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Não interrupção do aluno e indicação da solução

Corrigir sem inibir Maria João Gama

A CORREÇÃO DOCENTE DA EXPRESSÃO ORAL NAS AULAS DE LE

4. Não interrupção do aluno e indicação da solução

Descrição/Operacionalização - Intervenção do professor:

- integrando-se na conversação do aluno,

reformulando a ideia do aluno sem nunca apontar o erro cometido;

- esperando que o aluno acabe de falar, chamando-o à atenção e proporcionando-lhe a correção;

- escrevendo no quadro alguns enunciados errados e corrigindo-os o próprio docente, no final da aula/ atividade.

Desvantagens - As mencionadas em 3.

- O aluno não induz nem reflete sobre o erro. Tabela 1. Estratégias / Técnicas de correção da EO segundo Barbero

Lyster & Ranta, por sua vez, (2007 citado por Sibayan & Rosado 2011:289-290) classificam as estra- tégias de correção em dois grupos principais, que a seguir se apresentam:

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Figura 3. Estratégias de correção segundo Lyster & Ranta

Loewen (2005 citado Sibayan & Rosado 2011:291) acrescenta, ainda, outras duas categorias de res- postas dos alunos, que a seguir se discriminam.

1. A não resposta: o aluno não tem qualquer reação verbal à correção do professor.

2. A não oportunidade: quando não se deu oportunidade ao aluno de responder (por falta de tempo ou porque outro aluno se sobrepôs).

Vázquez (2010:170) propõe como estratégia docente de correção corrigir exclusivamente erros que se refiram aos conteúdos abordados, já que os alunos conseguirão expressar-se melhor se estiverem preparados e dentro do tema que lhes é pedido. Aconselha, também, que o docente elabore uma lista com os erros com tendência à fossilização e que este seja perseverante na correção de todos esses erros. Uma outra estratégia válida apontada pelo autor é que cada aluno elabore a sua lista.

Ribas & Aquino (2012) alertam para a severidade com que os professores tendem a corrigir os seus alunos, centrando-se demasiado no que poderia ser melhorado, no que ficou a faltar, ou seja, salien- tando excessivamente os aspetos negativos da EO. As autoras defendem que se aprende tanto com os erros como com os acertos, pelo que é aconselhável que o docente adote uma atitude positiva, mais imparcial, fazendo uma correção mais justa e mais neutra dos erros.

As autoras advertem, igualmente, que, para comunicar em aula e promover, consequentemente, a EO, o docente deve questionar as suas práticas e abandonar alguns hábitos que não são inibidores das atividades comunicativas.

1. Controlar toda a comunicação.

2. Partir da ideia de que se o professor não intervier constantemente a comunicação será um fra- casso.

3. Repetir tudo o que os alunos dizem.

4. Insistir para que os alunos repitam tudo o que os professores dizem. 5. Interromper os alunos.

6. Escrever tudo o que é dito na aula no quadro.

À semelhança do que referem Caneda & Espiñeira (1998:479), considera-se que são variados os me- canismos que facilitam a tarefa da correção:

1. Corrigir com humor. 2. Evitar alusões pessoais.

3. Usar cartolinas e painéis informativos com chamadas de atenção para os erros frequentes e que se quer que os alunos autocorrijam.

4. Apresentar erros previsíveis.

5. Implementar o jogo do prémio do não erro (como estratégia de motivação para evitar o erro). 6. Elaborar gramáticas de erros (para níveis mais avançados).

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Sendo a comunicação o objetivo final na aula de LE, torna-se primordial que o professor planifique e implemente atividades de EO em contexto de sala de aula, aproveitando estrategicamente o erro dos alunos como fonte de informação para potenciar o desenvolvimento da língua. Atualmente, a tarefa de correção deve ser feita de uma forma mais positiva, para diminuir a natural inibição do estudante. Já é, assim, possível ao docente corrigir sem inibir.

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Mediación Intercultural en prácticas