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Para os cristãos Jesus Cristo é a figura máxima. Ele é um ser perfeito, sem pecado, infinitamente bom e incomensuravelmente sábio e inteligente. É a perfeição em forma de carne. Lamento decepcionar aos crentes cristãos, mas Jesus está muito longe de qualquer dessas qualidades. Já vimos que o primeiro “grande” milagre de Jesus foi converter centenas de litros de água em vino para dar a pessoas que já estavam bêbadas; também vimos como Jesus cura cegos como qualquer vulgar bruxo: com saliva, mas aqui vamos falar de uma das histórias mais bizarras de Jesus; que faz coisas tão absurdas que provam sem margem para dúvidas, que não é nem de longe e nem com muita boa vontade, um ser infinitamente sábio e muito menos perfeito, é a famosa história da “figueira”.

Marcos 11:12-21

12 - No dia seguinte, saindo eles de Betânia, teve fome. 13 - Vendo ao longe uma figueira que tinha folhas, foi ver se, porventura, acharia nela alguma coisa. Aproximando-se, nada achou senão folhas; porque ainda não era tempo de figos. 14 - Disse-lhe: Nunca jamais coma alguém fruto de ti; e seus discípulos ouviram isto. 15 - Chegaram a Jerusalém. Entrando ele no templo, começou a expulsar os que ali vendiam e compravam, e derrubou as mesas dos cambistas, e as cadeiras dos que vendiam as pombas. 16 - Não permitia que ninguém atravessasse o templo, 17 - levando qualquer objeto, e ensinava, dizendo: Não está escrito que a minha casa será chamada casa de oração para todas as nações? mas vós a tendes feito um covil de salteadores. 18 - Ouvindo isto os principais sacerdotes e os escribas, procuravam um modo de lhe tirar a vida; pois o temiam, porque toda a multidão estava muito admirada do seu ensino. 19 - Quando chegava a tarde, saíam da cidade. 20 - Ao passarem de manhã, viram que a figueira estava seca até a raiz. 21 - Pedro, lembrando-se, disse- lhe: Olha, Mestre, secou-se a figueira, que amaldiçoaste!

Se lermos o texto com cuidado, no versículo 13 diz muito claramente “Pois não era tempo de figos”. Efetivamente; estes fatos ocorreram uma semana antes que Jesus fosse crucificado (a baderna que provocou no templo), portanto falamos de datas próximas ao fim março e início de Abril, ou seja, tem razão o versículo em dizer que não era época de figos, já que os figos aparecem no final do verão e não no início, que é a época da história.

• Notaram o estranho comportamento de Jesus?

• Ele amaldiçoa uma figueira porque não tinha frutos, quando a própria Bíblia diz que “NÃO ERA TEMPO DE FIGOS” (vers. 13).

• O que pretendia Jesus? O que esperava? Por que amaldiçoar um ser vivo por não fazer algo que era fisiologicamente impossível?

Recordemos que Jesus é infinitamente sábio; certamente sabia que essa não era a época de Figos e a pobre figueira não era responsável por não ter fruto. Não era tempo porque as leis da Natureza não permitiam.

Qual é a moral desta historia?

Creio que a resposta é muito clara. Jesus somente pretendia demonstrar a seus discípulos e seguidores o enorme poder que tinha, ao secar de maneira caprichosa uma árvore. Recorda-me muito a história do cego de nascimento, o qual era curado por Jesus apenas para se mostrar diante de seus espectadores. Já imagino Jesus no juízo final nos acusando de pecados que nem sequer conhecíamos; ou condenando os primitivos indígenas por não conhecerem o evangelho. Seria a mesma situação da pobre figueira. Jesus se comporta neste caso particular, com uma insensatez e intolerância impressionantes. A justificação dos crentes para o estranho comportamento de Jesus é vergonhosa. Sem falar das desculpas idiotas que abundam na grande rede, as quais abarcam todo tipo de absurdos e auto-justificaçõess bíblicas (argumentos circulares). Dos milhares que existem, a seguinte é uma das mais ou menos coerentes, mas claramente falaciosa e ilusória:

• Quando Jesus se aproximou da figueira frondosa, ele teve toda a razão de suspeitar que teria algo comestível. Sem dúvida, depois de inspecionar a árvore, Marcos registra que “nada achou senão folhas”. Não havia taksh brotando, como deveria haver, se a árvore fosse produzir frutos

naquele ano. (taksh é o termo árabe para designar o primeiro fruto anual da figueira no inicio do verão) A árvore parecia ter fruto, mas só tinha sinais externos (folhas) e realmente não era valioso para os que viajavam.

• Adicionalmente, qualquer um que esteja pelo menos um pouco familiarizado com o caráter de Jesus sabe que ele não passou seu tempo nesta Terra erradicando figueiras estéreis como um serviço ecológico para os agricultores da Palestina. Então, qual foi o ponto de tal ação abrupta contra arvore? Quando se observa o contexto do evento, torna-se aparente a intenção de Jesus, a qual tem duas partes. Primero, no contexto imediato, a figueira estéril se aplica á religião pretenciosa dos líderes judeus em Jerusalém. Depois de amaldiçoar à figueira, o texto diz que Jesus foi a Jerusalém e começou a tirar os cambistas do templo (Marcos 11:15-19). As atividades no templo que uma vez tinham sido frutíferas e saudáveis, tornaram-se vazias e inúteis. Allen Black comentou: “A maldição da fogueira simboliza o juízo de Deus sobre Israel por não produzir o fruto que ele queria do templo. Esta anuncia a purificação do templo e finalmente a profecia de sua destruição no capítulo 13”.

• Segundo, em um sentido geral, Jesus simplesmente disse que as árvores que não derem frutos serão cortadas (Mateus 7:19; Lucas 13:6-9). A figueira não tinha fruto, era inútil e merecia ser destruída — sendo a aplicação espiritual, que qualquer ser humano que não produza fruto para Deus será destruído por causa de sua improdutividade.

• Jesus não teve um ataque e amaldiçoou a figueira, mesmo que fosse impossível para ela produzir frutos. Ele amaldiçoou a árvore, porque ela devia estar produzindo frutas, uma vez que tinha os sinais exteriores de produtividade. O "relógio" de Jesus enfatizou a verdade espiritual que às figueiras estéreis espirituais finalmanete acabará seu tempo. Como aplicação pessoal, devemos trabalhar com afinco para não sermos figheiras estéreis. • http://apologeticspress.org/articles/3061

A explicação é quase tão absurda quanto a história original. Obviamente a história bíblica relata que Jesus buscava figos e não brevas, mas a árvore não tinha nem um e nem outro. Agora, isso é razão suficiente para amaldiçoar e secar a figueira? Supomos que Jesus esperava encontrar algum tipo de fruto, mas ao perceber que na árvore frondosa não encontrou mais do que folhas, por isso matou a pobre figueira? O resto da desculpa é francamente desatinada. Uma série de comparações com outros versículos bíblicos, principalmente com a parábola da figueira de Lucas 13:6-9 que não tem relação direta com a presente.

É bastante curioso, já que dizem que Jesus é todo-poderoso e se o tivesse desejado a figueira teria frutos em qualquer época. Parece simplesmente um desejo infantil de Jesus contra uma árvore por ela não fazer algo impossível, dar frutos fora de sua época. Recordemos que a figueira é uma árvore e mesmo sendo um ser vivo, não é responsável por seus atos, não tem escolha, não tem consciência. Como pôde Jesus castiga-la por não fazer algo que ele esperava? As plantas não têm livre arbítrio nem capacidade de decisão. Mesmo como metáfora ou analogia, a história é das mais ridículas, pois ela se torna extremamente intolerante quando se refere a seres humanos.

Isto me recorda o versículo bíblico que diz que os cães não irão ao céu (Apocalipse 22:15 Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira.) Que culpa têm os pobres cães de suas ações? Por que são vítimas do ódio divino apenas por não serem humanos? Segundo a filosofia divina, todo aquele ser vivo que não seja homem lhe aguarda algo negativo, chame-se inferno, purgatório, limbo, etc., mas provar as delícias do paraíso nem pensar. Esse deus é justo?

Esta historieta, além de nos mostrar o quão irracional e desprovido de sentido comum é Jesus, é simplesmente mais uma fábula anedótica, já que Jesus nem mesmo deve ter existido (se em 2000 anos não conseguiram apresentar nenhuma evidência, é pouco provável que consigam). Os que creem que Jesus e Deus existem são os que devem apresentar evidências de sua existência.

18 - Deus está orgulhoso de sua bunda.

Êxodo 33:23

E, havendo eu tirado a minha mão, me verás pelas costas; mas a minha face não se verá.

É um grande dia para Moisés. Ele finalmente vai se encontrar com Deus cara a cara e está emocionado antecipadamente. Chega o momento e Moisés se posiciona sobre uma pedra, disposto a ver o próprio criador divino. Mas Deus volta atrás na última hora

alegando que nenhum homem pode ver a sua face e viver (talvez estivesse na lista negra da Interpol!). Mas ele tem uma solução. Ele deixará que Moisés dê uma olhada na sua parte traseira. Moisés deve ter ficado com o coração destroçado. Foi com a esperança de ver o rosto de Deus, não o seu traseiro! Imaginemos como explicou isso à sua mulher: "Carinho, vistes o rosto de Deus?" Não exatamente, mas dei uma grande olhada em seu cu!” Moisés provavelmente dormiu sozinho nessa noite.

Moral da historia?

Deus trabalha de maneira misteriosa (e um pouco gay).

A Bíblia mais utilizada nos EUA e a King James Version, diz que Deus mostra a Moisés suas “back parts” (partes traseras). Nas versões em espanhol mudaram por “Espaldas” e nas versões em português “Costas” ou “por detrás” ... O que não ajuda muito Deus em nenhum caso.

Êxodo 33:23 (King James)

And I will take away mine hand, and thou shalt see my back parts: but my face shall not be seen.

19 - Genética bíblica – Jacó e as varas

Já vimos que a Bíblia tem histórias verdadeiramente estranhas, histórias absurdas como a da burra de Balaão ou grotescas como a história do hóspede carniceiro; ou totalmente surrealistas como os Zumbis de Mateus. São tantas! Mas agora iremos analisar uma de difícil classificação. Idiota? Estúpida? Ingênua? Ou simplesmente apenas mais um equívoco da Bíblia.

Gênesis 30:25-43

25 - E aconteceu que, como Raquel deu à luz a José, disse Jacó a Labão: Deixa-me ir, que me vá ao meu lugar, e à minha terra. 26 - Dá-me as minhas mulheres, e os meus filhos, pelas quais te tenho servido, e ir-me-ei; pois tu sabes o serviço que te tenho feito. 27 - Então lhe disse Labão: Se agora tenho achado graça em teus olhos, fica comigo. Tenho experimentado que o SENHOR me abençoou por amor de ti. 28 - E disse mais: Determina-me o teu salário, que to darei. 29 - Então lhe disse: Tu sabes como te tenho servido, e como passou o teu gado comigo. 30 - Porque o pouco que tinhas antes de mim tem aumentado em grande número; e o SENHOR te tem abençoado por meu trabalho. Agora, pois, quando hei de trabalhar

também por minha casa? 31 - E disse ele: Que te darei? Então disse Jacó: Nada me darás. Se me fizeres isto, tornarei a apascentar e a guardar o teu rebanho; 32 - Passarei hoje por todo o teu rebanho, separando dele todos os salpicados e malhados, e todos os morenos entre os cordeiros, e os malhados e salpicados entre as cabras; e isto será o meu salário. 33 - Assim testificará por mim a minha justiça no dia de amanhã, quando vieres e o meu salário estiver diante de tua face; tudo o que não for salpicado e malhado entre as cabras e moreno entre os cordeiros, ser-me-á por furto. 34 - Então disse Labão: Quem dera seja conforme a tua palavra. 35 - E separou naquele mesmo dia os bodes listrados e malhados e todas as cabras salpicadas e malhadas, todos em que havia brancura, e todos os morenos entre os cordeiros; e deu-os nas mãos dos seus filhos. 36 - E pôs três dias de caminho entre si e Jacó; e Jacó apascentava o restante dos rebanhos de Labão. 37 - Então tomou Jacó varas verdes de álamo e de aveleira e de castanheiro, e descascou nelas riscas brancas, descobrindo a brancura que nas varas havia, 38 - E pôs estas varas, que tinha descascado, em frente aos rebanhos, nos canos e nos bebedouros de água, aonde os rebanhos vinham beber, para que concebessem quando vinham beber. 39 - E concebiam os rebanhos diante das varas, e as ovelhas davam crias listradas, salpicadas e malhadas. 40 - Então separou Jacó os cordeiros, e pós as faces do rebanho para os listrados, e todo o moreno entre o rebanho de Labão; e pós o seu rebanho à parte, e não o pôs com o rebanho de Labão. 41 - E sucedia que cada vez que concebiam as ovelhas fortes, punha Jacó as varas nos canos, diante dos olhos do rebanho, para que concebessem diante das varas. 42 - Mas, quando era fraco o rebanho, não as punha. Assim as fracas eram de Labão, e as fortes de Jacó. 43 - E cresceu o homem em grande maneira, e teve muitos rebanhos, e servas, e servos, e camelos e jumentos.

Como diria Galvão Bueno (Argh!) ... “Bem amigos”, se eu fosse um cristão devoto e já tivesse lidos as histórias anteriores sem o menor abalo na minha fé, este seria o exato momento em que estaria espalhando os pedaços das páginas da Bíblia pela casa

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toda, comendo algumas páginas e entrando na fase 2 do modelo de Kübler-Ross.

Jacó havia se oferecido para trabalhar para Labão por sete anos, como dote para casar com sua filha Raquel (para entender a história leia todo o capítulo). Mas durante a noite de núpcias, Labão trocou as filhas e colocou Leia no lugar de Raquel, no escurinho do cinema Jacó acabou comendo gato por lebre. Só na luz do dia seguinte Jacó descobriu a substituição, mas Labão exigiu outros sete anos de trabalho para só então entregar Raquel como sua esposa. Despois de passados os sete anos, Jacó pediu permissão para partir com a sua amada, mas Labão não quis que ele se fosse, já que Jacó havia aumentado enormemente seus rebanhos. Labão ofereceu a Jacó alguns de seus animais, e então Jacó escolheu os manchados e listrados. Até aqui tudo bem, mas… Em seu desejo de conseguir riqueza rapidamente (e praticamente roubando de Labão), Jacó teve uma ideia que teria maravilhado

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nossos geneticistas: pega umas varas verdes e tira parte da casca formando listras brancas onde o miolo fica exposto, deixando as varas listradas, coloca as varas diante dos bebedouros de água das ovelhas. Quando as ovelhas acasalavam diante das varas geravam filhotes listrados e as que acasalavam longe das varas davam filhotes de cor escura normal; Toda vez que as fêmeas mais fortes estavam no cio, Jacó colocava os galhos nos bebedouros, em frente dos animais, para que estes se acasalassem perto dos galhos; mas, se os animais eram fracos, não os colocava ali. Desse modo, os animais fracos ficavam para Labão e os mais fortes para Jacó. É de nos maravilhar a honestidade dos homens de Deus não é mesmo? Será que os de hoje seguem estes exemplos bíblicos de honestidade?

• O que se pode dizer de uma história dessas, depois de passado o ataque de riso, óbvio?

Referências:

http://www.jesucristo.net/ovejasjacob.htm

http://www.godandscience.org/apologetics/false-es.html

20 - A estúpida historia de Uza e a Arca >>>

Deus é amor. Deus é bondade; Deus é Doçura; Deus é ternura; Deus é benévolo; Deus é tolerante, generoso, magnânimo, etc. Todos esses conceitos são perfeitamente aplicáveis a Deus do ponto de vista do crente cristão que jamais leu a Bíblia. Mas quando se lhes mostra todas as atrocidades, crueldades, assassinatos e violência que Deus demonstra na Bíblia, acionam o modo papagaio e respondem: “Deus é amor, mas também é justo. Ok, Deus e amor e Deus é justo. (Justiça: f. Rel. Atributo de Deus pelo qual ordena todas as coisas em número, peso ou medida. Ordinariamente se entende pela divina disposição com que castiga ou premia, segundo merece cada um.). Ou seja, Deus castiga ou premia de acordo com o merecimento de cada um. Agora daremos uma olhada em uma curta e interesante história onde os atributos de amor e justicia de Deus (como sempre) parecem desaparecer como fumaça ao vento. Certamente, Deus também é imutável; não muda. O mesmo Deus de ontem é o mesmo Deus de Hoje e também será o de amanhã. É necessário

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levar isto em conta para medir em sua correta dimensão esta história.

Esta é uma das histórias bíblicas sobre o Rei Davi durante o transporte da Arca do pacto que contém em seu interior as tabuas da lei:

2 Samuel 6:1-9

1 - Tornou Davi a ajuntar todos os escolhidos de Israel, em número de trinta mil. 2 - Depois levantou-se Davi, e partiu para Baal-Judá com todo o povo que tinha consigo, para trazerem dali para cima a arca de Deus, a qual é chamada pelo Nome, o nome do Senhor dos exércitos, que se assenta sobre os querubins. 3 - Puseram a arca de Deus em um carro novo, e a levaram da casa de Abinadabe, que estava sobre o outeiro; e Uzá e Aiô, filhos de Abinadabe, guiavam o carro novo. 4 - Foram, pois, levando-o da casa de Abinadabe, que estava sobre o outeiro, com a arca de Deus; e Aiô ia adiante da arca. 5 - E Davi, e toda a casa de Israel, tocavam perante o Senhor, com toda sorte de instrumentos de pau de faia, como também com harpas, saltérios,

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tamboris, pandeiros e címbalos. 6 - Quando chegaram à eira de Nacom, Uzá estendeu a mão à arca de Deus, e pegou nela, porque os bois tropeçaram. 7 - Então a ira do Senhor se acendeu contra Uzá, e Deus o feriu ali; e Uzá morreu ali junto à arca de Deus. 8 - E Davi se contristou, porque o Senhor abrira rotura em Uzá; e passou-se a chamar àquele lugar, Pérez-Uzá, até o dia de hoje. 9 - Davi, pois, teve medo do Senhor naquele dia, e disse: Como virá a mim a arca do Senhor?

Sim, é isso mesmo, você não leu errado! Este senhor chamado Uza, tocou na arca de Deus para evitar que caisse no chão porque os bois tropeçaram. E zaz!!!... Deus o fulminou instantaneamente!!! E até Davi ficou com medo de Deus nessa hora! Neste instante vários crentes gritaram que é uma história isolada e que provavelmente houve algum erro na sua transcrição. Para o azar destes a mesma história é repetida em Crônicas:

1 Crônicas 13:7-12

7 - Levaram a arca de Deus sobre um carro novo, tirando-a da casa de Abinadabe; e Uzá e Aiô guiavam o carro. 8 - Davi e todo o Israel alegravam-se perante Deus com todas as suas forças, cantando e tocando harpas, alaúdes, tamboris, címbalos e trombetas. 9 - Quando chegaram a eira de Quidom, Uzá estendeu a mão para segurar a arca, porque os bois tropeçavam. 10 - Então se acendeu a ira do Senhor contra Uzá, e o Senhor o feriu por ter estendido a mão à arca; e ele morreu ali perante Deus. 11 - E Davi se encheu de desgosto porque o Senhor havia irrompido contra Uzá; pelo que chamou aquele lugar Pérez-Uzá, como se chama até o dia de hoje. 12 - Temeu Davi a Deus naquele dia, e disse: Como trarei a mim a arca de Deus?

Confirmado: o Deus louco matou um homem porque segurou “SUA” arca para evitar que caísse! É uma atitude tão aberrante de Deus que até o próprio Davi ficou triste e com medo de Deus pelo fato. Assim é Deus. Não gosta que toquem em suas coisas. E se irrita muito se alguém faz isso.

1 - Desculpas cristãs engraçadas

Como sempre acontece nestes casos pontuais e precisos onde a fúria e atrocidade de Deus é tão evidente, alguns cristãos tentam desesperadamente buscar alguma desculpa ou razão para tentar explicar o que parece um ato sem miserocórdia e sem compaixão de Deus. Na maioria das vezes as desculpas são tão idiotas quanto os atos do próprio Deus.

1 - Deus matou Uzá por sua “imprudência”!!!

O registro bíblico descreve a falta de Uzá como "temeridade" e "por ter estendido a mão à arca" (1 Crônicas 13:10). "Temeridade" quer dizer "imprudência, que se pensa, diz ou faz sem fundamento" (VOX). Para analizar a imprudência de Uzá, é

necessário considerar os seguintes pontos: (1) Deus proibiu, sob pena de morte, que alguém não-levita olhasse a arca (Núm. 4:20); (2) estipulou que só os levitas filhos de Coate podiam carregar a arca (Núm. 4:15); (3) mandou cobrir a arca para mudá-la de lugar (Núm. 4:5); (4) mandou carregar a arca nos ombros, utilizando duas varas colocadas nos anéis de cada canto (Êxo. 25:14) e (5) proibiu que se tocasse, nem por levita, nem por ninguém (Núm. 4:15). Pobre Uzá! Sua ignorância lhe custou a vida. Deus matou Uzá por sua imprudência.