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No decorrer das aulas que se seguiram temos conversado sobre vários assuntos relacionados à temática da metodologia da pesquisa, ou seja, sobre o estudo dos métodos e técnicas de se pensar e fazer pesquisa científica em nossa realidade atual. Ao longo dessa caminhada já percorrida é possível destacar. dentre estes assuntos, por exemplo, os diferentes tipos de conhecimento e pesquisa existentes; as variadas técnicas de se pesquisar através de uma metodologia qualitativa e/ou quantitativa de trabalho; os cuidados e desafios que a arte da pesquisa exige e, de modo particular, o lugar da pesquisa na universidade e a postura ética do pesquisar frente ao seu objeto de pesquisa e divulgação dos resultados obtidos. Resumidamente: aprendemos juntos que a pesquisa é o fundamento da ciência, razão de seu desenvolvimento e continuidade.

O Plano de Pesquisa pode ser entendido como um PROCESSO SUCINTO DE PLANEJAMENTO DE UMA PESQUISA VOLTADA PARA A ELABORAÇÃO DE UMA MONOGRAFIA. Sua estrutura é simples e não considera alguns elementos típicos de um grande projeto de pesquisa como organogramas, cronograma de trabalho ou projeção de custos; uma vez que tais elementos, mesmo importantes num determinado contexto, fogem ao delineamento de um trabalho monográfico. A grande contribuição do Plano é a de oferecer ao aluno uma oportunidade de planejar a realização de seu trabalho melhorando suas chances de viabilização e evitando, de forma preventiva, riscos desnecessários relativos a questões diversas como a não pertinência do tema ao curso preterido ou a necessidade de um tempo hábil para a exeqüibilidade da proposta elevada e fora dos padrões sugeridos em nosso curso.

Dica do professor

Essa é uma das aulas mais importantes de nosso curso uma vez que ela sintetiza muito do que já conversamos até agora. Leia com atenção cada um dos pontos discutidos e se possível faça suas anotações ao lado do texto para facilitar seu entendimento. LEMBRE-SE: O envio do plano de pesquisa deve ser realizado no próximo módulo. Veja o modelo do Plano ao final deste Caderno de Estudos. Preencha com as informações de sua proposta de pesquisa e envie para o Núcleo Central após o pagamento do Módulo 10.

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A aprovação de um plano de pesquisa por parte do professor orientador significa, em outras palavras, a aprovação de uma proposta de trabalho monográfico, cuja pesquisa envolvida, seja ela de caráter teórico ou prático, atende aos requisitos básicos de uma metodologia científica ou do próprio curso em questão. Por outro lado sua reprovação em algum item, ou no plano como todo, sinaliza que algo precisa ser modificado antes que esse trabalho maior de pesquisa seja realizado. O plano pode ser comparado, nesse caso, a um fusível que se queima primeiro, evitando que as peças mais importantes e caras de um aparelho venham a serem danificadas. Pense bem: por mais trabalho que você tenha dedicado ao seu plano de pesquisa, que poderá ser refeito por algum motivo, este não se compara a decepção de ter de refazer do zero todo um trabalho monográfico de meses porque o mesmo não atendia aos requisitos básicos do curso.

Vale ressaltar que embora o plano seja a base da construção do trabalho da monografia, isso não significa que ele não possa sofrer pequenas modificações em relação ao que se pretende desenvolver na monografia. Muitas vezes construímos um plano, mas no decorrer da produção do trabalho monográfico nos deparamos com situações adversas que nos levam a fazer pequenas mudanças no plano original ou mesmo construir um novo plano de pesquisa.

Convém destacar que a não aprovação do plano de pesquisa não significa necessária que a proposta de pesquisa é ruim. Muitas vezes seu problema é tão somente a inadequação da temática de estudo em relação ao curso. É fundamental que o objeto de estudo tenha relação com a temática do curso em andamento.

Importante Esse aspecto é muito importante: o Plano de Pesquisa é uma etapa fundamental na preparação da monografia. Ele é sua sugestão de temática, que deve ser aprovada pelo Curso (em função de sua pertinência e relevância) a fim de que sua monografia tenha

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A ESTRUTURA DO PLANO DE PESQUISA

O desenvolvimento de trabalho monográfico tem o planejamento como uma de suas etapas mais importantes. Sua elaboração, como já prevenimos, é essencial e evita perdas desnecessárias de investimento de tempo, esforço e dinheiro. Em geral sua elaboração já implica num conhecimento mínimo da realidade estudada, fazendo com que o pesquisador se interesse por se aprofundar no mesmo estudando pontos lhe despertar curiosidade, dúvida ou mesmo estranhamento. Além disso, é possível ainda fazer emergir novas questões da realidade em foco dependendo do senso crítico e da criatividade do pesquisador ao propor novos ângulos de visão e/ou novas alternativas metodológicas (Vasconcelos, 2002).

A estrutura básica de nosso plano de pesquisa é formada pelos seguintes componentes: Tema, Título, Problema, Justificativa, Objetivo (geral e específicos), Hipótese (ou Questões Secundárias), Delimitação e Procedimento Metodológico. A partir desse momento vamos analisar cada um desses itens considerando suas particularidades e importância para o desenvolvimento da pesquisa monográfica.

O TEMA

O tema se refere basicamente ao fato ou fenômeno que o pesquisador pretende estudar. Trata-se de um assunto de caráter geral do qual emergirá o problema a ser enfocado.

EXEMPLO

TEMA: Educação a Distância

PROBLEMA: Quais seriam as Alternativas oferecidas pelo Ensino a Distância para o Aprendizado de Física no Ensino Médio?

Importante

“Tenho boas idéias, mas não sei como escrever”. Ouvida com

bastante freqüência, essa frase pode indicar falta de clareza no conteúdo ou pouco domínio da estrutura do texto. Também pode ser uma indicação de dificuldades de linguagem. Geralmente, ela revela problemas de estrutura de idéias, que o exercício sistemático do plano ajuda a resolver. Se esse for o seu caso, não pense que você é a única pessoa a ter dificuldades para escrever. Até escritores renomados têm momentos de incerteza e dúvida sobre como colocar suas idéias e histórias no papel.

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Note que o problema em si já oferece uma primeira especificação (recorte) do tema escolhido. Já não se trata do estudo da Educação a Distância de maneira ampla, mas de uma modalidade própria de ensino a distância voltada para o aprendizado de Física. Uma segunda especificação diz respeito ao público específico a que o estudo se refere, isto é, o Ensino Médio e não qualquer ciclo de ensino.

A escolha do tema ao contrário do que se pode pensar é uma das etapas mais importantes e difíceis na prática de pesquisa. Ele nasce de reflexões oriundas do interesse ou curiosidade despertada pelo estudo de um autor, teoria, escola de pensamento, técnica, etc. – ou mesmo de reflexões surgidas na prática profissional. É importante que ao escolher um tema, você tenha condições de estudá-lo a partir de certa “neutralidade”. Se você optar pelo estudo de um tema que você odeie ou ame demais será difícil, ao longo do estudo, independente do recorte que você fizer, assumir uma postura mais neutra diante de seus resultados. Por outro lado, Trabalhar um assunto que não seja do seu agrado pode tornar a pesquisa num exercício de tortura extremamente desgastante.

Segundo autores como Estrela (2001) e Gil (1993) na hora de se decidir por um tema qualquer procure levar em consideração os seguintes itens:

 Pertinência do tema em relação curso em exercício;

 Seu interesse pelo mesmo (sem exageros);  A atualidade do tema (cuidado com questões

já superadas ou exaustivamente tratadas por outros autores);

 A produção bibliográfica existente sobre o mesmo (revisão bibliográfica);

Importante

Porque é tão difícil escolher um tema? O tema é assunto principal sobre o qual versará nossa monografia. Ele implica numa seleção e como toda seleção traz uma renúncia implícita nem sempre é fácil escolher. Escolha antes de mais nada um assunto do qual você goste e tenha interesse em investigar e depois um tema que tenha uma bibliografia razoável que possa ser analisada.

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 As exigências do tema em relação ao tempo e o esforço a ser dispensado para seu desenvolvimento.

Sobre este último item em particular deve-se levar em consideração a quantidade de atividades a cumprir para executar o trabalho de pesquisa (coleta de dados, pesquisa bibliográfica, escrita, revisão, etc.) comparando o tempo necessário para esta execução com o tempo das demais atividades realizadas em nosso cotidiano não relacionadas à pesquisa. Além disso, quando lidamos com prazos relativamente curtos para finalização da pesquisa, não podemos nos enveredar por assuntos que não nos permitirão cumpri-los. O tema escolhido deve sempre estar delimitado dentro do tempo possível para a conclusão do trabalho.

OUTRAS QUESTÕES QUE DEVEM SER LEVADAS EM CONSIDERAÇÃO NA ESCOLHA DO TEMA DE PESQUISA:

FATORES INTERNOS

a) Afetividade em relação a um tema ou alto grau de interesse pessoal:

Para se trabalhar uma pesquisa é preciso ter um mínimo de prazer nesta atividade. A escolha do tema está vinculada, portanto, ao gosto pelo assunto a ser trabalhado. Trabalhar um assunto que não seja do seu agrado tornará a pesquisa num exercício de tortura e sofrimento.

b) O limite das capacidades do pesquisador em relação ao tema pretendido.

É preciso que o pesquisador tenha consciência de sua limitação de conhecimentos para não entrar num assunto fora de sua área. Se minha área é a de

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ciências humanas, devo me ater aos temas relacionados a esta área.

FATORES EXTERNOS

a) O limite de tempo disponível para a conclusão do trabalho.

Quando a instituição determina um prazo para a entrega do relatório final da pesquisa, não podemos nos enveredar por assuntos que não nos permitirão cumprir este prazo. O tema escolhido deve estar delimitado dentro do tempo possível para a conclusão do trabalho.

b) Material de consulta e dados necessários ao pesquisador.

Outro problema na escolha do tema é a disponibilidade de material para consulta. Muitos alunos depois de fazerem sua proposta nos procuram dizendo não encontrar bibliografia sobre o assunto.

Antes de escolher seu tema certifique-se que terá acesso a uma bibliografia básica sobre ele.

O TÍTULO

O título nada mais é do que à denominação de seu estudo. Como ele é, normalmente, o primeiro item a ser considerado por aqueles que irão consultar o seu trabalho, é interessante que o título não seja longo ou vago demais. Ao contrário, ao elaborar o mesmo, procure fazer com que este seja sintético e se refira à temática em estudo.

O titulo que você adotará em seu Plano pode ainda ter um caráter provisório podendo ser

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MODIFICADO se ao longo da pesquisa você se deparar com um nome mais interessante ou apropriado para este.

Podendo ser escrito em estilos diferentes é importante atentar para as exigências de cada situação ou mesmo da instituição onde seu projeto será enviado ou está sendo gestado.

No caso de nosso curso, no título do plano de pesquisa, não é exigido um maior formalismo em sua elaboração desde que o leitor do mesmo tenha clareza com relação a que o trabalho se refere (o que você pretende com o estudo). Vejamos um exemplo relacionado ao estudo de motivação de gerente de vendas cujo título é apresentado nos estilos formal e informal:

ESTILO FORMAL:

 O Estudo de Práticas Motivacionais aplicadas à Gerência de Vendas.

 O Problema da Desmotivação do Gerente de Vendas: Caminhos e Alternativas Práticas.  Motivação na Gerência de Vendas: Refletindo

sobre a Aplicação de Práticas Motivacionais.

ESTILO INFORMAL:

 Motivando o Gerente de Vendas: Desafios e Propostas

 Como Motivar seu Gerente de Vendas?

 Lidando com a Desmotivação do Gerente de Vendas.

 O que Podemos Fazer para Manter nosso Gerente de Vendas Motivado?

Note bem no exemplo, como a mesma questão pode ser trabalhada de diferentes ângulos e estilos Importante

SOBRE O MÓDULO 10:

Os módulos 10, 11 e 12 são voltados para a Orientação do Trabalho Monográfico. O próximo módulo (10) será dedicado exclusivamente à análise e orientação de seu PLANO DE PESQUISA. Logo que concluir o estudo desta disciplina, preencha o modelo do plano apresentado ao final deste Caderno de Estudos e envie-o ao Núcleo Central após o pagamento do Módulo 10.

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mantendo a clareza daquilo que se pretende estudar no trabalho. Vale destacar também o uso de subtítulos antes de emprego de dois pontos a fim de clarificar ainda mais o recorte que será feito no tema. Essa variedade de estilos permite torna possível ao pesquisador mudar o mesmo sem prejuízo de seu entendimento de acordo com a situação onde o trabalho será apresentado ou mesmo no caso de uma publicação do mesmo tentando torná-lo mais comercial. Algo do tipo: “Motivação em Gerência de Vendas sem

Mistérios”.

O PROBLEMA

No cotidiano costumamos dizer que o problema é o "X" da questão. Isto é, a raiz, a chave da questão. Trazendo tal interpretação para o nosso Plano de pesquisa, é possível afirmar que o problema se refere à questão central de seu estudo, a mola mestra deste. Aquilo que o pesquisador deseja realmente saber movido por um motivo qualquer, seja por não existir uma resposta conhecida, seja por querer se posicionar diante das muitas respostas existentes.

Vale ressaltar também que de um único tema vários problemas podem ser formulados. No entanto, como o Plano se refere ao planejamento de uma monografia, estudo de caráter focal, é bom não se prender a mais de uma questão, mas formular uma única questão-chave que norteará seu trabalho monográfico. Outros questionamentos interessantes desse mesmo estudo, poderão ser efetivados por você em futuros trabalhos, afinal sua monografia pode ser apenas um primeiro de uma seqüência de muitos outros estudos que poderão até, quem sabe, fundamentar sua fu-

É importante que o problema seja sempre escrito sob a forma de pergunta, afinal ele é, acima de tudo, um questionamento sobre um determinado objeto, fato ou situação.

Dica do professor

Faça o problema como uma pergunta! Com direito a uma Interrogação no final!

Isso ajuda muito a definir sua QUESTÃO de pesquisa.

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tura dissertação de mestrado ou até sua tese de doutorado se esse for seu objetivo.

O pesquisador deve evitar ainda que seu problema se torne geral e abrangente a ponto de não ser pesquisado. Este é o momento da apresentação de um problema específico, previamente definido e delimitado em termos de tempo e de espaço (quando e onde) que vai se constituir, como já observado anteriormente, na questão central da pesquisa.

Na opinião de Humberto Eco “o estudo deve

dizer do objeto algo que ainda não foi dito ou rever sob uma ótica diferente” (Eco, 1977, p.22). Nesse sentido,

o problema formulado deve fazer referência a algo novo, ou seja, a sua contribuição para compreensão do estudo, o seu olhar sobre o tema e sua(s) interrogação (ões) sobre o mesmo.

Vejamos mais um exemplo com o objetivo de clarificar o que estamos falando. Consideremos o seguinte tema:

Este tema nos remete à questões de gênero e sua especificidade no que se refere a situação da mulher no mercado de trabalho. Sobre o mesmo você deverá criar um problema, isto é, uma pergunta que funcionará como um recorte do seu estudo. Vejamos aqui algumas sugestões:

 Qual é a situação da mulher no mercado de trabalho no século XXI?

EXEMPLO

TEMA: A Situação da Mulher no Mercado de Trabalho.

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 Quais foram as maiores vitórias e derrotas da Mulher no Mercado de Trabalho nas últimas décadas?

 Que desafios as mulheres precisam superar para conseguirem uma melhor colocação no mercado de trabalho?

 O que mudou no mercado de trabalho com a ascensão feminina a partir dos anos 80?

Note como a formulação dos problemas citados permitiram o surgimento de dois resultados concretos: a) um questionamento e b) um limite da abrangência do estudo (recorte). Através desses dois elementos o pesquisador pode iniciar sua pesquisa evitando riscos de se desviar do tema em questão se perdendo na teia da complexidade que qualquer temática abrange.

A JUSTIFICATIVA

É uma das partes mais importantes do Plano de Pesquisa já que é nesta parte que se formularão todas as intenções do autor do estudo ao realizá-lo. A justificativa, como o próprio nome indica, trata do convencimento da necessidade da realização do trabalho de pesquisa. É através dela que elementos como: o tema escolhido pelo pesquisador assim como o problema formulado, e as hipóteses levantadas serão justificados como merecedores de serem melhor estudados a fim de serem comprovados ou não.

Segundo Bagno (2000), justificativa é a defesa que você faz de sua idéia de pesquisa. Nela você apresentará uma série de argumentos pautados não apenas na sua experiência, mas nas proposições teóricas de diferentes autores, de que seu trabalho é digno de interesse e financiamento. Enfim é nela que você irá "vender seu peixe", assim sendo, procure caprichar em sua elaboração, fazendo com que a

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mesma convence seus leitores da importância de seu estudo.

Uma dica importante na elaboração da justificativa diz respeito à necessidade de se tomar um certo cuidado para não se tentar justificar a hipótese levantada, ou seja: tentar responder ou concluir o que ainda vai ser buscado no trabalho de pesquisa. A justificativa apenas exalta a importância do problema a ser investigado, fundamentando-o através de uma revisão teórica. Seu objetivo é de ressaltar a importância da pesquisa e não de respondê-la previamente. Em outras palavras: Se você já sabe a resposta para seu problema antes de fazer a pesquisa não há necessidade de realizá-la. Se a justifica já traz consigo a resposta do problema, ao invés de favorecer sua realização irá justificar a não necessidade de efetivação da mesma.

No caso do plano de pesquisa enfocado neste módulo, a justificativa é restrita a poucos parágrafos. Seu objetivo é conseguir reunir de forma unificada os motivos que justificam a necessidade do estudo e a base teórica sobre a qual o mesmo se sustentará. Mais tarde, no processo de elaboração monográfica, ela poderá ser desmembrada servindo a elaboração de boa parte da introdução bem como de alguns capítulos.

Consideremos aqui um exemplo que Bagno (2000) dá ao justificar sua pesquisa sobre a vida e obra de Monteiro Lobato de uma forma bem sintética.

Tornar mais bem conhecida dos alunos e da comunidade a importância de Monteiro Lobato na literatura em outros aspectos do Brasil é de fundamental importância (...). Monteiro Lobato é considerado até hoje o nosso mais importante autor de literatura infantil, gênero em que foi pioneiro no Brasil. Além disso, teve atua-

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ção fundamental na criação da indústria editorial brasileira, tendo sido o fundador de algumas das primeiras editoras do país, que existes até hoje. Por isso, a data de seu nascimento foi escolhida para se comemorar o Dia do Livro.

(Bagno, 2000: 29-30)

No caso de nosso Plano procure fundamentar melhor a defesa do seu tema incluindo na sua justificativa a orientação teórica que você pretenderá seguir. No exemplo citado por Bagno o autor assinala que sua pesquisa seria desenvolvida a partir da consulta de sites, cd-rom’s, revistas, enciclopédias e algumas principais obras do autor.

OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS

Os objetivos dizem respeito à meta final do estudo. O que o mesmo pretende de forma geral. Os objetivos de um estudo monográfico qualquer caracterizam de forma resumida a finalidade de sua proposta. Não existe pesquisa alguma sem um objetivo (Carvalho et al., 2000).

Ele deve ser elaborado de forma clara e sucinta de modo a destacar ao leitor a pretensão do pesquisador ao desenvolver sua pesquisa. Provavelmente, com outras palavras, você já falou do objetivo ao elaborar sua justificativa, contudo, esse item sugere algo mais preciso e sintético. Como é possível perceber através dos exemplos o mesmo pode ser geral ou específico (explicitando objetivos secundários):

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CUIDADO NA FORMULAÇÃO DOS OBJETIVOS

Este seu planejamento é para uma pesquisa, um estudo, e não para a ação. Portanto seus objetivos devem ser os alvos de sua pesquisa, ou seja, o que você pretende ANALISAR, OBSERVAR, COMPARAR, todas estas atividades INTELECTUAIS envolvidas em

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