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Horizontes da Pesquisa sobre Jornalismo (no Brasil)

No documento Actas I Jornadas de Jornalismo (páginas 116-126)

Gislene Silva, Doutora, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) (gisilva@uol.com.br)

No Brasil, de acordo com observações sistematizadas de E. Meditsch, C. Berger, E. Machado, L. G. Motta, M. B. Machado, L. Martins da Silva e A. Albuquerque, depois de mais de 30 anos da defesa da primeira tese de doutorado sobre jornalismo, ocorrida na USP – Universidade de São Paulo em 1972, a pesquisa sobre esse objeto voltou a reconquistar espaço como campo específico de conhecimento a partir do final dos anos 1990. A qualidade da produção teórica dos acadêmicos brasileiros deste campo pode ser avaliada nos inúmeros artigos publicados nas revistas científicas de comunicação nacionais ou estrangeiras. O aumento da quantidade da produção levou ao aparecimento de novas publicações, como Pauta Geral, editada em Salvador desde 1993 e o Anuário de Jornalismo, da Faculdade Cásper Líbero em São Paulo, a partir de 2000, e a Estudos em Jornalismo e Mídia, da própria Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis, criada em 2004, além da Brazilian Journalism Research, publicação semestral totalmente publicada em inglês pela Sociedade Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor), lançada em 2005. A nova safra de periódicos tipifica o mercado editorial desbravado por revistas como Cadernos de Jornalismo do JB, nos anos 60, Cadernos de Jornalismo, da ECA-USP, nos anos 70, ou o Anuário de Jornalismo, lançado nos anos 90 pela ECA-USP.

Esse crescimento e fortalecimento da área pesquisa seguem mesmo movimento internacional. Como registram Traquina (2001 e 2002), Deuze (2004) e Zelizer (2004), o crescimento dos journalism studies em progressão geométrica a partir dos anos 80, principalmente na Europa e nos Estados Unidos, crescimento este que se reflete no surgimento de novas revistas acadêmicas internacionais como Journalism – Theory, Practice and Criticism e Journalism Studies, ambas no ano 2000; na criação de novas entidades acadêmicas, como a Sociedade Española de Periodística, de 1989, ou na

ampliação do espaço do Jornalismo nas entidades tradicionais, como a criação de um grupo de interesse na International Communication Association (ICA), em 2003.

Além das publicações brasileiras, tem-se também no Brasil como um sintoma do crescimento do número de pesquisadores neste campo no Brasil a consolidação de grupos de pesquisa em jornalismo nos cursos de pós- graduação, a criação do Laboratório Avançado de Estudos em Jornalismo (Labjor), pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e a abertura de Grupos de Trabalho (GTs) específicos pelas principais associações científicas da área - primeiro pela Intercom, em 1993, e, depois, pela Compós, em 2000 - que se tornaram os grupos mais concorridos, em número de trabalhos, nos congressos nacionais realizados por estas entidades. Ressalte-se, ainda, a consolidação do Fórum Nacional dos Professores de Jornalismo e a criação da Sociedade Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor), em 2003. A iniciativa das sociedades científicas acompanhou a evolução dos números registrados pelo Diretório dos Grupos de Pesquisa do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). No primeiro Censo, em 1993, nenhum grupo sobre jornalismo estava registrado, enquanto no levantamento de 2002, fechado em julho, o número saltou para 15. Em junho de 2003 o total registrado no Diretório do CNPq havia passado para 47 grupos, e, na Base Corrente de 2005, chega a 68.

Apesar do avanço das pesquisas em jornalismo – grande parte delas realizadas nos programas de pós-graduação já implantados no país – , não há ainda entre os 21 programas da área de Comunicação reconhecidos pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) nenhum com área de concentração específica em jornalismo, ao contrário do que ocorre em países como Alemanha, Austrália, Dinamarca, Holanda, Espanha, Estados Unidos, Inglaterra, Finlândia e Suécia. Apenas o da Universidade de Brasília (UnB) mantém uma linha de pesquisa sobre jornalismo. De acordo com Márcia Benetti Machado, coordenadora do GT Estudos de Jornalismo da Compós,

A ausência de linhas específicas de Jornalismo nos demais programas não tem limitado nem a pesquisa dos orientadores nem o acesso de estudantes que tenham o Jornalismo como objeto de pesquisa. Porém, em virtude do

instrumento de avaliação da Capes, que analisa, entre outros itens, o ‘vínculo entre linhas e projetos de pesquisa’, há sempre um esforço de adaptação das temáticas ou abordagens dos projetos em relação às ementas das linhas de pesquisa – sempre mais abrangentes do que o já extenso campo do Jornalismo. Ao mesmo tempo em que assegura a inserção destes projetos na área de Comunicação, fortalecendo-a em sua diversidade, essa estratégia pode estar prejudicando o desenvolvimento de um grande eixo de pesquisa, com objetos e teorias próprios, como é o caso do Jornalismo.” (MACHADO, M. B., 2004).

É nesse contexto que o Departamento de Jornalismo da UFSC está finalizando, agora em março, a proposta de criação de seu Mestrado em Jornalismo e Mídia, sustentado na Área de Concentração em Jornalismo, pretendendo delimitar melhor o objeto de especialidade da produção de conhecimento e da formação no campo do Jornalismo e contribuir com essa opção para a diversificação do Sistema de Pós-Graduação em Comunicação constituído no Brasil.

Para além desta breve abordagem sobre o processo de legitimação institucional do jornalismo como objeto de estudo no país, é importante pensar sobre o conteúdo das pesquisas dos brasileiros a respeito do jornalismo, procurando pistas a respeito dos horizontes desse campo. Uma vez institucionalizado o jornalismo como área de pesquisa17, alguns professores e investigadores brasileiros vêm, nos últimos quatro anos, rastreando que pesquisa em jornalismo é essa que vem sendo construída no Brasil. Esses rastreamentos nos oferecem um quadro geral em termos de conteúdo do que vem sendo pesquisando, com o propósito de explicitar o status científico desta prática profissional, localizado dentro do grande campo da Comunicação. As análises são geralmente em termos de segmentos privilegiados como opção de estudo. Pretendo aqui realçar pontos centrais dessas análises que nos são oferecidos pelo conjunto desses trabalhos, emoldurando uma modesta panorâmica sobre trajetórias e horizontes da pesquisa em jornalismo no país.

17 Imprescidível lembrar que, muito antes das instituições dos cursos de pós-graduação, o jornalismo também no Brasil já era observado e estudado nas primeiras décadas do século passado, como pode se verificar em várias das publicações de José Marques de Melo – com destaque para reconhecimento das contribuições de Barbosa Lima Sobrinho, Luiz Beltrão e Werneck Sodré.

Os primeiros levantamentos tratam de identificar tendências, seja na análise de linhas de pesquisa, de programas de pós-graduação ou de trabalhos publicados ou apresentados em congressos. Aleatoriamente, esses levantamentos fazem referências isoladas a alguns teóricos. Um desses estudos foi organizado em um artigo por Christa Berger18:

História do Jornalismo,

história dos jornais

grande incidência; corte historiográfico, com registro da imprensa regional e história dos jornais, tanto pela história econômica e política (Taschner, 1992; Faro, 1999; Wainberg, 1997) como pela nova história ou história cultural (Braga, 1991; Oliveira, 1993; França, 1998)

Jornalismo

sindical, popular ou alternativo

Descrição historiográfica (Ferreira, 1978); imprensa popular (Gomes, 1990); imprensa alternativa (kucinsk, 1991); questões conceituais (Fadul e Lins da Silva, 1982, e Festa, 1986)

Livros técnicos produção significativa, feita por jornalistas com intenção de ensinar fazer (Bahia, 1971; Burnett, 1968; Erbolato, 1978; Kotscho, 1989)19 e outros de ensino técnico (Ferrari e Sodré, 1986; Lage, 1979)

Análise da profissão e do

profissional

responsabilidade social (Medina, 1982), crítica (Marcondes Filho, 2000); rotinas de trabalho (Travancas, 1993); Ribeiro, 1994)

Análise de coberturas

segunda grande incidência, com enfoque quantitativo da análise de conteúdo (Marques de melo, 1972; D’Azevedo, 1982) ou com sustentação nas teorias da linguagem, no estudo da relação entre as notícias e os estudos do discurso

Jornalismo eletrônico/web

foco no jornalismo digital e informação on line, com atenção às mudanças no pólo da produção e distribuição

18

Christa Berger.

19 Acrescentaria publicações mais recentes de jornalistas como Ricardo Noblat, Carlos Dornelles, Leão Serva, Caco Barcellos e demais que tratam de relatos de correspondentes de guerra.

da notícia, e à condição da notícia em tempo real

OUTRAS Outras pesquisas mais pontuais: noção de verdade no fato jornalístico(Wilson Gomes, 1991, 1993); antropologia das notícias para compreendê-las como culturalmente significativas, dotadas de matéria simbólica e mítica; teoria do jornalismo: jornalismo como modo de conhecimento (Genro Filho, 1987; Meditsch, 1992); Marcondes Filho (1984, e 1993)

Em outra análise, Elias Machado organiza a consolidação das principais linhas de pesquisa, nessas três últimas décadas:

História do Jornalismo

mais antiga linha de pesquisa existente no país, com trabalhos isolados pioneiros de Alfredo de Carvalho, Hélio Vianna e Nélson Werneck Sodré. Núcleos na Usp, UERJ, UFF e UMESP

Teorias do Jornalismo

com os trabalhos pioneiros de Barbosa Lima Sobrinho, Carlos Rizzini, Antonio Olinto, Alceu de Amoroso Lima, Danton Jobim e Luiz Beltrão.Numa segunda etapa, destacam-se os pesquisadores oriundos de cursos de pósgraduação como José Marques de Melo, Muniz Sodré, Nilson Lage, Ciro Marcondes Filho, Cremilda Medina e Adelmo Genro Filho. Hoje os estudos mais consistentes de Teorias do Jornalismo estão vinculados aos pesquisadores da USP, UFBa, UnB e UFSC

Análise do discurso

trabalhos pioneiros de Antônio Fausto Neto, primeiro na UnB, depois na UFRJ e hoje na Unisinos. Os trabalhos mais consistentes são liderados por grupos na Unisinos, na UFRJ, PUC-SP,UFRGS e na UFBa

Produção da Notícia

trabalhos pioneiros na PUC-RS; PUC-SP, UFF, UnB e USP. Hoje, os principais pesquisadores estão na PUC-SP,

USP, UFPE, UnB e Federal Fluminense

consistentes estão na USP, UFRJ, Unisinos, UFRGS e UFBa

Jornalismo Digital

trabalho pioneiro dos pesquisadores da UFBa e da

ECA. Hoje os grupos mais consistentes estão na UFBa, na ECA e na UnB

Teorias da Narrativa

trabalho que ganha corpo nos programas de pós da UnB e na USP

Jornalismo Especializado

pioneirismo na ECA e na Metodista. Principais núcleos de pesquisa, principalmente jornalismo científico e empresarial na USP, UMESP e PUC-RS. Núcleos de pesquisa na UnB, na UFPE e na Unicamp

No levantamento elaborado por Márcia Benetti Machado20, a respeito dos programas de pós-graduação do país, temos nove categorias, que abrangem tanto os temas, os suportes, teorias ou metodologias:

1 História do Jornalismo 2 Estudos de linguagem

3 Produção da notícia e processos jornalísticos 4 Estudos de recepção

5 Jornalismo digital 6 Ética e jornalismo 7 Jornalismo e educação 8 Teorias do Jornalismo

9 Jornalismo especializado (científico, ambiental, político, econômico, cultural etc)

Esse panorama entrecruzado ao mesmo tempo por temas, áreas, objetos de trabalho, opções metodológicas, programas e linhas de pesquisa se confirma mais uma vez na análise elaborada por Eduardo Medistsch e Mariana Segala a

partir dos trabalhos apresentados em seis congressos nacionais, nos anos de 2003 e 2004 (Compós, Intercom e SBPJor): história do jornalismo, estudos da linguagem e da narrativa, processo de produção da notícia, teorias do jornalismo, recepção e efeitos, estudos da profissão, novas tecnologias, ética jornalística, crítica do jornalismo, jornalismo e educação, ensino do jornalismo e outros.

Em síntese, como bem aponta Christa Berger, observa-se que

Os estudos sobre a imprensa têm inclinação crítica, enfatizando a forma de propriedade, a opção mercadológica e a interferência destas condições nas coberturas. Os estudos situam o jornalismo na história, relacionando-o à forma autoritária do país; buscam salientar experiências – também historicamente datadas – de modos alternativos e populares de fazer de jornalismo; analisam coberturas, notícias, editoriais para esclarecer os sentidos propostos, os protagonistas envolvidos e a presença dos contextos; descrevem rotinas de trabalho buscando indicadores da sua formação textual; chama atenção para a função ora de ocultamento, ora de exposição das coisas; e, dizem da sua responsabilidade para a democratização do país (…) (BERGER, 2002:150).

Esse conjunto de questões teóricas, ainda segundo Berger, se disporia sobre dois eixos: o eixo da linguagem, tratando da formulação textual, e o eixo da história política, na relação do Estado com a sociedade civil. Também em dois paradigmas L. G. Motta localiza a produção teórica da pesquisa em jornalismo no Brasil. Seriam paradigmas em confronto: o paradigma midiacêntrico, inserido numa abordagem crítica que partiria do pressuposto de que a mídia em geral e o jornalismo em particular têm efeitos danosos sobre a sociedade – a pesquisa aqui estaria contaminada pelo debate político na denúnica do autoritarismo e da prepotência da mídia; e o paradigma sociocêntrico (contra- hegemônico), com foco na sociedade civil, analisando como cada segmento social utiliza estrategicamente a mídia, vista agora como espaço e instrumento

dos enfrentamentos políticos na disputa pela visibilidade e pela conquista de poder. (MOTTA, 2005: 23). Nesse segundo paradigma, ainda em fase de consolidação acadêmica segundo Motta, o jornalismo não é mais tomado como aparato ideológico homogeneizador da cultura e do pensamento, necessariamente a serviço da lógica comercial; a visão agora seria mais dialética. Em outros termos, A. Albuquerque (1998) denominaria de paradigma da manipulação da notícia versus o mais recente paradigma da produção da notícia, pelo qual se reconheceria a contemporânea dimensão pública de sociabilidade instituída pela mídia, pelo seu poder de organizar a vida política. A meu ver, podemos visualizar no horizonte da pesquisa em jornalismo no país não só uma mudança de direção rumo aos estudos do processo de produção da notícia, tanto no âmbito dos formatos, da formulação textual como da abordagem mais etnográfica do trabalho nas redações, como também um encaminhado voltado para o sujeito receptor de notícias – com influência intensa do pensamento de Martin-Barbero, que sugere pensar a mídia não mais pelos meios, mas pelas mediações culturais. No primeiro caso, destacaria o interesse inovador pelo estudo das relações dos jornalistas com as fontes (que se insere ainda dentro do contexto dos jogos da política, mas foi muito pouco investigado até agora) e, na segunda trilha, chamaria atenção para os estudos de recepção das notícias e de leitura das notícias como produtos culturais, com destaque para as investigações que tratam da notícia como narrativa antropológica e como produtoras de sentido e de entendimento.

Segundo C. Berger, em avaliação sobre a comunicação quem bem serve à pesquisa sobre jornalismo, a perspectiva que vai, então, se afirmando entre os pesquisadores é tratar a comunicação no cenário da cultura, que na América latina encontra eco na sua formação híbrida.

As categorias com as quais ingressamos nos anos 90 não são mais nem a ideologia, nem a dependência, ainda que estas tenham sido incorporadas ao discurso como um todo, mas a de mediação e a de hibridação, que permitem repensar a relação do popular com o massivo, da comunicação com os movimentos sociais, do receptor com o meio, todas as ‘mediadas’ pelas estruturas socioculturais. (BERGER (2001: 269)

Ao término desse balanço, podemos observar que também no Brasil o campo investigativo do jornalismo reflete os clássicos eixos pelos quais tradicionalmente são pensados os processos comunicativos em geral: os eixos da mensagem (discurso), da emissão (produção da notícia) e dos efeitos (sujeito receptor – sentidos –conhecimento – imaginário - entendimento). No inventário minucioso elaborado por C. Ponte (2004) sobre a produção teórica internacional sobre jornalismo é visível essa constatação, quando a autora organiza seu trabalho primeiramente na relação do jornalismo com a literatura (linguagem), na produção de sentidos e de conhecimento (recepção) e nas implicações do circuito da noticiabilidade. A meu ver, o mundo da recepção jornalística, deveria merecer mais atenção nos estudos para a consolidação das bases teóricas do jornalismo, de modo que se possa compreender melhor a dinâmica entre essas três instâncias fundadoras, mas agora a partir dos estudos da cultura, uma vez que estão mais adiantados os caminhos consolidados pelas perspectivas da histórica, da ciência política, da sociologia e dos estudos da linguagem21. Há expectativas de que, tal qual tem feito o campo da comunicação, também as pesquisas em jornalismo sejam capazes de inaugurar novas metodologias de investigação e construir interpretações teóricas próprias para avançar no estudo de uma histórica e tradicional prática social.

Referências bibliográficas

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MACHADO, Elias (2004). “Dos estudos sobre o jornalismo às teorias do jornalismo: Três pressupostos para a consolidação do jornalismo como campo de conhecimento”. I e-compós Revista Eletrônica da Associação Brasileira dos Programas de Pós-graduação em Comunicação v. 1, dezembro de 2004.

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MARTIN-BARBERO, Jesus. ( 1997). Dos meios às mediações: comunicação, cultura e hegemonia. Rio de Janeiro: Editora UFRJ.

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No documento Actas I Jornadas de Jornalismo (páginas 116-126)