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U MA HERMENÊUTICA DO HOMEM JUSTO : A DIMENSÃO ÉTICA DE SUA RESPONSABILIDADE PELO OUTRO

No documento U MA HERMENÊUTICA DOH OMEMJ USTO (páginas 178-192)

O trajeto desta tese foi marcado por um duro caminho a trilhar. Adentrar o pensamento de um filósofo tão arguto e incansável como Paul Ricoeur é uma tarefa no mínimo hercúlea, com tantos trabalhos e provações como as que submeteram o herói grego. Foi a tentativa de dialogar com quem atravessou a his- tória da filosofia e travou com ela um combate pelo entendimento e pela compre- ensão de forma elegante e respeitosa. Ricoeur adentrou não somente o território da Filosofia, mas também dialogou com outras áreas de conhecimento, produzindo intensas reflexões que em muito contribuiram para o desenvolvimento dos saberes e das ciências humanas. É o que se pode encontrar relativamente às questões de direito e de justiça. Na presente tese, procurou-se perpassar alguns desses momen- tos do pensamento ricoeuriano em que o filósofo consegue produzir uma trama interdisciplinar de reflexões, ao dialogar com filosofias antigas, modernas e con- temporâneas, sem ficar adstrito às peculiariedades de cada uma delas. Nessa dire- ção, ele propiciou aproximações e distanciamentos entre as teorias da justiça – tal como são elaboradas no âmbito da filosofia moral – e do Direito – como propostas por uma tradição de direito positivista que vê em seu sistema uma estrutura emi- nentemente lógica e procedimental –, construindo assim uma imensa obra de com- preensão acerca da tradição que une a ambas. É possível dizer que todo esse trajeto reflexivo de Paul Ricoeur, a respeito das relações entre a teoria do Direito e a da

167 justiça, foi marcardo por indagações sobre as relações sociais, sobre o aspecto ético dessas relações, sobre os sentidos da justiça, sobre os modos de como se dá a justa distância nas relações em conflito a partir de um julgamento, mas, sobretudo, acer- ca da constituição de quem é o eu julgador enquanto um homem capaz de praticar ações justas nos diferentes planos de aparição do homem justo. Ao final desse tra- jeto, conseguir pleitear por uma hermenêutica do homem justo na filosofia da justi- ça de Paul Ricoeur significa ter encontrado uma mínima orientação sobre como pensar e conceber a figura do homem capaz-falível no âmbito dos julgamentos mo- rais em situação, momento este a que cada indivíduo está sujeito quando fala, age e imputa a si mesmo e aos outros deveres e sentidos morais. Por isso, talvez não fos- se possível propor um conclusão, de fato terminativa, para a temática abordada na presente tese – o que contrariaria a própria proposta ricoeuriana sobre o exercício da reflexão e do conhecimento filosófico, bem assim, em termos mesmos de uma hermenêutica do si –, sem que soasse demasiadamente falsa ou no mínimo ideoló- gica (e, assim, equivocada). Uma vez que o tema não é somente denso e complexo, mas exige um exercício de reflexão sobre quem se é enquanto homem capaz de jul- gar – enquanto alguém capaz de julgar e de decidir sobre o sentido e a compreen- são da escrita e da reflexão ricoeurianas (ou, simplesmente, enquanto um eu julga-

dor) –, uma conclusão razoável deve se limitar a retomar as questões da identidade,

da potência de agir e da ação, indagando então sobre quem é esse eu julgador? De que é ele capaz de falar? Qual a qualidade e o sentido de sua leitura sobre um texto perenemente inacabado e que ainda aguarda por um algo mais? São, portanto, as “penúltimas” considerações que se faz nesta tese. E sempre serão as penúltimas. Certamente, essas considerações são um ensaio de finalização e de descanso, uma pausa que marca um estar pronto para uma nova leitura, para uma nova ressigni- ficação. Do interior de uma filosofia hermenêutica como a de Paul Ricoeur, emerge algo como o trabalho eternamente enfrentado por Sísifo, mas já recompensado por ao menos um sentido alcançado, mais um sentido apenas, uma compreensão me- lhor. Há, ao menos, algum sentido acerca daquilo que se pretendeu falar por todo

168 o trajeto desta tese: os sentidos da justiça, o injusto e o justo das ações; a indignação e o reconhecimento de si mesmo diante da capacidade-falibilidade de agir justa- mente; o reconhecimento do homem justo.

Nessa tese algumas notações foram possíveis e persistem como re- flexões a respeito da constituição do homem justo. A consciência do eu julgador é apontada, ao final, como fundamento ontológico da prática da justiça porque, sem ela, a justiça não passa de um ideal vão ou de uma instituição de poder político, algo sem sentido. Sem consciência o eu julgador não pode fazer da justiça uma sa- bedoria prática ou uma prudência. Uma prática de justiça sem consciência consti- tui algo de irresponsável e inconseqüente. Um azar político! Na prática da justiça o

eu julgador tem de ser responsável pelo outro, tem de ser com-sciência do outro, tem de ser consequente em face do outro. Aqui o outro é o outrem de si mesmo: um terceiro que sofre, ainda que mais distantemente, com as ações do sujeito que age, que narra, que imputa obrigações morais, mediante julgamentos e decisões. Isso significa que há algo de “cura”, no sentido heideggeriano, algo de cuidado na prática da justiça. Nela reside um aspecto que é assistencial, providencial e correti- vo, tudo ao mesmo tempo. Então, a presentificação da prática da justiça nas rela- ções sociais evita o adoecimento moral do indivíduo, dada a sua condição essencial e primordial de insatisfação, dado o seu constante apelo por um “algo mais” ainda não sabido, não refletido e não compreendido, mas que é perenemente requerido por cada ser humano em sociedade.

Paul Ricoeur desenvolve em sua filosofia do sujeito e da ação o tema da visada ética, de um modo muito mais afeito da hermenêutica de Gadamer que de outras teorias da interpretação. Partindo do exame e da reflexão acerca da dogmática religiosa de tradição cristão-protestante, busca por uma definição do mal e de suas consequências na constituição de tudo aquilo que se identifica como humano. A finalidade é a de compreender a vontade humana como um problema de deliberação, de escolha e de efetivação de desejos egoístas. Na simbólica do mal ricoeuriana o egoísmo marca o significado do amor próprio ou amor por si que

169 desorienta a prática dos julgamentos, enquanto realização pessoal e subjetiva de desejos incomuns. Nesse trajeto que opõe o dom da gratuidade ao desejo egoísta, o autor retoma os fundamentos teóricos da ética aristotélica, buscando na compreen- são da natureza humana as explicações para o estabelecimento de critérios de satis- fação dos desejos que levam os indivíduos a agir ou a sofrer os efeitos de uma ação que é tirânica, não-refletida, irresponsável. Trata-se, portanto, de um problema de intencionalidade, visto a partir de dois enfoques: (1) o do agente na prática da ação e (2) o da compreensão da ação pretendida como boa e requerida como obrigatória. O exercício do julgamento é um problema de como compreender a ação no nível das possibilidades práticas. Ainda, sob um segundo prisma, é uma necessidade ética de compreender a ação conforme a visada ética de uma vida boa com e para os outros em instituições justas. Nesse sentido, quando o indivíduo corresponde aos seus anseios próprios, mas também aos anseios dos outros, estará agindo conforme o sentido daquilo que é justo. Para chegar a esse entendimento, Ricoeur parte do es- tudo da intenção do agente, como um problema dogmático-religioso para transpô- lo na esfera política como um problema moral, buscando estabelecer o sentido do

injusto e do justo na prática da ação. Então, ao fazer essa transposição, o autor quer deslocar o problema da ação individual para a prática social, de acordo com o en- foque de uma teoria narrativa sobre o tema da justiça. Para tanto, foi preciso encon- trar um referencial capaz de atender à aclamação dos sentimentos de injustiça, o que Ricoeur chamara de equilíbrio refletido.

A responsabilidade ocupa espaço na dimensão dialogal da relação entre ipseidade-mesmidade. Tratando-se da condição temporal – tanto de caráter prospectivo, quanto retrospectivo – de alguém poder assumir as conseqüências de seus atos (num futuro) em relação ao que se torna desde já um passado, a respon- sabilidade do homem justo diz respeito propriamente à idéia de aceitar ou de su- portar as conseqüências de seus atos, já que eles não podem ser previstos de ante-

170 mão267. A idéia de responsabilidade restitui a noção de reconhecimento de si como

uma espécie de divida, de uma divida assumida mediante a palavra dada, median- te a promessa de agir de determinado modo. Assim, “reconhecer seu próprio ser em dívida para com aquele que faz que sejamos o que somos é considerar-se res- ponsável por isso” 268, é responsabilizar-se pelo outro na pessoa de outrem, en-

quanto homem capaz de agir desse ou de outro modo. E entre o futuro e o passado da ação, surge um presente que se constitui a partir da dialética da mesmidade e da

ipseidade, como permanência temporal do si, como continuidade de si, como caráter. Somente é reponsável quem pode asseverar algum caráter ou um mínimo de per- manência dos atributos psíquicos que caracterizam o sujeito como alguém capaz de agir. Todavia, esse mesmo sujeito capaz é falível e muda de intenções, desejos, percepções e sentidos do mundo da vida. E ainda que haja algo que permaneça tal e qual, esse indivíduo sofre e muda de atitude, revelando a cada nova experiência, uma nova identidade que, através da mantença de si, garante a condição de perpe- tuação da palavra dada: ele se sabe como o mesmo e não como um diferente de si mesmo a partir do reconhecimento de si mesmo como outro com quem tem um compromisso: a promessa de manter-se fiel a si mesmo. Daí a importância a idéia de reconhecimento como chave de entendimento da responsabilidade ética que o homem justo tem pelo outro.

267 SA, p. 341 e 342. 268 SA, p. 342.

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