10.4 Os diretores devem comentar:
a. mudanças significativas nas práticas contábeis
As demonstrações financeiras consolidadas da Companhia para o ano findo em 31 de dezembro de 2009, as quais incluem os demonstrativos financeiros comparativos de 31 de dezembro de 2008 e as demonstrações financeiras em 01 de janeiro de 2008, a data de transição para o IFRS. O IFRS 1 (“First-time adoption of International Reporting Standards” – Primeira adoção dos Padrões Internacionais de Contabilidade) exige que uma entidade desenvolva políticas contábeis baseadas nos padrões e relativas interpretações, do IASB em vigor na data de encerramento de sua primeira demonstração financeira consolidada em IFRS (ou seja, 31 de dezembro de 2009). O IFRS 1 também exige que essas políticas sejam aplicadas na data de transição para o IFRS, e durante todos os períodos apresentados nas primeiras demonstrações em IFRS.
A preparação das demonstrações financeiras consolidadas requer o uso de certas estimativas contábeis por parte da Administração da Companhia. As demonstrações financeiras foram preparadas utilizando o custo histórico como base de valor, exceto pela valorização de certos ativos e passivos adquiridos em conexão com combinações de negócios e instrumentos financeiros, os quais foram mensurados pelo valor justo.
A companhia adotou todas as normas, normas revisadas e interpretações emitidas pelo IASB estavam efetivas em 31 de dezembro de 2010. Isenção da aplicação retrospectiva completa escolhida pela Companhia.
A Companhia adotou a utilização das seguintes isenções opcionais de aplicação retrospectiva completa:
a) Isenção para combinação de negócios:
A Companhia utilizou a isenção do IFRS 1 e aplicou o IFRS 3 para aquisições a partir de Junho de 2007, data da aquisição da Vivax Ltda.
b) Isenção relativa à classificação de instrumentos financeiros:
A Companhia optou por classificar e avaliar seus instrumentos financeiros de acordo com IAS 32 e IAS 39 na data de transição do IFRS. Não foram realizadas análises retroativas à data original de contratação dos instrumentos financeiros vigentes na data de transição para IFRS. Todos os instrumentos financeiros contratados após a data de transição foram analisados e classificados na data de contratação das operações.
Adicionalmente, a Companhia optou por não avaliar o seu ativo imobilizado pelo valor justo como custo atribuído considerando que:
(i) o método de custo, deduzido de provisão para perdas, é o melhor método para avaliar os ativos imobilizados da Companhia;
(ii) o ativo imobilizado da Companhia é segregado em classes bem definidas e relacionadas à sua única atividade operacional que é a prestação de serviços via rede de cabos;
(iii) a indústria em que a Companhia opera é significativamente impactada pelo desenvolvimento tecnológico, o que requer da Administração revisão freqüente dos valores recuperáveis e estimativas de vída útil dos bens do ativo imobilizado, o que vem sendo feito consistentemente pela Companhia ao longo dos anos e
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auditor
(iv) a Companhia possui controles eficazes sobre os bens do ativo imobilizado que possibilitam a identificação de perdas e mudanças de estimativa de vida útil dos bens.
Segue abaixo a descrição das principais diferenças entre IFRS e Legislação Societária que afetaram as demonstrações financeiras da Companhia:
a) Combinação de negócios:
De acordo com o IFRS 3, o custo da combinação de negócios deve ser medido pelo valor justo, na data da aquisição. A entidade compradora deve alocar na data da combinação, o custo da aquisição (incluindo os custos diretos com a transação) reconhecendo contabilmente: os ativos adquiridos identificados e os passivos assumidos, valorizados pelo valor justo.
De acordo com a Legislação Societária, deve-se adotar as seguintes práticas: o ágio ou deságio é calculado pela diferença simples entre o valor de aquisição e o patrimônio líquido contábil da entidade adquirida. O enfoque de valor justo não é utilizado. O ágio pode ser atribuído a: maior valor dos ativos (geralmente imobilizado), que é incorporado ao valor dos mesmos e passa a ser amortizado pela vida útil remanescente do ativo, rentabilidade futura ou outros motivos. O ajuste reflete principalmente o reconhecimento dos intangíveis nas aquisições das controladas Vivax, Net Jundiaí e Empresas BigTV que não estavam reconhecidas na aquisição em Legislação Societária.
Combinação de Negócios e Ágio
Combinações de negócios são contabilizadas pelo método de aquisição. O custo de aquisição é mensurado pelo valor justo dos ativos, instrumentos de patrimônio e passivos incorridos ou assumidos na data de troca. Ativos identificáveis adquiridos e passivos e contingências assumidas na combinação de negócios são mensurados inicialmente pelo valor justo na data de aquisição, independente do grau da participação minoritária.
O ágio representa o excesso do custo de aquisição sobre o valor justo líquido dos ativos adquiridos, passivos assumidos e passivos contingentes identificáveis de uma subsidiária adquirida, na respectiva data de aquisição. Se o custo de aquisição for menor que o valor justo do ativo líquido da subsidiaria adquirida, a diferença é reconhecida diretamente na demonstração do resultado.
b) Ativo diferido:
De acordo com as novas práticas contábeis, os gastos pré-operacionais não se enquadram na definição de um ativo intangível e devem ser contabilizados como gastos. Os custos incorridos para obter um ativo intangível gerado internamente, normalmente não são capitalizados, a não ser que sejam custos de desenvolvimento que atendam certos requerimentos específicos.
c)
A Companhia optou
Diferimento de incentivos recebidos de fornecedores deprogramação:
Em IFRS as receitas provenientes de incentivos financeiros recebidos de fornecedores de conteúdo de programação para investimentos em estratégias de marketing objetivando o aumento da base de clientes foram diferidos e são apropriados ao resultado pelos prazos dos respectivos contratos. Em Legislação Societária tais incentivos são reconhecidos no resultado quando recebidos.
d) Imposto de renda e contribuição social:
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auditor
O imposto de renda diferido foi registrado sobre diferenças temporárias relacionadas as diferenças entre Legislação Societária e IFRS.
e) Reclassificações:
De acordo com o IFRS foram ainda efetuadas as seguintes principais reclassificações às demonstrações financeiras consolidadas:
- Os depósitos judiciais foram incluídos no ativo não-corrente e não foram registrados como redução das respectivas provisões;
- Foi apresentado o valor líquido das transações entre partes relacionadas;
- Foi apresentado o valor líquido entre os impostos a recuperar e impostos a pagar; - Foi apresentado o valor líquido das despesas antecipadas com captação de bônus
e emissão de debêntures;
- Reclassificação de instalações de residências e projetos do diferido para imobilizado;
- Reclassificação de softwares do imobilizado para o intangível;
- Reclassificação de impostos diferidos do curto prazo para o longo prazo,
- Reclassificação dos ágios na aquisição de empresas de investimentos para o intangível;
- Reclassificação do ativo diferido para o imobilizado; e
- Reclassificação de investimentos (outros) para outras contas a receber.
b. efeito significativos das alterações em práticas contábeis
Não houveram alterações significativas.
c. ressalvas e ênfases presentes no parecer do auditor
A Companhia não tem histórico de ressalvas e/ou ênfases presentes nos pareceres emitidos por seus auditores independentes.
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