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o retoro dos

No documento Revista Múltipla (páginas 84-86)

GIGANTES

GIGANTES

A banda californiana, que nasceu em 1984, contou com oito formações diferentes e, depois de fazer um imenso sucesso nas décadas de 1980 e 1990, sofreu as desventu- ras que a fama traz. Aos poucos, o Guns N’ Roses perdeu alguns de seus principais integrantes, como o guitarrista Slash, que deixou a banda alegando desentendimen- tos com o vocalista Axl Rose. Conflitos internos fizeram com que o grupo fosse se desintegrando e passando por crises, o que diminuiu o número das apresentações e as chances de músicas inéditas. Em 1997 começam as gravações do novo álbum da banda, intitulado Chinese Democracy. O trabalho levou onze anos para chegar até ao público. A turnê mundial do Guns con- tinua em andamento, levando os clássicos da banda e os sons de Chinese Democracy aos quatro cantos do planeta.

Em março deste ano, a banda fez sua passagem pelo Brasil. Com uma nova for- mação e após anos de espera dos fãs, o Guns N’ Roses realizou shows em vários estados, incluindo em sua rota o Minei- rinho, que recebeu cerca de 15 mil pessoas para a apresentação. Na multidão estava Adriana, que confessa ter esperado ansi- osamente pelo evento. “A minha intensa paixão por eles, sem nunca poder ter vis- to um show pessoalmente, foi o que me mais me motivou a ir assisti-los. Além, é claro, de poder ouvir aquela voz fantástica e também os riffs de guitarra históricos”, comenta a estudante. Por sua vez, sem a mesma empolgação de quando era adoles-

cente, Cibeles conta que não presenciou o tão esperado espetáculo dos caras: “Não tive vontade de ir ao show pois, na ver- dade, nem fiquei sabendo do ocorrido”.

O gosto pelas mesmas músicas e a ve- neração pela mesma banda é o ponto em comum entre as duas mineiras. A difer- ença é a época em que o grupo entrou na vida de cada uma delas. A pedagoga con- heceu o Guns em 1989, quando a banda tinha apenas cinco anos de estrada, mas já eram tidos como rock stars. “A música era boa, extravasava as emoções contidas, e os clips eram muito bem produzidos. Tudo isso junto causava uma adrenalina na galera”, relembra. Passados 12 anos, em 2001, Adriana foi apresentada ao hard rock comandado por Axl Rose. Nesse período o grupo estava parado, a ponto de anun- ciar um fim a qualquer momento. Foram várias “idas e vindas” até o lançamento do disco de inéditas.

A estudante, que assistiu à banda em Belo Horizonte, acredita que o retorno pode ter ocorrido mais como uma ten- tativa de ganhar dinheiro: “Eles sabem que os fãs fiéis estarão lá, independente- mente da decadência. Mas acho também que anos de convivência desgastam o re- lacionamento e a banda acaba optando por dar um tempo. Passado o intervalo, o grupo resolve tentar novamente. Mas nem um bom tempo foi suficiente para reatar a relação entre eles”. O músico e publi- citário Otávio Andrade, 28 anos, concorda com a opinião de Adriana, dizendo que “a

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intenção [de voltar] é válida apenas para manter o saudosismo dos fãs e aumentar a conta bancária dos integrantes. O que já foi, já foi”. E ainda completa: “gosto muito da banda, mas eu só iria num show deles com essa nova formação caso me fosse o- ferecido gratuitamente um ingresso”. Outros retornos

Outros retornos

Não foi só o Guns N’ Roses que incluiu a capital mineira na tentativa de voltar à ativa. A banda irlandesa The Cranber- ries também marcou presença em BH na sua turnê de retorno. Assim como o Guns, o Cranberries teve o seu auge de sucesso na década de 1990. Em 2003, os músicos resolveram dar um tempo e concentrar at- enções na carreira solo de cada um. Sem CD novo, mas com muito ânimo e empol- gação, os roqueiros que apresentam um estilo mais alternativo do ritmo surpreen- deram os fãs pela performance em palco. Com sua voz potente, a vocalista Dolores O’Riordan emocionou o público relem- brando vários singles, entre eles “Ode to my family”, “Zombie”, “Dreams” e “Ani- mal Instinct”.

A estudante de odontologia Ana Paula Vilar, 23 anos, fez parte da plateia que as- sistiu a Dolores e companhia. Mesmo não sendo fã de carteirinha, ela conta que fi- cou emocionada ao assisti-los e acredita que a chance de ir ao show pode ter sido única. “Fui vê-los pelo fato de a banda nunca ter vindo ao Brasil, pelo menos não que eu me lembre ou que eu pudesse ir. E, principalmente, por não saber se terei uma nova oportunidade, já que eles po- dem decidir pelo encerramento do grupo a qualquer momento”, observa.

Outra banda que ressurgiu e passou por terras latinas, dessa vez no ano passado,

foi o Faith No More. Separados desde 1998, o grupo estourou em 1989 com o hit “Epic”, que esteve presente na parada de clips da MTV Brasil por vários anos consecutivos. As composições e estilo da banda foram influência para tantas outras como, por exemplo, o Red Hot Chili Peppers, outros que andam sumidos dos palcos. A inicia- tiva de reunião do Faith No More surgiu em janeiro de 2009, inicialmente como uma turnê somente pela Europa, mas logo veio a notícia de shows pela América do Sul. A notícia agradou os fãs, que estavam há 17 anos esperando por uma nova ap- resentação de Mike

Patton e sua trupe. Mesmo sem de- clarar encerramento, os integrantes do AC/DC, Aerosmith, Metallica, Placebo, entre outros, tam- bém ficaram algum tempo sem fazer turnês mundiais e sem lançar material

inédito. O AC/DC veio ao Brasil no ano passado e se apresentou para um público de 70 mil pessoas no estádio do Morumbi, em São Paulo. Já o Metallica decepcionou muitos fãs, quando cancelou a tão esper- ada turnê de 2003 que passaria pelo país. A justificativa dada foi a de que os integran- tes estavam em uma fase de esgotamento físico e mental. Mas em 2010 eles vieram e lotaram os estádios de Porto Alegre e São Paulo, onde se apresentaram. Os últimos a fazerem a alegria dos fãs foram os caras do Aerosmith. Com mais de 40 anos de banda, Steven Tyler, Joe Perry, Brad Whit- ford, Tom Hamilton e Joey Kramer volta- ram à ativa após rumores sobre a saída do

C u L T u R A

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