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Hebreus e as Epístolas Gerais

Livro do Apocalipse

Como com o sermão escatológico de Jesus, o livro do Apocalipse representa literatura apocalíptica. Na aplicação desta literatura não se deve tentar correlacionar eventos atuais com as imagens altam en­ te sim bólicas do livro, como se o livro do Apocalipse se destinasse a nos capacitar a reconhecer, à medida que eles se desenrolam, todos os eventos que irão dar início ao fim do mundo. Na verdade, Apocalipse 1 deve nos lembrar de que o livro apresenta vários temas teológicos importantes — a soberania de Deus, a divindade de Cristo, a natureza da Trindade, a expiação e a ressurreição e outros (veja, especialmente, 1.4-8) — e que mesmo a doutrina primária da escatologia se concentra principalmente no fato da volta de Cristo (v. 7), o que pode ser tudo aquilo em que os cristãos podem esperar (ou precisam) estar de acor­ do.82 As cartas às sete igrejas (capítulos 2 e 3) nos convidam a com pa­ rar todo o espectro de fidelidade e infidelidade, representado na antiga Ásia M enor com igrejas ou ramos análogos ao cristianismo em nosso mundo. Os mesmos chamados ao arrependimento e as mesmas recom ­ pensas pela obediência se aplicam hoje em dia. Os capítulos 4 e 5 (e outros hinos espalhados pelo livro) devem nos levar a louvar a Deus pelas suas maravilhosas obras, como os habitantes do céu já fazem.

Aplicações das séries dos juízos dos selos, taças e trombetas, e os in­ tervalos que as separam (capítulos 6 e 19) variarão, de alguma maneira, dependendo de o intérprete adotar uma abordagem passada, histórica, idealista ou futurista (ou alguma combinação destas). Este debate pro­ põe a pergunta: Esses capítulos refletem basicam ente eventos do século I (abordagem passada), evolução da História da Igreja (histórica), prin­ cípios atemporais da luta entre o bem e o mal (idealista) ou eventos futuros (futurista)? Talvez a melhor abordagem seja uma basicamente futurista, que, no entanto, reconheça paralelos parciais, tanto no sécu­ lo I como em outros períodos ao longo da história, possibilitando que princípios atemporais sejam derivados também.83 Desta perspectiva, quer alguma geração venha a ser realmente a última ou não, nós pode­ mos, em cada era, reconhecer pelo menos os prenúncios de desenvol­ vimentos que o livro do Apocalipse retrata tão vividamente. Qualquer poder anticristão do mundo se assemelha, pelo menos parcialmente, ao retrato do Anticristo do final dos tempos; mas os cristãos podem ter a esperança de que Deus triunfará no final sobre cada um desses poderes.84 Eles podem enfrentar severa tribulação, mas estão isentos

da ira de Deus (uma afirmação sobre a qual concordam, igualmente, os pré-tribulacionistas, os midi-tribulacionistas e os pós-tribulacionistas). Eles podem esperar ansiosamente o descanso e a bênção eternos, ao passo que os ímpios somente se depararão com tormento incessante (capítulos 20 e 22) — uma promessa sobre a qual concordam os pré-mi- lenialistas, pós-milenialistas e amilenialistas. Afinal, praticam ente cada detalhe varia de acordo com os variados sistemas teológicos, mas se concordarmos no que diz respeito ao que é essencial, poderemos con­ cordar em discordar sobre o resto.85

Conclusão

Não existe nenhuma fórmula mecânica para aplicar apropriadamen­ te qualquer texto das Escrituras. Quanto mais entendemos o que uma passagem em particular queria dizer para o seu autor e o seu público originais, mais provavelmente poderemos entender a sua aplicação ori­ ginal. Quanto mais intimamente paralelos à situação nos encontrarmos hoje, mais poderemos aplicar o texto de maneira similar. Mas muitas vezes as nossas situações não são tremendamente comparáveis. Nós ainda podemos reconhecer amplos princípios que transcendem tempo e lugar, mas aplicações mais específicas podem ser mais controversas. Compreender as questões singulares que estão relacionadas com as diversas formas literárias da Bíblia nos capacita a progredir cada vez mais rumo à aplicação válida, mas os cristãos irão discordar ainda so­ bre inúmeras questões.

Da mesma maneira, é crucial se lembrar da graciosa maneira que o Espírito de Deus guia o seu povo. Embora ninguém deva deliberada­ mente usar mal um texto e culpar a Deus por guiá-lo neste processo, o Espírito fala regularmente aos crentes, e por intermédio deles, mesmo quando estes, de forma involuntária e inconsciente usam mal algumas passagens, assim como o Espírito nos usa para realizar a sua obra no mundo, mesm o quando os nossos motivos são menos do que deveriam ser. Nós devemos agradecer a Deus por Ele agir desta maneira. Se não fosse assim, Deus poderia fazer muito pouco conosco, uma vez que nós, com tanta regularidade, deixamos de corresponder aos seus padrões. Mas, como em cada outra área do crescimento cristão, jam ais devemos usar a graça de Deus como uma desculpa para a nossa preguiça, ou algo pior (Rm 6.1). Nós temos mais recursos cristãos evangélicos para o entendimento da Bíblia, em mais idiomas do mundo, do que em qual­

Como o Cristão Deve A plicar o Novo Testamento à Vida? 145

quer outra época da História da Igreja. Assim, é uma grande responsa­ bilidade, não nos aproveitarmos destes recursos, gerados por crentes que honram a Deus e que estão respondendo ao seu chamado nas suas vidas, ao produzir essas ferram entas.86 Ao m esm o tempo, interpretar os pensamentos de outras pessoas sobre a Bíblia jam ais deveria suplantar a nossa luta detalhada e séria com o texto das Escrituras, buscando, em oração, o que Deus deseja nos dizer, diretamente neste processo.

Apesar de inúmeras declarações do contrário, há pelo menos uma dúzia de boas razões para crer que os Evangelhos do Novo Testamento e o livro de Atos apresentam informações históricas substancialmente confiáveis. A crítica textual nos permite reconstruir o que os autores es­ creveram originalmente, com alto grau de confiança. Mateus, Marcos, Lucas e João, todos estavam em boas posições para se lembrar ou apren­ der sobre a vida de Jesus. Todos escreveram seus Evangelhos no século T, um período de tempo comparativamente curto depois dos eventos que eles narram. O gênero do Evangelho se assemelha mais de modo intimo àquele relativamente digno de confiança, de outras biografias e histórias antigas. E provável que os quatro evangelistas tivessem de­ sejado registrar a história com exatidão, de m odo que a tradição cristã cuidadosamente preservasse informações sobre Jesus e os apóstolos, e para que as aparentes contradições entre os documentos pudessem ser harm onizadas de modo plausível. Isto é verdade, quer comparemos os Evangelhos Sinóticos entre si, os Sinóticos com o de João, o livro de Atos com as epístolas de Paulo, ou o Novo Testamento com a história extrabíblica de modo mais genérico. As palavras duras de Jesus, junta­ mente com os tópicos que os Evangelhos não trataram, respaldam ain­ da mais a historicidade destes textos. Autores não cristãos, a evidência da arqueologia e autores cristãos mais recentes, todos fornecem respal­ do adicional. Particularmente impressionantes são as referências à tra­ dição de Jesus nas epístolas do Novo Testamento, que antecipam a data de composição dos Evangelhos. Essas referências demonstram que a informação precisa sobre Jesus circulava oralmente muito tempo antes que os primeiros registros escritos da sua vida fossem produzidos.

148 Questões Cruciais do Novo Testamento

Embora, à primeira vista, Jesus e Paulo possam parecer ter enfati­ zado temas muito diferentes, um olhar mais atento revela que os dois homens são fundamentalmente compatíveis entre si. Paulo revela um conhecimento abundante sobre a tradição de Jesus, mesm o que cite Jesus de forma direta apenas ocasionalmente. O propósito e o gêne­ ro das epístolas não se prestam a abundante citação direta. Mas vá­ rias alusões aparecem nas cartas de Paulo a eventos da vida de Jesus, juntam ente com uma ampla seção dos ensinamentos individuais de Jesus, e seus serm ões mais longos. Um a comparação de vários com­ ponentes teológicos essenciais revela considerável sobreposição entre Jesus e Paulo aqui também. A ênfase de Paulo na justificação pela fé corresponde intimamente ao ensinamento de Jesus sobre o reino de Deus. Os dois homens têm perspectivas comparáveis sobre o papel da lei na era cristã, a necessidade da missão e da inclusão dos gentios na Igreja, e o papel das mulheres no ministério. A cristologia implícita dos Evangelhos Sinóticos retrata Jesus com uma visão elevada de si mesmo, tornando a cristologia explícita de João e Paulo um resultado mais na­ tural do que alguns imaginaram. Jesus e também Paulo reconheceram o papel essencial da morte de Cristo, a ressurreição e o seu retorno dos céus. Embora o pensamento de Paulo tenha sido modificado de várias maneiras fundamentais, na estrada para Damasco, e assim o âmago do "seu evangelho" pudesse ser atribuído â sua experiência de conversão (G1 1.11,12), nada do que ele diz em suas cartas contradiz a conclusão de que ele teria aprendido numerosos detalhes sobre o Jesus histórico com outros cristãos.

A aplicação do Novo Testamento exige, entre outras coisas, um en­ tendimento de como variam as suas formas literárias. Os Evangelhos foram escritos principalmente para alimentar a fé em Jesus. Eles enfa­ tizam o seu ensinamento contracultural, a compaixão pelos excluídos, e os crescentes conflitos com as autoridades religiosas da sua época. O uso regular que Ele fazia de metáforas significa que não devemos nos preocupar em interpretar literalmente o que se destinava a ser figu­ rado. Os mandamentos mais duros ou mais controversos exigem cui­ dadoso entendimento de seus contextos histórico e literário, além da distinção de quando Jesus está falando somente aos doze ou dando outros mandamentos específicos para a situação. É preciso observar a sua predileção por lições práticas proféticas, pelo discurso apocalíptico e por extensos diálogos ou sermões (particularmente no Evangelho de João), cada uma destas modalidades apresentando distintos desafios

ao intérprete. As dificuldades essenciais na aplicação do livro de Atos derivam grandemente da sua forma narrativa, e do período entre o an­ tigo e o novo concerto que ele descreve. Os leitores devem procurar indicações indiretas que Lucas nos dá para determinar quão impor­ tante ou exemplar determinado incidente é. Essas indicações incluem a maneira como uma passagem é introduzida ou concluída, com que frequência um tema é repetido, se um padrão consistente de compor­ tamento emerge ou não ao longo do livro, e quanto espaço Lucas de­ dica a cada tópico. Todo o livro oferece um modelo maravilhoso para contextualização do evangelho. Nas epístolas, predomina a questão do que é atemporal versus o que é específico de uma situação. Novamente, devemos procurar aparentes contradições, os argumentos particulares ligados a vários mandam entos, a possível base para um mandamento na criação ou na nova criação, amplos princípios interculturais, e as diferenças entre um ensinamento dirigido a todos os cristãos e aqueles que se aplicam somente a alguns. A epístola aos Hebreus e as epístolas gerais também requerem o uso de todos estes princípios, mas também apresentam novos desafios e oportunidades para os intérpretes, quando m odernizam as circunstâncias sob as quais estas cartas foram escritas. O livro do Apocalipse não foi escrito para nos capacitar a reconhecer sinais singulares dos tempos imediatamente anteriores ao retorno de Cristo, mas para dar esperança ao povo de Deus, em todos os tempos e lugares, de que Ele é soberano, de que Jesus vence, e de que a história se move em direção aos objetivos indicados. Diante disso, a maneira como um indivíduo responde a Jesus de Nazaré reflete a decisão mais importante que ele pode tomar nesta vida.

Notas

In t r o d u ç ã o

1 Tremper Longman, M aking Sense o f the Old Testament: Three Crucial Questions (Grand Rapids: Baker, 1998).

Ca p it u l o 1 :

O

Novo

Te s t a m e n t o É h is t o r ic a m e n t e Co n f iá v e l?

1 James W. Deardorff, Celestial Teachings: The Emergence o f the True Testament of Jmmanuel (Jesus) (Tigard, Oreg.: Wild Flower Press, 1990) (a letra "J" não é um erro tipográfico; esta é a grafia que ele usa); idem, The Problem o f New Testament Gospel Origins (San Francisco: Mellen Research University Press, 1992).

2 William D. Mahan, The Archko Volume: The Archaeological Writings o f the Sanhedrim and Talmuds o f the Jews, ed. M. Mcintosh e T. H. Twyman (1887; New Canaan, Conn.: Keats, 1975). Este volume continua a ser reimpresso e amplamente dis­ tribuído.

3 Veja Barbara Thiering, Jesus and the Riddle o f the Dead Sea Scrolls (San Francisco: HarperSanFrancisco, 1993).

4 Veja Carsten P. Thiede (Rekindling the Word: In Search o f Gospel Truth [Valley Forge, Pa.: Trinity Press International, 1995], 37-57,169-97); e Graham Stanton (Gospel Truth? Neiv Light on Jesus and the Gospels [Valley Forge, Pa.: Trinity Press International, 1995], 11-19,20-32).

5 O Evangelho de Tomé é um documento extracanônico, posterior ao Novo Testamento, que, segundo a opinião de alguns acadêmicos, pode conter autên­ tica tradição de Jesus, independentemente do conteúdo dos Evangelhos canôni­ cos. Para uma pesquisa e uma avaliação negativa destas reivindicações e outras declarações similares, defendidas, por um número muito menor de acadêmi­ cos, a respeito de outras obras da literatura cristã apócrifa, veja John P. Meier, A

Marginal Jew: Rethinking the Historical Jesus (Nova York: Doubleday, 1991-), 1:112- 66. Veja n" 11 abaixo, para mais informações sobre a obra de Meier.

6 Os resultados são mais convenientemente acessados em Robert W. Funk, Roy W. Hoover, e Seminário Jesus, The Five Gospels: The Search fo r the Authentic Words o f Jesus (Nova York: Macmillan, 1993); e Robert W. Funk e Seminário Jesus, The Acts o f Jesus: The Search fo r the Authentic Deeds o f Jesus (San Francisco: HarperSanFrancisco, 1998).

7 Para uma análise e crítica abrangente da metodologia e das conclusões do Seminário Jesus, veja Craig L. Blomberg, "The Seventy-four 'Scholars': Who Does the Seminário Jesus Really Speak For?" Christian Research Journal 17, no. 2 (1994): 32-38. Para um sentido mais amplo, veja Michael J. Wilkins e J. P. Moreland, eds., Jesus Under Fire: Modern Scholarship Reinvents the Historical Jesus (Grand Rapids: Zondervan, 1995).

8 Sobre as perspectivas iniciais, veja todo o exemplar de Forum 3, n° 1 (2000). Fascículos subsequentes, embora com a publicação atrasada por dois anos, mostram que o projeto está progredindo lentamente.

9 A linguagem se origina de vários dos títulos de capítulos da obra de Ben Witherington III, The Jesus Quest: The Third Search for the Jew o f Nazareth (Downers Grove, III: InterVarsity Press, 1995).

10 Ben Witherington III, The Paul Quest: The Renewed Search fo r the Jew o f Tarsus (Downers Grove, 111: InterVarsity Press, 1998).

11 O mais ambicioso destes esforços, e uma das melhores abordagens é a de Meier, A Marginal Jew, com três volumes que foram publicados por volta do ano 2000, e há pelo menos mais um prometido.

12 Veja especialmente Stanley E. Porter, The Criteria for Authenticity in Historical-Jesus Research (Sheffield, Inglaterra: Sheffield, Academic Press, 2000).

13 N. T. Wright, Jesus and the Victory o f Cod (Mineápolis: Fortress, 1996), 131-133; Gerd Theissen e Annette Merz, The Historical Jesus: A Comprehensive Guide (Mineápolis: Fortress, 1998), 116-118; Gerd Theissen e Dagmar Winter, The Quest fo r the Plausible Jesus: The Question o f Criteria (Louisville: Westminster John Knox

Press, 2002).

14 De modo curioso, é precisamente isto o que alguns autores muito conservado­ res desejam que nós façamos. Veja especialmente Robert L. Thomas e F. David Farnell, The Jesus Crisis: The Inroads o f Historical Criticism into Evangelical Scholarship (Grand Rapids: Kregel, 1998).

15 F. F. Bruce, The Nerv Testament Documents: Are They Reliable?(Downers Grove, 111.: InterVarsity Press, I960), 16.

Notas 153

ln A introdução tradicional acadêmica à crítica textual do Novo Testamento, de que estes e mui tos outros dados podem ser obtidos, é a obra de Kurt Aland e Barbara Aland, The Text o f the New Testament, 2'' ed. (Grand Rapids: Eerdmans, 1989). Para uma investigação muito mais breve, que não exige conhecimento técnico no assunto, veja David A. Black, New Testament Textual Criticism: A Concise Guide (Grand Rapids: Baker, 1994).

17 Sobre o mormonismo, veja Craig L. Blomberg e Stephen E. Robinson, Hon> Wide the Divide? A Mormon and an Evangelical in Conversation (Downers Grove, 111.: InterVarsity Press, 1997), 55-74. Sobre o Islã, veja Ghiyathuddin Adelphi e Ernest Hahn, The Integrity o f the Bible according to the Qur'an and the Hadith (Hyderabad, India: Henry Martyn Institute of Islamic Studies, lc>77).

18 Martin Hengel (The Four Gospels and the One Gospel o f Jesus Christ [Harrisburg, Pa.: Trinity Press International, 2000], esp. 48-56, 96-105) desafia estas suposições, no entanto, e julga que Marcos inventou o título e os outros autores dos Evangelhos conscientes seguiram o seu modelo. A hipótese de Hengel é sugestiva e merece séria consideração, ainda que, em última análise, seja especulativa e não possa ser provada.

111 Para uma discussão abrangente sobre a "evidência externa" (o testemunho dos primeiros autores cristãos) a respeito das origens tios Evangelhos e do livro de Atos, veja os capítulos sobre os quatro Evangelhos e o livro de Atos, em qualquer introdução detalhada ao Novo Testamento, por exemplo, Donald Guthrie, New Testament Introduction, 4“ ed. (Downers Grove, 111.: InterVarsity Press, 1990); ou Raymond E. Brown, An Introduction to the New Testament (Nova York: Doubleday, 1997).

211 A coleção padrão de textos apócrifos do Novo Testamento, na tradução para o in­ glês, é a New Testament Apocrypha, ed. Wilhelm Schneemelcher, 2“ ed., 2 volumes. (Louisville: Westminster John Knox Press, 1991-1992).

21 Para uma discussão muito mais abrangente, veja Craig L. Blomberg, The Historical Reliability o f John's Gospel: Issues and Commentary (Downers Grove, 111.: InterVarsity Press, 2001), 22-40.

22 Novamente, veja qualquer das introduções padrão ao Novo Testamento. 23 Para uma cronologia detalhada e persuasiva, e as referências relevantes em ou­

tras fontes antigas, veja Ben Witherington III, The Acts o f the Apostles: A Socio- Rhetorical Commentary (Grand Rapids: Eerdmans, 1998), 77-86.

24 Frequentemente designada como Q — da palavra Quelle cm alemão, para "fon­ te". Várias hipóteses adicionais sobre Q, elaboradas por acadêmicos liberais, com frequência excedem o que a evidência real pode demonstrar, mas a simples hi­ pótese da existência de tal documento no século I permanece provável. Veja, por

exemplo, Darrell L. Bock, "Questions about Q", em Rethinking the Synoptic Problem, ed. David A. Black e David R. Beck (Grand Rapids: Baker, 2001), 41-64. 25 Funk, Hoover e Seminário Jesus, The Five Gospels, 12-13,16.

26 Veja Robin L. Fox, The Search for Alexander (Boston: Little, 1980).

27 A. N. Sherwin-White, Roman Society and Roman Law in the New Testament (Oxford: Oxford University Press, 1953), 187.

28 Para uma boa investigação de abordagens anteriores e para conclusões variadas, veja Robert Guelich, "The Gospel Genre", em The Gospel and the Gospels, ed. Peter Stuhlmacher (Grand Rapids: Eerdmans, 1991), 173-208.

29 Veja especialmente Richard A. Burridge, What Are the Gospels? (Cambridge: Cambridge University Press, 1992); Colin Hemer, The Book o f Acts in the Setting o f Hellenistic History, ed. Conrad H. Gempf (Tubingen: Mohr, 1989).

30 Loveday Alexander, The Preface to Luke's Gospel (Cambridge: Cambridge University Press, 1993), 21.

31 Com frequência se argumenta que o Evangelho de João é de forma considerável menos digno de confiança, historicamente, do que os Sinóticos, mas ainda confiá­ vel teologicamente. Um mérito de Maurice Casey, Is John's Gospel True? (Londres: Routledge, 1996) é o fato de que ele reconhece a íntima conexão entre os dois, embora, infelizmente, considere este Evangelho não confiável em ambos os as­ pectos. Para uma resposta bastante extensa, veja minha obra, Historical Reliability o f John 's Gospel.

32 Veja especialmente Richard Bauckham, ed., The Gospels for All Christians: Rethinking the Gospel Audiences (Grand Rapids: Eerdmans, 1998). Eu não estou tão convencido quanto às fontes deste volume de que João podia pressupor conhe­ cimento dos textos escritos de Mateus, Marcos ou Lucas, mas parece altamente improvável uma ampla consciência de seu principal conteúdo.

33 Veja especialmente Samuel Byrskog, Story as History — History as Story (Tubingen: Mohr, 2000), 235-238; e Derek Tovey, Narrative Art and Act in the Fourth Gospel (Sheffield, Inglaterra: Sheffield Academic Press, 1997), 273.

34 Veja Darrell L. Bock, "The Words of Jesus in the Gospels: Live, Jive, or Memorex?" em Wilkins e Moreland, Jesus Under Tire, 73-99.

35 Veja Conrad Gempf, "Public Speaking and Published Accounts", em The Book o f Acts in Its Ancient Literary Setting, ed. Bruce W. Winter e Andrew D. Clarke (Grand Rapids: Eerdmans, 1993), 259-303.

36 Veja David Hill, Nezv Testament Prophecy (Atlanta: John Knox, 1979); Christopher Forbes, Prophecy and Inspired Speech in Early Christianity and Its Hellenistic Environment (Peabody, Mass.: Hendrickson, 1997).

37 Para textos e comentários, veja Richard Bauckham, "The Delay of the Parousia", TynB 31 (1980): 33-36.

Notas 155

38 Veja Graham N. Stanton, Jesus o f Nazareth in New Testament Preaching (Cambridge: Cambridge University Press, 1974), 189.

39 Veja Hemer, Book o f Acts, 63-100.

40 Bart D. Ehrman, Jesus: Apocalyptic Prophet o f the New Millennium (Oxford: Oxford University Press, 1999), 51-52.

41 Veja especialmente Birger Gerhardsson, Memory and Manuscript (Lund, Suécia: Gleerup, 1961), 43-66. Também são importantes duas obras em alemão, jamais tra­ duzidas ao idioma inglês: Rainer Riesner, Jesus ais Lehrer (Tubingen: Mohr, 1981); e A. F. Zimmermann, Die urchristlichen Lehrer (Tubingen: Mohr, 1984).

42 Veja especialmente A. B. Lord, "The Gospels as Oral Traditional Literature", em The Relationships among the Gospels, ed. William O. Walker, Jr. (San Antonio: Trinity University Press, 1978), 33-91; e Kenneth E. Bailey, "Informal Controlled Oral Tradition and the Synoptic Gospels", AJT5 (1991): 34-53. James D. G. Dunn, em sua nova obra, (Jesus Remembered [Grand Rapids: Eerdmans, 2003], 173-254) faz mais uso destas descobertas do que qualquer outro livro sobre o Jesus histó­ rico.

43 Veja especialmente Alan Millard, Reading and Writing in the Time o f Jesus (Sheffield, Inglaterra: Sheffield, Academic Press, 2000), 210-229.