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4.1. Atividades desenvolvidas na escola B e seus desdobramentos

4.1.4. Oficina de fotografia

A proposta desta oficina surgiu da discussão com a professora da Arte e professor de Química da percepção de quão presente as imagens estão na vida dos

jovens conforme o celular se popularizou e ganhou seu cotidiano, juntamente com os sites de redes sociais (MANTELLATO, 2011). Levando-se em consideração que a temática deste trabalho se refere a bens culturais, os objetivos da oficina, além de trabalhar a fotografia como documentação científica e histórica, foram: evidenciar através de imagens aspectos do bairro, que muitas vezes passavam despercebidos pelos estudantes, principalmente no que diz respeito ao que pode/ poderá ser considerado patrimônio histórico local; estimular os estudantes a terem um olhar diferente sobre o bairro onde moram; e ao mesmo tempo, perceber através dos seus olhares, das suas fotografias, a compreensão da temática.

No período de aproximadamente 3 semanas antecedentes à realização da oficina, os estudantes foram orientados a fotografar objetos pessoais ou do bairro/ município/ estado que consideravam importante preservar para outras gerações. Conforme sugestão dos estudantes, as imagens foram enviadas para um grupo criado pelo representante de turma e pelo professor de Química, utilizando o aplicativo whatsapp, que permite troca de mensagens e arquivos multimídia. Um ou outro estudante relatou não ter perfil nesse aplicativo, mas nestes casos combinou- se que outro colega enviaria a fotografia por ele.

A oficina baseou-se na realização do processo de reprodução de imagens denominado Cianotipia, tendo como referência o vídeo do site Manual do mundo29. Os materiais utilizados foram citrato férrico amoniacal, ferricianeto de potássio, transparência para retroprojetor (papel poliéster), papel aquarela (gramatura a partir de 180 g/m2) na cor branca e formato A4, placas de vidro, placas de acrílico, placas de madeira, trincha e bandejas de plástico. As soluções de citrato férrico amoniacal e ferricianeto de potássio foram preparadas previamente por mim.

A Cianotipia assemelha-se a alguns antigos processos de preparação de papel fotográfico por basear-se no mesmo princípio – sais férricos unicamente sensíveis aos raios ultravioleta (UV) e por revelar imagens na cor azul (CAMPOS, 2007). É um processo (ou técnica) artesanal de reprodução de imagens utilizado durante o séc. XIX na produção de fotogramas, cópia de documentos e reprodução de planos e fórmulas matemáticas. Segundo Gorri e Eichler (2012), a cianotipia contribuiu no estudo e na caracterização morfológica no campo da botânica, resultando na elaboração do primeiro livro fotográfico “Photographs of Britsh Algae:

29

COMO fazer tinta fotográfica. Manual do Mundo. [s. d.]. Disponível em:

Cyanotype Impressions” (1843) pela botânica e fotógrafa britânica Anna Atkins

(1799–1871). Nos dias atuais a cianotipia é encontrada em museus e expressa nas obras de artistas contemporâneos, a exemplo da exposição no Museu Histórico de Londrina30.É uma técnica antiga e Gorri e Eichler (2012) já a utilizaram no ensino de química para promover a integração entre química e arte, bem como Reis e Arend (2015).

Para realização da atividade havia a necessidade de um ambiente inicialmente escuro (sem incidência de radiação ultravioleta), e próximo de água (de um tanque ou mangueira). Este espaço foi improvisado no refeitório, onde também são realizadas atividades de educação física, utilizando toldos para isolar a área (Figura 7). O professor de Química e eu realizamos a oficina com os estudantes.

Figura 7. Ambiente de realização da oficina de fotografia. Fonte: Acervo da pesquisadora.

Durante a oficina, foi discutida a fotografia como documento histórico, de memória, como bem cultural, pois de acordo com Soares (2008),

A fotografia permite a conservação visual do passado, garantindo a posteridade, desencadeando recordações e possibilitando diferentes interpretações e discordâncias em relação ao seu valor documental. O registro fotográfico ganha autonomia por representar instantaneamente em termos imagéticos a existência real do referente (objeto ou realidade material representada), o que nos permite afirmar que a fotografia,

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MUSEU abre exposição com técnica de impressão fotográfica. Massa News. 19 abril 2016. Disponível em: <http://massanews.com/entretenimento/cultura/museu-abre-exposicao-com-tecnica- de-impressao-fotografica.html> e <https://www.youtube.com/watch?v=Us52BP3BoXQ> Acesso em 02/10/2016.

submetida a análises, constitui uma categoria documental (SOARES, 2008, p.41).

Inicialmente foram lançadas algumas questões aos estudantes, norteadoras para a oficina: Por que e para que fotografar? Quais eram os objetivos da obtenção de imagens? Como a imagem era obtida nos primeiros processos fotográficos? Qual a relação do processo fotográfico com o estudo dos bens culturais?

Sobre os objetivos da obtenção de imagens, por que e para que fotografar, nas respostas dos estudantes apareceu a relação entre fotografia e redes sociais, entre outras motivações, como “registrar um momento”, “ostentar”, “porque eu

gosto”. Não é de se estranhar esta relação, já que as redes sociais possuem

enquanto principais usuários a geração net (TAPSCOTT, 2010), formada por jovens e crianças que já nasceram e estão crescendo imersos numa sociedade cada vez mais tecnologizada, que aprendem desde a infância a acessar e utilizar as tecnologias a serviço de seus interesses.

Fernandes e Moresco (2013) ressaltam que

Independente da classe social ou cultural, os adolescentes, enquanto “nativos digitais”, se relacionam com as tecnologias móveis digitais e com o ciberespaço de forma quase simbiótica (PRENSKY, 2001). Fotografando e compartilhando suas vivências com uma rapidez que se aproxima do tempo real, contribuindo para a expansão da Fotografia enquanto linguagem de representação, [...] (FERNANDES e MORESCO, 2013, p. 2).

Para discutir a fotografia como documentação científica e histórica foi utilizado o capítulo Imagens do livro Tio Tungstênio- Memória de uma infância química, de Oliver Sacks (2002). Foram lidos, juntamente com os estudantes, trechos em que o autor descrevia a história da fotografia e a importância desta, como registro de objetos e momentos do passado.

Neste capítulo o autor apresentou uma narrativa dos fatos históricos que envolveram a fotografia, descrevendo experiências realizadas por cientistas como Scheele, Humphry Davy, Fox Talbot, Daguerre, entre outros. Além disso, descreveu a sua paixão por imagens, tentando explicá-la. Para isso chamou a atenção para o seu contexto, a segunda guerra mundial, em que devido a destruições e mortes, para ele a fotografia se transformava na única forma de manter viva a memória de objetos, pessoas e lugares, conforme o trecho “[...] Em parte, o que me forçava a essa documentação era a guerra, o modo como objetos que pareciam permanentes

eram destruídos ou removidos por atacado” (SACKS, 2002, p. 139). De acordo com Sacks (2002),

Se a fotografia era uma metáfora para a percepção, memória e identidade, era igualmente um modelo, um microcosmo da ciência em funcionamento- e uma ciência particularmente cativante, pois juntava química, óptica e percepção em uma unidade indivisível (SACKS, 2002, p. 139).

A respeito dos processos fotográficos, quando os estudantes foram questionados sobre, responderam de forma unânime que não conheciam. Então foram colocadas outras questões: Quem conhece um filme fotográfico? O que significa a expressão “queimar o filme”? Sobre conhecer um filme fotográfico, nenhum estudante afirmou conhecer, mas sobre a expressão “queimar o filme” algumas respostas foram “que falaram mal de você para alguém”, “que sujaram sua

imagem com alguém”, ou “que uma foto ficou ruim”. A partir destas respostas,

apresentamos um filme fotográfico e iniciamos a realização da técnica da cianotipia com o objetivo de utilizar o seu resultado para responder às demais questões.

Sobre a obtenção de imagens, Gorri e Eichler (2012) descrevem que

[...] A técnica envolve a escolha do papel e a sua sensibilização. Recomenda-se o papel aquarela ou filtro devido ao seu grau de porosidade. A sensibilização do papel é feita a partir da mistura das soluções A: citrato de ferro amoniacal (340 g) mais a solução B: Ferricianeto de potássio (85 g) ambas diluídas em 500 ml de água a 15° C e misturadas sob uma quantidade de luz reduzida. Após a secagem do papel, as fotografias impressas em papel transparência necessitam ser prensadas contra o papel, utilizando-se uma placa de vidro fina. Após o cianótipo ser exposto à luz é lavado em água corrente e submetido à secagem, originando assim a fotografia (GORRI e EICHLER, 2012, p.1).

As soluções foram previamente preparadas por mim e a oficina foi realizada com os estudantes a partir da sensibilização. Os estudantes foram alertados da toxicidade do ferricianeto de potássio e por isso, apesar de não manipularem as substâncias e soluções, utilizaram luvas nas etapas que realizaram: sensibilização do papel, montagem de um “sanduíche” (formado por placa de madeira + papel sensibilizado + negativo + vidro ou placa de acrílico), exposição ao sol e banho em água.

Das fotografias enviadas pelos estudantes para a realização da oficina, a maioria foi de escolas, igrejas, do ginásio poliesportivo e da praça principal do bairro. Outras fotografias enviadas foram de objetos pessoais como: cordão; mantilha de

uma estudante, quando recém-nascida; espada, da família de um estudante etc; de alguns dos monumentos históricos visitados no Centro Histórico de Vitória, além de outros não visitados, como o Convento da Penha (em Vila Velha) e a Pedra da Cebola (em Vitória).

Algumas fotografias chamaram a atenção, tais como: de árvores que os estudantes justificaram ser “antiga no bairro e deve ser preservada”, posto de saúde, delegacia, de uma pintura em grafite num muro do bairro, além de orelhão, ventilador de teto e lixeiras de lixo reciclável da escola. Estas fotografias nos deram algumas informações em relação ao tema trabalhado. A proposta da oficina consistia em fotografar objetos relacionados à história pessoal ou do bairro. Assim as fotografias de orelhão, ventilador, lixeiras etc. poderiam estar indicando que os estudantes não entenderam e/ou que ainda entendiam patrimônio cultural como patrimônio público (conjunto de bens à disposição da coletividade), conforme as respostas dos estudantes na oficina sobre patrimônio cultural em que esta relação apareceu. Apesar de termos discutido o conceito de patrimônio cultural na aula sobre o tema, as fotografias mostraram que alguns estudantes ainda não haviam compreendido. A dúvida sobre que fotografia os estudantes deveriam enviar via

whatsapp também apareceu numa discussão no grupo de uma das turmas neste

aplicativo. Eu intervi nesta discussão, explicando-os. Na outra turma, os estudantes também tiveram dúvidas, mas o professor explicou.

Já fotografias como as do mural com grafite estavam relacionadas ao ambiente sociocultural dos estudantes. A escola tem algumas iniciativas e projetos que buscam valorizar diferentes linguagens e expressões culturais, considerando os interesses dos estudantes. Um exemplo é o projeto denominado “Merenda de Quinta”, organizado por um dos professores de Português com a professora de Arte, em que representantes de diferentes expressões culturais são convidados a fazer uma apresentação na escola na última quinta-feira do mês. Em uma das datas programada para esta atividade compareceu um grupo de hip hop e um grafiteiro, que expôs um pouco do seu trabalho na porta da biblioteca (Figura 8).

Figura 8. Porta da biblioteca da escola B ilustrada com pintura grafite. Fonte: Acervo da pesquisadora.

Ainda sobre as fotografias enviadas, uma estudante enviou a fotografia da avó e, quando questionada sobre, respondeu: “[...] foi porque falaram que tinha de

ser algo antigo e que eu achasse que deveria ser preservado”. Tal resposta pode ter

expressado a importância da avó para a estudante, porém demonstrou que a estudante não entendeu a proposta da fotografia.

As fotografias dos estudantes foram recebidas pelo aplicativo whatsapp, com o uso do software Paint eu as coloquei em escala de cinza e fiz a inversão de cores (tornando as suas partes claras escuras e vice- versa) e imprimi em uma impressora a laser em papel poliéster para serem utilizadas na oficina como “negativos”.

Nesta primeira parte da oficina explicamos sobre filme fotográfico, formado por uma emulsão composta por gelatina e cristais de sais de prata sensíveis à luz. Após fotografar, obtinha-se um negativo, nome que deriva do fato de que o filme ficava mais escuro na área de maior exposição à luz, devido uma reação química. Nos lugares em que não recebia luz, o negativo permanecia claro. Para tornar a imagem positiva- reconhecível - era necessário imprimir o negativo em outro material sensível à luz, ocorrendo novamente uma reação química.

Na realização do experimento, os estudantes foram divididos em grupo e, num ambiente não (ou pouco) iluminado, sensibilizaram o papel aquarela (gramatura maior que 180 g/m2) com a mistura das soluções, secaram-no e por cima colocaram o negativo produzido em papel poliéster e, por último, uma placa de vidro ou placa

de acrílico transparente (esta foi utilizada na maior parte dos grupos no intuito de evitar cortes em caso de utilização de vidro), deixando os papéis totalmente em contato, por baixo uma placa de madeira. Este “sanduíche” foi colocado numa área da escola iluminada pelo sol. Os estudantes também experimentaram colocar pequenos galhos de plantas por cima do papel sensibilizado e expor, além de sensibilizar o papel já neste ambiente iluminado pelo sol.

Foi explicado aos estudantes que a luz solar possui diversos tipos de radiações, visíveis e invisíveis, como a infravermelha e a ultravioleta. Esta atividade foi realizada em um dia nublado e devido o experimento depender da radiação ultravioleta do sol surgiu o questionamento se a imagem seria obtida mesmo nestas condições, se o resultado seria o mesmo de um dia ensolarado. Discutimos a questão através do resultado do processo, isto é, quando os grupos recolheram as suas imagens expostas no pátio da escola e colocaram no banho, notaram que a imagem tornou-se azul. Admirados com o resultado, explicamos que houve uma reação fotoquímica, formando um pigmento azul, ou seja, mesmo a baixa intensidade de luz solar fez a reação acontecer, ainda que o resultado não tenha sido o mesmo de um dia ensolarado. Desta forma, os estudantes concluíram que a incidência de raios ultravioleta em dias nublados se mantém praticamente a mesma que nos dias ensolarados.

Sobre o processo químico, de acordo com Stulik e Kaplan (2013), o princípio geral do processo da cianotipia é a redução fotoquímica de sal de ferro (III) (citrato férrico amoniacal) para sal de ferro (II) que reage com ferricianeto de potássio, formando um complexo azul (o pigmento conhecido como Azul da Prússia). De acordo com Carvalho et al (2011),

Nas áreas onde a luz bate no papel (exceto naquelas bloqueadas pelas linhas no desenho original), os sais férricos presentes são reduzidos a sal ferroso. [...] Em contato com a água, o sal ferroso produzia o ferrocianeto férrico (pigmento conhecido como azul da Prússia). [...] O papel era então lavado para retirar os remanescentes de sal férrico (onde não houve exposição), deixando aparecer as linhas brancas, que formam a imagem (CARVALHO et al, 2011, p. 2791).

Após obtenção de algumas imagens por meio da técnica, retornamos a pergunta sobre o que significava dizer que uma foto queimou. Através do resultado do papel sensibilizado já no ambiente iluminado, alguns estudantes responderam que “o filme tinha recebido luz antes da hora”, “quando a foto fica preta”, porque

“houve reação química com a luz”. Com isso inferi que os estudantes entenderam o porquê do experimento ser realizado no escuro, mas um estudante observou que no espaço onde realizávamos o experimento, mesmo com os toldos ainda havia iluminação, o que poderia prejudicar o resultado.

Depois de secas, algumas imagens não ficaram bem nítidas. Os estudantes apontaram como possíveis causas para esse resultado a iluminação do local durante a sensibilização do papel, o tempo de exposição, resíduos da solução no papel (o que pode ter relação com o tipo de papel utilizado) e ainda que a fotografia foi obtida num ambiente escuro, etc. Segundo Stulik e Kaplan (2013), a intensidade do azul depende da química do processo (de acordo com os materiais utilizados) e do tipo de papel usado. Já Carvalho et al (2011) apontam que a intensidade do azul depende de alguns fatores como a emulsão, o tempo de exposição e a quantidade de luz a que foi exposta na sua manufatura.

Durante a realização do experimento os estudantes mostraram-se muito empolgados, todos querendo participar. Uma estudante perguntou como poderia conseguir as substâncias para fazer o experimento em casa. Explicamos sobre o controle de compra e venda de produtos químicos, mas que em alguns casos exige- se somente a maioridade.

Das questões norteadoras da oficina, quando retomada a pergunta sobre a relação desta atividade com os bens culturais, os estudantes responderam que “a

luz pode provocar reações químicas”, por isso “não pode usar flash em museus” e

“por causa das radiações usadas na restauração”.

Figura 9. Etapas da oficina de fotografia- técnica Cianotipia. Fonte: Acervo da pesquisadora.

Os diversos conceitos e conhecimentos trabalhados nesta oficina foram os estudos sobre a natureza da luz e sua relação com o processo da origem da cor (espectro eletromagnético e transições eletrônicas, fluorescência e fosforescência), bem como reações ativadas por luz (fotoquímica) e a química (moléculas e sais) associada à cor. Também foi discutido como a luz afeta os bens culturais ao desencadear reações, o porquê dos museus não permitirem a utilização de câmeras com flash (os estudantes vivenciaram tal situação quando estiveram no Palácio Anchieta), os danos que podem ser causados em pinturas que tenham substâncias fotossensíveis e sobre as radiações eletromagnéticas utilizadas como métodos de exame e análise, em diversas áreas, como na saúde e no estudo de bens culturais.

Na semana posterior à realização da oficina foi aplicado um questionário com as seguintes questões:

1. De acordo com os estudos realizados, quais são as vantagens e desvantagens da radiação eletromagnética para a conservação e restauração de bens culturais?

2. No experimento realizado, houve ou poderia haver algum resultado indesejado? Se sim, aponte as causas.

3. O que você contaria sobre esta oficina?

O questionário foi respondido por 58 estudantes. Dentre as respostas da primeira questão, 18 estudantes mencionaram a utilização das diferentes radiações eletromagnéticas (nos fragmentos apresentados a seguir estão destacadas em negrito) para exames e análises e a sensibilidade de alguns materiais à radiação ultravioleta.

Estudante B19: “A desvantagem é que pode causar dano na estruturas, a vantagem ela

é dividida em varios partes, e isso ajuda na analise dos bens culturais”.

Estudante B16: “Vantagens: elas podem ajudar a identificar os elementos químicos para

a restalração/ Desvantagens: Pode acelerar ou fazer com que ocorra reações químicas, que podem danificar o objeto”

Estudante B28: “As vantagens da luz é que ela ajuda a poder ver coisas que talvez possa ter sido alterada. As desvantagens são que pode acabar aterando algo da imagem”.

Estudante B29: “As desvantagens são que a luz prejudicam algumas esculturas, pinturas

e vantagem é que algumas luzes são usadas para analisar as obras”.

Estudante B33: “A luz é favorável quando à analise, mas pode danificar pois á luz conte radiação eletro magnética”.

A palavra luz foi usada mesmo em referência à radiação eletromagnética, conforme o fragmento do Estudante B29 ao mencionar “algumas luzes”. No último fragmento, o Estudante B33 se equivocou quando colocou que a “luz conte (contém)

radiação eletro magnética”, já que a luz (visível) é uma radiação eletromagnética, que se situa entre a radiação infravermelha e a radiação ultravioleta.

Foi mencionada a ocorrência de reações fotoquímicas como vantagem e desvantagem por 13 estudantes, provavelmente devido ao que foi discutido anteriormente na aula sobre a temática e na oficina sobre reação fotoquímica prejudicar os bens culturais, mas no processo cianotipia esta se fez necessária para obtenção da imagem em tom azul.

Estudante B2: “As desvantagens da luz pois ela pode desencadear reações Mas a vantagem da luz é que ela pode trazer reações que seja favorável, que se deseja que aconteça”.

O fato de haver materiais sensíveis à luz foi destacado por 7 estudantes, como o Estudante B9.

Estudante B9: “Que a luz as vezes atrapalha na conservação de patrimônios culturais

por que tem materiais usados que não pode conter luz e nem o flexe de cameras fotográficas”

As respostas de 10 estudantes ficaram restritas ao processo da cianotipia, como as dos estudantes B27 e B43, enquanto 5 estudantes apresentaram respostas evasivas, alheias à questão e 5 não responderam.

Estudante B27: “Vantagem= para revelar a fotografia no esperimento

Desvantagem= se a luz bater antes, prejudica todo o experimento”

Estudante B43: “A luz influencia muito no processo da cianotipia, pois se a luz refletir no

papel pode danificar todo o processo, essa é a desvantagem. A vantagem é que sem a luz não seria possível restaurar bens e revelar fotografias”.

Na questão 2, o objetivo foi avaliar se os estudantes identificaram quais fatores poderiam prejudicar a formação de imagem pelo processo cianotipia, num processo semelhante a de um filme fotográfico exposto à luz antes de fotografar.

Entretanto, 22 estudantes responderam que não houve resultado indesejado, nem apontaram possibilidades, enquanto 7 estudantes apresentaram respostas evasivas. Já 29 estudantes mencionaram a lavagem do papel, exposição inadequada ao sol, “luz no momento errado” e “queimar foto”, cor e manchas na