, Xanxerê, São Miguel do Oeste, Palhoça e dos Pólos presenciais em Caçador, Laguna e Urupema.

De acordo com o site oficial do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), o IFSC é uma Instituição Publica Federal vinculada ou Ministério de Educação (MEC) por meio de secretaria de Educação Profissional E Tecnológica (SETEC), sediada em Florianópolis, com autonomia administrativa, patrimonial, financeira, didático pedagógica e disciplinar. Como finalidade aponta-se:

A finalidade do IFSC é formar e qualificar profissionais no âmbito da educação profissional e tecnológica, nos diferentes níveis e modalidade de ensino, para diversos setores da economia, bem como realizar pesquisa aplicada e promover o desenvolvimento tecnológico de novos processos, produtos e serviços, em estreita articulação com os setores produtivos e a sociedade, especialmente de abrangência local e regional, oferecendo mecanismo para educação continuada (IFSC, 2009, p. 1).

Como se observou ao longo de sua trajetória, o IFSC acompanhou as

demandas emergentes em cada momento e a cada transformação consolidou-se

como uma Instituição publica de qualidade. Argumenta-se se no site oficial da

Instituição (2009), que atento ao contexto econômico do Estado de Santa Catarina, o

IFSC tem procurado orientar seus cursos para atender a demanda profissional das

empresas que compõem os setores mais pujantes da economia. O IFSC vem

buscando a disseminação da educação profissional e tecnológica por todas as

regiões do Estado de Santa Catarina.

(39)

O projeto Político – Pedagógico Institucional do IFSC, em sua elaboração norteou-se do principio de que a educação é processo ensino aprendizagem baseou-se no dialogo Professor- Aluno. De acordo com o site da Instituição (2009), busca-se consolidar uma educação de qualidade cuja finalidade é de humanização dos envolvidos no processo, seja eles alunos, professores ou técnico- administrativos, buscando a formação de seres pensantes, inseridos na realidade e com preparação cultural e técnica eficientes e integrados.

No IFSC o ensino fundamenta-se:

Na interdisciplinaridade;

No aprender fazendo;

No estimulo ao empreendedorismo;

Na organização de eixos temáticos e por módulos;

No aprendizado e avaliação por competência.

O Instituto Federal de Santa Catarina apresenta ao longo de sua trajetória uma enorme conceituação dos cursos oferecidos, visto sua magnitude no espaço do saber (IFSC, 2009, p. 1).

Os cursos são distribuídos nos vários campi que a Instituição dispõe. Cada curso possui sua especificação, bem como seus critérios de ingresso, no entanto, esta pesquisa enfocará a partir deste momento um dos cursos ofertados pelo IFSC, especificamente, o Curso Superior de Tecnologia em Gestão Publica na modalidade a Distância.

2.4.1 O Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública – CSTGP

Os cursos Superiores de tecnologia têm o status de curso superior de graduação, abertos aos candidatos com ensino médio ou equivalente concluído.

Os cursos ofertados na modalidade Educação a Distância (EAD) fazem parte do Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB), criado pelo Ministério da Educação em 2005.(...). Os alunos formados nos cursos de graduação, na modalidade a distância, têm direito a diploma equivalente ao dos cursos de graduação presenciais, sendo ele emitido pela Instituição de Ensino Superior ofertante do curso, conforme previsto no decreto presidencial nº 5.622, de 20 de dezembro de 2005. Atualmente está sendo ofertado o Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública que visa fornecer uma graduação atualizada e aprofundamento de conceitos técnicos, tecnológicos, profissionais e acadêmicos na gestão, no desenvolvimento de processos e no treinamento para as técnicas mais modernas nesta área, focadas para as organizações públicas (IFSC, 2009, p. 1).

(40)

Ressalta-se a relevância da modalidade de ensino a Distância dentro do IFSC. De acordo com o site da Instituição IFSC (2009), A Educação a Distância na instituição tem como foco de pesquisa o desenvolvimento de tecnologias educacionais e a sua disseminação nas diversas unidades de ensino pela capacitação do corpo docente e técnico e pela oferta de cursos públicos e gratuitos nos diversos níveis de ensino (Técnico, EMJA, Superior e pós-graduação).

Ao apresentar a modalidade a distância no IFSC descreve-se a seguir sua missão, Objetivos e Diretrizes:

Missão

Atuar como agente de inovação dos processos de ensino-aprendizagem, fomentando a incorporação das tecnologias de informação e comunicação – TICs – e da Educação a Distância aos métodos de didático-pedagógicos do IFSC.

Objetivos

-Fomentar a pesquisa e a inovação em tecnologias educacionais, por meio de aplicações de TICs aos processos didático-pedagógicos;

-Desenvolver, produzir e disseminar conteúdos, programas e ferramentas pra o uso de diversos níveis de ensino;

-Difundir o uso das TICs, estimulando o domínio das novas linguagens de formação e comunicação junto a comunidade acadêmica;

-Implementar políticas e programas de Educação a Distância (EAD), visando a democratização do acesso à educação, a informação e ao conhecimento e a interiorização de ofertas de vagas;

-Propiciar uma educação voltada para o progresso cientifico e tecnológico, mediante ações de inclusão digital e acessibilidade aos portadores de necessidades especiais;

Diretrizes

-Desenvolver ações que ampliem as oportunidades de acesso a permanecia;

-Implantar ações voltadas para a melhoria dos processos de ensinar e aprender;

-Garantir processos de ingresso democrático e igualitário;

-Incrementar a política de incentivo e apoio aos grupos de pesquisa;

-Promover a atualização da infra-estrutura adequada às necessidades acadêmicas;

-Implementar a criação de cursos técnicos e de graduação adequados a demanda regional;

-Oferecer cursos em parceria com instituições regionais, estaduais e nacionais;

-Garantir uma escola publica, gratuita e de qualidade para todos;

-Avaliar constantemente os processos educacionais, de acordo com os padrões de qualidade para oferta de cursos a distância, atendendo as expectativas da comunidade (IFSC, 2009, p. 1).

.

Diante das orientações da UAB, o CEFET-SC, após participação no Edital de

número 1-MEC/SEED/UAB, de 16 de dezembro de 2005 e passar por todas as

etapas do processo de implantação do curso, no ano de 2007 iniciou suas atividades

pertinentes ao Curso Superior de Tecnologia em Gestão Publica (CSTGP).

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