O Sistema Nacional de Proteção da Propriedade Industrial: direitos, proteção de patentes e registo de design
III. 7 MECANISMOS PROTECIONISTAS
A violação de patente geralmente implica a duplicação de um processo. Já a violação de direitos autorais relaciona-‐se com a utilização não autorizada de um bem intangível. Enquanto que a violação de patentes, quase sempre, representa a obtenção de algum benefício financeiro para o infrator, a violação de direitos autorais incide sobre a perda
76 Desde o dia 11 de Dezembro de 2012, o Parlamento Europeu aprovou a criação de uma patente única
que irá reduzir substancialmente os custos de proteção das patentes beneficiando as pequenas e medias empresas, e sobretudo, a melhor integração da Europa. Embora no dia 22 de Dezembro de 2012 seja formalizada em Varsóvia esta nova realidade, que terá um impacto positivo nas condicionantes da inovação em Portugal, só a partir de 2014 poderá ser registada a primeira patente europeia.
de oportunidade na obtenção de lucro, o que corresponde para o seu detentor, a uma perda financeira sobre o uso ou aquisição de uma obra intelectual que assim não se concretiza.
No caso de alguém duplicar uma invenção patenteada, ou usar, a partir dela, a novidade subjacente para criar um produto, é tomado como um furto da ideia embora não se possa evocar o direito de autor.
Seja com o objetivo de valorização do conhecimento, assim como, o de motivar as comunidades académica e científica, empresarial e industrial ou, os designers a proteger o seu investimento, em Portugal dispomos do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI)77. É um organismo público português competente pelo registo de Propriedade Industrial (PI)78 em Portugal. Está integrado na administração indireta do Estado, dotado de personalidade jurídica com autonomia administrativa, financeira e património próprio, executando atividade prosseguindo as atribuições do Ministério da Justiça, sob a superintendência do respetivo ministro (Decreto-‐Lei nº 132/2007, de 27 de Abril). É responsável em Portugal, segundo os requisitos formais definidos no despacho n.º 28670/2008, pelo registo e concessão de marcas79, de patentes de invenção, de desenhos ou modelos de utilidade80 para proteger no nosso país, as inovações concebidas por empresas ou indivíduos, conferindo-‐lhes um uso exclusivo a fim de evitar a sua utilização abusiva ou a contrafação, de acordo com a legislação nacional e internacional relevante.
77 Foi criado no âmbito do Ministério do Comércio Externo em 28 de Julho de 1976, através do Decreto-‐Lei
nº 632, por reforma da antiga Repartição da Propriedade Industrial, com o intuito de instituir maior eficácia e mais eficiência de modo a privilegiar, na qualidade de serviço público, as parcerias com as empresas, apoiando o seu esforço para a competitividade, suportado na inovação. O INPI é parceiro do Sistema Científico e Tecnológico Nacional e de seus Organismos congéneres. Atualmente o INPI executa a sua atividade sob a superintendência e tutela do Ministro da Justiça, no que se refere à definição das políticas específicas da propriedade industrial bem como do acompanhamento da sua execução.
78 O Código da PI, aprovado pelo Decreto-‐Lei nº 36/2003, de 5 de Março, e alterado pelos Decretos-‐Lei
n.ºs 318/2007, de 26 de Setembro, n.º 360/2007, de 2 de Novembro, n.º 143/2008, de 25 de Julho, e pela Lei n.º 16/2008, de 1 de Abril, contêm as disposições dos Direitos de Propriedade Industrial e, ainda, das Convenções, Tratados e Acordos internacionais que Portugal ratificou.
79 As marcas dividem-‐se em duas categorias. Em marcas comerciais ou marcas comerciais não-‐registadas e
em marcas registadas ou marcas comerciais registadas.
80 O modelo de utilidade é o objeto de uso prático suscetível de aplicação industrial, como novo formato
de que resulta melhores condições de uso ou fabricação. Não se lhe reconhece propriamente a existência de uma invenção, mas sim um acréscimo na utilidade de uma ferramenta, instrumento de trabalho ou utensílio, pela ação da novidade parcial agregada. É chamada também de pequena invenção.
Figura 12 – Logótipo do INPI.
Através do INPI, ou através da Rede GAPI81 é possível proteger uma invenção em qualquer domínio tecnológico registando a patente82 ou o modelo de utilidade. Pode proteger um sinal usado para distinguir produtos, serviços ou empresas no mercado, registando a marca ou logótipo. Pode proteger a aparência estática ou o design de um objecto, registando um desenho ou modelo. No âmbito de sua estratégia de promoção da proteção da propriedade intelectual, o INPI tem desenvolvido diversos módulos de formação na área de proteção da propriedade industrial, nomeadamente na área das patentes e modelos de utilidade, com destino ao seu público alvo nacional, os produtores de conhecimento. Através de ações de sensibilização e de disseminação prestadas por examinadores do INPI, com o objetivo de agilizar procedimentos de registo específicos consoante os casos acima citados, é divulgada a respectiva informação genérica, (Pimentel, 2010). Em paralelo os GAPI têm divulgado a sua atividade, nomeadamente através de sessões periódicas de esclarecimento e de publicações com o é o caso do GAPI que, no Centro Português de Design (CPD) dá enfâse
81 Redes de Gabinetes de Apoio à Propriedade Industrial (GAPI) a funcionar nos Centros Tecnológicos, nas
Associações Empresariais, nas Universidades e nas Instituições de Interface Universidade-‐Empresa assim como, no Centro Português de Design.
82 A patente insere-‐se nos mencionados direitos de Propriedade Industrial cujos normativos legais são em
Portugal o Código da Propriedade Industrial82. Uma patente, na sua formulação clássica, é uma concessão
pública82, conferida pelo Estado de um determinado país, a um titular privado a quem é concedido, durante um determinado período de tempo, o direito exclusivo de explorar comercialmente a sua invenção. Em contrapartida, é disponibilizado acesso ao público sobre o conhecimento dos pontos essenciais e as reivindicações que caracterizam a novidade no invento. Os direitos exclusivos garantidos pela patente referem-‐se ao direito de prevenção de outros, em fabricarem, usarem, venderem, oferecerem, venderem ou importarem a dita invenção. As patentes europeias tem sido concedidas pelo Instituto Europeu de Patentes, um organismo com sede em Munique, que engloba os 27 países da UE e outros 11 países, como a Noruega, a Islândia, a Suíça ou a Turquia. Até aqui, as patentes para serem validadas em toda a União Europeia teriam que ser validadas Estado a Estado, com custos administrativos e de tradução nas 22 diferentes línguas da UE, elevados. Esse valor que em média atinge os 32000 euros por patente, enquanto nos Estados Unidos é de apenas 1850 euros e exige apenas um procedimento único, que é similar na China.
à necessidade de proteção do design, (Borja, 2008) adoptando a designação de Design Protegido e que editou dois manuais referentes à proteção do design83.
Figura 13 – Logótipo do Design Protegido.
Segundo os dados do INPI, o número anual registado de pedidos de patente tem aumentado nos últimos anos, tendo atingido em 2010 a quantidade de 654 sendo que, 49% representam a iniciativa inventores individuais, 28% de empresas, 21% das universidades e, por último, 2% de centros de investigação. No entanto, o registo de patentes europeias supera todos os anos as 200 mil.
O INPI é uma instituição que atua de acordo com o paradigma económico em vigor, com base na produção industrial de bens, que se desvia da nossa visão acerca dos benefícios da partilha, nomeadamente da disponibilização da propriedade intelectual para a sociedade e, por exercer uma pressão que vinda dos mercados públicos, poderá ser considerada como contraindicada para a desejável evolução da cultura de inovação. Se como resultado da atual conectividade nos afastamos da economia do conhecimento para a economia social, há uma diferença entre inovar em privado e inovar ostensivamente, pelo que será necessário atingirmos um compromisso equilibrado entre inteligência e a conectividade social, exigência que, no âmbito da inovação, poderá influenciar significativamente a diferença entre o sucesso e o fracasso dos inovadores, (Razeghi, 2012).
Para a obtenção de um efetivo impacto na cultura de inovação nacional, sugerimos a adopção de uma postura que se disponha a abrir-‐se a parcerias para a inovação, globalizante dos resultados da investigação pela prospecção dos dados provenientes da propriedade intelectual, e antagónica ao conceito subjacente à narrativa do video de apresentação do INPI (3:22) cujo trecho transcrevemos a partir do seu sítio na internet
83 O “Manual de Design Protegido” e o “Manual II -‐ Design Protegido”, consistem numa base para a
adequação para a redação de propostas e contratos de design e consultadoria em design, assim como, de recomendações para a adoção de procedimentos facilitadores da atividade do designer com os clientes de design de maneira a proteger os interesses do designer. Apresenta uma metodologia de trabalho a aplicar entre o fornecedor do serviço de design e a entidade receptora, através de uma estratégia de proteção do design que abrange diferentes mecanismos prévios à fase de conclusão do projeto, passando pela Propriedade Industrial e Direitos de Autor, para culminar no Registo de Design.
que, quanto a nós, representa que o excesso de zelo relativamente ao reconhecimento da propriedade de determinada inovação, e que limita a sua partilha à sociedade.
“As empresas hoje em dia para alcançarem o sucesso, têm que ser acima de tudo diferentes. Para vencerem num mercado cada vez mais competitivo e global, as empresas têm que investigar, criar e inovar. Por isso é fundamental que protejam o que têm de mais valioso, o resultado das suas ideias. Como inovar implica investir, é essencial que os resultados dessa inovação sejam reconhecidos como seus, só seus e de mais ninguém.(...)”
Apesar de haver empresas que fazem registos em nome individual, entre outras e inventores que acumulam patentes como aposta na criação de capital intelectual, seria salutar que a percentagem de registos aumentasse. O que acontece nas economias dos países em que o investimento em Investigação e desenvolvimento (I&D) lhe é proporcional, correlacionada entre a produção de propriedade intelectual e a atividade económica, quer por iniciativa empresarial, quer por iniciativa dos centros de investigação, (Florida, 2005).
Tal como (Tribolet, 2000), fundador e presidente do INESC, critica a lógica de direcionar a investigação científica nacional para o desenvolvimento de produtos patenteados cujo suposto sucesso de vendas à escala mundial, criaria uma dinâmica que financiaria o Sistema Nacional de Investigação e Desenvolvimento -‐ SNID, criticamos a lógica não empresarial do licenciamento de patentes, cuja taxa percentual é estatisticamente considerada para que o país possa ser exteriormente considerado como inovador. Efetivamente, apesar de esse fator se traduzir, segundo (Andrez, 2004), na existência de transferência de conhecimento que não é economicamente útil por não corresponder à transação de bens com valor reconhecível pelo consumidor global. Há pois um desfasamento entre invenções patenteadas e produtos comercializáveis.
No entanto, em inovação, a dimensão “receita obtida pela exportação de tecnologia patenteada e de licenciamentos” que refle o sucesso que advém da comercialização das atividades tecnológicas é um indicador que tem vindo a ser mais amplamente valorizado por expressar uma percentagem consistente relativamente ao PIB dos países. Em 2012,
essas receitas foram elevadas na Suíça e na Holanda por expressarem mais de 2,5% do PIB, e insuficientes em Portugal, com menos de 0,5%, o que nos coloca em 24º lugar, apenas à frente dos últimos dois países, Lituânia e da Turquia, que estão perto do zero84.
Conforme o referido pelo nosso entrevistado NM, o registo de patente do primeiro produto por ele criado, serviu como ativo para obter o financiamento, através de capital de risco, para a fundação da sua startup.
Para (Câmara, 2009), a possibilidade de existência de propriedade intelectual é um fator de tal maneira crítico, nomeadamente no mercado norte-‐americano que, sem ela, é impossível as empresas serem membros efetivos, daquilo que designa como, principais ecossistemas Tecnológicos do planeta. As empresas portuguesas precisam se preparar para pertencer a esse mundo através do registo de patentes, marcas, direitos de autor e outras formas de proteção.
A estatística de número de registos de patentes efetuadas, anualmente, por um país é um dos indicadores considerado para medir o impacto da ciência na sociedade, em que Portugal não tem, praticamente, representatividade nas comparações internacionais, tanto no universo europeu, como nos EUA, que é ainda mais competitivo, (Filhoais, 2011). Constata-‐se que no nosso país, o registo de patentes e modelos de utilidade é cerca de cem vezes inferior aos restantes países desenvolvidos, quando indexado às respetivas populações, (Godinho, 2003).
Como os processos legais de registo de patentes são, em geral, complexos, desencorajando algumas potenciais candidaturas, são necessárias mais ajudas nesse campo para que apareçam mais processos e produtos inovadores nas empresas nacionais disponibilizados no mercado, (Fiolhais, 2011).
As principais três razões para a baixa utilização de algumas das modalidades de Propriedade Industrial em Portugal, designadamente as de maior conteúdo tecnológico, são apresentadas por (Godinho, 2003). Prendem-‐se com a relativa pequena importância dos sectores de alta tecnologia e de alta intensidade informacional, bem como a inexistência de empresas de dimensão significativa à escala global. Outra razão é a gestão integrada de portfólios com um número significativo de direitos de Propriedade
84 Consultar a seção 8, na página 47, do Manual on Statistics of International trade in Services of the UN-‐
CE-‐FMI-‐OCDE-‐OMC.
Industrial, requerer competências, ativos complementares e acesso a recursos contextuais pouco disponíveis em Portugal. E por último, a acessibilidade ser limitada a mercados de utilizadores exigentes e mais genericamente aos mercados de tecnologia. Fato que afecta igualmente empresas, inventores independentes e instituições de I&D, impedindo a valorização económica dos escassos ativos de Propriedade Industrial existentes. Neste estudo sobre a “Utilização da Propriedade Industrial em Portugal” constatou-‐se existirem oportunidades para a intervenção do INPI enquanto agente das políticas de inovação e desenvolvimento económico. A natureza cada vez mais estratégica da Propriedade Industrial, por via da sua dupla vertente de proteção e difusão de conhecimentos e também de fornecimento de informação relevante para os consumidores, impõe que a Propriedade Industrial esteja no centro das preocupações de tais políticas. Segundo este estudo, será a combinação de esforços das entidades privadas e públicas que permitirá pôr o país mais firmemente no trilho da convergência e da inovação especificando serem estas as entidades que deverão definir nas suas agendas as respectivas estratégias de Propriedade Industrial, num reposicionamento mais vasto do país nas cadeias de valor.
No entanto, como o número de pedidos de registo de patentes apenas reflete indiretamente a capacidade inovadora de um país ou de uma empresa, é erróneo
relacionar esse indicador direto da capacidade de inovação, (Andrez, 2004). Para quem
o número de patentes concedidas num país reflete essencialmente a visão estratégica dos inventores, das empresas ou dos centros de conhecimento para que trabalham, porque a patente ao proteger uma invenção, e não uma inovação, reflete apenas a capacidade de inventar. Considerando ainda que, mesmo como indicador da capacidade inventiva, ser pobre, pois não mede a qualidade da invenção, nomeadamente no que se refere ao grau de ruptura tecnológica e à potencialidade de seu valor de mercado. Segundo (Rosa, 2004), quer as patentes, como os títulos de propriedade intelectual tendem instrumentalizar o investimento público por apropriação dos ativos de novas oportunidades de negócio. Para este autor, na Europa o financiamento privado para fins de investigação é escasso, sobretudo para investigação fundamental em que poucas empresas a realizam investigação internamente. Já quanto à investigação aplicada e desenvolvimento tecnológico, as empresas pressionam a aplicação prioritária dos fundos públicos, inclusivamente para ser executada nas próprias empresas.
Mesmo que à partida o processo de investigação não tenha sido motivado por uma lógica empresarial e económica, como geralmente não o é, o caso da investigação fundamental, para que o conhecimento científico impulsione a inovação será essencial que se torne permissível à sua posteriori aplicação prática, (Leite, 2006). Para esta autora, a disseminação dos resultados da investigação fundamental para o espaço social da sociedade civil, através de publicações que extravasem o âmbito académico para além das fronteiras do ambiente científico e tecnológico, ao qual estavam inicialmente circunscritas, poderá configurar um contributo amplificador das probabilidades para que tais fatos científicos, mais do que meras descobertas patenteadas, fiquem assim disponíveis aos vários níveis e aplicações na sociedade. Outro aspecto é o de legitimar o investimento público na produção científica com vista à inovação, por contaminação bilateral, a outros campos de investigação imprevistos ou em outras áreas da sociedade para as quais tem estado vedada, com vista ao culminar de um novo produto e/ou serviço.
Se com a nossa investigação pretendemos contribuir para a disseminação do design como impulsionador da inovação radical, e uma vez que vivemos uma era tecnológica que é substancialmente diferente da anterior, durante a qual foram fundados os fundamentos da regulamentação da proteção industrial, então aqui encerramos uma mensagem subliminar de necessidade de atualização dos modelos de negócio que assentam na acumulação de patentes e de direitos. Assim, defenderemos que o incremento do registo de patentes necessita de encontrar uma correspondência no registo de design para que esses desenvolvimentos se transformem em produtos com justificado esforço de inovação e uma outra ousadia nos seus objetivos de negócio. Com base no impacto financeiro nas economias nacionais, a investigação “ Innovation Across the Nations: The Pre-‐eminence of Corporate Culture”, (Tellis, 2008), concluí que os principais impulsionadores da inovação radical, nos diferentes países e nações são, as suas políticas e a dinâmica do sistema de inovação, o nível de formação académica das pessoas nas empresas, e da população geral, o acesso a capital e a cultura de inovação nacional, reforçado internamente nas empresas, pela cultura de inovação da gestão empresarial. Através da revisão da literatura, desmistifica que uma das variáveis tradicionalmente consideradas, como a condicionante do sistema de proteção industrial, pela maioria das investigações sobre o tema, apresenta um escasso efeito
correlacionado. Provando que é a comercialização de produtos com um grau de inovação radical, traduzido pelo seu impacto no desempenho financeiro das empresas, um indicador mais credível do que o número de registos de patentes.
Face à argumentação, abstemo-‐nos de classificar a necessidade de proteção industrial como fator inibidor da inovação, assim como, dela fazer depender o estímulo à inovação. Considerarmos que, o sistema de proteção é uma exigência na obtenção do retorno financeiro a fim de ressarcir de imediato, as espectativas de quem as investiu, mas que não vislumbra o lucro que encerra a longo prazo. Pois poderá funcionar como impulsionador de uma cultura de inovação, por permitir ulteriores desenvolvimentos cujo benefício é mais amplo e abrangente para todos, e passível de dela se obter vantagem compartilhada e que não é, em geral, considerada.
Como designers, em certa medida, somos favoráveis ao retomar da contemporânea atitude, iniciada nas artes plásticas com Andy Warlow, face à rejeição da autenticidade e a originalidade como características essenciais da integridade artística por declinar a afirmação da autoria.
No atual contexto de crise económica e da era da economia digital o propósito das políticas nacionais de proteção à propriedade intelectual deverá ser a de assegurar que a massa criativa nacional dos designers, dos inventores e dos autores tenham acesso privilegiado a incentivos para que as suas inovações tenham efeito económico. Que pela adequada combinação entre as regulamentações públicas, iniciativa privada e o sector industrial se gere um ambiente de tal forma propício à inovação que sustente o crescimento da economia portuguesa pela via externa, pelo incremento da exportação e assim superar as dificuldades estruturais.
A aplicação do conhecimento gerado pela ciência e aplicado ao mercado pode ser promovido e impulsionado por outras condicionantes sobre as quais em seguida nos debruçaremos, tais como a aquisição de competências e relações sociais, cujo capital social terá no futuro, um valor com expressão financeira.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALEGRE, Luís -‐ Cópia é Abundância: da imitação à transformação. 6º Congresso Internacional de Pesquisa em Design, CIPED6. Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa 10 a 12 de Outubro de 2011.
ANDREZ, Jaime e outros -‐ A Aplicação do Sistema de Patentes em Portugal. Relatório Anual do Conselho Superior de Ciência, Tecnologia e Inovação. (Lisboa, Novembro 2004).
http://contanatura-‐
hemeroteca.weblog.com.pt/arquivo/Relat%F3rio%20CSCTI%20%2804%29%20part%202.pdf
BEIRA, Eduardo -‐ José Tribolet. Protagonistas das Tecnologias de Informação em Portugal:
Uma Colecção de Testemunhos. Outubro 2000. Ps 157-‐169
http://www.memtsi.dsi.uminho.pt/protagonistas.htm
BORJA, Isabel Maria – Design Protegido: Gestão Integrada de Protecção ao design. (Lisboa: FA UTL, 17 de Janeiro de 2008).
CÂMARA, António -‐ Voando com os Pés na Terra. Lisboa: Bertrand, 2009.
CIOCOIU, Carmen Nadia -‐ Considerations about Intellectual Property Rights, Innovation and
Economic Growth in the Digital Economy. Economia., Seria Management, 14 (2011). Ps. 310–