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4.3 Processos judiciais, administrativos ou arbitrais não sigilosos e relevantes

4.3. Descrever os processos judiciais, administrativos ou arbitrais em que o emissor ou suas controladas sejam parte, discriminando entre trabalhistas, tributários, cíveis e outros: (i) que não estejam sob sigilo, e

(ii) que sejam relevantes para os negócios do emissor ou de suas controladas, indicando: Processos Judiciais

Somos parte em vários processos de natureza tributária, civil e trabalhista, tanto administrativos como judiciais, decorrentes do curso normal de nossas atividades. Embora seja impossível determinar com certeza o resultado final destas questões, a administração definiu reservas quando se puderem prever prováveis perdas, com base na análise dos processos pendentes e na opinião da assessoria jurídica.

Embora tenhamos aumentado o valor reservado para cobrir perdas com processos de natureza tributária e previdenciária, civil e trabalhista dos quais somos parte, as provisões totais de acordo com o IFRS diminuiu de R$605,4 milhões em 31 de dezembro de 2009 para R$554,8 milhões, em 31 de dezembro de 2010.

O quadro abaixo apresenta as reservas constituídas para os processos administrativos e judiciais tributários e previdenciários, a disputa civil e as reclamações trabalhistas, em 31 de dezembro de 2010:

(R$ em milhares)

Questões tributárias e previdenciárias ... 476.007

Questões trabalhistas ... 33.186

Questões civis ... 45.571

Total ... 554.764

Dos R$554,8 milhões de obrigações listadas acima, R$161,3 milhões estão atualmente sendo discutidos em processos judiciais e R$393,5 milhões referem-se a processos administrativos propostos contra nós. Em 31 de dezembro de 2010, possuímos depósitos judiciais no valor total de R$83,7 milhões relacionados a estes processos e disputas.

Processos administrativos de natureza tributária IOF

Nós e nossas subsidiárias efetuamos transações comerciais em conta corrente refletindo transferências monetárias entre nós e nossas subsidiárias. A Receita Federal do Brasil poderá considerar tais transferências como sendo empréstimos entre empresas coligadas. No caso de tais transferências serem consideradas como sendo empréstimos entre empresas coligadas, poderemos estar sujeitos ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), sobre o montante dos empréstimos. O IOF aplica-se a empréstimos entre entidades não financeiras a uma alíquota máxima de 1,5% ao ano, onde o montante principal e o prazo para reembolso são fixados, e a uma alíquota diária de 0,0041% sobre o saldo em aberto, sem limite sobre o montante total de imposto pagável, caso o montante do principal do empréstimo não seja fixado. Reconhecemos um passivo no montante de R$80,9 milhões em relação ao IOF – em 31 de dezembro de 2010. Se a Receita Federal do Brasil decidir que há incidência de IOF sobre as transferências, essas tributações poderão afetar de modo relevante e adverso nosso fluxo de caixa.

IRPJ e CSLL

Em dezembro de 2003, a Administração Pública Federal emitiu um auto de infração contra a nossa subsidiária Cabodinâmica TV Cabo São Paulo S.A. (Cabodinâmica), que foi incorporada à

4.3 - Processos judiciais, administrativos ou arbitrais não sigilosos e relevantes

NET São Paulo em 2004, alegando que a Cabodinâmica deve imposto de renda de pessoa jurídica (IRPJ), e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), um imposto que incide sobre o lucro liquido de uma empresa, como resultado de uma transação de empréstimo entre a Cabodinâmica e a Preferential Holdings Ltda, feita em 1998. À época da transação de empréstimo, o IRPJ e a CSLL incidiam apenas sobre transações domésticas. A Cabodinâmica apresentou uma defesa contra a multa com base no fato de que a transação de empréstimo com a Preferential Holdings Ltda. não era uma transação doméstica, e, portanto, a Cabodinâmica está isenta de pagar o IRPJ a CSLL sobre a transação. Em maio de 2007, o tribunal de primeira instância decidiu julgar subsistente o auto de infração e a Net São Paulo recorreu da decisão. Em março de 2010, o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais negou o apelo por nós interposto. Atualmente, entramos com outro recurso junto à Câmara Superior de Recursos Fiscais e estamos aguardando a decisão. Embora tenha entrado com recurso em 31 de dezembro de 2010, a NET reconheceu um passivo no valor de R$14,3 milhões relativamente a essa questão.

Em dezembro de 2009, a Net São Paulo sofreu um auto de infração fiscal lavrado pela Receita Federal do Brasil, no valor total de R$547,3 milhões, sob a alegação de que tínhamos reconhecido indevidamente créditos fiscais relativos ao ágio do período entre 2004 e 2008. Por decisão do tribunal de primeira instância, as quantias foram reduzidas para R$274,1 milhões (IRPJ – Imposto de Renda de Pessoa Jurídica) e R$97,8 milhões (CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido). Após a devida análise realizada por assessor jurídico, a probabilidade de perda nesse processo foi alterada de remota para possível. Em vista dessa decisão parcialmente desfavorável do tribunal de primeira instância, a Net São Paulo interpôs recurso junto ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, cuja decisão está pendente.

ICMS

A Net Rio também reconheceu um passivo no montante de R$8,5 milhões até 31 de dezembro de 2010 com relação aos autos de infração presumindo-se uma alíquota de ICMS de 5%, que é a alíquota cobrada sobre os serviços de televisão a cabo. Os autos de infração fiscal presumem uma alíquota de ICMS de 25%. Cinco desses processos administrativos relativos ao ICMS resultaram em decisões desfavoráveis e, assim, a NET Rio ofereceu uma garantia de R$21,4 milhões para continuar o processo.

Em 20 de outubro de 2008, a Net Brasília Ltda., ou Net Brasília, sofreu um auto de

infração lavrado pela Receita Estadual do Distrito Federal no valor de R$155,4 milhões relacionado ao ICMS. A autoridade tributária estadual alega que no período entre janeiro de 2003 e junho de 2008, a Net Brasília deveria ter recolhido ICMS sobre as receitas das assinaturas da Televisão por assinatura a uma alíquota de 25% em vez dos 10% efetivamente utilizados pela Net Brasília. Na visão da autoridade tributária estadual, o benefício da alíquota reduzida permitido pelo Acordo de ICMS No. 57/99, expirou em 31 de dezembro de 2001. A Net Brasília protocolou sua defesa no tribunal administrativo de 1ª instância, a qual pende de decisão. Acreditamos que a probabilidade de perda seja remota. Desse modo, não efetuamos qualquer provisão em relação a este auto de infração.

Em 25 de fevereiro de 2010, Net Brasília Ltda., ou Net Brasília, sofreu um auto de

infração lavrado pela Receita Estadual do Distrito Federal no valor de R$50,9 milhões relacionado ao ICMS. A autoridade tributária estadual alega que no período entre julho de 2008 e junho de 2009, a Net Brasília deveria ter recolhido ICMS sobre as receitas das assinaturas da Televisão por assinatura a uma alíquota de 25% em vez dos 10% efetivamente utilizados pela Net Brasília. Na visão da autoridade tributária estadual, o benefício da alíquota reduzida permitido pelo Acordo de ICMS No. 57/99, expirou em 31 de dezembro de 2001. A Net Brasília protocolou sua defesa no tribunal administrativo de 1ª instância e aguarda sua decisão. Acreditamos que a probabilidade de perda seja remota. Desse modo, não efetuamos qualquer provisão em relação a esse auto de infração.

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