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I F in alm en te os crim inosos sem lei, vendo que seu corpo não podia ser destruído pelo fogo, m andaram um verdugo para o

m atar com a esp ad a. D a ferid a saiu um a pomba e brotou uma torrente de sangue ta l que ex tin g u iu totalm ente o fo g o . A enorm e m ultidão m aravilhava-se da d iferença entre in fiéis e eleito s. . .

f . A perseguição de Leão e V ien a, 177

A E p ísto la das Ig re ja s G alican as: ap. E usébio, H . E . V . I Os servos de Cristo que vivem em V ien a e Leão da Gália aos irm ãos estabelecidos n a Á sia e n a F rig ia , que possuem a mesma fé e esperança de redenção que n ó s : paz, graça e glória da p arte de D eu s P a i e de N osso Senhor Jesu s C risto.

N ós não podem os expressar com palavras, nem pessoa algum a poderia descrever a gravidade dos padecim entos, o fu ror e raiva dos pagãos contra os santos, quantas e quais coisas sofreram os bem -aven­ turados m ártires. O adversário caiu sôbre nós com todo o ím peto de suas fô r ç a s .. . N ão som ente fom os expulsos das casas, das term as e do fôro, m as, inclusive, fom os proibidos de aparecer em público. M as a glória de D eus p elejou conosco contra o d iab o. . .

E m prim eiro lugar, sofreram , com a m aior paciência, quantas coisas podia inventar o populacho em sua perseguição: zombarias, feridas, rapinas, privação d e honras fúnebres, p r isã o ; num a palavra, tudo quanto sói im aginar a ralé excitada pelo fu ror e raiva contra seus adversários e in im igo s. L evados ao fôro pelos m agistrados da cidade21, interrogados e confessos dian te de todo o povo, eram lança­ d os ao cárcere até a chegada do p r e sid e n te .. .

Tam bém foram presos algun s de nossos escravos que eram pagãos, porquanto o presidente h avia decretado que se nos procurasse

21; L iteralm en te: “ com andante de m il hom ens” — um têrm o comum p a ra um com andante.

a tod os. Ê les, tem endo os torm entos que viam padecer aos santos, im pulsionados pelos dem ônios e instigad os pelos soldados, acusa­ ram -nos de comerm os ós nossos filh o s e de têrm os relações sexuais com nossas próprias m ães e outras coisas das quais não é possível falar ou nelas pensar, pois não podem os acreditar que jam ais tenham acontecido entre os hum anos. E spalhadas estas coisas entre o vulgo, de ta l modo enfureceram -se contra nós que, se algun s até então gu ar­ davam moderação com respeito a nós por m otivos de parentesco, agora se iraram violentam ente contra nós, agitados por grande in d ig ­ n ação. Cum pria-se, destarte, o que tin h a sido predito pelo Senhor: “ Tem pos virão em que todo o que vos m atar, ju lgará com isso tr i­ b utar culto a D e u s” . . .

D êste modo sofreram os santos m ártires ta is torm entos que não podem ser expressos em nenhum d iscu rso. . .

F o i levado tam bém ao tribunal, retendo apenas a alm a (p ara que m ediante ela triu n fasse C risto), num corpo totalm ente exausto e acabado pela ancianidade e enferm idade, o bem -aventurado P otino, que era bispo de L eão. T endo m ais de noven ta anos, respirava com d ificu ld ad e; todo seu corpo estava gasto, m as reconfortava-o o sôpro do E sp írito e o desejo do m artírio. L evado pelos soldados até o tribunal, seguido pelos m agistrados da cidade e pelo populacho que o injuriava, como se fôsse o próprio Cristo, deu um testem unho in sig n e. P ergun tad o pelo presidente quem era o deus dos cristãos, respondeu: “ Se tu és digno, conhecê-lo-ás” . E n tão em purrado sem nenhum a hum anidade, fo i vítim a de m uitos ferim en tos. Os que con­ seguiram aproxim ar-se, injuriosam ente precipitaram -se sôbre êle com p ancadas e golpes, sem levar em conta a sua idad e; os que estavam m ais longe atiravam n êle tu d o quanto tin ham à m ã o ; todos se teriam considerados réus de im piedade e de grave delito se não ultrajassem ao in fe liz . Criam que dêsse modo vingavam a in jú ria fe ita a seus d eu ses. D aí, apenas respirando, fo i levado ao cárcere, onde entregou a alm a dois dias d e p o is .. .

g . A perseguição em tem pos de D écio, 249-251

L ib ellu s (certificad o de sa crifício ) descoberto em

F ayou m (E g ito ), 1893: M illigan, G reek P a p y r i, 48

[O edito de D écio, 250, ordenava aos governadores e m agistrados das províncias, assessorados se necessário pelos cidadãos locais m ais conspícuos, supervisionar os sacrifícios aos deuses e ao gênio do im perador que deviam celebrar-se em determ inados dias. M uitos ab ju raram , outros com praram certi­ ficados ou procuraram -nos m ediante os bons ofícios de am igos pagãos. A paren­ tem ente os oficiais vendiam sob conivências.]

A O S C O M IS S IO N A D O S P R E P O S T O S P A R A OS S A C R I­ F ÍC IO S N A A L D E I A A L E X A N D R O N E S O , D A P A R T E D E A U R É L IO D IÓ G E N E S , F IL H O D E S Á T A B O , N A S C ID O E M A L E X A N D R O N E S O , D E 72 A N O S D E I D A D E , M A R C A P A R T I­ C U L A R : U M A C IC A T R IZ N A S O B R A N C E L H A D I R E I T A .

Sem pre sacrifiq u ei aos deuses, e agora n a vossa presença, de conform idade com os têrm os do edito, acabo d e oferecer sacrifícios e libações e de provar carnes sa crifica d a s. S olicito de Y ossa Senhoria outorgar-m e um certificad o para o devido e feito . Saudações.

S Ú P L IC A A P R E S E N T A D A P O R M IM , A U R É L IO D IÓ ­ G E N E S .

E U C E R T IF IC O T E R P R E S E N C IA D O O S A C R IF ÍC IO D E A U R É L IO S IR O .

D atad o neste prim eiro ano do Im perador César Gaio Méssio Q uinto T rajano D écio, P io, F élix , A u gu sto. (26 de junho de 2 5 0 ).

h . A persegu ição d u ra n te o rein ado ãe V aleriano, 253-260

C ipriano, E p . L X X X .I

[N o princípio de seu reinado, V aleriano pareceu favorecer o cristianism o: h av ia cristãos em seu palácio que foram m encionados no R escrito como, por exem plo, C a e s a r i a n i (v er D ionísio de A lexandria, em Eusébio, H . E . V I I . X .3ss). O seguinte ex tra to expressa bem a tendência de seu segundo R escrito . O prim eiro determ inava os sacrifícios exigíveis dos bispos e sacerdotes e negava aos cristãos o direito de reunião e o uso de cem itérios. T ô d a contravenção era punida com a m o rte .]

. . .R um ores falsos estão circulando; a verdade, porém , é esta: V aleriano enviou um R escrito ao Senado ordenando que sejam casti­ gados im ediatam ente os bispos, sacerdotes e diáconos; os senadores, cavaleiros e fid algos rom anos devem ser privados de suas p roprieda­ d es e degradados; e, se persistirem n a fé crista, d ecapitados; as m atronas, privadas de seus bens e d esterradas. Q ualquer mem bro d a casa de César que confessou ou ainda eonfessa ser cristão, perderá seu s bens e será entregue prêso p ara trabalhos forçados nas terras do Im perador.

i . O rescrito ãe G alieno, 261

E usébio, H . E . V II. X I I I . 2

[U m edito de 260, cujo tex to está perdido, perm itiu que as basílicas fôssem reab ertas, os cem itérios restaurados e a liberdade de cultos concedida. O cris­

tianism o tornou-se, assim , r e l i g w l ic i t a , . ]

O Im perador César P . L icínio G alieno, P io, F élix , A u gu sto, a D ionísio, P in a, D em étrio e dem ais bispos. Ordenam os que se estenda

a tôda a terra a in d u lgên cia que in sp irou nossa bondade, de ta l m aneira que todos os nossos súditos abandonem os antros da su pers­ tiçã o . P odereis, pois, vós tam bém , usar das disposições de nosso Res- crito, para que doravante ninguém vos m oleste. A liás, já fo i conce­ dido há tem po o que legalm ente vós podeis fa zer. D eixo p procura­ dor de assuntos públicos, A u rélio C irênio, encarregado de dar cum ­ prim ento a esta disposição em vosso fa v o r .

j . A perseguição diocleciana, 303-305

[D iocleciano parece te r sido, inicialm ente, favorável aos cristão s. Sua espôsa e filha eram catecúm enas; E usébio testem unha sôbre o considerável cres­ cim ento d a Ig re ja d u ran te a p rim eira m etade de seu reinado (H . E . V I I I . I ) . S ua rev irav o lta é devida (segundo Lactâncio, D e m o r t i b u s p e r s e c u t o r u m , X I )

à influência de G alério ; ela acarreto u a revogação do edito de Galieno e a reabilitação das leis de V alerian o .]

E usébio, H . E .

I X . X . 8 . ... u m a lei fo i prom ulgada pelos divinos D io cle­