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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO

9 CONCLUSÕES 275 REFERÊNCIAS

1.1.2 Objetivos Específicos

 Identificar as da economia criativa ações governamentais federais no campo ocorridas no período de 2011 a 2014;  Conhecer a trajetória da organização estudada;

 Analisar econômica e financeiramente a organização;

 Conhecer como se manifestam os traços isonômicos e fenonômicos na organização;

 Analisar as dimensões de tecnologia, tamanho, espaço e tempo ao longo da trajetória da organização;

 Analisar as alterações observadas nas dimensões da organização estudada e suas relações com a aproximação com a lógica do mercado.

1.2 JUSTIFICATIVA

Conforme já destacado na introdução, a temática referente à economia criativa é relativamente nova, tendo o seu início referenciado ao ano de 1994, na Austrália, sendo que o seu campo ainda se encontra em estruturação, necessitando de estudos na área que venham a auxiliar na consolidação do seu arcabouço e que permitam uma melhor compreensão da dinâmica das organizações que dela fazem parte.

Há de se considerar ainda uma carência de estudos organizacionais a respeito de organizações da área da cultura, apesar dos esforços que têm sido empreendido por alguns pesquisadores, como aqueles ligados aos Observatórios da Realidade Organizacional, no Brasil. Além disso, é relevante buscar pela ampliação de outras possibilidades de pesquisa que não aquelas tradicionais nos estudos organizacionais, pois estas muitas vezes desconsideram as características e as dinâmicas únicas das indústrias culturais. Como resultado, as dinâmicas da produção cultural acabam permanecendo, em grande parte, sem serem investigadas (JEFFCUTT, 2000; CUNNINGHAM, 2002; LAWRENCE; PHILLIPS, 2002, 2009; HESMONDHALGH, 2008; BENDASSOLLI ET. AL., 2009; MIGUEZ, 2009, MACHADO, 2009; BRASIL, 2012).

Nesse sentido, esse estudo pretende auxiliar no preenchimento dessa lacuna, oferecendo a possibilidade de se ampliar a compreensão acerca dessas organizações, a partir da análise de algumas de suas principais dimensões, conforme proposto por Ramos (1981), ou seja, tecnologia, tamanho espaço e tempo.

Os estudos conduzidos acerca da proposta de Guerreiro Ramos do Paradigma Paraeconômico e das organizações isonômicas e fenonômicas predominantemente não têm abordado de maneira específica a Lei dos Requisitos Adequados, a qual, quando citada, é de maneira indireta, conforme levantamento realizado, envolvendo os trabalhos existentes nos portais Capes, Scielo, Domínio Público, Anpad e Google Acadêmico.

A compreensão dessas dimensões e de seus movimentos, a partir de uma aproximação com o mercado, possibilitam um melhor entendimento acerca dessas organizações, especificamente sobre aspectos básicos que as caracterizam e que influenciam diretamente no seu funcionamento e manutenção. A expectativa é a de obter subsídios que possam auxiliar na superação da inexistência de uma teoria articulada sobre administração, que possam beneficiar especificamente essas organizações (SUMMERTON; KAY; HUTCHINS, 2006).

A articulação dessa teoria e a preocupação com a manutenção dessas organizações é algo que também se mostra relevante em face da importância dessas atividades no Brasil, bem como no que se refere às disparidades e desigualdades que marcam as condições trabalhistas nesses setores (LOACKER, 2013).

Sobre isso, O MinC (2016) aponta que as relações trabalhistas no setor cultural é uma agenda importante a ser considerada, pois 43% dos trabalhadores da cultura atuam na informalidade, decorrentes da

sazonalidade de algumas atividades, como os espetáculos, além do fato de muitos trabalhadores serem autônomos (BRASIL, 2016; FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS, 2015).

As atividades culturais no Brasil são responsáveis por aproximadamente 6% do PIB (MINISTÉRIO DA CULTURA, 2015), sendo que em 2010 as atividades culturais (indústria, comércio e serviços) reuniam 239,2 mil empresas, ocupando 1,7 milhão de pessoas, com sete pessoas ocupadas por empresa em média, gerando R$ 374,8 bilhões de receita líquida e R$152,9 bilhões de valor adicionado (IBGE, 2013).

Ainda conforme o IBGE (2015), dos 19 tipos de grupos artísticos pesquisados nos municípios brasileiros, de acordo com o Munic de 2014, os de artesanato estavam presentes em 78,6% das cidades, os de manifestações tradicionais populares, em 71,9%, os de dança, em 68,5%, banda, em 68,4%, capoeira, em 61,7%, grupos musicais, em 54,6%, corais, em 50,4%, blocos carnavalescos, em 46,9% e os de teatro, em 43,4%. Isso denota um número expressivo de atividades cujas características se afastam das práticas formais de mercado, que envolvem a pura comercialização de mercadorias.

Portanto, a ampliação do conhecimento acerca dessas organizações e das suas relações com o mercado é importante para o desenvolvimento de práticas e ações que auxiliem na sua manutenção, sem, contudo, desconsiderar e interferir nos seus princípios norteadores. Isso ampliaria as possibilidades para que essas organizações se tornem geradoras de trabalho e renda, proporcionando um desenvolvimento socioeconômico sustentável, com respeito à diversidade cultural e à inclusão social através da inovação, sem a necessidade de mudança de seus pressupostos.

Outra questão relevante no estudo diz respeito ao que está subjacente à economia criativa, já que esta surge como algo dado e certo para o desenvolvimento, take for granted, uma prática discursiva que vai rapidamente ganhando espaço ao redor do mundo, exigindo que se efetue ponderações acerca do conceito, de forma a revelar as nuances de tal abordagem, desvelando suas reais intenções e consequências ao se reaproximarem cultura e economia, considerando-se o fato de que a economia formal dá sinais de esgotamento (GARNHAM, 2005; GIBSON; KONG, 2005; BOLAÑO, 2011; ALVES, 2012).

Alguns autores, por exemplo, chamam a atenção para o fato de que a economia criativa surge como um projeto neoliberal (GARNHAM, 2005; FLEW; CUNNINGHAM, 2010). Gibson e Kong (2005) nesse sentido alertam que à espreita, por trás da economização da

cultura, se escondem políticas potencialmente perigosas, já que a diversidade cultural, a homossexualidade e a tolerância à diferença, por exemplo, se tornarão aceitáveis somente quando forem enquadradas em termos de benefícios econômicos, como é evidente quando se faz uso de índices criativos para ilustrar o discurso acerca da economia criativa.

Essas organizações, no entanto, por estarem inseridas em um sistema social cujo enclave dominante é o econômico e em que o gerencialismo prevalece como visão paradigmática de gestão, sofrem com o assédio que lhes é imposto no seu dia a dia. Esse assédio se dá porque a sociedade, sob essa lógica, se baseia na perspectiva de que somente a partir do emprego de técnicas gerencialistas é que se torna possível administrar organizações, e de que estas, por sua vez, devem se adequar a essa perspectiva, aceitando o mercado e suas características como único meio capaz de prover os subsídios e recursos necessários para a sua sobrevivência. Isso ocorre porque o gerencialismo exerce atualmente, de forma simultânea, um fascínio e uma dominação sobre a sociedade, sendo visto como a solução, se não para todos, para a grande maioria das atividades desenvolvidas dentro de uma sociedade (PARKER, 2002).

Em síntese, o gerencialismo com a sua expansão e aplicabilidade em todas as áreas da vida humana é limitante e perigoso, já que passa a ser utilizado como uma forma de pensamento e de atuação que justifica uma série de desigualdades. Ao se admitir o emprego das práticas gerenciais em todos os espaços da vida humana, estão se abrindo lacunas para que a sociedade civil e política, e mesmo a vida privada, sejam internalizadas por sistemas corporativos, passando de uma sociedade política para uma sociedade organizacional, a qual é entendida com uma sociedade de gestão sistêmica e tecnocrática, que legitima a identidade individual em detrimento da identidade política universalista (DUPAS, 2003). Surge a ilusão de que é possível controlar tudo, desde um processo físico, um comportamento biológico a uma ação social. Em suma, ao se enaltecer e privilegiar o desempenho individual, que é um dos dogmas do gerencialismo, promove-se e reforça-se a desagregação do coletivo, reduzindo a sociedade ao âmbito dos atores privados, do individualismo e da volatilização da solidariedade (PARKER, 2002; DUPAS, 2003).

Cabe ainda ressaltar que estudos dessa natureza buscam auxiliar no surgimento de uma consciência coletiva crítica no Brasil, a qual é reflexo de uma nova forma de se avaliar e compreender os fatos, e que revela um imperativo de se ultrapassar o plano de existência bruta e de se passar a adotar uma conduta caracterizada como significativa,

fundada de alguma forma na percepção dos limites e possibilidades de seu contexto e, sobretudo, orientada para fins que não signifiquem simplesmente uma mera sobrevivência vegetativa. A consciência crítica possui a capacidade de instaurar uma aptidão autodeterminativa que distingue as pessoas das coisas (RAMOS, 1965).

2 ORGANIZAÇÕES DA ÁREA DA CULTURA

Ao se tratar de organizações da área da cultura, um primeiro aspecto que surge é o de tentar caracterizar essas organizações, considerando-se que existe uma profusão de tipos possíveis, devido à abrangência da área cultural.

As dificuldades iniciam a partir da própria definição de cultura. O seu emprego se dá com diferentes significados, sendo utilizado hoje em dia em diversos sensos, porém sem um significado central tangível, ou ainda, que seja de comum acordo. O seu uso se dá abarcando os mais variados fenômenos. No âmbito acadêmico, por exemplo, a cultura se relaciona de uma forma ou outra a conceitos e ideias empregados tanto nas ciências sociais como humanas, porém é frequentemente utilizada sem uma definição precisa e em direções que diferem tanto dentro como entre diferentes disciplinas (LARAIA, 2001; THROSBY, 2003; KNOPP et al., 2010).

O termo cultura pode ser utilizado em alguns casos considerando as artes, a dança, o cinema, o teatro, ou seja, envolvendo as diversas expressões artísticas de uma sociedade. Pode ser relacionado à educação formal (escolar), sendo utilizado, ainda, como um juízo de valor, de quem tem ou não formação educacional, denotando ingenuidade ou elitismo (KNOPP et al., 2010).

A falta de unificação do conceito traz consigo algumas consequências para o campo das organizações culturais, pois, conforme Thiry-Cherques (2001), somente a partir de um acordo que condensasse os referentes do conceito de cultura é que se podem tornar operacionais as políticas culturais. Isso porque, a partir desse conceito, seria possível definir, entre outros aspectos, as regras que regerão a inclusão e exclusão das diferentes áreas no setor cultural, a partilha de recursos, a forma como se irá efetuar a medição e avaliação do setor, bem como quais, quando e onde devem ser realizadas as intervenções que eventualmente sejam necessárias, por parte da administração pública (GALLOWAY; DUNLOP, 2007; BOTELHO, 2001).

Diante dessas questões, uma das principais definições que passou a ser utilizada pelas instituições governamentais é aquela empregada pela UNESCO na Declaração Universal Sobre a Diversidade Cultural. Conforme a UNESCO (2002, p. 2), a cultura é considerada “o conjunto dos traços distintivos espirituais e materiais, intelectuais e afetivos que caracterizam uma sociedade ou um grupo social e que abrange, além das

artes e das letras, os modos de vida, as maneiras de viver juntos, os sistemas de valores, as tradições e as crenças”.

Alguns autores optam por empregar definições mais detalhadas, como Botelho (2001), que conceitua a cultura considerando duas dimensões, uma antropológica e outra sociológica. Na dimensão antropológica a cultura se dá através da interação dos indivíduos, os quais organizam suas formas de pensar e sentir, construindo os seus valores, manejando suas identidades e diferenças, e estabelecendo as suas rotinas. Isso gera um conjunto de atitudes, crenças, costumes e práticas que são comuns para o grupo, ou ainda compartilhadas por estes (BOTELHO, 2001; THROSBY, 2003).

Os indivíduos dessa forma constroem em seu entorno, conforme determinações de tipos diversos, pequenos mundos de sentido, os quais lhes proporcionam uma relativa estabilidade. Os fatores envolvidos nessa construção podem ser resultantes de questões relacionadas às suas origens regionais, interesses profissionais ou econômicos, esportivos ou culturais, de sexo, de origens étnicas, de geração etc. Na construção desses pequenos mundos, a interação dos indivíduos é um dado fundamental e a sociabilidade é vista como um dado básico. Neste sentido a cultura pode ser vista como tudo aquilo que é elaborado e produzido pelo ser humano de forma simbólica e material (BOTELHO, 2001).

Essa construção pode resultar em características que façam com que o grupo seja definido em termos de política, geografia, religião, etnia ou alguma outra característica, o que torna possível se referir, por exemplo, à cultura mexicana, cultura basca, cultura judia, cultura asiática, cultura feminista, cultura corporativa, cultura jovem, entre outras. Essas características que definem o grupo podem ainda ser substanciadas na forma de signos, símbolos, textos, linguagem, artefatos, tradição oral, escrita ou por outras formas. Uma das funções dessas manifestações da cultura dos grupos é o de estabelecer, ou, por último, contribuir para estabelecer, distintivas identidades entre eles, de forma que os membros desses grupos possam se diferenciar dos membros de outros grupos (THROSBY, 2003).

Já a dimensão sociológica não é constituída através do cotidiano dos indivíduos, ela é resultado de uma produção elaborada, especializada, seu objetivo é o de revelar e construir determinados sentidos e atingir um público específico, fazendo uso de certos meios específicos de expressão. Para a concretização desse intento, faz-se necessário o emprego de um conjunto de fatores que possibilitem ao indivíduo o desenvolvimento e o aperfeiçoamento de seus talentos como

também a disponibilidade de canais, que lhe propicie a oportunidade de expressá-los (BOTELHO, 2001).

Em síntese, a perspectiva sociológica se refere a um contexto caracterizado pela existência de um conjunto diversificado de demandas profissionais, institucionais, políticas e econômicas, que acaba por lhe proporcionar visibilidade própria. Ela faz parte de um universo que gere e interfere em um circuito organizacional, sendo que a sua complexidade faz com que geralmente o foco das políticas culturais seja direcionado para ela, ficando o plano antropológico relegado simplesmente ao discurso (BOTELHO, 2001).

Apesar dessa categorização aparentemente facilitar a identificação das organizações culturais, a partir da premissa de que podemos considerar dois tipos de organizações, aquelas engastadas na perspectiva antropológica e aquelas que fazem parte do universo abordado pela dimensão sociológica, outras dificuldades surgem, como o fato de o campo cultural encerrar em si uma diversidade de organizações dos mais variados setores. Tome-se como exemplo a classificação empregada no Munic (Pesquisa de Informações Básicas Municipais) para as atividades artísticas e que foi apresentada pelo IBGE no Perfil dos Estados e dos Municípios Brasileiros, no Suplemento de Cultura de 2014 (IBGE, 2015):

Quadro 1 – Atividades artísticas Munic

Tipo de atividade artística  Artesanato  Manifestação tradicional popular  Dança  Banda  Capoeira  Grupo musical  Coral  Bloco carnavalesco  Artes plásticas e visuais  Arte digital  Escola de samba  Moda  Associação literária  Circo  Teatro  Orquestra  Cineclube  Gastronomia  Design Fonte: IBGE (2015).

Como se pode observar, as organizações culturais transitam por diferentes setores. Podem ser empresas privadas de grande capital, com relações de compra e venda de mão de obra, voltadas a grandes públicos, ou médias e pequenas organizações, que articulam relações mistas assalariadas e cooperativadas, ou, ainda, cooperativas puras, caracterizadas como amadoras. As organizações culturais envolvem um amplo leque de práticas, pode se referir a um pintor, um músico solista

ou ainda um membro de uma companhia de teatro, todos dentro de diferentes áreas profissionais, com suas próprias histórias para contar, necessitando de tipos específicos de consciência, profissionalismo, atenção pública, equipamentos de financiamento e muitos outros recursos (CARREIRA, 2002; BENDIXEN, 2010).

Com base então nas peculiaridades do setor cultural e nas dificuldades delas decorrentes para uma caracterização abrangente dessas organizações, buscou-se elencar e descrever algumas das características passíveis de serem observadas nessas organizações, considerando-se os cenários sociais de atuação, a ocupação, o trabalho e a gestão dessas organizações. Essas características, no entanto, não podem ser consideradas como definitivas, como as únicas possibilidades ou, ainda, como a totalidade de possibilidades. Elas somente traduzem a visão e a abordagem adotada pelos autores reunidos neste trabalho.

2.1 ORGANIZAÇÕES CULTURAIS E OS DIFERENTES CENÁRIOS SOCIAIS

As organizações culturais podem atuar em diferentes cenários sociais, o que pressupõe a necessidade do emprego de um modelo paradigmático capaz de captar as diferenças e nuances existentes entre eles para caracterizá-las, evitando-se assim o risco de ser influenciado por uma única perspectiva, centrada no mercado, que desconsidera outras experiências sociais e que tem sido central nos estudos organizacionais (RAMOS, 1981; SANTOS 2002).

Para tanto, uma das possibilidades é fazer uso do paradigma paraeconômico e das respectivas delimitações dos sistemas sociais propostos de Guerreiro Ramos (1981), os quais revelam a intenção do autor de ir em direção a uma perspectiva em que se possa superar a unidimensionalização que tem prevalecido na sociedade, decorrência do fato de que a economia de mercado passou a ser central na ordenação da vida das pessoas.

Considerando-se as categorias delimitadoras do paradigma paraeconômico e seus enclaves, ou seja, anomia, horda, economia, isonomias, fenonomias e isolado, pode-se inferir que as organizações culturais podem variar entre aquelas cujas características estão associadas à economia, isonomia e fenonomia. A desconsideração da anomia e da horda se dá em virtude de elas se caracterizarem por serem espaços sociais em que predomina a ausência de normas, o que, de acordo com Ramos (1981), dificulta ou impede a ocorrência e consecução de qualquer trabalho, pois para que isso ocorra é necessária

a observância de normas operacionais mínimas. Já no caso do isolado, a sua perspectiva é a preocupação com normas que para ele são únicas, particularíssimas, ou seja, ele se opõe aos sistemas sociais em conjunto, pois considera o mundo social, de maneira ampla, como sendo inteiramente incontrolável e sem remédio. O isolado vive “de acordo com seu peculiar e rígido sistema de crença” (RAMOS, 1981, p. 153).

Dessa forma, ao se tratar de organizações, considerando-se que necessitam de um mínimo de normas, os enclaves de anomia, horda e isolado não constituem espaços a serem considerados para a definição de organizações culturais.

2.2 OCUPAÇÃO E TRABALHO EM ORGANIZAÇÕES