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nº 4. Cuiabá: 1935 p 1 APE-MT

4. O ensino médio em Mato Grosso

O ensino médio — secundário, normal e comercial, no estado de Mato Grosso, no período em questão, contava ainda com um número reduzido de estabelecimentos, distribuídos principalmente em três municípios: Cuiabá, Campo Grande e Corumbá. Se a demanda e o investimento existentes em relação ao ensino primário já eram limitados pelas características econômico-sociais do estado, tanto mais o eram estas outras modalidades de ensino, para as quais concorria parcela bastante reduzida de alunos egressos da escola primária.

Quando considerada a esfera pública estadual, o estabelecimento mais antigo era o Liceu Cuiabano, instalado em 1880 e que foi, durante muito tempo, a única escola secundária pública no estado116. Somente em 1937 esta situação se modificou, com a encampação, pelo governo estadual, do Ginásio Municipal Maria Leite, situado em Corumbá (Lei nº 27, de 29 de outubro) e, no ano seguinte, com a criação do Liceu Campograndense117. Além disso, em 1938, foi implantado o curso complementar, junto ao Liceu Cuiabano.

115 Devido à forma como estes dados foram apresentados nos resultados censitários, não há como se discriminarem os alunos que estavam ou não cursando a série correspondente à sua idade cronológica.

116 A Escola Normal no Estado, embora mais antiga, tendo sido instalada pela primeira vez em 1840, não teve funcionamento contínuo desde então, só firmando-se enquanto instituição educacional permanente a partir de 1910. MARCÍLIO, Humberto. História do ensino em Mato Grosso... p. 196.

Essas escolas passaram por dois conjuntos de reformulações118 depois de 1930, visando adaptá-las às novas diretrizes do governo central. Inicialmente, quando o regulamento do Liceu Cuiabano foi modificado pelo Decreto nº 441, de 14 de maio de 1935, durante o governo do Interventor Fenelon Müller, que adotava para aquele estabelecimento as ordenações legais da Reforma Francisco Campos119. Este primeiro decreto foi complementado pelo de número 133, de 21 de janeiro de 1938, já na gestão do Interventor Julio Strübing Müller, estendendo as diretrizes antes adotadas às novas escolas secundárias sob a direção do governo estadual. O segundo conjunto de reformulações, procurando assimilar as novas diretrizes da Lei Orgânica do Ensino Secundário, de 1942, iniciou-se ainda nesse ano, com o Decreto-Lei nº 100, de 27 de maio, quando os estabelecimentos, entre outros, passaram a chamar-se Colégio Cuiabano e Colégio Campograndense. Essa denominação ainda foi alterada para Colégio Estadual de Mato Grosso e Colégio Estadual Campograndense, respectivamente, no ano seguinte (Decreto- Lei nº 143, de 10 de março de 1943)120.

Tratando-se da formação de professores, além da Escola Normal Pedro Celestino, de Cuiabá, implementada em 1910, foi criada a Escola Normal de Campo Grande, posteriormente denominada Escola Normal Joaquim Murtinho, em 1930. Já em 1937, contudo, o Decreto nº 112, de 29 de dezembro, incorporou a Escola Normal Pedro Celestino ao Liceu Cuiabano. Além disso, em seu artigo 4º, este mesmo decreto determinava que aqueles que desejassem encaminhar-se para o magistério primário, deveriam matricular-se no curso de Especialização de Professores, com duração de um ano,

118 Os dados apresentados a seguir foram compilados a partir das seguintes fontes: MARCÍLIO, Humberto.

História do ensino em Mato Grosso... p. 163-164; 193-194; MATO GROSSO. Indicador das leis e decretos do Estado de Matto-Grosso (1890 a 1935)... p. 136.; MATO GROSSO. Relatório apresentado ao Sr. Dr. Getúlio Vargas pelo Bel. Julio Strübing Müller, no período de 1941 a 1942. Cuiabá: Imp. Oficial, 1942. p. 17

ss. APE-MT

119 A Reforma Francisco Campos estabeleceu, entre outros, o currículo seriado; a freqüência obrigatória; dois ciclos, um obrigatório para qualquer aluno que quisesse entrar no ensino superior, de 5 anos e outro ciclo complementar, de 2 anos, obrigatório para quem desejasse cursar certos cursos superiores — Direito, Ciências Médicas e Engenharia; equiparou as escolas secundárias estaduais ao Colégio Pedro II, por meio da inspeção federal, permitindo às escolas particulares que também o fizessem, pelo mesmo processo. ROMANELLI, Otaíza de Oliveira. História da educação no Brasil... p. 135. Em Mato Grosso, apenas o Liceu Cuiabano estava sob o regime de inspeção federal permanente, enquanto as outras escolas, públicas e particulares, estavam sob o regime de inspeção prévia. MATO GROSSO. Relatório apresentado ao Sr. Dr. Getúlio Vargas

pelo Bel. Julio Strübing Müller, no período de 1941 a 1942. Cuiabá: Imp. Oficial, 1942. p. 19. APE-MT

120 Outros textos legais aparecerão em anos posteriores, complementando estas reformas, e serão citados oportunamente.

e que seria oferecido aos egressos da escola secundária. Este mesmo curso, implantado em 1938 em Campo Grande, funcionou até 1947 junto aos Liceus Cuiabano e Campograndense.

Em relação às escolas comerciais121, o governo estadual fora autorizado, em 1929, pela Lei nº 1924, de 26 de setembro, a oficializar o Curso de Escrituração Mercantil, então existente em Cuiabá, funcionando junto ao Liceu Cuiabano, transformando-o no Curso Comercial “Antonio Corrêa”. Este curso chegou a ser regulamentado pelo Decreto nº 895, de 14 de janeiro de 1930. Não se tem notícia de que tenha continuado a funcionar até 1937, quando a Lei nº 112, de 29 de dezembro de 1937, criou um novo curso de guarda-livros, que funcionou junto ao Colégio Estadual122 até 1944, vindo a ser incorporado, a partir do ano seguinte (1945), à Escola Técnica de Comércio123.

4.1. Tipologia das escolas existentes

Pelo histórico apresentado, pode-se demarcar o ano de 1937 como aquele em que começou a delinear-se o contorno que o ensino médio público assumiria nos anos vindouros. Assim, além dos cinco estabelecimentos públicos, o restante das quatorze escolas existentes eram privadas, totalizando dezenove estabelecimentos em 1937. Também não havia mais, naquele momento, escolas médias públicas municipais124.

Após a reformulação que transformou o ensino normal em um curso de especialização125, com a sua incorporação aos estabelecimentos secundários, esse quadro

121 MARCÍLIO, Humberto. História do ensino em Mato Grosso... p. 201.

122 Nova denominação do Liceu Cuiabano, de acordo com a legislação federal então em vigor, a Lei Orgânica do Ensino Secundário, de 1942.

123 A Escola Técnica de Comércio foi criada pelo Decreto-Lei nº 694, de 28 de setembro de 1945 e teve seu regulamento aprovado pelo Decreto-Lei nº 146, de 14 de setembro de 1946. É interessante notar que a regulamentação do ensino comercial no estado foi efetivada pelo Decreto-Lei nº 450, de 14 de julho de 1942, tendo sido necessários três anos para sua aplicação ao curso então em funcionamento.

124 Em pelo menos um caso, o da cidade de Corumbá, o governo municipal chegou a criar e implantar um ginásio municipal, posteriormente encampado pelo governo estadual, em 1937. Sobre este estabelecimento, outros comentários serão feitos no desenrolar do trabalho.

125 Os dados disponíveis não esclarecem se as escolas normais particulares também seguiram as orientações emanadas da Interventoria para o ensino normal oficial. Tudo indica que sim, pois alguns anos depois da reabertura do ensino normal público, em 1949, algumas escolas voltaram a pedir credenciamento para o funcionamento de estabelecimentos de ensino normal particular, em Campo Grande e Corumbá. MATO GROSSO. Mensagem apresentada à Assembléia Legislativa, por ocasião do início da legislatura de 1950,

vai permanecer inalterado, para a escola pública, por todo esse período, sofrendo modificações a partir de 1947, com a criação e implantação de novas unidades.

Outro aspecto interessante a assinalar sobre o ensino médio público nesse período diz respeito ao seu financiamento. Uma vez que o Regulamento de 1927, em seu artigo 2º, estendia a gratuidade do ensino apenas à escola pública primária, para alunos na faixa de 7 a 12 anos126, a escola secundária manteve-se ao largo desta exigência. Ao contrário, seus alunos despendiam um certo montante de recursos para a permanência e conclusão dos cursos. Para ter-se idéia dessas quantias, pode-se tomar como exemplo o curso complementar127, que teve suas taxas regulamentadas pelo Decreto nº 138, de 18 de dezembro de 1938 (Tabela 1.9.), para entrarem em vigor no ano seguinte.

Tabela 1.9. – Taxas do Curso Complementar/ Liceu Cuiabano – Mato Grosso – 1938

Denominação Valor (mil réis)

Matrícula em cada ano... 60$000 Freqüência de aula ou cadeira, por matéria, por mês... 10$000 Inscrição em exame final, por matéria... 10$000 Certificado de exame, por matéria... 5$000 Fonte: MATO GROSSO, [19--?]: 18.

Considerando-se que o curso complementar podia chegar a ter, em média, 7 disciplinas, isto correspondia a um custo mensal de 70$000 réis, por mês. Este total perfazia cerca de 17,8% do salário médio mensal de um professor estadual neste grau de ensino, que beirava os 392$500 réis, conforme dados disponíveis na relação de funcionários pagos pela Mesa de Rendas de Corumbá, no mês de março de 1941128, o que certamente representava um custo elevado.

126 MATTO-GROSSO. Regulamento da Instrucção Publica Primaria do Estado de Matto-Grosso (Decreto n. 759, de 22 de abril de 1927)... p. 2.

127 Como citado anteriormente, a Reforma Francisco Campos, de 1931-32, havia dividido o curso secundário em dois ciclos, fundamental e complementar, sendo este último destinado à preparação dos alunos que pretendiam ingressar em certos cursos universitários. O Interventor Julio Strübing Müller informou, em seu Relatório de 1940, que funcionara pela primeira vez, no ano anterior (1939), o curso complementar para Direito, Medicina, Farmácia e Odontologia, contando no total com 19 alunos (14 nas seções de Medicina, Farmácia e Odontologia, e 5 na de Direito). ROMANELLI, Otaíza de Oliveira. História da educação no

Brasil... p. 135.; MATO GROSSO. Relatório apresentado ao Exmo. Sr. Dr. Getúlio Vargas — Presidente da República pelo Bel. Julio Strübing Müller — Interventor Federal em Mato Grosso. Cuiabá: Imp. Oficial,

1940. p. 13. APE-MT

128 MATO GROSSO. Mesa de Rendas de Corumbá. Relação dos funcionários estaduais pagos por esta

Além disso, essas taxas também eram cobradas nos cursos secundários fundamentais (Liceus Cuiabano e Campograndense) e Escolas Normais públicas, segundo tabela fixada neste período, no ano de 1936 (Lei nº 49, de 10 de outubro de 1936)129. Estabelecia ainda o Decreto nº 138 que

“(...) Não poderão ser matriculados no Liceu Cuiabano, no presente ano letivo, os alunos que não estiverem quites com o pagamento de suas mensalidades referentes ao ano letivo passado próximo.”130

Logo, além das dificuldades já apresentadas ao aluno que concluísse o ensino primário, certamente os custos elevados para sua manutenção em escolas secundárias públicas — fato que se deveria agravar quando consideradas as entidades particulares — não facilitavam nem o ingresso nem a permanência de expressivo contigente populacional nesses estabelecimentos. Tal fato, aliás, era de conhecimento do próprio poder público, uma vez que medidas paliativas tentaram minorar o problema, como o Decreto-Lei nº 254, de 15 de março de 1939, que dispensava das taxas de matrícula e freqüência os filhos de operários pobres, nos estabelecimentos de ensino secundário fundamental e complementar, mantidos pelo Estado. Essa medida beneficiava, com certeza, um número reduzido de alunos oriundos dessas famílias, já que a grande maioria não ultrapassava sequer os umbrais da escola primária.

4.2. Matrículas registradas

Outro aspecto que pode confirmar as inferências acima levantadas é o contingente de matrículas nesse grau de ensino.

Pode-se observar, pela Tabela 1.10., o crescimento relativo das matrículas nos ensinos secundário, comercial e normal (pedagógico). Em relação ao período em questão, destacaram-se os anos de 1935 e 1942, com uma variação no número de matrículas da ordem de 31,8% e 23,1% em relação aos anos anteriores (1933 e 1937, respectivamente). Um crescimento significativo no número absoluto de matrículas, se comparado, por

129 Considerando a data de sua aprovação, esta Lei entrou em vigor durante o período de funcionamento da Assembléia Legislativa Estadual, na gestão de Mário Corrêa da Costa, que permaneceu à frente do executivo estadual de 7 de setembro de 1935 a 8 de março de 1937.

130 MATO GROSSO. Assembléia Legislativa de Mato Grosso. Cópia da legislação referente ao ano de 1938,

exemplo, às matrículas no ensino primário, que alcançaram uma variação média de 6,7% no seu período de maior incremento, entre 1935 e 1936 (Tabela 1.7.).

Tabela 1.10. - Matrícula geral - Ensinos secundário, normal e comercial - Mato Grosso - 1930 a 1945

Categorias do ensino 1933 1935 1936 1937 1942131 Ensino secundário... 757 943 1.114 1.248 2.206 Ensino comercial... 150 302 232 313 376 Ensino pedagógico (1)... 409 490 486 537 0 TOTAL... 1.316 1.735 1832 2.098 2.582 Crescimento (%)... -- 31,8 5,6 14,5 23,1 (1) Escola normal.

Fontes: IBGE, 1940: 821; IBGE, 1936: 329; IBGE, 1947: 425.

Quando comparados os alunos matriculados no ensino primário, por um lado; e secundário, normal e comercial, de outro, em termos de volume total, uma outra tendência evidencia-se pelo exame dos dados. Uma vez colocadas lado a lado, as matrículas nos ensinos secundário, normal e comercial cresceram em todos estes anos, quando comparadas às inscrições no ensino primário, como dito anteriormente. O montante de alunos matriculados nas escolas secundárias, normal e comercial, entrementes, não conseguiu ultrapassar a marca de 10,0% do total de inscritos no ensino primário (Tabela 1.7.), a não ser em 1942, ou seja, ao final dessa etapa de 15 anos.

Considerando que o número de escolas públicas não aumentou nesse período, a não ser em 1937, e dadas as dificuldades de acesso a esse grau de ensino, algumas já apontadas, pode-se supor que tenha sido a escola particular a maior beneficiária do incremento no corpo discente das escolas secundárias, normais e comerciais. Neste sentido, é interessante o exame do crescimento dos cursos132 desse grau de ensino no estado (Gráfico 1.1.), a partir de 1935.

131 As matrículas no ensino pedagógico já refletiam sua incorporação ao curso secundário, em vigor para o ano letivo de 1938.

132 Enquanto os estabelecimentos de ensino, para efeitos de estatística educacional, eram as organizações ou escolas propriamente ditas em que se podiam oferecer um ou mais cursos, inclusive de distintas modalidades; as unidades escolares indicavam estes cursos, tomados de forma isolada. Só foi possível reconstituir a série histórica do número de unidades escolares. Cf. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Anuário

Quando visto em termos de cursos oferecidos, nota-se que o ensino secundário cresceu significativamente a partir de 1937, ano em que também o ensino comercial foi incrementado no Estado. Em termos de escola pública, colaborou, para tanto, a encampação do Ginásio Maria Leite, em Corumbá, por exemplo. Este fato, contudo, não justificaria um aumento da ordem de 64,3% no montante de unidades escolares de ensino secundário em Mato Grosso, de 1937 a 1942 (de 14 para 23 unidades).

Fontes; IBGE, 1940: 799.; IBGE, 1947: 423.

Isto só poderia ter-se dado com a presença do ensino particular na esfera do secundário, muito embora fatores adversos naquele momento, como as dificuldades advindas com a Segunda Grande Guerra, podem ter agido como um freio para uma expansão ainda mais significativa. Além disso, apesar do crescimento verificado para o ensino secundário, o ensino comercial diminuiu o número de suas unidades escolares entre 1937 e 1942 (de 9 para 7).

O ensino normal também não passou por esse tipo de curva ascendente, uma vez que deixou de funcionar enquanto curso independente, em 1942. Durante o período que se estendeu até 1937, permaneceu com o mesmo número de cursos. São interessantes, neste sentido, as observações sobre o perfil dos alunos da escola normal, reafirmado várias vezes pelos ocupantes de cargos públicos naqueles anos:

Gráfico 1.1. - Crescimento do número de unidades escolares secundárias, normais e comerciais - Mato Grosso - 1935 a 1942

23 7 11 11 14 0 3 3 3 8 8 9 0 5 10 15 20 25 1935 1936 1937 1942 Ano

Número de unidades escolares

Ensino secundário Ensino normal Ensino comercial

“[Os] (...) alumnos nella matriculados [são] [...] em sua quasi totalidade do sexo feminino. É notavel em nosso Estado esse abandono da carreira do magisterio, por parte dos rapazes. Ou seja porque considerem mais brilhantes as carreiras abertas pelo ensino superior, ou porque reputem menos compensadores os resultados materiaes que o nobre sacerdocio do magisterio offerece, o facto é que em 1930 só um alumno do sexo masculino se matriculou na 1º anno da nossa Escola Normal.”133

Assim, com uma procura menor desse tipo de curso pela população masculina, pode-se entender o porquê da permanência de um mesmo número de cursos durante todos esses anos. A posterior anexação da escola normal ao ensino secundário, a partir de 1938/39, como curso de especialização de professores, veio agravar ainda mais este quadro, tornando mais difícil a formação desses profissionais. Segundo registros dos Relatórios de 1940 e 1942 do interventor Júlio Strübing Müller, em 1939, apenas 3 alunos se haviam matriculado nesse curso em Cuiabá; enquanto 4 alunos se matricularam em 1941134.

Sobre esta questão, é interessante notar ainda que, embora a própria interventoria constatasse a falta de professores em Mato Grosso, principalmente nas zonas rurais135, tenha feito a seguinte consideração, ao justificar as transformações sofridas pelo curso normal, quando deixou de ser uma modalidade de ensino independente, em 1942, e passou a exigir um curso complementar, de 2 anos, a título de especialização:

“Considerando que o grande número de normalistas diplomadas, [é] suficiente para as necessidades do nosso ensino primário [isto] permite a exigência de um curso mais longo e mais profundo para os futuros candidatos ao magistério (...).” (Os grifos são nossos.)136

133 MATO GROSSO. Mensagem apresentada á Assembléa Legislativa e lida na abertura da 1.ª Sessão

Ordinaria de sua 15.ª legislatura. Cuyabá: Typ. Official, 1930. p. 45-46. NDHIR-UFMT

134 MATO GROSSO. Relatório apresentado ao Exmo. Sr. Dr. Getúlio Vargas — Presidente da República

pelo Bel. Julio Strübing Müller — Interventor Federal em Mato Grosso. Cuiabá: Imp. Oficial, 1940. p. 14.;

MATO GROSSO. Relatório apresentado ao Sr. Dr. Getúlio Vargas pelo Bel. Julio Strübing Müller, no

período de 1941 a 1942. Cuiabá: Imp. Oficial, 1942. p. 19. Não é objetivo deste trabalho uma exposição

minuciosa sobre as modificações do ensino normal em Mato Grosso. Pode-se constatar, contudo, pelos dados disponíveis, que os alunos remanescentes da antiga Escola Normal, no município de Cuiabá, em 1939, em número de 226, estavam cursando a Seção Normal daquela escola, que era a “(...) remanescente da antiga Escola Normal”. Dada a pequena matrícula registrada no curso de especialização de professores nos anos seguintes, infere-se que após a encampação de 1938/39, os novos alunos e futuros candidatos ao magistério primário, tanto em Cuiabá como em Campo Grande, acabaram por terminar seus estudos na escola secundária, não optando posteriormente pela escola especializada de professores, que se seguiria ao secundário. APE-MT

135 MATO GROSSO. Relatório apresentado ao Sr. Dr. Getúlio Vargas pelo Bel. Julio Strübing Müller, no

período de 1941 a 1942. Cuiabá: Imp. Oficial, 1942. p. 14. APE-MT

Como será demonstrado no próximo item deste capítulo, este mesmo problema da falta de professores continuou a se apresentar em anos posteriores, quando outras propostas foram examinadas para minorar a situação.