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A Mulher Muçulmana e suas Indumentárias

3. SINAIS DE UM ISLÃ BRASILEIRO

4.1 Focando a Mulher Muçulmana na Cidade de São Paulo

4.1.6 A Mulher Muçulmana e suas Indumentárias

As migrações de muçulmanas podem ser uma das causas principais da introdução de novos véus em diversos países diferentes, portanto, nem sempre o tipo de véu utilizado por uma mulher muçulmana está ligado à cultura local.

Em São Paulo, não vi nenhuma indumentária feminina diferente do Hijab. Este mesmo variou pouco em sua forma. Perguntei para A. F. J. , imigrante de segunda geração libanesa, qual o significado principal do hijab para ela. Esta foi a resposta: “para mim e creio eu para todas as mulheres muçulmanas, o hijab possui antes de tudo um valor simbólico que vai do aspecto religioso até a definição da identidade feminina islâmica, passando por aspectos sociais”. Você se sente reprimida ou mesmo alienada usando o hijab? A. F. J: Pelo contrário, o véu não é esconderijo para nós. Representa nossa identidade de mulheres muçulmanas comprometidas com sua religiosidade, com sua pureza e com sua moralidade.

Você sabe que existem muitas muçulmanas pelo mundo afora que não usam o hijab e nenhum outro véu e ainda lutam pelo não uso deles pela mulher muçulmana? A. F. J: Já li alguma coisa sobre isto. Extremismo e postura radicais existem em todo lugar, inclusive dentro do próprio Islã. Não fico surpresa de existirem mulheres muçulmanas que combatem o uso do Hijab. Ouvi de um muçulmano na mesquita Brasil, absoluta maioria de imigrantes e descendentes muçulmanos, de que o Hijab significa “sem comunicação”, “isolar”, ou seja, sem comunicação com o mundo exterior, entenda “gênero masculino”. Você concorda com esta definição? A. F. J. Eu creio que o Hijab significa proteção, segurança, respeito, pudor e moralidade. O significado de isolar pode estar ligado à idéia de isolar o corpo da mulher dos olhares maliciosos e lascivos dentro e fora do nosso ambiente, ou seja, de nosso contexto de vida:

Partindo dessa possibilidade do isolamento do corpo feminino da lascívia masculina, o hijab se constitui, portanto, numa barreira natural, inibidora dos avanços do homem? A. F. J. Com certeza! Qualquer tentativa de desrespeito por parte do gênero masculino encontrará no hijab um forte obstáculo. Os véus são muitos e variam em seus formatos, cores e usos. Existe aquele que toda mulher muçulmana deve usar? A. F. J. Sim! À partir do treze anos de idade, toda mulher

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muçulmana necessita fazer uso do hijab. Se o hijab é, em sua opinião, quase unanimidade para as mulheres muçulmanas, por que algumas usam outras vestimentas tais quais, burca, niqab, Xador, Khimar, Shayla, Al-Amira? A. F. J. “Eu sei que o hijab está ligado às questões religiosas e morais. Além do que representa para a mulher muçulmana como vimos antes. Os outros véus são opções de uso ou obrigações impostas por regimes de exceção, cultural e étnico, não sei se nesta ordem”. Aqui em São Paulo, observei que na mesquita Brasil e na mesquita do Pari o hijab é a vestimenta tanto de mulheres brasileiras revertidas quanto de mulheres muçulmanas de imigração. Você já viu uma muçulmana com outra vestimenta? A. F. J: “Uma vez vi uma mulher muçulmana usando o niqab. Niqab significa ‘máscara’ ou o véu que cobre o rosto”. As cores do Hijab têm algum significado especial? A. F. J: “Pode até ter. Eu mesma não sei de nenhum”. (ANEXO 9 – Niqab e Burca – Foto 7e 8).

Parece claro que uma minoria dentre as mulheres muçulmanas usam os véus mais conservadores do ponto de vista ocidental. O Khimar, o Niqab e a Burca estão entre as vestimentas femininas mais conservadoras, portanto seu uso se restringe às mulheres muçulmanas que vivem em países com fortes ideologias políticas, como já foi mencionado Afeganistão e Paquistão. Na Arábia Saudita, um véu conhecido por tarha deve ser usado em combinação com o Khimar ou Niqab, ambos significam os véus que escondem a cara, deixando apenas os olhos visíveis. Já o termo Jilbab85 significa roupas longas. (BAPTISTA, 2011, p. 114).

O véu sempre foi uma prescrição corânica, contudo, nunca foi especificado. Diz a Sura An-Nissã: ”E se tiverdes de pedir qualquer coisa às mulheres do Profeta, pedi-lho por detrás de um véu (hijab). Assim permanecerão puros os vossos corações e os corações delas (mulheres). Evitai causar desgostos ao enviado de Deus. Nunca desposarei as suas mulheres. Na verdade, isso seria grave aos olhos de Deus. Ó profeta! Dize às tuas esposas e às tuas filhas e às mulheres dos crentes que deixem cair até abaixo os véus exteriores (Jilbab). Será mais fácil assim não as reconhecer e não as ofender. Mas Deus é tolerante e misericordioso”. (Sura An- Nissã).

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Jilbab: (plural Jalabib) é uma manta comprida, folgada e sem recortes, com cores sóbrias. Pouco utilizado no Brasil.

144 Ante tais versículos corânicos, parece-nos, à partida, que o vestuário que as mulheres devem usar na presença de homens estranhos à sua família está, de certa forma, definido pelo Alcorão. Todavia, a questão do véu islâmico e da obrigação do seu uso, não está diretamente regulada por qualquer passagem do Livro Sagrado. Importa então apresentar as diferentes terminologias para os diferentes tipos de véu, atentando ao facto de que não existe um acordo, no mundo islâmico, quanto à designação e significado dos vários tipos de véus islâmicos. A simples existência de regionalismos torna impossível tal homogeneidade. Muito embora, de uma forma geral, queira referir vestuário islâmico sem definir que partes do corpo são deixadas à vista, hijab significa para alguns jordanianos o lenço que cobre a cabeça e os cabelos da mulher, muito embora sirva também para referir as longas túnicas que as muçulmanas habitualmente usam. (BAPTISTA, 2011, p.113).

Na conversa com A. F. J. , ela revelou que a convivência entre mulheres muçulmanas e homens faz surgir, quase que espontaneamente, a questão do véu islâmico. Cercado de polêmicas, seu uso ou não uso divide opiniões entre feministas ocidentais com o ponto de vista de países orientais islâmicos. Segundo A. F. J. , são várias as opiniões defendidas quanto à questão da obrigação do uso do véu. Ela me disse que não há nada impondo o seu uso na Shariah, contudo seu uso remonta às sociedades pré-islamicas.

O uso do véu, de modo geral, sempre esteve e estará ligado às questões religiosas. Neste caso, a questão do vestuário da mulher muçulmana está praticamente ligada à sua religiosidade, portanto, a religião é o fator que dita e regulamenta a vida da mulher islâmica: (ANEXO 10 – Hijab - Foto 9).

A Sura An-Nissã recomenda às mulheres: “Diz às crentes que baixem os olhos e observem a continência, que não mostrem os seus ornamentos (além dos que normalmente aparecem) que cubram o peito com seus véus e não mostram os seus atrativos, a não ser aos seus esposos, seus filhos, seus enteados, seus irmãos, seus sobrinhos, às mulheres suas servas, ou aos escravos ou servos varões sem desejos carnais, ou às crianças que não ligam à nudez das mulheres; que não agitem seus pés enquanto andam, para que não chamem a atenção sobre seus ornamentos ocultos (Sura An-Nissã XXIV). Além desta sura, o Corão ainda prevê outras recomendações quanto ao vestuário feminino. Todas as recomendações estão intimamente ligadas ao pudor, moral, e comportamento das mulheres muçulmanas em qualquer lugar do planeta. Entre elas destacamos a Sura XXIV, versículo 31 e a Sura XXXIII versículos 53 e 59.

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Outras importantes alegações a respeito do uso do véu estão diretamente ligadas à dignidade da mulher muçulmana. O véu, na visão daquelas que defendem o seu uso, se reveste de valorização da mulher pelas suas qualidades intelectuais e morais e não pela sua aparência. Diz que a mulher não suscitaria ciúmes às outras mulheres e não cometeria o erro da vaidade. Nesta linha de raciocínio podemos inferir que o pecado da carne teria origem na mulher que estaria sujeita a pecar por vaidade e ciúmes. Portanto, é a partir do comportamento dela que deve procurar as causas de assédio sexual e de atividade sexual ilícita. Podemos dizer que implicitamente, assume-se uma fraqueza natural e por isso menos condenável no homem, para quem os cabelos das mulheres é fonte de tentação. Neste caso, o véu intervém para proteger as mulheres dos olhares masculinos impertinentes. Este uso do véu, deixando evidenciar que se trata de ocultar uma suposta fonte de pecado, a mulher muçulmana, é assunto polêmico e de acaloradas discussões mundo afora. Portanto, por ora deter-nos-emos na questão religiosa e moral: (ANEXO 11 – Xador e Niqab mais radical – Fotos 10 e 11.)

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CONSIDERAÇÕES FINAIS:

A história descortina diante de nós, uma mulher forte que cimentou as bases fundamentais para o estabelecimento da Ummah islâmica mundial. Sua performance desde Khadija, considerada a primeira mulher muçulmana, atravessou os séculos. Desde 610 a.C. Desde Meca até sua atual condição hoje, século XXI.

Mulheres como Aisha, Umm Salamah entre outras, marcadamente estiveram à frente de seu tempo na reivindicação pela igualdade de gêneros, no mínimo 1400 anos atrás. Influenciaram o próprio profeta Muhammad nas questões das revelações corânicas, buscando com isso aliviar a carga do domínio masculino sobre seus delicados ombros. Assistiram resignadas a pulverização de suas conquistas e dos seus direitos diante da instituição do califado islâmico. A igualdade conquistada foi requisitada violentamente pelo sexo masculino. Tornaram-se objetos de negociação e despojos de guerra. Elas Perderam, aos olhos masculinos, sua dignidade de ser humano. Fizeram parte dos pacotes de herança destinados ao sexo masculino, vítimas de uma cultura em que o domínio masculino prevaleceu sem ser contestado de forma sistemática. Esta mulher foi coisificada. Tornaram-se troféus guardados em haréns. Contudo sua busca por uma relação simétrica continuou.

No Brasil, a mulher muçulmana chegou através da imigração e, possivelmente através do tráfico de escravos. Atravessando por veredas, não menos doloridas que aquelas dos primórdios do Islã, escravizada, violentada no seu mais primário e fundamental direito: ser livre. Atravessou mares e juntamente com aquelas que deixaram seus países, marcaram a história do mundo e a história do Brasil e a história da Bahia, de Minas Gerais, de São Paulo etc...

“Deram as mãos” e assumiram a condição de mulheres “ocultas”, uma vez que o estigma da coisificação feminina produzida pela insensibilidade do domínio masculino prevalecia e ainda impregnava as vestes desta mulher negra de escravidão e desta mulher branca de imigração, etnias que buscaram e buscam na sua religiosidade latente, sua identificação e sua igualdade frente ao gênero masculino. Estas mulheres muçulmanas, fugindo de guerras, sendo violentamente arrancadas de suas origens e de sua terra, ou seja, a mulher muçulmana de escravidão e de imigração e sua epopeia, quase uma mulher anônima, marcaram e

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marcam presença nos redutos islâmicos espalhados pelo país e com forte presença na cidade de São Paulo. As revoltas ou insurreições, marcadamente em terras bahianas, pela histórica e pouco propalada revolta Malê, contou com sua presença, aliás, presença importante, contudo, por razões escusas, não tão bem registradas.

As formações de quilombos e o nascimento de comunidades quilombolas possuem a sua marca. Hoje, seus remanescentes se encontram nos movimentos negros de jovens muçulmanos do Hip Hop, nas periferias da cidade de São Paulo. Nas revertidas brasileiras, negras, brancas, amarelas, pardas ou qualquer que seja a cor da pele, não é isto que importa o que importa é a sua busca por igualdade de gêneros e pela religiosidade desprovida da marca etnicista.

Juntam-se a elas as mulheres brasileiras revertidas, não obstante os conflitos étnicos que emergem desta relação, fortalecendo a idéia polêmica de uma desarabização do Islã no Brasil, concomitantemente com a possibilidade de um Islã adjetivado como Islã brasileiro ou com rosto mais brasileiro.

Existem ou começam a existir sinais de um Islã brasileiro, com a tão reivindicada e crescente idéia da desarabização, uma vez que esta mulher reclama de discriminação e preconceito por parte das muçulmanas de imigração e descendentes. Outros fatores que incluem minorias tais como os jovens negros do movimento Hip Hop, os “Sem Terras“ “Indígenas”, todos, de alguma maneira, fazendo parte de movimentos políticos e ideológicos, sempre inspirados em alguma personalidade internacional que sirva como ícone na luta pelos direitos humanos e pela igualdade; mobilizam-se para a institucionalização de um Islã brasileiro e para brasileiros. Contudo, a tarefa para a concretização de um Islã nacional é árdua e vai, segundo nossas constatações, percorrer caminhos que não poderão prescindir de uma negociação contra a discriminação, preconceitos, confrontos culturais e, após tudo isto cunhar uma identidade nacional, sem, contudo, descaracterizar a identidade Islâmica mundial, ou seja, sem fugir da Ummah Islâmica Mundial.

Na baila destes acontecimentos, se encontra a mulher muçulmana de imigração e reversão em sua performance religiosa, social e cultural na cidade de São Paulo, vivenciando uma gama de situações que vão desde reversão e suas implicações até os relacionamentos com a mulher de imigração e seus conflitos e suas adequações, objetivando sua pertença ao grupo. Sua vida não é separada de

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sua religiosidade. Sua busca do sagrado se complementa com a sua realidade temporal e secular, envolvendo com intensidade sua vida toda em todo o tempo. Sua prática diária da religião passa pelo simbolismo do vestuário e traduz-se em identidade, pertença e identificação.

Diante dessas constatações a que esta investigação conseguiu apurar e apreender podemos, parcialmente, concluir que a mulher muçulmana de reversão e imigração vê suas vestimentas, no caso da maioria absoluta o hijab, como símbolo de sua identificação muçulmana e como referencia de sua dignidade moral. Assunto que possui, quando visto pela mídia ocidental e por algumas militantes muçulmanas feministas, bastante polêmicas e gerando outros pontos de vistas antagônicos. Que o fator étnico tem sido visto como uma arabização do Islã, principalmente pelo olhar de brasileiros revertidos. Este fator tem gerado um sentimento de discriminação por parte dos árabes imigrantes e descendentes muçulmanos e, ao mesmo tempo, dado força a idéia de um Islã para brasileiros. Constatamos também, que comunidades (mesquitas) possuem diferentes tratamentos para revertidos. Algumas estão bem aparelhadas e preparadas para receber novas revertidas e incluí-las, sem discriminação, em seu meio. Outras nem tanto. Fato que alimenta a chama da reivindicação de um Islã nacionalizado.

A língua árabe é ensinada, uma vez que o Corão não deve ser traduzido para evitar adulteração de seu conteúdo. Fato que tem contribuído também para uma arabização e gerado reclamações por parte de revertidas e revertidos brasileiros. As mulheres muçulmanas em São Paulo, tanto revertidas quanto imigrantes e descendentes consideram que há sim conflitos nas relações culturais e de gêneros, contudo, esta é uma realidade que ganha contornos sensacionalistas e irreais através da mídia em geral, que toma por base acontecimentos isolados ou restritos a um ou outro país com estados políticos radicalizados.

Detectamos uma movimentação intensa dentro e fora do Brasil, para que brasileiros revertidos assumam posição de liderança religiosa nas comunidades islâmicas de São Paulo e do Brasil. Estes líderes em potencial estão realizando estudos da teologia Islâmica em países de forte tradição muçulmana, como por exemplo, Riyad na Arábia Saudita. Esta constatação sinaliza para a possibilidade real de um Islã com total liderança brasileira.

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Por fim, não podemos fazer vista grossa e minimizar a realidade dura da desigualdade que teima em permanecer mantendo o sexo feminino sob dominação do sexo masculino. São sinais quase que imperceptíveis, sutis, nesta relação de gêneros, contudo, deixam pistas de que a mulher muçulmana em qualquer parte do mundo pode e deve receber um tratamento mais justo por parte dos homens muçulmanos. Afora os extremos e os radicalismos existentes, o que prevalece é a continuidade da luta desta mulher por uma existência livre e igual.

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