• Nenhum resultado encontrado

O desenvolvimento da imagem fotográfica já nasceu associado à imagem desenhada. Isto é, os princípios e técnicas da fotografia começaram antes mesmo do uso fotográfico, da criação das técnicas de revelação, do filme e do papel fotográfico. Os pintores e desenhistas já usavam os princípios da câmera escura (elemento básico da fotografia) para compor suas obras e registrar a realidade (principalmente figuras humanas).

Diversos estudos que retomam a história da fotografia (MARTINS, N. 2010; VIEIRA, 2014), defendem que por volta de 1554 já há registros da idealização e/ou uso de uma câmara

21

Esta hipótese nos ajudaria a defender a tese que Yellow Kid, por mais que desejem alguns, não se configuraria como a forma inaugural de quadrinhos, já que a tão mencionada característica que o elevaria a esta categoria (os textos estampados nos camisolões e nos muros das histórias) não representam sumariamente a essência magna das histórias em quadrinhos. Encontramos produções institucionais com desenhos estáticos, muitas vezes figurativos em fundo branco ou neutro, em que existem muitos balões, diálogos e narrativas, mas por não contarem com um processo de movimento ou sequencialização, não são reconhecidos pela comunidade como quadrinhos e sim por cartilhas ou ilustrações.

escura por Leonardo Da Vinci22. E o mesmo objeto aparece em diversas ilustrações ao longo dos séculos XVI e XVII, em diversas publicações ensinando o uso da câmera escura e suas potencialidades, sempre relacionadas ao desenho (Fig. 1.18 a 1.20). Não demorou que pessoas de diferentes locais desenvolvessem diferentes técnicas com os mesmos objetivos: registrar aquilo que o olho vê com certa automação e durabilidade que não dependesse da habilidade dos pintores/desenhistas.

A fotografia é fruto de uma série de processos e contribuições de diferentes pessoas que descobriram diferentes formas de capturar e preservar as imagens projetadas pelas câmeras escuras (sem usar o recurso dos traços e linhas do desenho). Boa parte destas descobertas ocorreram com mecanismos desenvolvidos em experimentos de física, nos estudos de óptica e outros em química, a partir da descoberta dos reagentes sensíveis à luz. Estas técnicas desenvolvidas pelas necessidades dos desenhistas, quando aliadas às técnicas de impressão de imagem, particularmente associadas à litogravura23 serão decisivas para o desenvolvimento da fotografia.

Fig. 1.18 – A câmara escura (ou obscura) era uma caixa vedada com um furo onde a luz projetava o

objeto a sua frente dentro da câmara. Seu uso aparece associado às praticas de desenhistas e pintores.

22 Outras fontes apontam momentos anteriores, como é o caso do fotógrafo alemão e professor de história da

fotografia, Werner Nekes (2005, [s.p.], traduzi.) que em seu site, defende o seguinte: “O princípio óptico relevante já foi reconhecido no século IV A.C. pelos matemáticos moísta na China e por Aristóteles (384-322 aC). Aristóteles observou que durante um meio eclipse do sol, visto através da folhagem de uma árvore, aparecia múltiplos reflexos das imagens invertidas do céu; o princípio da câmara obscura é de fato um fenômeno natural. A copa da árvore continha uma multiplicidade de espaços escuros. Por volta de 1038 o erudito árabe Ibn al Haitham (965-1040 dC), se tornou a primeira pessoa a descrever com precisão o princípio da câmara escura.”

23 A técnica da litogravura se desenvolveu durante a grande produção de ilustrações e pela necessidade de

impressão destas imagens com melhor qualidade e com cores. A técnica consiste numa reação química de repulsão entre a água e os pigmentos gordurosos que traçam os riscos sobre a pedra lisa. A lógica de impressão litográfica foi decisiva para a continuação das pesquisas e experimentos de outras substâncias que tivessem efeitos semelhantes e dependessem menos das mãos dos desenhistas.

Fig. 1.19 – Ilustrações de diversos modelos de câmeras

obscuras de Giovanni Battista della Porta (1535–1615), publicados no Magia Naturalis em 1558. Todas enfatizando seu uso na prática do desenho.

Fig. 1.20 – Ilustrações de 1859 explicativas das

primeiras câmeras obscuras portáteis, ainda exibindo sua função de apoio ao desenhista. O que se desenvolveu foi uma tentativa de resguardar estas imagens projetadas, a partir da descoberta e controle dos reagentes químicos.

Foram diversos experimentos e descobertas diferentes voltadas para a preocupação com a captura da imagem. É só em 1826 que o registro fotográfico se desenvolve no trabalho de Joseph Niépce sobre a vista de telhado de seu ateliê 24. A foto era uma captação, mediada por elementos químicos em reação com a luz (Heliografia). O pintor Jacques Daguerre, em 1839, desenvolve um mecanismo e um experimento público onde é revelada a fotografia (chamado naquele momento de Daguerreotipo ou “espelhos com memória”)25

. William Henry Fox Talbot, em 1841, aperfeiçoa o sistema e desenvolve um meio mais eficiente de

24 Kossoy (1980) defende, em um estudo específico, que foi um francês chamado Hercules Florence que viveu

no Brasil, em 1832, que conseguiu, de forma pioneira, produzir fotografias ainda em 1833. Tais informações são baseadas em um diário onde o francês relata a descoberta de um processo de impressão fotográfica com o uso de chapas de vidro e papeis impregnados com nitrato de prata, inclusive já as nominando como photographie. Segundo Kossoy (1980) a primeira fotografia no Brasil é produzida pelo abade francês Louis Compte, com um daguerreotipo em 1840. Curiosamente, o mesmo Florence foi um retratista habilidoso que desenvolveu diversos estudos sobre grupos indígenas de várias regiões brasileiras. Seus croquis não apenas apresentavam as feições e vestimentas dos grupos, mas a organização do espaço na oca e diversas práticas culturais. Com seu trabalho temos um bom registro do desenho etnográfico, antes mesmo de a fotografia assumir esta função. (Retomo esta discussão no capítulo 2)

25

A revelação consiste na oxidação da substância sensível à luz (no caso, o iodeto de prata) a partir de seu contato com outra substância (vapor de mercúrio), que interrompe o processo da luz que é fixado (com sal de cozinha) no papel.

suspensão da revelação, como um meio de impressão/reprodução a partir do negativo-positivo que permitirá a cópia das imagens (Talbotipia)26. Talbot desenvolvia suas impressões através do contato entre o objeto e o papel. Estes experimentos foram nominados de “desenhos fotogênicos”. Nos anos seguintes, a fotografia se populariza através do registro das imagens das pessoas, em estúdios (chamados de carte-de-visite27) e com a abertura de ateliês específicos para a produção das fotografias. (MARTINS, N., 2010; SALKED, 2014; VIEIRA, 2014).

A novidade tecnológica e sua associação com a modernidade tecnológica talvez sejam as responsáveis pela grande penetração da fotografia. Segundo Kossoy (1989, p.15):

[...] teria papel fundamental enquanto possibilidade inovadora de informação e conhecimento, instrumento de apoio à pesquisa nos diferentes campos da ciência e também como forma de expressão artística. [...]O mundo, a partir da alvorada do século XX, se viu, aos poucos, substituído por sua imagem fotográfica. [...][tornou-se] portátil e ilustrado.

A fotografia nasceu como técnica e instrumento dos retratistas como meio necessário para ampliar a capacidade de registrar a realidade. Captar elementos que auxiliassem a produção de imagens no registro dos elementos e seu reconhecimento por parte do público. A fotografia ajudou a consolidar esta “civilização da imagem” (KOSSOY, 1989), a partir do momento que populariza seu acesso. Encantou a sociedade pela sua celeridade, nitidez, imediatismo e baixo custo na reprodução e distribuição, comparado com a produção dos desenhistas e pintores.

As relações da fotografia com a arte sempre foram conturbadas e proximais (apesar de hoje a fotografia ser considerada uma expressão artística). As artes visuais sempre sofreram sua influência (desde o surgimento do impressionismo, já que a primeira exposição desta “escola” foi realizada em um estúdio do fotógrafo Felix Nadar)28

. A popularização e mediação comercial da Kodak, ao tornar qualquer um “fotógrafo”, afastaram, por mais tempo, a fotografia de sua consolidação enquanto expressão artística. E, por fim, foi sua crescente utilização jornalística que foi responsável tanto pelo afastamento como pela sua

26

Talbot usou o estudo de um químico chamado John Herschel, ao qual a história atribuiu a criação do termo photography, que descrevia as propriedades do tiossulfato de sódio, que permitiu um melhor controle do processo de oxidação da luz, deixando a imagem mais nítida e resistente para a reprodução.

27

As carte-de-visite popularizam a imagem de um modo só semelhante aos toba-e no Japão nos meados de 1700 ou com as fotografias obscenas também na França de 1850. As carte eram retratos de bolso, com custo muito baixo de produção e comercialização, cuja produção era tão massiva que começaram a ser colecionáveis, principalmente devido à variabilidade de retratos de personalidades famosas.

28

Inclusive surgirão expressões que tentam mesclar as duas linguagens como o Pictorialismo como os trabalhos de Julia Margaret Cameron ou o Dadaísmo de Marcel Duchamp e, posteriormente, a Pop Arte de Andy Warhol, sendo vista, nestes momentos, como um instrumento de vanguarda estética.

reaproximação da percepção enquanto arte (que será crescente, apesar da letargia), primeiramente nos jornais impressos e, posteriormente, na publicidade.

A fotografia se desenvolveu, portanto, como uma técnica de expressão que é ao mesmo tempo, linguagem e objeto visual (fruto da linguagem). Da mesma forma que desenho ou pintura são linguagens e técnicas, mas também produtos e objetos vívidos, por eles derivados. E, da mesma forma que o desenho foi empregado na produção de imagens que auxiliavam o trabalho de um pesquisador, não tardou para que a fotografia seguisse o mesmo caminho. As fotografias começaram a ser empregadas no jornalismo, na antropologia e até como meio de interação cultural e expressão artística independente. Em todos estes espaços a dimensão realista é imprescindível para fluir a mensagem do objeto-fotográfico.

A fotografia jornalística surge como meio de atribuir credibilidade à informação do texto jornalístico, informar imageticamente, formalmente, visualmente, um dado da realidade. Convencionou-se, neste subgênero, a máxima do flagra, da captura inconteste de um fato, por si só definível.

Cartier-Bresson (1952) ao descrever seu processo fotográfico e sua visão da fotografia atribui destaque ainda à questão da forma material das imagens. É a composição geométrica aliada às significâncias do momento, o que dá vida à fotografia e transforma a imagem em narrativa:

O que realmente é uma reportagem fotográfica, uma imagem-narrativa (picture-story)? Às vezes, há uma imagem única, cuja composição possui tal vigor e riqueza, e cujo conteúdo se irradia tanto a partir dele que esta imagem única contem toda uma história em si mesma. Mas isso raramente acontece, os elementos que, juntos, podem tirar faíscas de um assunto, muitas vezes são espalhados - quer em termos de espaço ou de tempo - e reuni-los pela força é "encenação", e, eu acho uma traição. Mas, se é possível fazer imagens do "cerne", bem como fazer as faíscas saírem do assunto, aí sim, esta será uma imagem-narrativa; e a página serve para reunir os elementos complementares que são dispersas ao longo de várias fotografias. A imagem-narrativa envolve uma operação conjunta do cérebro, do olho e do coração. O objetivo desta operação conjunta é descrever o conteúdo de algum evento que está no processo de desdobramento, e para comunicar impressões. Às vezes, um único evento pode ser tão rico em si mesmo e em suas facetas que é necessário mover-se ao redor dela em busca para a solução do problema que representa - para o mundo é movimento, e você não pode ser parado em sua atitude em direção a algo que está em movimento. [...] A memória é muito importante, especialmente no que diz respeito ao recolhimento de todas as fotos que você tirou enquanto você foi galopando na velocidade da cena em si. [...] Fotografia implica o reconhecimento de um ritmo no mundo das coisas reais. (CARTIER- BRESSON, 1952, p.5-9. Traduzi.).

Isto é, mesmo na fotografia, a ideia de capturar uma imagem perpassa pela necessidade do fotógrafo construí-la, racional, emotiva e semioticamente. Busca assim,

conseguir o momento decisivo pela própria ação de seu corpo ao se abaixar, sentar, mudar o ângulo da câmera. É seu olhar que captura as formas geométricas da imagem, atribuindo-lhe sentido:

A câmera nos permite manter uma espécie de crônica visual. Para mim, é o meu diário. Nós foto-repórteres, somos pessoas que fornecem informações para um mundo com pressa, um mundo ponderados para baixo com preocupações, propensas a cacofonia, e cheio de seres com uma fome de informações, e precisando o navio companheiro de imagens. Nós, fotógrafos, no curso de tirar fotos, inevitavelmente, fazemos um juízo sobre o que vemos, o que implica uma grande responsabilidade. Estamos, no entanto, dependentes das impressões, uma vez que é para as revistas ilustradas que nós, como artesãos, entregamos a matéria-prima. (CARTIER-BRESSON, 1952, p.13. Traduzi.).

É assim que se caracteriza o que ele chamou de “instante decisivo” no ato fotográfico:

Você espera e espera, e, finalmente, você pressiona o botão - e você sai com a sensação (embora você não saiba o porquê) que você realmente tem alguma coisa. Mais tarde, para fundamentar o presente, você pode tirar uma cópia da imagem, traçar-lhe as figuras geométricas que surgem em análise, e você vai observar que, se você disparou o obturador no momento decisivo você instintivamente fixou um padrão geométrico sem o qual a fotografia estaria sem forma e sem vida. (CARTIER-BRESSON, 1952, p.9. Traduzi.).

O suporte do fotojornalismo é o mesmo que recai sobre todas as imagens que se relacionam com as mídias. Cartier-Bresson já identificava a dupla dimensão das imagens fotográficas e sua dependência do sentido e da forma, que apesar de tecer suas percepções em torno da produção da imagem fotográfica, são questões e ambientações que acompanham o processo de produção das imagens de uma forma geral (como apresentei nos tópicos anteriores):

Para mim, a fotografia surge de um reconhecimento simultâneo, numa fração de segundo, a importância de um evento, bem como de uma organização precisa de formas que darão ao evento a sua expressão adequada. Acredito que, através do ato de viver, a descoberta de si mesmo é feita em simultâneo com a descoberta do mundo que nos rodeia, que pode nos moldar, mas que também pode ser afetado por nós. Deve ser estabelecido um equilíbrio entre esses dois mundos - um dentro de nós e um fora de nós. Como o resultado de um processo recíproco constante, estes dois mundos formam um único. E é este mundo que temos de comunicar. Mas isso só cuida do conteúdo da imagem. Para mim, o conteúdo não pode ser separado da forma. Por

forma, eu quero dizer uma organização rigorosa da interação de superfícies, linhas e valores. É nesta organização que nossas concepções e

emoções se tornam concretas e transmissíveis, pela fotografia, através da organização visual resultante apenas de um instinto desenvolvido. (CARTIER-BRESSON, 1952, p.16, grifos meus. Traduzi.).

Além de retomar todo um debate filosófico sobre o que é a imagem, pela fotografia, se propiciou uma discussão mais apurada sobre a questão da manipulação da imagem (que desde seu surgimento se mostrou uma técnica com muitos experimentos de inserção ou retirada de objetos, além de servir de base para a criação dos efeitos especiais no cinema), da fotomontagem e de sua percepção enquanto agente de reconstrução de realidades e de simulacro (BAUDRILLARD, 1992). Seu impacto foi tão devastador no campo da percepção que Santaella e Nöth (2001) propõem que ocorreu uma mudança de paradigma ao estabelecer que a imagem deve ser analisada sobre três modelos: pré-fotográfico, fotográfico e pós- fotográfico. Isto é, imagens bidimensionais produzidas à mão; imagens capturadas por meio mecânico; e, por meio digital, respectivamente. Ao estabelecer sua tipologia, a fotografia não apenas nomeia os estágios, mas é o ponto central das mudanças de percepção.

Benjamin, em um pequeno ensaio de 1931, já adiantava boa parte dos problemas contemporâneos suscitados pela fotografia: “A fotografia torna, pela primeira vez, consciente o inconsciente óptico, assim como a psicanálise revela o inconsciente instintivo” (BENJAMIN, 2012, p.94). Primeiro, por identificar que a fotografia traz informações que existiam, eram reais, mas que não eram percebíveis pelo olhar (como os movimentos de um cavalo em corrida, revelados pelas fotos de Muybridge). Segundo, por um movimento contrário. Ao mostrar algo, atribui-lhe veracidade pelo simples fato de ser registrado enquanto fotografia. A mecanização permitiu ainda um maior domínio sobre a obra (pela miniaturização) e a percepção (pela capacidade de identificar as particularidades, antes invisíveis), além de uma democratização da arte.

Esta libertação da produção de imagens que foi percebida por toda a sociedade, teve seu grande auge em 1888, com o lançamento de uma máquina fotográfica compacta, produzida pela Kodak de George Eastman, nos EUA, com o famoso slogan: “You press the button, e we do the reste”. A fotografia popular de família ou de momentos familiares resultou numa convenção informal sobre o que é (ou pode ser ou como pode ser) representado:

É obvio que na grande maioria das vezes, fotos familiares mostram ocasiões felizes [...] no qual as pessoas se voltam para a câmera e sorriem (diga xis!), as vezes fazendo poses divertidas. Ironia é que os ‘momentos felizes’ gravados existiam apenas para fazer a fotografia. Na maioria dos casos, essa pequena ‘ficção’ é bem compreendida e forma parte do ritual de fotos caseiras [...] [entretanto] a fotografia desempenhou um papel central no desenvolvimento da ideologia contemporânea de família [...], podendo ter feito que todas as famílias parecessem mais ou menos iguais. (SALKELD, 2014, p.33).

Parece que a popularização da fotografia agiu como um agente de reforço da ideia de convenção cultural e consenso sobre quais são os momentos e poses fotografáveis. E tal

impacto foi decorrente da disponibilidade e automação do processo de registro fotográfico, além é claro, da mútua exibição às fotografias anteriores sobre o tema. Deparamo-nos, mais uma vez, com uma ação pela qual a produção de imagens na sociedade segue padrões instituídos pelo próprio mecanismo. O que parece haver é um consenso em como produzir a imagem.

O que alimentou boa parte dos debates sobre a fotografia foi seu papel modificador na questão da percepção da realidade (ou na tensão entre realismo e realidade) ou na questão de autenticidade do fato retratado. Se a foto foi ou não manipulada, se a cena fotografada foi ou não dirigida ou encenada, que darão lugar, posteriormente, ao problema de como ler estas imagens.

Não vou me aprofundar sobre o olhar fotográfico, o que pode ser visto em outros trabalhos (Cf. FREEMAN, 2012; GERVEREAU, 2004; LESSER, 1999; SALKELD, 2014; SONTAG, 2004), mas, por ora, os aspectos da construção da imagem fotográfica já me são suficientes pra defender os pontos concernentes e proximais com a imagem desenhada. (Retomarei esta discussão já no próximo capítulo ao discorrer sobre o uso metodológico das imagens nas ciências sociais e justificar o porquê da apropriação de métodos deste campo na minha pesquisa).