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Jonas 1:1

1. E veio a palavra do SENHOR a Jonas, filho de Amitai, dizendo: 2. Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive, e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até à minha presença.

Alguém se preguntará porque chamo deus de absurdo e incompetente. Bem, para responder ao leitor que duvide de meus adjetivos para este deus bíblico lhe informarei, caso não se lembre, desconheça ou faça de conta de que não sabe que este deus é entre outras coisas onisciente (sabe tudo o tempo todo) e onipresente (está em todas as partes). Se possuir estes dois atributos, tal como se pressupõe, porque não adverte diretamente aos cidadãos de Nínive em vez de avisar somente a uma pessoa para que esta mensagem demore três dias para chegar ali?

A imutabilidade deste personagem é outra coisa contraditória com todo tipo de narrações bíblicas e com sua onipotência: Se é imutável, não pode mudar de opinião. Um momento! Não pode mudar? Sim querido leitor, imutável é imutável, não é uma coisa que se ative ou desative à vontade ou por conveniência de alguém (mesmo que isto seja outro paradoxo, já que se não pode mudar sua imutabilidade significa que não é onipotente) e se o faz não é imutável.

Continuando com essa incrível fabula…

Jonas 1:3

3. Porém, Jonas se levantou para fugir da presença do SENHOR para Társis. E descendo a Jope, achou um navio que ia para Társis; pagou,

pois, a sua passagem, e desceu para dentro dele, para ir com eles para Társis, para longe da presença do SENHOR.

Apesar de o deus bíblico ser conhecido durante gerações como “onipotente e onibenevolente”, seus escolhidos não parecem fazer muito caso disso quando recebem suas ordens. Por quê? Este livro (a Bíblia) cheio de anacronismos e contradições não explica, mas explica o que este ser antinatural faz com eles quando essas desobediências acontecem... Neste específico caso, Jonas, inexplicavelmente, ele se recusa a ir para onde o Senhor ordenou. Não só não se dirige para Nínive, mas decide tomar um barco para outro destino completamente diferente e distante do local onde o seu Deus ordenou que ele fosse (Tarsis, a mais de 3500 km de Nínive).

Diante desta desobediência descarada o que fez deus? Com a sua onisciência poderia ter sabido das intenções de Jonas e tê-lo repreendido e com a sua onipotência poderia ter imobilizado o navio, mas decidiu fazer o que lhe dá na telha como sempre:

Jonas 1:4-5

4. Mas o SENHOR mandou ao mar um grande vento, e fez-se no mar uma forte tempestade, e o navio estava a ponto de quebrar-se. 5. Então temeram os marinheiros, e clamavam cada um ao seu deus, e lançaram ao mar as cargas, que estavam no navio, para o aliviarem do seu peso; Jonas, porém, desceu ao porão do navio, e, tendo-se deitado, dormia um profundo sono.

Como de costume, este deus literário sempre escolhe como "enviado" os personagens mais inúteis, imorais e estúpidos, e, como sempre, pagam por sua fúria as pessoas inocentes que não têm nada a ver com o caso. Por quê? Escolhe alguém que não seguirá suas ordens (apesar de saber disto com antecedência - é onisciente - para corrigir este erro fazer com que seu “escolhido” faça o que foi ordenado) e manda uma tempestade contra os pobres marinheiros que se dirigiam para Tarsis apenas porque seu inútil mensageiro, Jonas, decidiu ir com eles. Este, apesar de estar em plena tempestade, segue dormido sem tomar conhecimento do que acontece no barco. (Ou tinha um sono muito pesado, a tempestade não era para tanto ou os marinheiros eram uns mentirosos).

Além do mais, estes marinheiros agem como incrivelmente incompetentes na hora de conduzir um navio. Quando chega uma tempestade as únicas ações que eles realizam são: rezar e jogar a carga ao mar. E não só isso, mas o mestre, ao se encontrar com essa enorme tempestade, como uma terceira opção, decide avisar a um passageiro para rezar diretamente ao seu deus. ??? (E por

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mais absurdo que pareça, com a plena certeza de que isto funcionará).

Jonas 1:6

6. E o mestre do navio chegou-se a ele, e disse-lhe: Que tens, dorminhoco? Levanta-te, clama ao teu Deus; talvez assim ele se lembre de nós para que não pereçamos.

Não apenas parece não terem conhecimentos navais, mas que, como solução, resolvem tirar a sorte para descobrir quem é o culpado pela situação.

Jonas 1:7-8

7. Então os marinheiros combinaram entre si: "Vamos tirar sortes para descobrir quem é o responsável por esta desgraça que se abateu sobre nós". Tiraram sortes, e a sorte caiu sobre Jonas. 8. Por isso lhe perguntaram: "Diga-nos, quem é o responsável por esta calamidade? Qual é a sua profissão? De onde você vem? Qual é a sua terra? A que povo você pertence?”

Como? Deixaram embarcar um desconhecido sem lhe preguntar nada? E nem sabem de onde vinha?

Jonas 1:4-5

9. Ele respondeu: "Eu sou hebreu, adorador do Senhor, o Deus dos céus, que fez o mar e a terra". 10. Com isso eles ficaram apavorados e perguntaram: "O que foi que você fez? ", pois sabiam que Jonas estava fugindo do Senhor, porque ele já lhes tinha dito.

Um momento, fugir do deus bíblico? Aqui só cabem duas opções:

1. Isso foi apenas a conclusão dos marinheiros. Isso se explicaria por que ignoravam a onisciência deste deus

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vingativo. Mas contradiz o fato de que mais adiante ficaram apavorados ao saber que Jonas fugia do “Senhor”.

2. Realmente, Jonas fugia do Deus hebraico (seu deus). Isso explicaria por que toma um barco para outra cidade milhares de quilômetro distante da que supostamente seu deus queria que ele fosse. Coisa que não explica como este "profeta" escolhido pelo deus hebraico não sabia da sua onipresença.

Um estrangeiro em seu navio lhes diz acreditar no deus hebraico, que este criou "os céus, o mar e a terra" e com apenas isso eles se apavoraram?

O autor desta história, como todos os autores bíblicos, tende a exagerar muito as atitudes e sentimentos de outras tribos: isso nos mostra que estas tribos também tinham divindades a quem eles também atribuíam à criação de tudo.

Se essa história fosse real e narrada com objetividade, esses marinheiros não teriam pedido ajuda a um passageiro, porque para eles a causa destas tempestades teria sido os seus próprios deuses.

Jonas 1:11-15

11. Visto que o mar estava cada vez mais agitado, eles lhe perguntaram: "O que devemos fazer com você, para que o mar se acalme?” 12. Respondeu ele: "Peguem-me e joguem-me ao mar, e ele se acalmará. Pois eu sei que é por minha causa que esta violenta tempestade caiu sobre vocês". 13. Ao invés disso, os homens se esforçaram ao máximo para remar de volta à terra. Mas não conseguiram, porque o mar tinha ficado ainda mais violento. 14. Então eles clamaram ao Senhor: "Senhor, nós suplicamos, não nos deixes morrer por tirarmos a vida deste homem. Não caia sobre nós a culpa de matar um inocente, porque tu, ó Senhor, fizeste o que desejavas".

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15. Então, pegaram Jonas e o lançaram ao mar enfurecido, e este se aquietou.

Depois de encontrar um culpado, perguntam ao próprio acusado o que fazer para acalmar as águas (??). Este, num gesto aparentemente honesto diz que o joguem ao mar. Com este gesto, o Deus bíblico bem que poderia ter aliviado a tempestade. Mas não, este decide seguir atormentando-os até que lhe implorem, porque não querem morrer ou serem culpados pela morte de Jonas. (Vemos que Deus podia encontrar qualquer outro mensageiro de más notícias para Nínive, mas preferiu punir este indivíduo e todo o inocente que aparecesse pelo seu caminho).

Jonas 1:16

16. Ao verem isso, os homens adoraram ao Senhor com temor, oferecendo-lhe sacrifício e fazendo-lhe votos.

Não bastava apenas lança-lo ao mar, estes deviam “temer” a Deus e oferecer-lhe também um sacrifício, além de jogar Jonas anteriormente ao mar. O que se pergunta depois disso é: que sacrifício? Se voltarmos um pouco, podemos ver que estes tinham jogado toda a carga ao mar.

Jonas 1:17

17. Então o Senhor fez com que um grande peixe engolisse Jonas, e ele ficou dentro do peixe três dias e três noites.