• Nenhum resultado encontrado

NUAL N ATUREZA DO

No documento UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (páginas 126-131)

ACIDENTE

n % n % n % n % n % n % n % n TRAB DE . CR

Contato com Material

Biológico 22 41,5 62 67,4 42 76,4 53 65,4 27 75,0 18 56,3 224 64,2 37,3 634,5 5,9 Impactos 12 22,6 11 12,0 2 3,6 13 16,0 2 5,6 6 18,8 46 13,2 7,7 634,5 1,2 Contato Material Médico-Hospitalar 14 26,4 17 18,5 6 10,9 6 7,4 1 2,8 1 3,1 45 12,9 7,5 634,5 1,2 Esforço Excessivo / Inadequado 2 3,8 2 2,2 2 3,6 3 3,7 4 11,1 5 15,6 18 5,2 3,0 634,5 0,5 Quedas 1 1,9 0 0,0 1 1,8 4 4,9 2 5,6 2 6,3 10 2,9 1,7 634,5 0,3 Outros 2 3,8 0 0,0 2 3,6 2 2,5 0 0,0 0 0,0 6 1,7 1,0 634,5 0,2 TOTAL 53 100 92 100 55 100 81 100 36 100 32 100 349 100 58,2 634,5 9,2

No presente estudo, quando estudados os ATTs segundo a sua natureza, verificou-se que, de maneira expressiva, os acidentes em que houve exposição do trabalhador de enfermagem a materiais biológicos ocorreram em 64,2% (224) das casos, variando de 41,5% (22) em 1997 a 76,4% (42) em 1998. Seguidamente, os acidentes com maior expressão foram aqueles decorrentes de impactos, de contato com material médico-hospitalar ou de esforços excessivos despendidos durante a atividade laboral.

A Figura 5.5 apresenta a evolução do CR dos ATMB em relação a de todos os demais ATTs, segundo a sua natureza, mostrando a gravidade desses infortúnios para os trabalhadores de enfermagem do HU.

0 2 4 6 8 10 12 CR 1 - Contato com material biológico 3,4 9,7 7,0 8,3 4,3 2,8 CR 2 - Outros 4,8 4,7 2,2 4,4 1,4 2,2 RR (CR1 / CR2) 0,7 2,1 3,2 1,9 3,1 1,3 1997 1998 1999 2000 2001 2002

FIGURA 5.5 Distribuição do CR anual das notificações dos ATTs com os

trabalhadores de enfermagem do HU, segundo a sua natureza, de 1997 a 2002. Londrina, 2004.

O CR para os ATMB apresentou valores entre 3,4 em 1997 e 9,7 em 1999, com CRMA de 5,9.

Na avaliação da variação dos indicadores de ATMB ano a ano, foi possível verificar que, em 1998, o CR foi de 9,7, com aumento de 2,9 vezes em relação a 1997, cujo CR foi de 3.4. De fato, o número de notificações passou de 22 em 1997 para 62 em 1998.

A RRMA de ATMB, em relação aos demais ATTs, foi de 1,8 (RRMA = 5,9/3,3), ou seja, o risco de ocorrer um ATMB foi 1,8 vezes maior do que o de ocorrer qualquer outro tipo de acidente para os trabalhadores de enfermagem. Estes valores variaram de 0,7 em 1997 a 3,9 em 1999, com linha de tendência discretamente ascendente, reafirmando a gravidade dos acidentes desta natureza para o referido pessoal.

Sabidamente, a gravidade desse tipo de acidente se dá pela possibilidade da aquisição de doenças graves como a AIDS e as hepatites B e C, com conseqüências graves para o trabalhador e todo o contexto social em que ele vive.

Para a notificação dos referidos eventos que envolvem exposição a materiais biológicos, a partir de outubro de 1998, foi implantado no HU o Programa de Acidentes de Trabalho com Material Biológico (PATMB), em atendimento à normatização estabelecida pela Secretaria de Estado da Saúde do Paraná. Esta por sua vez, seguiu as diretrizes do MS, que seguiu as recomendações de 1996 dos Centers for Disease Control and Prevention dos Estados Unidos da América (BRASIL, 1996b; PARANÁ, 1998).

Sendo assim, o ATMB passou a ser notificado sob as duas formas, ou seja, pela CAT e pela NATMB, do referido PATMB, para o registro oficial do evento na unidade previdenciária específica do trabalhador, assegurando-lhe o respaldo legal necessário.

Nessa perspectiva, a Tabela 5.6 apresenta os resultados referentes ao tipo de notificação realizada, CAT e/ou NATMB, com o propósito de elucidar melhor esta situação no HU e mostrar como os eventos se oficializaram.

TABELA 5.6 –Distribuição das notificações de ATTs com trabalhadores de enfermagem do HU, segundo o tipo de notificação realizada após a implantação do PATMB, de 1999 a 2002. Londrina, 2004. 1999 2000 2001 2002 TOTAL TIPO DE NOTIFICAÇÃO n % % n % n % n % NATMB 4 9,5 23 43,4 18 66,7 8 44,4 53 37,9 CAT 28 66,7 4 7,5 1 3,7 3 16,7 36 25,7 NATMB e CAT 10 23,8 26 49,1 8 29,6 7 38,9 51 36,4 42 100 53 100 27 100 18 100 140 100

Note-se que, enquanto em 2000 foram notificados 53 casos de ATTs envolvendo a exposição a materiais biológicos, em 2001 foram 27 e em 2002 apenas 18, conferindo, respectivamente, o CR de 4,1 2,1 1,5.

Digno de nota é que em apenas 36,4% (51) as notificações foram feitas conforme o preconizado, sob as duas formas de registro, merecendo atenção para a regularização dessa situação.

Os ATTs provocados por impactos deram-se em 13,2% (46) dos eventos, estando entre 3,6% (2) em 1999 e 22,6% (12) em 1997 o que representou um CRMA de 1,2. Os casos ocorreram durante o manuseio de equipamentos e de manivela das camas, pelo impacto do corpo com o mobiliário em ambientes com espaço de trânsito exíguo, pela prensagem do dedo por macas que precisam passar por corredores estreitos, e acometeram, na maioria das vezes, a mão do trabalhador. Dois dos casos deram-se por agressão ao trabalhador de enfermagem por parte de paciente com agitação psicomotora.

A exposição a outros materiais médico-hospitalares não contaminantes, teve, por sua vez, a freqüência de 12,9% (45) dos ATTs no presente estudo, com valores entre 3,1% (1) em 2001 e 26,4% (14) em 1997, o que representou um CRMA de 1,2. Essas ocorrências caracterizaram-se por acidentes com agulhas esterilizadas, com bisturis recém retirados da embalagem e outros, que, embora pudessem provocar lesões no corpo do trabalhador, teriam menor gravidade por não serem vetores de doenças infecto-contagiosas.

Os casos de esforço excessivo ou inadequado, com freqüência entre 2,2% (2) em 1997 e 15,6% (5) em 2002, representando o CRMA de 0,5, estiveram relacionados, em grande parte das vezes, com as dores de coluna vertebral, pelo transporte e atendimento de pacientes pesados, pela sua mobilização em camas, pela transferência de paciente da cama ou mesa cirúrgica para a maca e vice-versa, pela utilização de cadeira de rodas de difícil manejo e de cadeiras de banho frágeis, com problema no rodízio das rodas, entre outros. Do total das 18 notificações (5,2% do total de ATTs), 10 foram referentes a estes problemas.

Os casos de quedas estiveram relacionados com pisos molhados ou escorregadios, com a utilização de escadas ou bancos para pegar material em armários e com a pressa ao subir ou descer escadas.

5.1.5

C

ARACTERIZAÇÃO DAS

N

OTIFICAÇÕES DE

ATT

S NA

E

QUIPE DE

E

NFERMAGEM DO

HU,

S

EGUNDO A

P

ARTE DO

C

ORPO

A

TINGIDA

A Tabela 5.7 apresenta a distribuição dos ATTs ocorridos com a equipe de enfermagem, de acordo com a parte do corpo atingida em razão do acidente.

TABELA 5.7 – Distribuição das notificações de ATTs com os trabalhadores de enfermagem do HU, segundo a parte do corpo atingida, de 1997

a 2002. Londrina, 2004.

1997 1998 1999 2000 2001 2002 TOTAL TOTAL A MÉDIO

NUAL

No documento UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (páginas 126-131)