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Métodos de multiplicação da figueira

No documento Is Bn 9788539301874 (páginas 79-94)

Sementes

a propagação da figueira por meio de sementes tem o objetivo único de melhorar geneticamente a espécie. entretanto, no Brasil esse processo é impossibilitado pela ausência da vespa Blastophaga psenes (L.), inseto responsável pela polinização natural da cultura

(Simão, 1998).

Mergulhia

nesse processo propagativo, as mudas só são retiradas da planta mãe quando o sistema radicular já foi formado. De acordo com Simão (idem), a mergulhia pode ser feita por quatro métodos. São eles: simples, contínuo, cepa e alporquia.

no caso da figueira, os métodos mais utilizados são a cepa e a alporquia. a cepa favorece o enraizamento da brotação e, conse- quentemente, a multiplicação da figueira. entretanto, por estarem em contato direto com o solo, as mudas enraizadas servirão como fonte de nematoides (Boliani & Corrêa, 1999). a alporquia pode ser realizada na figueira, porém seu efeito prático não resulta em interesse econômico.

Enxertia

a enxertia é uma das formas de propagação mais utilizadas para a maioria das frutíferas. nesse processo de multiplicação, tanto o enxerto como o porta-enxerto devem estar em boas condições fisiológicas. o porta-enxerto é responsável pelo fornecimento de nutrientes e água por meio de suas raízes. além disso, deve ser resis- tente às pragas ou às doenças do solo (Simão, 1998).

na propagação da figueira, a enxertia não é muito praticada. isso se deve ao não interesse prático dos estabelecimentos de pomares comerciais. outro impedimento é a dificuldade em encontrar porta- -enxertos que sejam resistentes aos nematoides, uma das pragas que mais acometem a figueira. todavia, pereira (1981) relata três espécies que aceitam enxertos de Ficus carica (L.) e que são resistentes a nema-

toides, a saber: Ficus racemosa (L.), Ficus cocculifolia e Ficus gnapha.

a borbulhia é um dos processos de enxertia realizados na figueira. pode ser executada durante todo o período de vegetação pelo sistema em forma de t, sistema usado quando o porta-enxerto solta a casca. Quando o porta-enxerto não solta a casca com facili- dade, emprega-se o sistema de escudo (chapinha) (ibidem).

para Simão (1998), a época de enxertia para esse tipo de mul- tiplicação é a primavera e o verão, pois nesse período os vegetais encontram-se em plena atividade vegetativa.

outro processo de enxertia é a garfagem, no qual para a figueira é empregado o sistema de fenda cheia ou de incrustação lateral. os garfos são introduzidos nos ramos de 1 cm de diâmetro e devem possuir duas ou três gemas (Boliani & Corrêa, 1999). a época ideal para executar a garfagem em plantas de folhas caducas é o período de repouso vegetativo, isto é, no inverno (Simão, 1998).

Rebentões

os rebentões se originam a partir de gemas presentes nas raízes, então as mudas se desenvolvem ao redor da haste principal. essas

mudas são mais precoces em relação às demais, no entanto, por estarem em contato direto com o solo, funcionam como veículo de nematoides (Boliani & Corrêa, 1999).

Estaquia

a figueira é normalmente propagada de forma assexuada por meio da estaquia, em que segmentos da planta matriz são colocados em ambiente favorável, emitem raízes adventícias e originam uma nova planta com as mesmas características da planta matriz (Brum, 2001).

no Brasil, a produção de mudas de figueira em escala comercial tem se dado principalmente por meio de estacas (Silva,1983). esse processo propagativo é o mais usado pelos produtores de mudas pela facilidade de aquisição de material, já que este é oriundo da poda hibernal (julho-setembro) (araújo et al., 2005).

as estacas do tipo caulinar são as mais utilizadas na propagação da figueira. elas podem ser divididas em três grupos, de acordo com as características do lenho: estacas lenhosas (apresentam tecidos lignificados, não possuem folhas e são coletadas na poda hibernal), estacas herbáceas (possuem tecidos mais tenros, coletadas na época do período vegetativo e necessitam de folhas) e estacas semilenhosas ou semi-herbáceas, que apresentam um estágio intermediário entre os dois extremos e são coletadas no final do verão, ainda com folhas (Fachinello et al., 1995).

Usualmente, as estacas lenhosas com um ano de idade é que são utilizadas para a multiplicação da figueira. essas estacas devem possuir de 1,5 cm a 3 cm de diâmetro e de 30 cm a 40 cm de compri- mento. o plantio pode ser feito diretamente na cova ou no viveiro. embora seja um dos métodos mais utilizados, a estaca plantada dire- tamente na cova apresenta algumas desvantagens, como a baixa taxa de enraizamento, por causa da não coincidência da poda hibernal com o período chuvoso. além disso, essa prática gera custos altos, pois muitas vezes é necessário fazer o replantio das estacas. nesse tipo de plantio na cova, as estacas são enterradas verticalmente, e

apenas duas gemas, ou dois terços de seu comprimento, ficam acima do nível do solo (pio et al., 2006).

portanto, com o objetivo de atenuar as perdas que se observam no plantio em covas, o enraizamento prévio das estacas em viveiros tem sido uma boa alternativa. esse processo de propagação permite utilizar estacas de menor comprimento, facilitando o manejo no viveiro, além de propiciar mudas de qualidade e o plantio no período chuvoso (Chalfun & Hoffmann, 1997; pio, 2002).

pio et al. (2003), estudando o enraizamento de estacas apicais de figueira em diferentes ambientes (casa de vegetação e pleno sol), verificaram que a maior porcentagem de raízes foi observada nas estacas cultivadas em casa de vegetação. esses resultados se devem à possibilidade de maior controle da umidade e da temperatura nesse ambiente. em outro estudo, os mesmos autores compararam casa de vegetação e telado e confirmaram a eficácia da primeira no enraizamento e desenvolvimento de estacas caulinares de figueira (idem, 2006).

entretanto, o enraizamento das estacas não depende apenas do ambiente no qual são cultivadas. estacas provenientes de porções diferentes do ramo apresentam potencial de enraizamento distinto. Desse modo, em estacas lenhosas, nota-se uma maior capaci- dade de enraizamento na porção basal, e esse efeito é justi ficado pelo maior acúmulo de carboidratos encontrados nessa região (gonçalves, 2002).

Uso de reguladores vegetais no enraizamento de estacas para acelerar e promover o enraizamento de estacas são empre- gados reguladores de crescimento do grupo das auxinas, os quais levam a maior porcentagem de formação de raízes, melhor qualidade destas e uniformidade no enraizamento. o ácido indolbutírico é o regulador de crescimento mais comumente utilizado na indução do enraizamento adventício, por se tratar de uma substância fotoes- tável, de ação localizada e menos sensível à degradação biológica, em comparação às demais auxinas sintéticas (nogueira, 1983;

Fachinello et al., 1995; Hoffmann et al., 1996). Conforme alvarenga (1990), entre as principais funções biológicas das auxinas, destaca-se o crescimento de órgãos, sobretudo de raízes.

De acordo com pio (2002), o uso exógeno de substâncias pro- motoras de crescimento, como as auxinas, pode acelerar o processo de enraizamento das estacas, além de manter a qualidade das raízes. a principal função das auxinas no processo inicial da formação de raízes está relacionada com a atuação desse hormônio na divisão e no alongamento celular. ainda conforme o mesmo autor, a concen- tração ideal de reguladores de crescimento a ser aplicada varia com a espécie que está sendo trabalhada e com a época do ano em que as estacas são retiradas das plantas matrizes. portanto, é muito impor- tante que tais concentrações sejam calculadas de forma correta.

Segundo Fachinello et al. (1995), o aumento da concentração de ácido indol butírico (aiB) aplicado nas estacas provoca efeito estimulador da emissão de raízes até um valor máximo, a partir do qual qualquer acréscimo de aiB tem efeito inibitório. portanto, a resposta da estaca à aplicação exógena de auxina depende da concentração desse fito-hormônio presente internamente na estaca (Ferri, 1979; Bartolini et al., 1982). Sendo assim, dependendo da concentração endógena de auxinas, a aplicação de aiB poderá cau- sar desbalanceamento interno de tal substância, podendo ocorrer estímulo ou inibição da iniciação radicular.

Chalfun & Hoffmann (1997) afirmam que o uso de reguladores de crescimento é dispensável, graças à facilidade de enraizamento das estacas de figueira. nogueira (1995), estudando os efeitos do aiB aplicados via imersão lenta, no enraizamento de estacas her- báceas de figueira, verificou que não houve efeito dessa auxina sintética no enraizamento de estacas, concordando com mesquita et al. (1998), que concluíram em seu trabalho que a ausência de aiB promoveu maior porcentagem de estacas enraizadas e brotadas.

entretanto, vários trabalhos constataram o efeito benéfico da aplicação de reguladores de crescimento no enraizamento de esta- cas de figueira. albuquerque & albuquerque (1981), estudando a aplicação exógena de aiB e ácido naftaleno acético (ana) na base

de estacas lenhosas de figueira, observaram que a concentração de 3.000 mg/kg-1 de aiB promoveu maior porcentagem de estacas brotadas e enraizadas. pio (2002), quando usou imersão rápida, observou um acréscimo na porcentagem de estacas enraizadas até uma concentração ótima de aiB de 2.033,33 mg/kg-1

, com 80% de estacas enraizadas.

nunes (1981), trabalhando com estacas semilenhosas de figueira, variedade roxo-de-valinhos, verificou a necessidade de 800 mg/l-1 de aiB, pelo método de imersão rápida, para se obter um maior índice de enraizamento das estacas (50%). Segundo Hartmann & Kester (1990), o uso de aiB aplicado à base das estacas garante maior porcentagem de estacas enraizadas e melhor qualidade e uni- formidade de enraizamento.

estudando o enraizamento de estacas submetidas a diferentes concentrações de aiB, araújo et al. (2005) obtiveram 93,93% e 93,85% de enraizamento com concentrações de 400 mg/kg-1 e 800 mg/kg-1, respectivamente. no mesmo estudo, os autores obtiveram 80,89% de enraizamento para as estacas não tratadas com aiB.

nogueira et al.(2007), trabalhando com o enraizamento de esta- cas de figueira com e sem a presença de folhas oriundas de plantas matrizes com e sem frutos sob diferentes concentrações de aiB, constataram que não houve diferença na porcentagem de raízes tra- tadas ou não com aiB. os autores concluíram então que não houve a necessidade de aplicação exógena de auxina em estacas com ou sem folhas advindas de plantas matrizes com ou sem frutos.

Época de realização da estaquia

existe controvérsia na literatura sobre a necessidade do uso de reguladores vegetais na propagação da figueira. porém, vários autores concordam que essa necessidade estaria diretamente ligada à época do ano em que são coletadas as estacas para o enraizamento, ou seja, em determinadas épocas não haveria a necessidade do emprego de tais substâncias, pois as estacas já conteriam os compostos neces- sários para o enraizamento. tal fato talvez possa ser atribuído à

concentração de carboidratos mais elevada nas estacas, em virtude do fato de que em determinadas épocas do ano os ramos que origina- rão as estacas já estão com folhas e, segundo middleton et al. (1980), nas folhas e gemas estão presentes os fatores endógenos promotores do enraizamento, incluindo carboidratos e compostos nitrogenados, além das auxinas e substâncias sinergéticas a elas.

para albuquerque & albuquerque (1981), os diferentes tipos de estacas enraízam não necessariamente por causa da quantidade de auxina aplicada, mas por causa dos teores de hidratos de carbono que tais estacas contenham. as estacas provenientes da poda de outubro, tratadas com 2.500 mg/kg-1, 5.000 mg/kg-1 de aiB e as não tratadas apresentaram maior enraizamento, não diferindo entre si. observou-se que as estacas provenientes da poda de setembro e outubro não necessitaram de tratamento com aiB, pois apresenta- ram elevado enraizamento mesmo em estacas não tratadas. o mês de setembro foi o mais viável para a coleta de estacas visando à obtenção de mudas de figueira.

no que se refere à época mais adequada para a obtenção das estacas, há diferenças entre espécies, e algumas enraízam melhor no início da primavera até o início do outono (Fachinello et al., 1995). no caso da figueira, pereira (1981) reportou que a época ideal para a coleta das estacas é na poda hibernal, realizada desde o mês de julho até o início de setembro, dependendo da região e das condições climáticas do ano.

Uma possibilidade de antecipar a época de produção das mudas é a utilização de estacas herbáceas ou semilenhosas coletadas no período vegetativo da planta, o que, além de possibilitar melhor índice de enraizamento, quando postas a enraizar em recipientes, em outubro/novembro, poderiam ser transplantadas para o local definitivo no inverno subsequente, de sete a oito meses após a coleta (nogueira, 2002).

norberto (1999), estudando o efeito de épocas de estaquia, observou que o maior percentual de estacas brotadas e enraizadas (100%) foi obtido na segunda quinzena de junho, julho e agosto, ou seja, nas épocas mais tardias. o menor porcentual foi verificado na

primeira quinzena de abril (71,13%). esse resultado sugere que as condições ambientais nas épocas mais tardias sejam mais favoráveis, uma vez que a concentração de substâncias promotoras do enrai- zamento, como as auxinas, começa a aumentar após o período de outono, em que ocorre a dormência da figueira e é caracterizado pela concentração elevada de inibidores de crescimento (Caetano, 2006). também Dutra e Kersten (1996) confirmam que a influência da época de estaquia sobre o enraizamento de estacas ocorre em virtude das variações no conteúdo dos cofatores e à formação e acúmulo de inibidores do enraizamento.

Sabendo que a possibilidade de ampliação no período de forma- ção das mudas é uma característica almejada tanto por viveiristas quanto pelos ficicultores que fazem as próprias mudas, ramos et al. (2008), em Botucatu (Sp), realizaram trabalho de pesquisa com propagação da figueira por meio do enraizamento de estacas semilenhosas empregando o ácido indol-butírico em diferentes concentrações e épocas de realização da estaquia. o mês de agosto correspondeu à pior época para a realização da estaquia em figueira sem o uso de biorregulador. Com o emprego do aiB 2.500 mg/kg-1, a porcentagem de enraizamento aumentou significativamente de 20% para 90% (tabela 1). estacas oriundas de ramos podados em setembro e outubro não necessitaram de tratamento com aiB para apresentar um bom enraizamento (Figura 1).

os resultados também evidenciaram que o mês de setembro mostrou ser o mais viável para a coleta de estacas de figueira, pois houve uma maior porcentagem de enraizamento destas, em todos os tratamentos. no geral, estacas tratadas com 7.500 e 10.000 mg/ kg-1 de aiB apresentaram as mais baixas porcentagens de enraiza- mento em agosto e setembro e o menor comprimento e massa seca de raízes em todos os meses, indicando a possibilidade de tais con- centrações exercerem um efeito deletério no enraizamento (tabela 1).

Tabela 1 – porcentagem de enraizamento, comprimento da maior raiz e massa seca das raízes nas diferentes concentrações de aiB e em diferentes épocas de estaquia. Botucatu (Sp), 2007.

aiB (mg/l-1)

% enraizamento Comprimento maior raiz (cm) massa seca raiz (mg/estaca) ago. Set. out. ago. Set. out. ago. Set. out. 0 20,0Db 95,0aa 90,0aa 4,8Cc 10,9aa 8,2ab 26,2ec 560,5aa 343,9Bb 2.500 90,0aa 95,0aa 90,0aa 5,2Bc 8,5Ba 6,1Bb 544,4Ba 460,3Cb 325,4Cc 5.000 77,5Bb 100,0aa 92,5aa 6,2ab 7,9Ca 6,2Bb 570,0aa 507,3Bb 383,1ac 7.500 45,0Cc 97,5aa 80,0Bb 4,8BCb 5,5Da 5,2Ca 293,1Cc 333,3ea 310,3Db 10.000 52,5Cc 92,5aa 72,5Bb 3,8Dc 5,3Da 4,4Db 179,8Dc 447,0Da 195,6eb

C.V. (%) 6,09 2,86 0,75

médias seguidas pela mesma letra maiúscula na coluna e minúscula na linha não diferem pelo teste de tukey a 5% de probabilidade.

Fonte: ramos et al. (2008)

Figura 1 – porcentagem de enraizamento de estacas de figueira, subme- tidas a diferentes concentrações de aiB, em diferentes épocas de estaquia. Botucatu (Sp), 2007.

Fonte: ramos et al. (2008)

Micropropagação

É uma estratégia de grande importância para o melhoramento a clonagem e a multiplicação de plantas em larga escala, propiciando plantas isentas de vírus e com alta qualidade fitossanitária e genética.

normalmente a micropropagação em espécies lenhosas é dificul- tada pela perda da capacidade morfogenética de seus tecidos, o que não ocorre em espécies herbáceas. além disso, a técnica de propa- gação in vitro de espécies lenhosas requer estudos mais específicos

e desenvolvimento de metodologias que supram as necessidades dos explantes (Coelho, 1999). porém, a cultura de tecidos vem pro- movendo resultados significativos em algumas espécies frutíferas, como a macieira, a pereira, a videira e os citros. resultados seme- lhantes vêm sendo observados em espécies ornamentais, tais como samambaias, crisântemos, orquídeas, violetas, e também em espé- cies florestais, principalmente o eucalipto (Brum, 2001).

algumas espécies frutíferas lenhosas pertencentes à família das moráceas, tais como a figueira e a amoreira, têm sido micropropa- gadas por meio de meristemas e segmentos nodais (Fráguas, 2003). no caso da figueira, a multiplicação in vitro tem sido feita por

meio da cultura de meristemas, que tem como principal objetivo a obtenção de plantas livres de vírus (Brum, 2001).

os trabalhos realizados no Brasil utilizando a micropropagação para a obtenção de mudas de figueira roxo-de-valinhos ainda são escassos. embora sendo poucos, os resultados encontrados nesses estudos mostram que a técnica é promissora.

Vários estudos confirmaram a eficiência desse método de propa- gação para a figueira. todavia, alguns autores reconhecem que há necessidade de otimizar protocolos de propagação para a figueira, sobretudo para o cultivar da roxo-de-valinhos.

Brum et al. (2002), estudando o efeito de diferentes concentra- ções de benzil amino purina (Bap) e ana na micropropagação da figueira roxo-de-valinhos, observaram que em meio básico Wood

Plant Medium (Wpm), contendo 15 g/l-1 de sacarose e 2 mg/l-1 de

Bap, as mudas possuíam padrão e qualidade desejáveis para esse cultivar de figueira.

estudando a otimização do protocolo de micropropagação da figueira roxo-de-valinhos, Ferreira & pasqual (2008) constataram que na multiplicação de brotações desse cultivar pode ser usado 100% do meio Wpm e 10 g/l-1 de sacarose.

Considerações finais

Dada a relevância da ficicultura para o Brasil, é de extrema importância o desenvolvimento de técnicas de propagação que dis- ponibilizem aos produtores de figos mudas de qualidade, ou seja, mudas isentas de pragas ou doenças e com vigor tal que permita ao ficicultor formar um pomar que lhe garanta boa produtividade e, consequentemente, renda significativa.

Várias pesquisas vêm sendo feitas para maximizar a produção de figos no Brasil, e uma delas se dá no âmbito da produção de mudas. melhores concentrações de reguladores vegetais, ambiente mais apropriado para o desenvolvimento de estacas, protocolo ideal para propiciar melhores brotações, estes são alguns estudos que estão sendo realizados para otimizar o processo de multiplicação da figueira.

entretanto, para que esses trabalhos realmente sejam validados, é preciso que as mudas obtidas nesses processos propagativos sejam implantadas no campo e acompanhadas até a produção de frutos.

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