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Organismos de Integração Regional

No documento BRASIL. Governo Federal (páginas 46-48)

GJU-2 TOTAL

C. Difusão de informações

A.2 Organismos de Integração Regional

A.2.1 Mercado Comum do Sul – MERCOSUL

Desde que foi criado, a CVM vem coordenando a Comissão de Mercado de Capitais do Subgrupo de Assuntos Financeiros (SGT-4) deste tratado de livre comércio entre Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. No ano de 2005, por decisão do Ministério da Fazenda, não houve reuniões do Subgrupo de Investimentos (SGT-12). Devido a restrições orçamentárias, não pudemos atender aos convites do Ministério das Relações Exteriores para participar das reuniões do Grupo de Serviços (GS). A

presidência pro tempore do bloco ficou a cargo do Paraguai, no primeiro semestre, e do Uruguai, no segundo, o que fez com que as reuniões fossem sediadas naqueles respectivos países.

Sob o regime de presidências pro-tempore (seis meses para cada País-membro), o SGT-4 é coordenado pelo Banco Central de cada país. A CVM coordena nacionalmente a Comissão de Mercado de Capitais que, atualmente, encontra-se debatendo os seguintes temas:

1. Acordo-Marco sobre Compensação e Liquidação de Operações, o qual versa sobre a harmonização das legislações dos membros nessa área e encontra-se pendente a pedido de Paraguai e Uruguai para ajustes internos;

2. Informação sobre novas normas regulatórias do mercado de capitais aprovadas em cada país membro;

3. Informações estatísticas consolidadas dos mercados de cada membro e manutenção do site do SGT-4;

4. Esforços para o desenvolvimento de um mercado de capitais regional, por meio de levantamentos e informes preliminares sobre os pré-requisitos necessários para a criação do mesmo;

5. Aprofundamento dos compromissos em serviços financeiros (listas de ofertas): análise de um quadro comparativo das Listas de Ofertas da V Rodada do Mercosul com o objetivo de analisar os itens não-consolidados.

Destaca-se também que, ao longo de 2005, a CVM analisou propostas do acordo, no que tange a serviços e investimentos, no Acordo birregional Mercosul-União Européia, Mercosul-México, Mercosul-Canadá e Mercosul-Chile.

A.2.2 Área de Livre Comércio das Américas – ALCA

Com a Cúpula das Américas, realizada em dezembro de 1994, os Chefes de Estado e de Governo de 34 países da região decidiram construir a Área de Livre Comércio das Américas - ALCA e concluir as respectivas negociações até o ano de 2005.

A CVM vem acompanhando desde o ano de 1999 a negociação dos grupos de serviços e investimentos, sobretudo no que toca à arquitetura do acordo geral e ao acordo específico sobre serviços financeiros. No ano de 2005, o acordo não avançou. Todavia, continuamos acompanhando o assunto junto ao MRE, participando do Grupo Interministerial de Comércio Internacional (GICI) de serviços, e da Seção Nacional da ALCA (SENALCA).

A.2.3 Organização Mundial do Comércio – OMC

A OMC é o organismo internacional que lida com as regras de comércio exterior entre as nações. Fundada em 1º de janeiro de 1995, descende do Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT), existente desde 1948. Após a rodada Uruguai, passou, também, a tutelar o Acordo Geral sobre o Comércio de Serviços – GATS.

A CVM tem participado do processo negociador relativo a serviços financeiros desde a rodada específica realizada em abril de 1997, da qual resultaram compromissos específicos de cada país nesse setor, agrupados no que se denominou ‘V Protocolo’. Atualmente, a CVM participa da

delegação brasileira para a nova rodada de negociações mandatadas com o objetivo de aumentar o grau de liberalização do comércio internacional de serviços financeiros. Trabalhando em conjunto com o MRE, a SRI, juntamente com entidades auto-reguladoras, vem procedendo à análise dos pedidos (requests) em serviços financeiros no âmbito da OMC. Acompanhamos "in loco" as reuniões de junho e de setembro, ambas na sede da Organização em Genebra.

A.2.4 Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE

A OCDE reúne os países desenvolvidos com o objetivo de promover o desenvolvimento de políticas econômicas e sociais. O Brasil é observador da organização. Neste ano, não fomos convocados para as reuniões dos membros.

Ainda no âmbito da OCDE, a CVM acompanha as reuniões plenárias do FATF (Financial Action Task Force), conhecido em português pela sigla GAFI. Este ano a CVM esteve presente à reunião da FATF em junho, em Cingapura, tendo sido representada por seu analista da SMI.

O FATF concluiu os seguintes tópicos sobre novas tendências e técnicas relacionadas ao monitoramento de lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo, denominadas Tipologias, envolvendo:

a) Sistemas alternativos de envio de dinheiro (alternative remittance systems); b) Tráfico de drogas relacionado com o financiamento do terrorismo;

c) Lavagem de dinheiro associado ao tráfico de pessoas e à imigração ilegal; d) As vulnerabilidades do setor de seguros em relação à lavagem de dinheiro;

e) Métodos e tendências relacionadas à lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo. Outrossim, houve uma revisão dos setores domésticos sem fins lucrativos (preventing misuse of non- profit organisations), na qual foi dispensada uma maior atenção sobre as características das ONGs e particularidades que possam relacioná-las com o risco de lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo, visando a buscar formas de partilhar informações sobre tais riscos.

Na mesma sessão, o FATF aprovou a adoção da Recomendação Especial IX, a qual exige que os países-membros implementem medidas para identificar trânsito de papel moeda entre fronteiras (physical cross-border transportation of cash) e regulamentar medidas monetárias, visando a tornar mais eficiente o tratamento dos denominados cash couriers.

Cabe ressaltar que este grupo, do qual o Brasil faz parte através do COAF, faz, anualmente, inspeção no Brasil para analisar o efetivo combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo. Essas visitas à CVM e aos participantes do mercado de capitais são coordenadas em conjunto pela SRI e pela SMI.

No documento BRASIL. Governo Federal (páginas 46-48)