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5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.3 Estudantes com deficiência na Educação Superior: a perspectiva dos

5.3.4 Perspectiva Docente: Da permanência do estudante com deficiência na

5.3.4.3 O Núcleo de Apoio a Inclusão (NAI)

Iremos discorrer sobre algumas afirmações referente ao NAI com o intuito de compreendermos qual a visão dos professores da Ufac que ministram aula para estudantes com deficiência sobre o trabalho realizado pelo núcleo. As respostas a essas afirmações poderão contribuir para a melhoria do atendimento do NAI no processo inclusivo dos estudantes com deficiência da Ufac. Conforme descritos a seguir:

E15: O NAI, juntamente com a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis, para facilitar a vida acadêmica dos estudantes com deficiência fornece (programas voltados para quebra de barreiras atitudinais, acessibilidade: barreiras arquitetônicas, recursos

materiais: equipamentos diferenciados (braile entre outros) e humanos (intérprete entre outros); - Acolhimento: orientação inicial aos estudantes com deficiência. Recursos pedagógicos (adaptação e recursos de informática, Utilização de sistemas de comunicação aumentativa e alternativos), entre outros.

Gráfico 28: Respostas do E15

Alusivo a este enunciado, 7,9% dos professores discordam. 64,4% concordam. E 27,7% nem concordam e nem discordam. Um número significativo de professores que leciona para estudantes com deficiência concorda que o NAI fornece recursos pedagógicos para facilitar a vida acadêmica nesses estudantes. Outra informação que nos chamou atenção foi o número de participantes que não concordam e nem discordam com a afirmação. Isso pode ter ocorrido por não terem encontrado alternativas nas respostas do enunciado ou por não saberem se o estudante teve apoio do NAI.

Essa última opção parece um tanto incoerente, porém é possível. Como já elucidamos aqui, alguns professores/as, no momento em que solicitávamos para participar do questionário, retornavam-nos dizendo que não iriam responder por não terem lecionado para estudante com deficiência.

O enunciado a seguir refere-se ao apoio do NAI aos docentes: E16: Sempre que preciso posso contar com o apoio do NAI.

5,00% 2,9% 27,70% 41,60% 22,80% 1-DC 2-D 3-NC/ND 4-C 5-CC

Gráfico 29: Respostas do E16

Concernente a este enunciado, 5,9% dos professores discordam. Entretanto, 58,5% concordam. E 35,6% nem concordam e nem discordam. Aqui um número mínimo discorda da afirmação. Relacionando o E15 e E16, percebemos que as respostas estão em conformidade, apenas com pequenas diferenças dos percentuais. Assim, um número considerável de professores, ao responder o E15 e E16, concorda com as afirmações, ou seja, confirma que o NAI oferece o suporte ao estudante, bem como, sempre proporciona apoio ao(a) professor/a quando este(a) solicita. Quanto aos que optaram pela alternativa de nem concordo e nem discordo, no E15, 27,7% dos professores e no E16, 35,6%.

O que podemos aferir, inicialmente, é que 27,7% de professores nem discordam e nem concordam sobre os recursos de que o NAI dispõe e 35,6% nem discordam e nem concordam sobre poder contar com o apoio do NAI. Uma possibilidade é que esses professores ainda não recorreram ao apoio do NAI, bem como, não conhecem o trabalho realizado pelo NAI. Vamos aos enunciados seguintes para ver se essa inferência fortalece- se.

Nos enunciados seguintes o docente foi instado a expor sua possível contribuição aos projetos desenvolvidos pelo NAI:

E17: Sou solicitado(a) para contribuir nos projetos desencadeados pelo NAI para atender aos estudantes com deficiência.

4,00% 1,9% 35,60% 33,70% 24,80% 1-DC 2-D 3-NC/ND 4-C 5-CC

Gráfico 30: Respostas do E17

E18: Tenho contato com os profissionais do NAI no atendimento das necessidades dos estudantes com deficiência.

Gráfico 31: Respostas do E18

No que se refere ao enunciado E17, 58,3% dos professores discordam. 16,9% concordam com a afirmação, com 24,8% nem concordam e nem discordam. Aqui, somente um percentual de 16,9% de professores que ministram aula para estudantes com deficiência na Ufac confirma ser solicitado para contribuir nos projetos desencadeados pelo NAI para atender estudantes com deficiência. Um número expressivo de 58,3% de professores não recebe solicitação para participar dessas ações desenvolvidas pelo NAI. Ainda tivemos o grupo de 24,8% de professores que nem concorda e nem discorda.

27,60 30,70% 24,80% 12,90% 4,00% 1-DC 2-D 3-NC/ND 4-C 5-CC 15,80% 15,80% 23,80% 31,70% 12,90% 1-DC 2-D 3-NC/ND 4-C 5-CC

Relativo ao E18, discordaram desta afirmação 31,6%. Concordaram 44,6% professores. Nem concordam e nem discordam 23,8%. Estes enunciados fortalecem nossa inferência anterior sobre o número significativo de professores dos enunciados referente ao NAI que nem concorda e nem discorda. Atinente ao E17, 58,3% dos professores dizem não terem sido solicitados para contribuir nos projetos do NAI, até aqui, algo compreensível, pois o NAI tem uma equipe de profissionais para realização de suas ações.

No entanto, compreendemos que seria enriquecedor que o NAI solicitasse aos professores uma indicação dos tipos de atividades, de ações, de projetos o NAI deveria realizar, assim, os professores iriam manifestar seus interesses dentro de suas necessidades, do mesmo modo, haveria interação entre o NAI e os professores. Consideramos de fundamental importância esse diálogo para o avanço das finalidades do NAI na Ufac.

No E18, não muito diferente do E17, um número de 31,6% dos professores expõe não ter contato com os profissionais do NAI. Isso leva-nos a acreditar que se não conhece os profissionais, não conhece os seus serviços, e assim, não tem solicitado ajuda do NAI. Então, as respostas a opção não concordam e nem discordam, deste enunciado, para nós se revela como não tenho conhecimento sobre o NAI. Assim, os 23,8% dos professores que no E18 nem concordaram e nem discordaram da afirmação, podemos inseri-los na opção discordo, dessa forma, é conveniente afirmar que 55,4% do universo de 101 professores não tem contato com os profissionais do NAI.

O enunciado 19 continua a explorar o papel do NAI para as ações de inclusão na Ufac:

E19: O NAI promove a garantia dos serviços de apoio especializado de acordo com as necessidades individuais de seus estudantes com deficiência.

Gráfico 32: Respostas do E19

4,00% 3,00%

38,60% 37,60%

16,80%

De acordo com as informações do E19, discordaram deste enunciado 7%. Os que concordam dizem respeito a 54,4%. Nem concordam e nem discordam referem-se a 38,6%. Este Enunciado se aproxima do E15, que diz respeito aos recursos fornecidos pelo NAI para facilitar a vida do estudante com deficiência. No tocante às respostas dos participantes, podemos verificar que os números também se aproximam. Apesar de 54,4% dos professores concordarem com o enunciado, tivemos um número significativo de 38,6% dos professores que nem concordaram e nem discordaram. Talvez o NAI ainda não esteja divulgando suas ações para os docentes e aproximando-se destes para a organização de processos inclusivos em sala de aula.

Este aspecto permanece evidenciado no enunciado a seguir:

E20: Ao receber o estudante com deficiência, o NAI, através da coordenação do curso me repassou as informações das demandas de necessidades desse estudante.

Gráfico 33: Respostas do E20

Referente ao E20, discordaram 50,5% professores. Os que concordaram condizem a 32,7%. Nem concordam e nem discordam dizem respeito a 16,8%. Consideramos uma questão de suma importância o professor conhecer as necessidades, as especificidades de seu estudante com deficiência. Aqui, percebemos que mais de 50% dos professores não receberam as informações da demanda de necessidades desse estudante.

Prosseguimos para a questão seguinte e, no final desta categoria, faremos a análise do panorama geral sobre o olhar do professor/a sobre o trabalho do NAI.

20,80% 29,70% 16,80% 22,80% 9,90% 1-DC 2-D 3-NC/ND 4-C 5-CC

E21: O trabalho do monitor colaborou significativamente para o ensino e aprendizagem desses estudantes com deficiência na minha disciplina.

Gráfico 34: Respostas do E22

Sobre o E21, obtemos 10,9% dos professores/as que discordaram desta afirmação. Os que concordaram compreendem 58,4%. E tivemos um número de professores, que atinge 30,7%, que nem concordaram e nem discordaram.

Diante das informações dos enunciados sobre o trabalho realizado pelo NAI na concepção do docente, podemos inferir alguns apontamentos. Como já caracterizado no início deste capítulo, O NAI expressa-se como um dos principais mecanismos para a inclusão de estudantes com deficiência na Ufac. Ficou expresso na explanação sobre o NAI que o número de estudantes demandantes de atendimento educacional específico por parte do NAI. Esses estudantes representam as demandas que não podem ser atendidas somente pelos recursos e estratégias tradicionais de ensino.

Assim, consideramos relevante para nossa pesquisa exprimir ponderações sobre possíveis razões para as respostas dos enunciados desta categoria terem ido no sentido de uma expressiva discordância das afirmações e de um posicionamento de “nem concordo e nem discordo”. Da mesma maneira, que poderá contribuir para o ingresso e permanência com êxito dos estudantes com deficiência da Ufac.

O contato inicial do NAI com o estudante com deficiência é de extrema importância, pois vai desencadear o planejamento das ações que serão desenvolvidas durante o percurso acadêmico desse estudante na Ufac. De acordo com a profissional do NAI que nos concedeu a entrevista, o NAI realiza uma entrevista inicial para identificar as possíveis dificuldades do estudante e, posteriormente, encaminha as informações através do documento comunicação interna (CI) para as coordenações dos cursos à que

3,00%

7,90%

30,70% 29,70%

28,70%

os estudantes estão vinculados, mencionando os nomes dos estudantes com deficiência e dos monitores.

Apenas os profissionais do NAI têm acesso às informações da entrevista inicial ou se muito, ponderando as respostas dos professores nesta categoria, um número pequeno de professores. O envolvimento de todos os profissionais da instituição é de fundamental importância para que o ingresso e a permanência de estudantes com deficiência sejam bem-sucedidos.

A entrevista do NAI com o estudante com deficiência, de acordo com a profissional NAI, “é realizada por uma pedagoga e uma técnica em assuntos educacionais. Posteriormente, as informações da entrevista são repassadas a psicóloga e uma assistente social para fazerem suas análises” (Profissional do NAI - fragmentos de entrevista).

Nossa pesquisa indica que talvez seja oportuno para o NAI elaborar um relatório de orientações para a coordenação de curso solicitando a marcação de uma reunião com os professores/as que irão trabalhar com esses estudantes e o coordenador de curso, a fim de entregar o relatório e informar não só quanto a existência desse estudante, mas, tratar das necessidades educacionais específicas do estudante sensibilizando os professores/as quanto ao melhor atendimento para esses estudantes, assim como, de comunicar a atuação do NAI no sentido de oferecer suporte técnico e especializados ao estudante e professores/as.

Essas informações repassadas diretamente para professores/as e coordenador talvez minimizem o problema apontado, na medida em que 50% dos professores/as discordaram que lhe são repassadas as demandas dos estudantes com deficiência. Esse trabalho inicial é de suma importância, pois o estudante precisa sentir-se em uma universidade acolhedora, como diz Chahini (2010, p. 36):

[...] instituições de ensino superior devem desenvolver uma política interna de acolhimento e de sensibilização de todos os que fazem parte do processo ensino-aprendizagem para a integração desses alunos na vida acadêmica, bem como o acompanhamento durante o percurso desses alunos na universidade, visando ao êxito de aprendizado nesse nível de ensino. Diante das respostas aos enunciados aqui analisadas, parece-nos que os professores/as manifestam pouco conhecimento quanto aos serviços desenvolvidos pelo NAI, o que representa, possivelmente, um entrave no processo de ensino para tais estudantes. Isso ficou bem evidenciado nos E15 e E19, em que uma parcela significativa de professores optou em responder: “nem concordo e nem discordo” sobre os serviços desenvolvidos pelo NAI.

É importante ter conhecimento de todas as ações desenvolvidas pelo NAI, não somente aquelas que são específicas ao um determinado estudante com um certo tipo de deficiência. Assim como evidencia Oliveira (2017, p. 153) “[...] por exemplo, que determinadas ações não se referem diretamente à pessoa com deficiência visual, porém, ela pode ser importante para inclusão de outros alunos [...]”. Apresentar conhecimento de todas as ações contribui para o fortalecimento da política de inclusão educacional dentro da universidade.

Continuamos afirmando sobre a importância do NAI para a inclusão dos estudantes com deficiência, no entanto, suas ações voltadas para o processo educativo em sala de aula parece consistir em ações pontuais e não em uma política da Ufac e, consequentemente, do NAI. Quando apresentamos o enunciado E18: Tenho contato com os profissionais do NAI no atendimento das necessidades dos estudantes com deficiência, um percentual superior a 31% discordou e 23,8% nem concordaram e nem discordaram com o referido anunciado. Isso evidencia que o NAI necessita programar de forma mais precisa suas ações.

Em contrapartida, a interação do NAI com os professores/as que responderam positivamente as afirmações constitui aspecto significativo, uma vez que demonstra que se uma parte dos professores/as foram alcançados pelo NAI, os demais também poderão serem atingidos. Destacamos uma programação sistematizada, com calendário de visitas e acompanhamento envolvendo a todos desse cenário, e assim, discutir juntos, as dificuldades do cotidiano acadêmico e juntos buscarem alternativas.

Quando inquirido, o coordenador do NAI afirmou que a interação do NAI com esses professores “ocorre frequentemente”. Em relação aos trabalhos que o NAI realiza em colaboração com os professores que lecionam para esse público a resposta foi “ocorre às vezes”. Relativo ao NAI realizar atividades junto aos professores com a finalidade de melhorar suas práticas em sala de aula com estudantes com deficiência, o coordenador respondeu: “Às vezes, na forma de oficinas pedagógicas e seminários”. Sobre o NAI realizar formação para os professores que atende esse público, tivemos a resposta: “frequente, sendo ofertado: cursos de libras, cursos de capacitação e seminários”.

As atividades desenvolvidas pelo NAI voltadas para a melhoria da prática pedagógica do professor/a, conforme mencionado acima, são relevantes, todavia, parece- nos que não têm envolvido todos os professores/as que ministram aula para essa camada de população da Ufac. Assim, consideramos ser necessário uma maior disseminação

dessas atividades, bem como, dos demais serviços desenvolvidos pelo NAI no âmbito da Ufac.

Parece, pois, importante a realização de uma avaliação do NAI de suas ações. Nesse sentido, consideramos pertinente o NAI avaliar como vem sendo realizado as oficinas pedagógicas e os seminários na contribuição da melhoria do trabalho do professor/a na sala de aula.

O que a pesquisa também nos revelou nos discursos do coordenador e da profissional do NAI foi a importância do acompanhamento do monitor. Notamos que esse é considerada pelo NAI uma das principais iniciativas no auxílio pedagógico ao estudante com deficiência. Um número relevante, mais de 50% dos professores/as que participaram da pesquisa concordam que o trabalho do monitor colaborou significativamente para o ensino e aprendizagem desse público. Contudo, 30,7% dos participantes nem concordaram e nem discordaram com esta afirmação. O trabalho desenvolvido pelo monitor, como já mencionado neste capítulo, contribui de forma significativamente para o processo de ensino e aprendizagem do estudante com deficiência.

O que sugerimos é que haja mais interação entre professor/a e monitor para troca de ideias e planejamento. O monitor tem a oportunidade de estar mais próximo do estudante, em situações diversas, dentro e fora da sala de aula e poderá, através da convivência com esse estudante, trazer algumas dicas ao professor/a sobre este discente. Assim, através da compreensão e do respeito das respectivas funções, que são diferentes, mas se complementam, poderão em um processo de diálogo e trocas de experiências contribuir para o êxito do processo educativo desse estudante.

No questionário II, sobre alguns apontamentos na concepção do coordenador do NAI, foi perguntado se o coordenador considera que os professores e estudantes com deficiência compreendem o papel do NAI no processo de inclusão. A resposta foi que “pouco compreende”. Isso retoma a própria perspectiva dos docentes que, em sua maioria, estão distantes das ações do núcleo. O coordenador reconhece que o NAI colabora na quebra de barreiras atitudinais no contexto da Ufac.

Concernente à redução das barreiras atitudinais que é abordada pelo coordenador como uma bandeira do NAI, fica evidenciada a importância de ações que contribuam para a diminuição dessas barreiras no discurso do coordenador quando elucida: “estudantes e professores pouco compreende o papel do NAI no processo de inclusão de estudantes com deficiência” e se confirma ainda mais, nas afirmações dos participantes do

questionário I. Assim, fica entendido que o processo de sensibilidade concebida pelo NAI é fundamental e precisa de maior amplitude e sistematicidade.

O foco não deve ficar restrito a um pequeno grupo, mas buscar mecanismo para expandir e alcançar a todos na comunidade acadêmica, principalmente, os professores/as. Um ponto importante é que o NAI já reconhece e busca a diminuição das barreiras atitudinais como parte importante para a concretização da política inclusiva na Ufac. Sem a efetivação da quebra das barreiras atitudinais em todos os seguimentos da Ufac, o processo de inclusão poderá ficar comprometido em todos os seus aspectos. Castro e Almeida (2014) argumentam que as barreiras atitudinais resultam em discriminação e preconceito e, por conseguinte, em exclusão.

Por fim, o panorama que engloba as categorias Perspectiva Docente: da permanência do estudante com deficiência na Ufac; A prática Pedagógica; As Políticas de Inclusão e o NAI envolveu, no geral, 21 questões, que resultaram em 2.121 respostas. Na somatória dos que discordaram das afirmações, o total foi equivalente a 788,3%. Na sequência, os que nem concordaram e nem discordaram que dizem respeito a 667,1%. E por último os que concordaram, que significam 643,4%.

A somatória dos percentuais dos que “nem concordaram e nem discordaram” foi importante, pois adverte para uma questão que a Ufac precisa trabalhar, compreender: qual lugar esses professores ocupam no processo inclusivo da instituição.

Também, queremos deixar registrado o número expressivo dos que concordaram, pois, em linhas gerais32, comprova que a Ufac tem realizado um trabalho significativo e

precisa dar continuidade em sua busca por uma cultura inclusiva na instituição. A cultura inclusiva significa,

A cultura inclusiva implica o repensar permanente e não momentâneo ou transitório sobre questões tais como: as relações educacionais, a estrutura escolar e a formação docente, destacando-se nesse último os conteúdos selecionados e práticas existentes nas escolas, haja vista que é muito comum de acordo com Arroyo (2010, p. 151) “[...] as ondas e modas de inovação nas escolas, ondas que morrem na areia do cotidiano escolar e no legalismo com que são tratados escolas e seus docentes. (AZAMBUJA; SOUZA; PAVÃO, 2012, p.299-300).

Essa busca de uma cultura inclusiva no cenário universitário deve ser constante, pois o caminho é desafiador. Mas, é um desafio necessário. É preciso que os professores

32 Do total das 21 (vinte e uma) afirmações do questionário I, de acordo com a literatura revisada, somente 6 (seis) enunciados, a alternativa “discordo” melhor adequa-se para uma instituição educacional inclusiva. As demais, a alternativa “concordo” condiz para a perspectiva inclusiva.

universitários despertem para o seu fazer pedagógico em uma sala de aula heterogênea, que resulte em uma nova maneira de perceber e atuar com as diferenças de todos os estudantes em sala de aula. Preparação que os faça consciente não apenas das características e potencialidades dos seus estudantes, mas de suas próprias condições para ensiná-los em um contexto inclusivo, assim como da necessidade de refletirem constantemente sobre a sua prática, a fim de modificá-la quando necessária.