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2.2 Mercado

2.2.1 Mercado Externo e Internacional

Descrevendo as principais características do mercado internacional, Ratti (1999) explica que, do mesmo modo que o mercado interno, ele tem como objetivo principal o atendimento das necessidades das empresas e dos consumidores, envolvendo fatores como a troca de bens ou serviços, benefícios mútuos para as partes, políticas de produção e de vendas, faturamento. A diferença é que no mercado interno predominam os fatores de coesão (unidade de idioma, gostos, hábitos de comércio, etc.) enquanto que no mercado externo predomina a dispersão desses fatores.

As relações de comércio internacional possibilitam intercâmbio de mercadorias, de serviços e/ou movimento de capitais entre os países envolvidos. Em muitas situações, essas relações promovem o crescimento das vendas, que resulta na redução dos preços fixos, na melhoria da qualidade dos produtos.

A interdependência econômica dos países, como afirma Foschete (2001) é um fenômeno que se torna cada vez mais presente. O comércio entre as nações também favorece o desenvolvimento das tecnologias. O comércio internacional cria condições para que as melhorias tecnológicas desenvolvidas em um país sejam compartilhadas por outros países, seja pelo fato de que estas vêm embutidas nos bens de capital importados, seja porque aumentam a eficiência produtiva e a qualidade do produto nos setores de exportação de cada país. É fator essencial para o bom desempenho econômico das nações. Na opinião do autor, o

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mundo globalizado, não comporta mais economias fechadas. As economias modernas são abertas, isto é, exportam parte dos bens e serviços que produzem e importam partes dos bens e serviços que consomem. As economias abertas também emprestam e tomam empréstimos nos mercados financeiros mundiais, investem em outras economias e recebem investimentos de empresas de outros países.

O comércio entre as nações também favorece o desenvolvimento das tecnologias, cria condições para que as melhorias tecnológicas desenvolvidas em um país sejam compartilhadas por outros países, seja pelo fato de que estas vêm embutidas nos bens de capital importados, seja porque aumentam a eficiência produtiva e a qualidade do produto nos setores de exportação de cada país.

O livre comércio, de acordo com a FIESC (2005, p. 11) permite que os países exportem os bens e serviços que produzem eficientemente e importem os que produzem com menor eficiência em relação aos demais competidores internacionais .

As relações de comércio internacional possibilitam intercâmbio de mercadorias, de serviços e/ou movimento de capitais entre os países envolvidos. Em muitas situações, essas relações promovem o crescimento das vendas, que resulta na redução dos preços fixos, na melhoria da qualidade dos produtos.

De acordo com Maia (2001, p. 28) a exportação gera empregos . Por meio das exportações pode-se facilitar o crescimento das empresas nacionais o que gera maiores possibilidades de trabalho para a população e maior renda para o país.

No caso do Brasil, o comércio internacional, na visão de Maia (2001) tem oferecido importantes contribuições para atenuar a crise econômica, durante períodos de extrema recessão, em que foram mantidas ativas muitas empresas que, não fossem as exportações, de muito já teriam encerrado suas atividades agravando ainda mais os problemas de desemprego e de miséria urbana. Sendo assim, o comércio internacional representa para as empresas brasileiras a diversidade de alternativas de mercado, o crescimento das vendas, que resulta na redução dos preços fixos, a isenção ou redução de tributos, a melhoria da qualidade dos produtos e a atualização em relação aos mercados externos.

Nas relações de troca, os países buscam estabelecer meios de vender ou comprar mercadorias de forma que essa comercialização lhes proporcione vantagens econômicas, centralizando-se nas atividades produtivas que lhes conferem maior competitividade. Com a internacionalização, a economia vem passando por um processo de passagem de economias

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nacionais para uma economia de um só mundo globalizado. Para facilitar esse processo, surgiram os blocos comerciais regionais.

Segundo Maia (2001), os blocos econômicos têm o objetivo principal de desenvolver o comércio em determinada região, por meio de procedimentos como a eliminação das barreiras alfandegárias o que diminui o custo dos produtos.

Entretanto, o processo de formação dos blocos econômicos não tem apresentado os efeitos esperados para muitos países. Apresentando algumas tendências contraditórias em relação a essa questão, Thurow (1999, p. 160) afirma que:

Os blocos estão passando internamente para um comércio mais livre, mas ao mesmo tempo o comércio entre blocos está sujeito à gestão dos governos. Um índice de livre comércio mundial pode crescer (o aumento do livre comércio dentro dos blocos supera o comércio mais gerenciado entre blocos), ao mesmo tempo em que cresce um índice de comércio gerenciado.

Especialmente após a Segunda Guerra Mundial, muitos organismos multinacionais (entre nações) vêm sendo articulados, com o objetivo de aumentar os mercados e os laços de cooperação econômica entre os países membros.

Alguns exemplos de blocos econômicos citados por Medeiros (1998) são:

CEAO (Comunidade Econômica da África Ocidental), formada por Benin, Costa do Marfim, Mali, Mauritânia, Níger, Senegal e Burkina Faso;

AELC (Associação Européia de Livre Comércio), que reúne Islândia, Liechsntein, Noruega e Suiça

ALADI (Associação Latino-Americana de Desenvolvimento e Intercâmbio), cujos membros são Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.

MERCOSUL (Mercado Comum do Sul) cujos membros são Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.

ASEAN: Brunei, Filipinas, Indonésia, Malásia, Singapura e Tailândia.

NAFTA (North American Free Trading Assiciation), o mercado comum norte- americano. Em agosto de 1992, EUA, Canadá e México assinaram um acordo para criação de uma zona norte-americana de livre comércio;

UE (União Européia): Áustria, Finlândia, Suécia, Alemanha, Bélgica, França, Itália, Holanda, Luxemburgo, Dinamarca, Irlanda, Reino Unido, Espanha e Portugal.

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As formas de cooperação em cada uma dessas organizações e a intensidade de relacionamento entre seus membros variam muito, seguindo normas estabelecidas entre as partes. Da cooperação caminha-se para a unificação. Os laços se estreitam em todos os níveis

não só no econômico, mas também pode haver troca de conhecimentos culturais.

Na atualidade, pode-se citar cinco fases de integração econômica entre países, conforme o Quadro 1:

Zona de Livre Comércio

os países associados concordam em eliminar, progressiva e reciprocamente, os gravames e outros obstáculos incidentes sobres os produtos negociados entre eles. Cada país-membro, porém, possui ampla liberdade no que se refere à sua política interna, bem como no tocante à política comercial com os países não associados. Assim, se os países A, B e C instituírem uma zona de livre comércio entre eles, um produto proveniente de um país estranho F poderá ser sujeito a três tratamentos aduaneiros distintos, conforme dirija-se ao país. A, ao país B ou ao país C;

União Aduaneira

além da eliminação recíproca de gravames (como na zona de livre comércio), os Estados-Membros passam a adotar uma política comercial uniforme em relação aos países exteriores à união. Na união aduaneira vigora uma pauta aduaneira comum, idêntica em todos os países associados, para as importações provenientes de terceiros países. Assim, se os países A, B e C instituírem uma união aduaneira, um produto de um país estranho F estará sujeito ao mesmo tratamento aduaneiro, pouco importando se o seu destino for o país A, o B ou o C;

Mercado Comum

superada a fase da união aduaneira, atinge-se uma forma mais elevada de integração econômica, em que são abolidas não apenas as restrições sobre os produtos negociados, mas também as restrições aos fatores produtivos (trabalho e capital);

União Econômica

esta fase associa a supressão de restrições sobre movimentos de mercadorias e fatores com um certo grau de harmonização das políticas econômicas nacionais, de forma a abolir as discriminações resultantes de disparidades existentes entre essas políticas, tornando-as o mais semelhante possível;

Integração Econômica

Total

passa-se a adotar uma política monetária, fiscal, social e anticíclica uniforme, bem como delega-se a uma autoridade supranacional poderes para elaborar e aplicar essas políticas. As decisões dessa autoridade devem ser acatadas por todos os Estados- Membros.

Quadro 1: Fases de Integração Econômica Fonte: Balassa (1995 apud RATTI, 1999, p. 27)