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Intervenção Formativa .1 Caracterização da formação

No documento UNIVERSIDADE DE LEÓN (páginas 156-159)

Limitaciones y Sugerencias para Estudios Futuros

3.4 Intervenção Formativa .1 Caracterização da formação

Este momento consistiu num conjunto de actividades estruturadas de formação, com o objectivo da construção do Plano de Segurança e Evacuação de 20 estabelecimentos de acção social. Foram realizadas sete acções de formação, envolvendo cerca de 80 colaboradores dos estabelecimentos, dirigentes e trabalhadores, localizadas em sala de formação e focalizadas nos estabelecimentos onde exercem as suas funções. A formação dos restantes formandos foi efectuada em contexto de trabalho, com 36h em sala e de 20h no local de trabalho em média.

3.4.2 Objectivos e programa de formação de segurança e saúde Objectivos gerais da formação

Definiram-se como objectivos gerais da formação: elaborar o Plano de Emergência Interno (PEI); organizar e formar equipas de intervenção, incrementando a responsabilidade individual e colectiva, perante a segurança; partilhar o PEI à generalidade dos ocupantes de um estabelecimento social, de forma, que cada um saiba perfeitamente as acções a desenvolver de forma consciente e colaborante; conhecer a legislação do planeamento de segurança em vigor, aplicada ao tipo estabelecimento social em estudo; reforçar a cultura de segurança nos estabelecimentos sociais.

Objectivos específicos da formação

Foram estipulados como objectivos específicos da formação: diagnosticar factores de risco e propor medidas de segurança e emergência, em função da utilização dos espaços e do tipo de edifício; reconhecer a necessidade da organização da segurança num estabelecimento; distinguir e aplicar a

sinalização de segurança, tendo em vista os riscos e a disponibilização dos meios de intervenção; interpretar os principais artigos da legislação de prevenção e emergência em edifícios (Decreto-Lei n.º 220/2008 de 12 de Novembro conjugada com a Portaria n.º 1532/2008 de 29 de Dezembro); implementar os símbolos gráficos, correspondentes às medidas preventivas previstas na legislação, tendo em vista a elaboração das plantas de emergência do estabelecimento; identificar a estrutura interna de segurança do estabelecimento; interpretar o programa de evacuação do estabelecimento; interpretar o seu papel na equipa de evacuação; aplicar instruções escritas de segurança (gerais, especiais e particulares) de acordo com o risco em vista; preparar todos os ocupantes do estabelecimento para a realização do exercício prático - simulacro - para a avaliação da eficácia dos procedimentos estabelecidos.

Programa de formação

O programa de formação teve como linhas gerais programáticas: legislação de segurança contra-incêndio; implementação de medidas de prevenção: (1) sinalização de segurança; (2) classes de risco de fogo; (3) iluminação de segurança; prevenção de riscos de incêndio; meios de 1ª intervenção e combate de Incêndio; construção do plano de segurança: (1) implementação do plano de prevenção; (2) implementação do plano de evacuação; (3) implementação do plano de actuação.

3.4.3 Estratégias da formação de segurança

A formação foi ministrada por um formador qualificado interno à instituição, tendo sido utilizada uma abordagem train the trainee. Esta abordagem permitiu por um lado, promover a participação dos trabalhadores na construção do plano estabelecendo uma responsabilização pelo cumprimento de normas legais sobre segurança, higiene e saúde no trabalho. Por outro lado, ao assentar no trabalho desenvolvido pelas equipas dos estabelecimentos, possibilitou a troca de ideias e a discussão dos assuntos relacionados com a segurança em situações de emergência, garantindo o pressuposto básico que só uma população informada pode ter um verdadeiro envolvimento e protagonismo na melhoria de qualidade de vida de todos os cidadãos em geral e dos trabalhadores em particular. A abordagem train the trainee proporcionou também, uma transmissão de conteúdos de forma diferente e motivadora, constituindo uma mais-valia, na medida em que possibilitou uma absorção rápida da necessidade da mudança e dos objectivos a alcançar, promovendo as chefias (que também são formandos) a difusão e a oportunidade de aplicar o aprendido. As sessões de formação em sala foram realizadas quinzenalmente, de modo a permitir que todos os grupos envolvidos colocassem em prática a aprendizagem efectuada permitindo o alcançar de novas metas para a sessão seguinte. As sessões em contexto de trabalho, foram realizadas em pequenos grupos de trabalhadores-formandos, 3 a 6 consoante o número de trabalhadores em cada estabelecimento, de forma a não perturbar o seu normal funcionamento.

Foi tido em conta durante a formação, que existe sempre uma grande probabilidade de que os participantes tenham experiências pessoais diferentes e níveis de conhecimento prévio igualmente diferentes, mesmo nas situações em que aparentemente se trabalha com grupos homogéneos. Isto implicou por vezes, que o formador criasse situações que atendessem a cada formando em particular, diversificando as actividades propostas, propondo actividades com diferentes níveis de complexidade e diferentes tipos de desafios a serem vencidos. A fim de cumprir os objectivos formativos e de facilitar a aquisição de conhecimentos e mudança de comportamentos, diferentes métodos formativos foram utilizados, tais como, apresentações expositivas e filmes, estratégias activas mais atraentes e cativantes como feedback, estudo de casos, role play e modelação comportamental e exercícios práticos, como recomendam Burke et al., (2006).

Foram consideradas as orientações de Colligan & Cohen (2004), no sentido, de que a apreensão e retenção de novos conhecimentos e habilidades serão maiores, se o formando puder dispor de repetidas oportunidades de prática ou repetidos momentos em que pode exercitar ou aplicar o que aprendeu (time on task). Mesmo a utilização de estratégias expositivas, desde que mais centradas na participação do formando, como a exposição verbal dialogada ou a demonstração com interferência dos formandos, permitiram que a aprendizagem fluísse mais facilmente do que as estratégias puramente centradas no formador. Assim, as acções de formação, ao assentarem numa metodologia dinâmica que valorizou a aprendizagem e, recorrendo às vivências pessoais e experimentação dos formandos, preparou os intervenientes para a transferência da aprendizagem para o contexto de trabalho.

4. RESULTADOS

No documento UNIVERSIDADE DE LEÓN (páginas 156-159)